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O motivo do desapontamento da maior esperançaO Paraíso Restabelecido Para a Humanidade — Pela Teocracia!
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de 520 A.E.C. e era o mês lunar mencionado por Ageu, conhecido como elul. (Neemias 6:15) Este mês lunar correspondia ao nosso agosto-setembro. Visto que o dia em que a palavra de Jeová veio ao profeta Ageu era o primeiro dia daquele mês lunar, era o dia da lua nova.
10. Por que era este dia 1.º de elul de 520 A.E.C. uma ocasião em que Ageu podia levar a sua mensagem a uma multidão maior de judeus do que costumeiramente?
10 Segundo a lei teocrática dada por meio do profeta Moisés, este dia da lua nova era um dia de se tocar as trombetas sagradas por ocasião dos sacrifícios oferecidos a Jeová Deus naquele dia. (Números 10:10) Faziam-se também ofertas especiais por fogo a Jeová. (Números 28:11-15) Surgiu também o costume, naquele dia, de fazer visitas religiosas ao lugar onde estava o altar de Jeová. (2 Reis 4:23) Isto trazia muitos devotos a Jerusalém. Portanto, o profeta Ageu deve ter tido uma multidão maior do que a costumeira à qual dirigir a “palavra de Jeová” naquele dia 1.º de elul de 520 A.E.C. Ageu estava, sem dúvida, em Jerusalém naquele dia, pois a sua palavra profética foi dirigida ao Governador Zorobabel e ao Sumo Sacerdote Josué, que oficiava em Jerusalém. A mensagem de Ageu afetava a nação inteira e merecia ser ouvida.
ENVOLVIDA A CASA NACIONAL DE ADORAÇÃO
11. Com que declaração começou esta palavra de Jeová por intermédio de Ageu?
11 Então, o que disse a palavra que veio a haver por intermédio do profeta Ageu? Ageu 1:2 nos conta: “Assim disse Jeová dos exércitos: ‘Quanto a este povo, disseram: “Não chegou o tempo, o tempo de se construir a casa de Jeová.”’” O povo a quem Ageu falou teve de admitir isso.
12. Como chamou Deus a si mesmo e de que valor devia ter sido isso para aqueles judeus?
12 No entanto, quem dissera a “Jeová dos exércitos” o que “este povo” havia dito? Ora, o próprio Jeová dos exércitos o ouviu lá no céu, com seus meios maravilhosos de ouvir. Era extraordinário como Jeová se referiu a si mesmo, a saber, como “Jeová dos exércitos” (Iehovah’ Tsebaoth’, em hebraico). Em todas as inspiradas Escrituras Hebraicas, de Gênesis a Malaquias, esta designação “Jeová dos exércitos” ocorre 281 vezes, sendo usada pela primeira vez em escrita pelo profeta Samuel. (1 Samuel 1:3) Foi usada até mesmo pelos inspirados escritores cristãos Paulo e Tiago. (Romanos 9-29; Tiago 5:4) Era este lembrete, de Jeová ser Comandante em Chefe dos exércitos celestiais, um consolo para os que então habitavam em Jerusalém e na província de Judá?
13. Por que devia ter sido isso um encorajamento para os judeus nas circunstâncias daquele tempo?
13 Devia ter sido. Naquele tempo, eles não tinham exército permanente, assim como as fortemente armadas nações do mundo têm hoje em dia. Quando saíram da terra babilônica de exílio para voltar à sua pátria, não tiveram exército para acompanhá-los para proteção contra os assaltantes ao longo do caminho. Mesmo no ano 468 A.E.C., o escrevente-sacerdote Esdras recusou uma força militar e cavaleiros do Rei Artaxerxes da Pérsia para acompanhá-lo a Jerusalém. — Esdras 8:22, 23.
14. Que opinião pessoal, expressa, daqueles judeus desarmados excitou muito a Jeová e o que havia de censurável nela?
14 Ora, o que era que este “povo” desarmado, os habitantes de Jerusalém e de Judá, haviam dito que excitasse tanto a Jeová dos exércitos? Era a seguinte opinião pessoal deles: “Não chegou o tempo, o tempo de se construir a casa de Jeová.” Tal “casa” seria um edifício para a adoração de Jeová dos exércitos em Jerusalém, onde o sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, pudesse oficiar junto com todos os outros sacerdotes da antiga família de Arão. Seria um templo. Portanto, tal casa de adoração ou templo seria de interesse para Jeová dos exércitos. “Este povo” de Jerusalém e de Judá era adorador de Jeová. Então, por que diziam: “Não chegou o tempo, o tempo de se construir a casa de Jeová”? O que havia de objetável nisso? No mínimo mostrava falta de interesse na adoração mais plena de seu Deus. Revelou também falta de fé no invencível “Jeová dos exércitos”. Por conseguinte, “este povo” estava falhando no objetivo primário pelo qual estava ali de volta em Jerusalém e em Judá. Qual era este?
NEGLIGÊNCIA PARA COM A CASA DA ADORAÇÃO DIVINA
15. (a) Quando foram os exilados judaicos libertos de Babilônia e como? (b) Qual foi o verdadeiro objetivo de seu livramento para voltarem à sua pátria?
15 Dezessete anos antes, na primavera do ano 537 A.E.C., os que agora moravam em Jerusalém e em Judá haviam sido libertos do exílio em Babilônia. Foi realmente Jeová dos exércitos quem os remiu e resgatou, a fim de que passassem para o Caminho de Santidade e voltassem a Sião, como Jerusalém também era chamada. (Isaías 35:8-10) Fez-se a redenção ‘deste povo’ apenas para dar a estes exilados um lugar em que morar, longe da Babilônia idólatra, preferivelmente na terra amada de seus antepassados? Ou qual foi realmente o objetivo principal de eles voltarem a esta terra, que havia jazido desolada, sem homem nem animal doméstico, por setenta anos, a partir da destruição de Jerusalém em 607 A.E.C.? (2 Crônicas 36:17-21) Isto foi claramente declarado no decreto imperial emitido em 537 A.E.C. por Ciro, o Grande, conquistador persa de Babilônia, sobre o rio Eufrates. (2 Crônicas 36:22, 23) Este decreto é apresentado plenamente pelo escrevente-sacerdote Esdras, nas seguintes palavras:
“E no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se consumasse a palavra de Jeová da boca de Jeremias, Jeová despertou o espírito de Ciro, rei da Pérsia, de modo que fez passar uma proclamação através de todo o seu domínio real, e também por escrito, dizendo: ‘Assim disse Ciro, rei da Pérsia: “Jeová, o Deus dos céus, deu-me todos os reinos da terra, e ele mesmo me comissionou para lhe construir uma casa em Jerusalém, que está em Judá. Quem dentre vós for de todo o seu povo, mostre seu Deus estar com ele. Portanto, suba ele a Jerusalém, que está em Judá, e reconstrua a casa de Jeová, o Deus de Israel — ele é o verdadeiro Deus — que havia em Jerusalém. Quanto a todo aquele que restou de todos os lugares onde reside como forasteiro, auxiliem-no os homens do seu lugar com prata, e com ouro, e com bens, e com animais domésticos, junto com a oferta voluntária para a casa do verdadeiro Deus, que havia em Jerusalém.”’. . .
“Também o próprio Rei Ciro trouxe para fora os utensílios da casa de Jeová, os quais Nabucodonosor tinha tirado de Jerusalém e então posto na casa do seu deus. E Ciro, rei da Pérsia, passou a trazê-los para fora sob o controle de Mitredate, o tesoureiro, e a enumerá-los para Sesbazar, o maioral de Judá. . . . Todos os utensílios de ouro e de prata eram cinco mil e quatrocentos. Sesbazar levou tudo para cima, com a subida do povo exilado de Babilônia a Jerusalém.” — Esdras 1:1-11.
16. (a) Quem era “Sesbazar, o maioral de Judá”? (b) Que fato histórico mostra que os exilados restabelecidos se davam conta da verdadeira missão de seu retorno à sua pátria?
16 Este “Sesbazar, o maioral de Judá”, é aparentemente o próprio Zorobabel, filho de Sealtiel, governador de Judá. (Esdras 2:1, 2; 5:1, 2, 14-16; Ageu 1:1, 14; 2:2, 21) Zorobabel, governador de Judá, e os demais exilados retornados deram-se conta de que sua missão principal em retornar à sua pátria era reconstruir o templo em Jerusalém, para a adoração de Jeová. Isto é demonstrado por um fato histórico: Ao fim dos setenta anos de desolação de Jerusalém e de Judá, estes exilados remidos construíram um altar a Jeová no mesmo lugar do anterior altar do templo, e mais tarde lançaram o alicerce do edifício dum novo templo. Lemos:
“Ao chegar o sétimo mês [tisri], os filhos de Israel estavam nas suas cidades. E o povo começou a ajuntar-se como um só homem em Jerusalém. E Jesua, filho de Jeozadaque, e seus irmãos, os sacerdotes, e Zorobabel, filho de Sealtiel, e seus irmãos, passaram a levantar-se e a construir o altar do Deus de Israel, para oferecer sobre ele sacrifícios queimados, segundo o que está escrito na lei de Moisés, o homem do verdadeiro Deus. Assim estabeleceram firmemente o altar no seu próprio local, porque lhes sobreveio horror por causa dos povos das terras, e começaram a oferecer nele sacrifícios queimados a Jeová, os sacrifícios queimados da manhã e da noitinha. Celebraram então a festividade das barracas [15-22 de tisri], de acordo com o que está escrito, junto com os sacrifícios queimados de dia em dia no número correspondente a regra do que era devido cada dia. . . . A partir do primeiro dia do sétimo mês [tisri] principiaram a oferecer sacrifícios queimados a Jeová, quando ainda não se havia lançado o alicerce do próprio templo de Jeová. . . .
“E no segundo ano [536 A.E.C.] da sua chegada à casa do verdadeiro Deus em Jerusalém, no segundo mês [zive ou fiar; abril/maio], Zorobabel, filho de Sealtiel, e Jesua, filho de Jeozadaque, e os restantes dos seus irmãos, os sacerdotes e os levitas, bem como todos os que do cativeiro tinham chegado a Jerusalém deram início, e então colocaram nas posições os levitas da idade de vinte anos para cima, a fim de que atuassem como supervisores da obra da casa de Jeová. . . . Quando os construtores lançaram o alicerce do templo de Jeová, então os sacerdotes, em vestimenta oficial, com as trombetas, e os levitas, filhos de Asafe, com os címbalos, puseram-se de pé para louvar a Jeová segundo a orientação de Davi, rei de Israel. E começaram a responder, louvando e agradecendo a Jeová, ‘porque ele é bom, pois a sua benevolência para com Israel é por tempo indefinido’. Quanto a todo o povo, eles deram um alto grito em louvor a Jeová por causa do lançamento do alicerce da casa de Jeová.
“E muitos dos sacerdotes, e dos levitas, e dos cabeças das casas paternas, os idosos que tinham visto a casa anterior, estavam chorando com alta voz por ocasião do lançamento do alicerce desta casa diante dos seus olhos, ao passo que muitos outros elevavam a voz num grito de alegria. Portanto, o povo não distinguia o som do grito de alegria do som do choro do povo, pois o povo dava um grande grito e o som dele se ouvia a grande distância.” — Esdras 3:1-13.
17, 18. Quando e por que parou a construção do templo?
17 Naquele tempo, estes israelitas repatriados não estavam dizendo: “Não chegou o tempo, o tempo de se construir a casa de Jeová.” (Ageu 1:2) Mas, pouco depois, levantou-se de fora oposição a estes “filhos do Exílio”. Isto se deu porque os israelitas, religiosamente purificados, não permitiram que pretensos adoradores de Jeová, de fora, participassem com eles na construção do templo do Deus de Israel. Por isso, estes vizinhos repelidos e ressentidos tornaram-se adversários deles e continuaram a interferir na reconstrução do templo durante todo o resto do reinado do Rei Ciro e dos reinados dos reis seguintes do Império Persa, até o reinado do Rei Dario Histaspes, o Persa. Antes do reinado deste persa Dario I, aqueles adversários palestinos conseguiram que o governante imperial proscrevesse a obra da construção do templo de Jeová, acusando os repatriados “filhos do Exílio” de serem sediciosos. — Esdras 4:1-22.
18 A Bíblia dá ao imperador persa que emitiu a proscrição o nome de Artaxerxes, e diz: “Então, depois de se ter lido a cópia do documento oficial de Artaxerxes, o rei, perante Reum e Sinsai, o escrevente, e seus confrades, eles foram apressadamente a Jerusalém, aos judeus, e os fizeram parar pela força das armas. Foi então que parou a obra na casa de Deus, que estava em Jerusalém; e continuou parada até o segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia.” — Esdras 4:23, 24.
19. (a) Aproximadamente por quantos anos ficou paralisada a obra do templo? (b) Por que deixou a proscrição os construtores do templo perplexos, mas quem, finalmente, encaminhou o caso na direção certa?
19 O segundo ano do reinado do Rei Dario I coincide com 520/519 A.E.C., e isto significa que a paralisação da obra de construção dum novo templo de Jeová, em Jerusalém, durou cerca de dezesseis anos, desde o tempo da fundação deste templo, pelo Governador Zorobabel e pelo Sumo Sacerdote Josué (ou: Jesua; Jesus, na Versão dos Setenta grega). Esta proscrição imposta pelo imperador persa Artaxerxes deve ter deixado os judeus em Jerusalém e Judá bastante confusos e perplexos. Talvez se perguntassem como a proscrição deste imperador posterior podia anular o decreto do Rei Ciro, o Grande, emitido em 537 A.E.C., como parte da “lei dos medos e dos persas, que é irrevogável”. (Daniel 6:8, 12) Não pensaram em submeter a questão à prova nos tribunais do Império Persa, levando o caso até mesmo ao Supremo Tribunal do império, à corte de última instância, que era o próprio imperador. A ascensão dum novo imperador, sucessor de Artaxerxes, teria permitido isso. Mas quem promoveria então o caso? Nenhum outro senão o próprio “Jeová dos exércitos”.
20. Por causa de que profecia anterior por Isaías não estava Jeová disposto a anular o decreto de construção emitido pelo Rei Ciro?
20 Dois séculos antes, o Grande Teocrata Jeová, por meio de seu profeta Isaías, havia falado de si mesmo como sendo “Aquele que diz a respeito de Ciro: ‘Ele é meu pastor e executará completamente tudo aquilo em que me agrado’; dizendo eu de Jerusalém: ‘Ela será reconstruída’, e do templo: ‘Lançar-se-á teu alicerce.’ Assim disse Jeová ao seu ungido, a Ciro, cuja direita tomei para sujeitar diante dele nações.” (Isaías 44:28-45:1) Por conseguinte, não era da vontade de Jeová dos exércitos que o decreto de Ciro, a respeito da casa de Jeová, em Jerusalém, fosse anulado. Jeová não é a espécie de Deus que manda lançar o alicerce dum edifício e depois se acha incapaz de completar a construção, ao ponto de que todos os espectadores “comecem a ridicularizá-lo, dizendo: ‘Este [Deus] principiou a construir, mas não pôde terminar.’” (Lucas 14:29, 30) Não, Jeová termina o que começa; sua palavra nunca volta a ele sem cumprimento, “sem resultados”. — Isaías 55:11.
QUESTIONADAS A OPINIÃO POPULAR E A PROSCRIÇÃO IMPERIAL
21. Como e em que ano começou Jeová a corrigir a impressão errônea expressa há muito tempo pelos judeus a respeito da construção do templo?
21 Portanto, chegou o tempo para Jeová dos exércitos corrigir a impressão errônea expressa há muito tempo pelos judeus em Jerusalém e em Judá, de que não chegara ainda o tempo para se reconstruir a casa de Jeová. O que fez então? Suscitou profetas que não tinham medo de falar ao contrário da opinião popular. Esdras 5:1 conta-nos quem foram estes profetas, dizendo: “E Ageu, o profeta, e Zacarias, neto de Ido, o profeta, profetizaram aos judeus que estavam em Judá e em Jerusalém em nome do Deus de Israel, que estava sobre eles.” Os versículos iniciais das profecias registradas de Ageu e de Zacarias nos fornecem o ano em que começaram a profetizar, a saber, “no segundo ano de Dario, o rei” da Pérsia. Mas Ageu começou antes de Zacarias, por vir a haver a palavra de Jeová por meio dele no primeiro dia do mês lunar de elul, dia da lua nova, quando possivelmente havia em Jerusalém muitos peregrinos das outras cidades de Judá.
22. De que precisava Ageu avisar o povo em primeiro lugar e o que se lhe precisava mostrar, questionando a opinião popular?
22 Em primeiro lugar, o profeta Ageu avisou o povo ali em Jerusalém que Jeová dos exércitos sabia o que estavam dizendo sobre o tempo da construção de Sua casa de adoração, construção que havia sido autorizada pelo imperador persa Ciro, o Grande. A paciência divina já havia durado bastante tempo para com os judeus que tinham tal mentalidade. Então, quando a situação parecia ser a pior possível, quando a constante oposição dos adversários religiosos, pagãos, havia sido reforçada por uma proscrição imperial, sim, então era o tempo para se questionar a opinião pública deste povo remido. Era preciso mostrar-lhes de que eram culpados e o motivo por que lhes ia tão mal.
23. Como mostrou a questão apresentada a relação entre a condição da casa de Jeová naquele tempo e a condição econômica deles?
23 Levantou-se assim a questão! “E a palavra de Jeová continuou a vir por intermédio de Ageu, o profeta, dizendo: É tempo de vós mesmos morardes nas vossas casas apaineladas enquanto esta casa está devastada? E agora, assim disse Jeová dos exércitos: “Fixai o vosso coração nos vossos caminhos. Semeastes muita semente, mas pouco se recolhe. Come-se, mas não é até à saciedade. Bebe-se, mas não ao ponto de se ficar embriagado. Põe-se roupa, mas ninguém se aquece; e quem se assalaria, assalaria-se por uma bolsa furada [e o assalariado lança o salário num bolsa furada].”’” — Ageu 1:3-6, NM; PIB.
24. Que situação desequilibrada existia entre as casas pessoais deles e a casa de Jeová, e que perguntas suscitou isso?
24 Havia um motivo vital de eles passarem tão mal em sentido material. Aqueles judeus repatriados diziam que não era o tempo para eles construírem o templo de Jeová, e, por isso, “esta casa” de adoração divina jazia “devastada”, tendo-se lançado apenas um alicerce lá em 536 A.E.C., mas sem superestrutura sobre ela. Ao mesmo tempo, eles mesmos moravam em casas bem cobertas, com teto e paredes bem apainelados com boa madeira. Que notável contraste entre seus lares particulares, para conforto físico, e a casa sagrada de Jeová, para os interesses espirituais de toda a nação! Não era esta uma situação desequilibrada? Não revelava que eles davam mais valor às coisas materiais, ao conforto de sua própria carne, do que às suas necessidades espirituais e suas obrigações para com o Grande Teocrata, Jeová? Não tinha isto conseqüências para eles, não só em sentido espiritual, mas também em sentido material? Não se prejudicavam eles mesmos, não apenas de modo religioso, mas também em sentido econômico? Sim!
25. Qual era o motivo principal de eles se prejudicarem a si mesmos, não apenas em sentido religioso, mas também economicamente, de modo material?
25 Por que também em sentido econômico, material? Porque a terra deles lhes fora dada por Deus. Jeová também os havia remido de Babilônia e trazido de volta àquela terra, como seu povo resgatado. “De modo que”, dissera Ele, muito antes, aos seus antepassados, “a terra não deve ser vendida em perpetuidade, porque a terra é minha. Pois, do meu ponto de vista sois residentes forasteiros e colonos.” (Levítico 25:23) Visto que a terra era Dele, podia fazê-la prosperar e podia também reter sua bênção da terra. Tornou-se assim responsável pela sua produtividade. Se ele se desagradasse do seu povo resgatado, não reteria logicamente a sua bênção? E não indicou Ele, por meio de seu profeta Ageu, o desagrado divino porque sua casa, a casa mais importante em toda a terra de Judá, jazia devastada, e isso já por muitos anos?
26. A que se devia a relação entre a casa de Jeová estar devastada e a má situação econômica?
26 Nestas circunstâncias, deve ter havido alguma relação entre a condição “devastada” da casa de adoração de Jeová e lançarem estes judeus resgatados tanta semente na terra dada por Deus, colhendo, porém, tão pouco em matéria de safras. Colhiam algo para comer, sim, mas não bastante para satisfazer seus desejos ou suas necessidades. Bebiam vinho feito do produto de seus vinhedos, mas não tinham o bastante para fazer vinho suficiente ao ponto de se poderem embriagar com ele. Podiam produzir algo para cobrir o corpo, mas não o bastante e nem de tal qualidade que os mantivesse aquecidos durante o tempo frio. E quando os necessitados se assalariavam para ganhar a vida ou para ajudar a arcar com as despesas, parecia como se o dinheiro fosse ganho apenas para ser lançado numa bolsa de dinheiro cheia de buracos, da qual caíam as moedas e se perdiam, sem proveito para o assalariado. Em vista da relação destes ocupantes da terra com o Dono celestial da mesma, e de suas obrigações religiosas para com Ele, deve ter havido alguma relação vital entre Sua casa “devastada” e a depressão econômica deles.
27. Como indicou a profecia anterior de Jeová, em Ezequiel 36:33-36, que havia tal relação?
27 Esta relação deve ter sido real, em vista do que Jeová, seu Deus, havia prometido por meio de seu profeta Ezequiel, pouco depois da destruição de Jerusalém e da desolação da terra de Judá mais de setenta anos antes: “Assim disse o [Soberano] Senhor Jeová: ‘No dia em que eu vos purificar de todos os vossos erros vou fazer também que as cidades sejam habitadas, e terão de ser reconstruídos os lugares devastados. E a própria terra desolada será cultivada, sendo que se tornara um baldio desolado diante dos olhos de todo transeunte. E as pessoas hão de dizer: “Aquela terra lá, que fora desolada, tem-se tornado como o jardim do Éden, e as cidades que estavam devastadas e que tinham sido desoladas e derrubadas estão fortificadas; foram habitadas.” E as nações que se deixarão restar em volta de vós terão de saber que eu, Jeová, é que construí as coisas derrubadas, plantei o que estava desolado. Eu, Jeová, é que falei e fiz isso.’” — Ezequiel 36:33-36; ed. ingl. 1971.
28. Por que foi que até o ano 520 A.E.C. esta profecia por Ezequiel não se havia cumprido nos judeus e por que devemos nós, hoje, aplicar este ponto a nós mesmos?
28 Quando o restante resgatado dos judeus tementes a Deus retornou à terra desolada em 537 A.E.C., tinham a grande esperança de que se cumprisse esta brilhante profecia. Mas então, por volta do ano 520 A.E.C., sua maior esperança ficou desapontada. Por quê? Sim, por que não diziam os povos pagãos em volta deles: “Aquela terra lá, que fora desolada, tem-se tornado como o jardim do Éden”? O motivo era evidente: Os do restante resgatado dos judeus negligenciavam a adoração Daquele que fez esta grandiosa promessa por meio do profeta Ezequiel. Não há nisto algo que nós, hoje, os que esperamos a transformação de toda a terra num paraíso, devemos tomar a peito? Sim. Mas qual era a solução que se precisava aplicar lá naquele tempo? Deve ser um exemplo para nos aconselhar agora.
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A solução para os de esperança desapontadaO Paraíso Restabelecido Para a Humanidade — Pela Teocracia!
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Capítulo 3
A solução para os de esperança desapontada
1. Que data era ainda, e para os judeus compreenderem a relação entre que duas coisas suscitou Jeová a Ageu?
AINDA era o 1.º de elul, ou o primeiro dia do sexto mês lunar, no segundo ano do reinado de Dario I, rei do Império Persa. Isto era por volta dos meados do mês de agosto do ano 520 A. E .C., segundo o nosso calendário atual. (Ageu 1:1) Por meio do seu profeta Ageu, Jeová trazia à atenção o proceder de seu povo remido, que ele havia restabelecido na sua pátria, depois de esta ter jazido desolada por setenta anos. (2 Crônicas 36:17-21) Jeová os exortou a considerar de coração a maneira incomum em que lhes aconteciam as coisas. Assim poderiam compreender a relação entre ser todo o seu trabalho árduo na terra tão pouco proveitoso e deixarem a casa da adoração de Jeová jazer devastada, embora cuidassem muito bem de si mesmos quanto às suas moradias. — Ageu 1:2-6.
2. Basicamente, que espécie de questão era esta para aqueles judeus e, por isso, quem podia prescrever a solução certa, e como começava a prescrição?
2 Tratava-se basicamente dum motivo religioso pelo qual os judeus passavam tão mal por dezessete anos: depois de voltarem à sua pátria? Se era assim, então Jeová era Aquele que podia salientar-lhes infalivelmente o motivo disso e também prescrever a solução. Ele não se agradava de estarem tão preocupados com seu bem-estar material e negligenciarem Sua casa de adoração. Portanto, depois de suportar por tanto tempo esta atitude desequilibrada deles, disse-lhes por meio do profeta Ageu: “Assim disse Jeová dos exércitos: ‘Fixai vosso coração nos vossos caminhos.’ ‘Subi ao monte, e tereis de trazer madeira. E construí a casa, para que eu tenha prazer nela e eu seja glorificado’, disse Jeová.” Salientando, então, o que era realmente responsável pelos resultados desapontadores que tinham de tanto trabalho árduo, ele fez que Ageu profetizasse mais:
3. Quem afirmava ser responsável pela sua má situação econômica?
3 “‘Contava-se com muito, mas eis que havia apenas um pouco; e vós o trouxestes para dentro da casa e eu soprei sobre ele — por que razão?’ é a pronunciação de Jeová dos exércitos. ‘Em razão de minha casa que está devastada, enquanto vós estais correndo, cada um em prol de sua própria casa. Por isso, os céus acima de vós retiveram seu orvalho e a própria terra reprimiu a sua produção. E eu clamava pela secura sobre a terra, e sobre os montes, e sobre o cereal, e sobre o vinho novo, e sobre o azeite, e sobre o que o solo produz, e sobre o homem terreno, e sobre o animal doméstico, e sobre todo o fruto da labuta das mãos.’” — Ageu 1:7-11.
4. Apesar da proscrição imperial, que ação prescreveu Jeová, a ser tomada pelos judeus, e que questão decisiva suscitou isso para os judeus?
4 Na época em que se declararam estas palavras, a proscrição inconstitucional imposta pelo falecido Rei Artaxerxes da Pérsia à construção do templo de Jeová em Jerusalém ainda vigorava. No entanto, Jeová dos exércitos, falando por meio de Ageu, disse aos judeus em dificuldades, que fossem buscar materiais e construíssem “a casa, para que eu tenha prazer nela e eu seja glorificado”. (Ageu 1:8) A questão em jogo tornou-se então: A que se obedeceria — à vontade de Jeová ou à proscrição imperial, que era a vontade dum já falecido homem mal informado? A ordem de quem se devia cumprir — a do Deus Altíssimo vivente, o Grande Teocrata, ou a dum falecido imperador persa? Se fizessem assim como os posteriores apóstolos cristãos fizeram, “obedecer a Deus como governante antes que aos homens”, suscitariam as objeções e a oposição daqueles que estavam a favor da proscrição, mas obteriam a aprovação de Deus. (Atos 5:29) Eles já estavam agradando àqueles opositores pagãos, mas desagradando a Deus. Portanto, estavam então dispostos a provocar o desagrado de seus adversários pagãos e assim obter o beneplácito de Jeová dos exércitos?
5. O que não podia ser controlado pelos adversários e opositores e o que não podiam remover para os judeus?
5 Aqueles adversários pagãos não podiam controlar o tempo na terra de Judá. Nem mesmo todo o Império Persa podia fazer isso. Não podiam fazer com que os céus produzissem o orvalho necessário na estação seca do ano. Não podiam fazer a terra dar seu produto, para que os lavradores judaicos do solo não só semeassem muito e contassem com muito, mas também colhessem muito. Nem tampouco podiam aqueles persas imperiais e os adversários vizinhos dos judeus remover na estação costumeiramente chuvosa a sequidão que sobreveio à terra, ao cereal, ao vinho novo, ao azeite e a todos os outros produtos do solo, nem a sequidão que sobreveio ao homem, ao animal doméstico e ao que os homens produziam com suas mãos. Mas Jeová dos exércitos podia fazer isso, porque estas adversidades procediam dele, em expressão de seu desagrado.
6. Por este motivo, a quem deviam temer os judeus, mas como não mostraram tal temor?
6 Dessemelhantes dos israelitas mencionados em Jeremias 5:24, os judeus repatriados não deviam temer a ira do Império Persa, mas deviam dizer: “Temamos, pois, a Jeová, nosso Deus, Aquele que dá o aguaceiro, e a chuva outonal e a chuva primaveril na sua estação, Aquele que guarda até mesmo as semanas prescritas da colheita para nós.” (Jeremias 10:10-13) Não poderiam mostrar tal temor de Jeová por apenas correrem para as suas próprias casas, a fim de chegar o mais depressa possível aos seus próprios lares acolhedores, deixando ao mesmo tempo a casa de adoração de seu Deus jazer devastada. A casa de um Personagem tão grande como Jeová dos exércitos, o Grande Teocrata, devia vir em primeiro lugar. O temor do homem não devia impedi-los de construí-la, para que Ele se agradasse com ela e fosse glorificado
7, 8. (a) Por que mandou Jeová que os judeus trouxessem madeira para a casa? (b) Por que não era necessária tal casa material, embora apropriada, para Jeová?
7 Esta era a solução para suas condições tão desapontadoras em sentido material e espiritual — a saber, obedecer a Deus como governante antes que ao homem, e prosseguir com a construção da casa de adoração de Deus. Que subissem ao monte coberto de floresta e derrubassem árvores, trazendo madeira para a construção da casa todo-importante. Não que o templo de Deus devesse ser construído todo de madeira. Mas as pedras do anterior templo demolido jaziam lá no local, e precisava-se mais de madeira para painéis e outros fins. Não era que Jeová dos exércitos precisasse duma casa material, terrestre, como lar em que morar entre os judeus bem acomodados. Ele já tinha a sua moradia, não feita por mãos humanas, nos santos céus, e aquele templo de pedra e madeira, no monte Moriá, em Jerusalém, era apenas uma representação dum futuro templo espiritual, duma verdadeira casa de adoração do Deus Altíssimo. Era assim como disse Salomão, construtor do templo:
8 “Porém, morará Deus verdadeiramente na terra? Eis que os próprios céus, sim, o céu dos céus, não te podem conter; quanto menos, então, esta casa que construí!” — 1 Reis 8:27.
9. (a) Portanto como residiria Deus naquela casa? (b) Por adorarem em tal templo o que renovariam os judeus, com que resultado para si mesmos?
9 Por isso, Deus não moraria pessoalmente no templo reconstruído em Jerusalém, mas apenas por meio do seu espírito, sua santa força ativa, invisível, e por voltar sua face ou sua atenção para aquele templo. Ele o santificaria ou tornaria uma casa santa, e esta seria o centro da adoração religiosa da nação inteira. Ali se ofereceriam sacrifícios a favor de pessoas ou da nação inteira, no único altar autorizado, e este seria o lugar no qual a nação se congregaria durante as suas três festividades anuais e no Dia da Expiação da nação inteira. O sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, e todos os subsacerdotes poderiam ali oficiar a favor do povo. A nação de Israel manteria assim uma relação renovada com seu regente teocrático, Jeová, e se manteria numa boa condição espiritual. Jeová seria glorificado pela reconstrução do templo que levava seu nome e daria a conhecer seu beneplácito por derramar sobre eles bênçãos, bênçãos espirituais e materiais.
OBEDECER A DEUS COMO GOVERNANTE OU AO HOMEM?
10, 11. A quem se dirigiu a profecia inicial de Ageu e que ação seguinte mostrou que se tomara que decisão?
10 A mensagem inicial do profeta Ageu foi dirigida especialmente a “Zorobabel, filho de Sealtiel, governador de Judá, e [a] Josué, filho de Jeozadaque, sumo sacerdote”. (Ageu 1:1) Isto lhes impunha a obrigação de tomar a dianteira e dar, o exemplo correto a toda a nação. Entretanto, estes dois homens, o governador e o sumo sacerdote, sabiam o que podiam esperar dos adversários, se recomeçassem a construir o templo em Jerusalém. O que mostra a história que eles fizeram — obedecer a Jeová dos exércitos como Governante ou ao homem? Eles puseram os interesses espirituais em primeiro lugar e obedeceram a Deus. Ageu relata:
11 “E Zorobabel, filho de Sealtiel, e Josué, filho de Jeozadaque, o sumo sacerdote, e todos os remanescentes do povo começaram a escutar a voz de Jeová, seu Deus, e as palavras de Ageu, o profeta, visto que Jeová, seu Deus, o enviara; e o povo começou a temer por causa de Jeová.” — Ageu 1:12.
12. A quem reconheciam as pessoas como tendo enviado Ageu e que temor venceram?
12 Por causa da mensagem que o profeta lhes proclamou naquele dia da sexta lua nova do ano, o povo sabia de que lado estava este corajoso Ageu na questão de se obedecer a Deus ou ao homem. Davam-se conta de que Jeová enviara Ageu e por isso o escutaram, como transmissor da mensagem do momento procedente de Jeová. Acolheram de coração aberto o que ele tinha a dizer, embora fosse na forma duma repreensão. Compreenderam a argumentação de Deus com eles. Reconheceram seu fracasso, sua negligência. Tinham bons motivos para temer a Jeová. Era o Comandante em Chefe dos exércitos celestiais quem falava por meio de seu profeta Ageu, e seu temor deste Jeová dos exércitos venceu qualquer temor dos homens ou mesmo do Império Persa. Ainda precisavam de encorajamento, e Ageu foi então usado a dá-lo a eles:
13. Que mensagem animadora deu Ageu ao povo?
13 “E Ageu, o mensageiro de Jeová, prosseguiu dizendo ao povo de acordo com a comissão de mensageiro da parte de Jeová, dizendo: ‘Eu estou convosco’, é a pronunciação de Jeová.” — Ageu 1:13.
14. Em vista de todos os adversários, o que significava esta mensagem para os construtores do templo, e que regra declarada mais tarde por Jesus Cristo seguiram por passarem a construir?
14 Que mensagem mais animadora poderiam receber estes judeus tementes a Deus? Os adversários vizinhos podiam ter todo o Império Persa do seu lado, mas os israelitas remidos, pelo proceder de obediência, tinham a Jeová dos exércitos do seu lado. Jeová não iria desagradar-se de eles prosseguirem e reconstruírem seu templo. Parafraseando-se a regra estabelecida por Jesus Cristo, mais de quinhentos e cinqüenta anos depois, era preciso dar a César (ou ao imperador) as coisas que pertenciam a César, mas as coisas pertencentes a Deus tinham de ser igualmente dadas a Deus, e as coisas Dele vêm em primeiro lugar. (Mateus 22:21) Por agirem de acordo com esta regra, Jeová estaria com eles. Isto garantia o bom êxito da construção do templo.
15. Por que se passaram então mais de três semanas antes de o povo entrar e trabalhar na casa de Jeová?
15 Tendo então confiança no seu Deus Todo-poderoso, a nação empenhou-se na obra principal pela qual tinham feito a longa viagem de retorno, desde Babilônia até à sua pátria sagrada. Passaram-se mais de três semanas, não por causa de algum adiamento temeroso das operações mas para organizar tudo para um começo correto. Todos foram muito estimulados pelo espírito ou a força ativa, invisível, de Deus, e esta agiu como força motriz no íntimo deles. Então veio o dia vinte e quatro daquele mês lunar de elul, e o que aconteceu? Ageu estava lá; que ele nos conte. “E Jeová passou a despertar o espírito de Zorobabel, filho de Sealtiel, governador de Judá, e o espírito de Josué, filho de Jeozadaque, o sumo sacerdote, e o espírito de todos os remanescentes do povo; e começaram a entrar e a fazer a obra na casa de Jeová dos exércitos, seu Deus. Isso foi no vigésimo quarto dia do sexto mês no segundo ano de Dario, o rei.” — Ageu 1:14, 15.
16. Antes de Ageu começar a profetizar, em que atitude haviam caído os judeus, mas a que foram incitados então?
16 Antes da profecia de Ageu no primeiro dia do sexto mês daquele ano, o Governador Zorobabel e o Sumo Sacerdote Josué, bem como os do restante repatriado do povo judaico, haviam perdido o impulso, a inclinação, o senso de urgência, o zelo e o entusiasmo para com a reconstrução do templo de Jeová. Haviam sucumbido diante da oposição e da interferência de seus adversários e se haviam dito: “Não chegou o tempo, o tempo de se construir a casa de Jeová.” (Ageu 1:2) Mas agora, por causa da mensagem de Ageu da parte de Deus, começaram a encarar o assunto de modo diferente. De maneiras que o Comandante em Chefe, Jeová dos exércitos, incitou o espírito de todos eles. Depois da necessária organização e preparação, passaram a empenhar-se no seu trabalho mais importante na terra de Judá, fazendo os preliminares para a própria construção do templo de seu Deus. O tempo foi datado: era o dia 24 de elul do segundo ano de Dario I, rei da Pérsia. Isto era perto dos meados de setembro do ano 520 A. E .C. Era o tempo do ano em que o orvalho começava a formar-se na vegetação depois da época de estio no meio do verão.
17. O que estava incluído em tal trabalho preliminar e por que não se importavam os judeus que os adversários soubessem de sua obra?
17 Sem dúvida, Jeová dos exércitos agradou-se de ver o início desta obra preparatória. Havia madeira para cortar e vigas e tábuas para serrar; também se devem ter lavrado algumas pedras. E era preciso retirar os escombros do lugar histórico do templo, comprado há muito tempo atrás pelo Rei Davi, no décimo primeiro século antes de nossa Era Comum. (2 Samuel 24:18-25; 1 Crônicas 21:18 a 22:19; 2 Crônicas 3:1) Estes escombros talvez se acumulassem com o decorrer dos anos. Não sabemos se os adversários pagãos, vizinhos, dos judeus se apercebiam desta atividade preliminar. Mas, mesmo que o fizessem, os judeus atarefados não se importavam com isso. Sabiam que tinham a aprovação de seu Deus e que faziam a obra dele, e que o invencível Jeová dos exércitos estava do seu lado. No entanto, forçosamente havia de surgir forte oposição da parte dos inimigos. Quão bem sucedida seria esta vez? Veremos mais adiante.
PARALELO HISTÓRICO
18. Houve um paralelo moderno disso? e aos escritos de quem recorremos aqui?
18 Há qualquer paralelo histórico disso nos tempos modernos, que retire este acontecimento antigo do domínio da mera história morta? Temos motivos de crer que há. Um escritor judaico do primeiro século de nossa Era Comum, um fariseu da tribo de Benjamim e chamado Saulo de Tarso, da Ásia Menor, examinou a história antiga de seu povo e depois escreveu as suas observações. A quem escreveu? Enviou a sua carta à Roma imperial, na Itália, mas não a qualquer chamado “Bispo de Roma, Sucessor do Príncipe dos Apóstolos, Vigário de Cristo”. De modo algum. Naquele tempo, a cristandade com tal dignitário religioso ainda não havia começado, mas tinha de esperar que fosse iniciada pelo Imperador Constantino, o Grande, no quarto século. Saulo de Tarso, que já se havia tornado apóstolo de Jesus Cristo e fora chamado Paulo, escreveu a sua carta à congregação dos primitivos cristãos em Roma e considerou nela grande parte das Escrituras Hebraicas inspiradas.
19. Que livro profético está incluído no que Paulo escreveu em Romanos 15:4?
19 Naquilo que agora é registrado como Romanos, capítulo quinze, versículo quatro, Paulo escreveu: “Porque todas as coisas escritas outrora foram escritas para a nossa instrução, para que, por intermédio da nossa perseverança e por intermédio do consolo das Escrituras tivéssemos esperança.” (Romanos 1:1-7) Estas Escrituras incluem Ageu.
20. Segundo 1 Coríntios 10:6-11, por que podemos esperar encontrar um valor típico no registro de Ageu?
20 O apóstolo Paulo escreveu também duas cartas à congregação cristã em Corinto, na província romana da Acaia, e na sua primeira carta, capítulo dez, ele fala sobre acontecimentos na antiga vida judaica e diz: “Ora, estas coisas tornaram-se exemplos [tipos, em grego] para que não fossemos pessoas desejosas de coisas prejudiciais, assim como eles as desejaram. . . . Ora, estas coisas lhes aconteciam como exemplos [tipicamente, em grego] e foram escritas como aviso para nós, para quem já chegaram os fins dos sistemas de coisas.” (1 Coríntios 10:6-11) É razoável esperar-se, então, que os acontecimentos relatados pelo profeta Ageu fossem também de valor típico ou exemplar. De fato, numa carta inspirada aos hebreus, o apóstolo Paulo cita Ageu e faz uma aplicação disso, não para os hebreus não cristianizados, mas para os hebreus naturais, circuncisos, que haviam aceito a Jesus Cristo como o há muito prometido Messias. (Ageu 2:6; Hebreus 12:25-29) De modo que podemos hoje procurar valores típicos no registro de Ageu.
UM ISRAEL ESPIRITUAL FICA ENVOLVIDO
21. Em Revelação 11:1-4, como descreve o apóstolo João um templo típico que lhe foi revelado?
21 Ageu foi usado em relação com a reconstrução do templo típico de Jeová em Jerusalém, nos dias do Governador Zorobabel e do Sumo Sacerdote Josué (Jesus, em grego). O último apóstolo cristão sobrevivente, João, filho de Zebedeu, da Galiléia, foi exilado pelo Império Romano para a ilha penal de Patmos e ali teve uma série de visões inspiradas. Numa destas visões ele viu um templo típico, a respeito do qual escreveu: “E foi-me dada uma cana igual a uma vara, ao dizer-me ele: ‘Levanta-te e mede o santuário do templo de Deus e o altar, e os que nele adoram. Mas, quanto ao pátio que está de fora do santuário do templo, lança-o completamente fora e não a meças, porque foi dado às nações, e elas pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses. E farei as minhas duas testemunhas profetizar por mil duzentos e sessenta dias trajadas de saco.’” — Revelação (Apocalipse) 11:1-4.
22. (a) Que espécie de testemunhas eram aquelas “duas testemunhas”? (b) Em que confiava João então para estar em relação com Jeová?
22 Neste caso, estas “duas testemunhas” simbólicas do Deus do templo seriam testemunhas cristãs do Deus Altíssimo, porque se mostravam ao apóstolo João coisas que ainda haviam de acontecer, não coisas do passado na história judaica. (Revelação 1:1-6) O apóstolo João classificou-se como uma das testemunhas cristãs. (Revelação 1:9; 19:9, 10) No tempo em que esta Revelação foi dada a João, o templo reconstruído em Jerusalém, na província romana da Judéia, já havia sido destruído junto com a cidade santa lá no ano 70 de nossa Era Comum, assim como fora predito pelo Messias, Jesus Cristo. (Mateus 24:1-22; Marcos 13:1-20; Lucas 21:5-24) Por se tornar discípulo do Messias, a quem a nação judaica havia rejeitado, João se havia separado dos israelitas naturais descrentes. Não mais se baseava em ser israelita por nascença, para estar em relação com Jeová dos exércitos. Baseava-se em ser israelita espiritual, gerado pelo espírito de Deus, para estar em relação com Jeová dos exércitos. João era então ‘judeu no íntimo’. Sua circuncisão era “a do coração, por espírito”. — Romanos 2:29.
23. A que “Israel” pertencia João nesta ocasião e em que templo adorava ele?
23 Portanto, o apóstolo João era espiritualmente uma “nova criação”. (2 Coríntios 5:17) Isto era o que contava perante Deus, segundo o que o apóstolo Paulo escreveu em Gálatas 6:14-16, dizendo: “Que nunca ocorra que eu me jacte, exceto da estaca de tortura de nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem o mundo tem sido para mim pendurado numa estaca, e eu para o mundo. Pois nem a circuncisão é alguma coisa, nem a incircuncisão, mas sim uma nova criação. E todos os que andarem ordeiramente segundo esta regra de conduta, sobre estes haja paz e misericórdia, sim, sobre o Israel de Deus.” O apóstolo João fazia parte deste espiritual “Israel de Deus”. Como tal, não precisava dum templo de pedra e madeira, em Jerusalém, para adorar a Jeová dos exércitos. Como israelita espiritual, adorava a Jeová Deus no seu grande templo espiritual, aquele que foi tipificado pelo templo material, terreno, que havia existido em Jerusalém. (Hebreus 9:23-26; 8:1, 2) Imagine como seria se tivéssemos de ter um templo material em Jerusalém para adorar a Jeová Deus. Em que situação estaríamos? Mas, podemos adorar no templo espiritual assim como João fez.
24. Portanto, onde estavam aquelas “duas testemunhas” simbólicas quando foram pisadas pelas nações e como profetizavam trajadas de saco?
24 Portanto, na Revelação dada a João, os chamados por Deus como “minhas duas testemunhas” são israelitas espirituais, seguidores dedicados e batizados do Messias, a quem João seguia, a saber, Jesus Cristo. Como adoradores de Jeová dos exércitos, como que no pátio de seu templo espiritual, foram pisados pelas nações gentias “por quarenta e dois meses”. Isto aconteceu durante a Primeira Guerra Mundial dos anos 1914-1918. Durante aquele tempo, estas “duas testemunhas” simbólicas profetizaram trajadas de saco, no sentido de que a mensagem que proclamavam publicamente era pesarosa. Predizia a vindoura destruição, a morte violenta de todas as nações gentias, visto que já haviam terminado os “tempos dos gentios” por volta dos meados do segundo semestre do ano de 1914. (Lucas 21:24) Parecidas a profetas de aspecto lúgubre, trajadas em vestes de luto, de saco, profetizaram por mil duzentos e sessenta dias durante a Primeira Guerra Mundial. (Revelação 11:1-3) O que lhes aconteceu então, conforme previsto pelo apóstolo João?
25. Segundo a visão de João, o que lhes aconteceu depois de terem terminado seu testemunho?
25 “E quando tiverem terminado seu testemunho, a fera que ascende do abismo far-lhes-á guerra, e as vencerá, e as matará. E os seus cadáveres jazerão na rua larga da grande cidade que em sentido espiritual se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi pendurado numa estaca.” — Revelação 11:7, 8.
26. Como se cumpriu este quadro profético durante a Primeira Guerra Mundial?
26 Mais tarde mostra-se que esta fera que ascende do abismo simboliza a organização mundial de política que já tem milênios de idade. Na primavera (do hemisfério setentrional) do ano de 1918, antes de acabar a Primeira Guerra Mundial, esta organização política animalesca aproveitou-se das condições de guerra para proscrever publicações bíblicas usadas pelos da classe das “duas testemunhas” e encarcerou cristãos dedicados que estavam na dianteira de sua publicação. Assim se matou a obra pública gratuita das “duas testemunhas” simbólicas; e no que se referia ao testemunho público a favor do governo teocrático de Jeová, eram como que cadáveres jazendo nas mas da cristandade, expostas à vergonha e à perseguição religiosa.
27. Naquele tempo, eram como os israelitas em que condição? Mas, por que não durou isso muito para estas “testemunhas”?
27 Naquele tempo, estes adoradores cristãos dedicados e batizados, no templo espiritual de Jeová dos exércitos, eram como aqueles israelitas naturais exilados em Babilônia, de 607 a 537 A. E .C. Mas a visão profética de Revelação previu que esta condição das “duas testemunhas” simbólicas não duraria por muito tempo — apenas como que “por três dias e meio”. O que se deu então? Foram seus cadáveres enterrados? Não! Foram revivificados. “E depois dos três dias e meio entrou neles espírito de vida da parte de Deus, e puseram-se de pé, e caiu grande temor sobre os que os observavam.” (Revelação 11:9-11) Do mesmo modo, estes perseguidos profetas cristãos, que haviam profetizado a respeito do recém-nascido reino messiânico de Deus, não foram enterrados para sempre na cristandade, nem no restante de Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa. Na primavera (hem. set.) do ano de 1919, “entrou neles espírito de vida da parte de Deus, e puseram-se de pé”, reaparecendo publicamente como testemunhas comissionadas a favor do reino de Deus, do Seu Messias. Iguais aos do restante israelita dos dias de Ageu, que foram trazidos de volta de Babilônia a Jerusalém e a Judá, reocuparam seu domínio espiritual legítimo.
28. Como no caso dos Judeus repatriados nos dias de Ageu, para fazerem o que era então tempo para estas “testemunhas” libertas?
28 Naquele tempo, embora funcionários e membros da sede da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E. U . A.) fossem soltos da prisão, ainda vigoravam proscrições de publicações desta Sociedade e anteriormente distribuídas de modo internacional pelos estudantes cristãos dedicados e batizados da Bíblia. Contudo, como no caso antigo dos israelitas repatriados na sua terra natal, era preciso revivificar e reedificar a adoração pública de Jeová dos exércitos no seu templo espiritual. O serviço no seu templo espiritual precisava ter o primeiro lugar no domínio espiritual liberto deles. As oportunidades materialistas do período de após-guerra não deviam ter prioridade diante da adoração de Deus e do serviço do Reino. O temor dos homens tinha de ser repelido e tinha de se ter completa confiança no Grande Teocrata, Jeová dos exércitos. Já havia passado o tempo de lamentação por causa das anteriores perseguições, dificuldades e do cativeiro do tempo de guerra. No seu domínio espiritual restabelecido da relação correta com Jeová dos exércitos, haviam entrado num tempo festivo de alegria espiritual e de louvor e agradecimentos ao seu grande Libertador, Jeová.
29. Para quem era então tempo, num estilo moderno, e como passou a ser ouvida a voz de tal, como no número inglês da Torre de Vigia de 15 de maio de 1919?
29 Era o tempo para a existência dum Ageu hodierno, visto que o nome Ageu (em hebraico: Haggai) significa “Festivo”, ou, se Haggai for apenas a forma abreviada de Haggiah, então significa “Festividade [Hhag] de Já”, quer dizer, “Festividade de Jeová”. Neste tempo apropriado começou a ouvir-se uma voz semelhante à de Ageu, “o mensageiro de Jeová”. Observemos a seguinte mensagem publicada na página 150 do número inglês de 15 de maio de 1919 de A Torre de Vigia e Arauto da Presença de Cristo. Esta mensagem apareceu na coluna 2 e sob o subtítulo “Épocas de Refrigério”. Lemos:
Todos os apóstolos do Senhor apontavam para a segunda vinda do Senhor e assinalaram-na como dia de bênção para a humanidade. S. Paulo disse, referindo-se àquele tempo: “Deus tem designado um dia em que julgará o mundo em justiça.” (Atos 17:31) O Apóstolo Pedro descreve este como um tempo de refrigério, em que se devem oferecer bênçãos de restituição a toda a humanidade, bênçãos que Deus predisse por meio da boca de todos os seus santos profetas. Todos os profetas, de Samuel a Malaquias, predisseram a vinda daquele dia, e S. Paulo informa-nos explicitamente que todas estas coisas foram escritas de antemão para o benefício daqueles que vivessem no próprio tempo em que nos encontramos agora. (Romanos 15:4) Jesus, na sua grande profecia, predisse a apostasia dos clérigos e o ensino de doutrinas falsas. Ele predisse as condições dificultosas que agora vemos na terra e depois mostrou que só seu reino traria as desejadas bênçãos ao povo. O profeta disse: “Abalará todas as nações e [então] virá o desejo de todas as nações.” (Ageu 2:7) O abalo já está em andamento. Guerra, revolução, etc., constituem o abalo. “Então [naquele tempo] se levantará Miguel, o grande príncipe que se levanta pelos filhos do teu povo.” — Daniel 12:1.
Que oportunidade maravilhosa perdem os clérigos por não darem ouvidos à Palavra do Senhor e não dizerem ao povo agora como pode ter seu desejo satisfeito — paz, felicidade, abundância, liberdade e a vida eterna. Em vez de fazerem isso, muitos deles se empenham na perseguição dos cristãos mais humildes, que antigamente eram membros de seu rebanho e que se esforçam na sua maneira fraca em anunciar a vinda do reino do Messias. Jesus predisse que isto seria outra evidência do estabelecimento da nova ordem. — Lucas 21:12, 13.
UM AGEU HODIERNO
30. No período do após-guerra, quem proferiu uma mensagem animadora semelhante a de Ageu, e por que os havia Deus poupado durante os acontecimentos da Primeira Guerra Mundial?
30 Os clérigos religiosos da cristandade deixaram de dar uma mensagem tão estimulante como a do antigo Ageu. No entanto, milhares de cristãos dedicados e batizados, leitores da revista Torre de Vigia (agora A Sentinela) mostraram-se sensíveis, depois de terem sobrevivido ao período provador da Primeira Guerra Mundial e terem sido restabelecidos no seu domínio espiritual legítimo na terra, por Jeová dos exércitos. Foram ajudados a compreender algo muito significativo. O quê? Que, se se deixassem envolver nas oportunidades que o período de após-guerra oferecia para obterem prosperidade material, sofreriam espiritualmente. Trariam sobre si mesmos o desfavor de Jeová. Eles começaram a reconhecer que não haviam sido preservados através das provações do período da guerra mundial só para terem os confortos materiais da vida e se acomodarem junto com o mundo, sob a proteção da proposta Liga das Nações, para paz e segurança mundiais. Ao contrário, Jeová os havia poupado misericordiosamente para que dessem a atenção primária à Sua adoração e ao Seu serviço no Seu templo espiritual. Ele tencionava que dessem testemunho do reino messiânico como única esperança da humanidade, e não da Liga das Nações.
31, 32. (a) Que incerteza e timidez talvez houvesse, como nos dias de Ageu, conforme indicado no número Inglês de 1.º de agosto de 1919 da Torre de Vigia? (b) Mas que encorajamento especial se deu também ali?
31 Assim como nos dias do profeta Ageu, durante o segundo ano do rei persa Dario I, pode ter havido certa incerteza e timidez quanto a prosseguir com o serviço público de Jeová. Daí, no número inglês da Torre de Vigia de 1.º de agosto de 1919 publicou-se a primeira parte do artigo principal “Benditos os Destemidos”. Este artigo tinha por tema o texto de Lucas 12:32 (Versão Autorizada em inglês), que reza: “Não temas, pequeno rebanho; pois é do beneplácito de vosso Pai dar-vos o reino.” O que tornava o assunto ainda mais emocionante era a publicação, na mesma revista, dum artigo de página inteira intitulado “Congresso Geral: Cedar Point, Lago Erie.” Havia de ser uma assembléia de uma semana de duração. Entre outras coisas, este anúncio na página 235 dizia:
32 “Tem sido o costume da Sociedade [a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados] realizar um congresso geral cada ano. No ano passado [1918] perdemos isso, por causa das condições prevalecentes na ocasião. Apesar dos congressos locais realizados durante este ano, parece ser agradável ao Senhor que a Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia realize um congresso geral, oferecendo aos amigos de todas as partes dos Estados Unidos e do Canadá a oportunidade de estar presentes. . . . Espera-se que este seja o congresso geral maior e mais útil que já se realizou em muitos anos. Oferecerá a oportunidade para palestras e preparativos para a grande obra futura que temos diante de nós.”
33. Que mensagem animadora, adicional, foi dada no próximo número da Torre de Vigia?
33 O número seguinte da revista (o de 15 de agosto de 1919) publicou a Parte II do artigo “Benditos os Destemidos”. O penúltimo parágrafo dele dizia:
Este pequeno grupo de cristãos está travando o maior combate de todos os tempos. Nunca haverá outro igual. Isto foi providenciado pelo grande Deus do universo; o grande Redentor, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, é o Capitão e Líder deste pequeno grupo. Sabemos que ele tem absolta certeza da vitória, e por isso sabemos que, depois de sermos chamados e escolhidos para correr nesta corrida, se continuarmos fiéis, destemidos, induzidos pelo amor nas nossas ações, servindo em toda oportunidade possível com lealdade até o fim seremos por fim vencedores com ele e ouviremos a aprovação do Pai: “Muito bem, servos bons e fiéis.” Portanto, não temamos, pois “o Deus eterno é nosso refúgio e por baixo há os braços sempiternos”.
34. (a) Que efeito teve esta mensagem sobre os do restante ungido? (b) De que modo era o congresso de oito dias, em Cedar Point, Ohio como uma festividade para Jeová?
34 Isto teve o mesmo efeito animador e estimulante como se o profeta Ageu tivesse dito a este restante dedicado e batizado de israelitas espirituais: “‘Eu estou convosco’, é a pronunciação de Jeová.” (Ageu 1:13) Visto que Cedar Point, Ohio, E. U. A., junto ao Lago Erie, era perto da fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos, cerca de 6.000 dos do restante de ambos os países vieram ao congresso de oito dias naquele balneário do lago. Alegraram-se juntos como numa “festividade de Jeová”. Escutaram avidamente os muitos discursos bíblicos proferidos por oradores habilitados. Souberam da fase especial da obra que os aguardava e acolheram esta informação com alegria No sábado à tarde, 6 de setembro, depois de um discurso batismal, mais de 200 simbolizaram sua dedicação de si mesmos a Jeová Deus pela imersão no Lago Erie. No domingo à tarde, cerca de 6.000 ouviram o discurso público, “A Esperança Para a Humanidade Angustiada”, proferido pelo presidente da Sociedade Torre de Vigia (dos E. U. A.) que havia sido liberto do encarceramento injusto no anterior 26 de março de 1919. Esta esperança era o reino messiânico de Deus, não a Liga das Nações.
35. Que alcance teve o efeito deste primeiro congresso geral do após-guerra, e a que se comparava isso nos dias de Ageu?
35 O efeito daquele primeiro congresso geral do após-guerra foi sentido em toda a terra pelos do restante dedicado, batizado e ungido de Jeová Deus. Sem temor do homem, empenharam-se zelosamente na tarefa espiritual que o Grande Teocrata lhes apresentara. Era como naquele dia 24 do sexto mês (elul) do segundo ano de Dario I da Pérsia, quando Jeová despertou o espírito do Governador Zorobabel, do Sumo Sacerdote Josué e do restante do povo judaico lá em Judá. Colocando os interesses materiais, terrestres, em segundo lugar, os do restante dos cristãos ungidos empenharam-se no serviço de Jeová dos exércitos, no seu templo. Naturalmente, tudo isto foi feito sob a orientação invisível do Zorobabel Maior e do Sumo Sacerdote Josué Maior, a saber, o Senhor Jesus Cristo, que havia assumido seu reino messiânico como Rei-Sacerdote semelhante ao antigo Sacerdote Melquisedeque, rei de Salém. (Salmo 110:1-4; Atos 2:34-36; Hebreus 5:5, 6; 7:1-22; Ageu 1:14, 15) Os inimigos forçosamente observariam esta atividade do restante.
36. Como correspondeu isso àquilo pelo qual passaram as “duas testemunhas” depois de se porem novamente vivas de pé, e, por isso, o que aconteceu às “duas testemunhas” hodiernas?
36 Foi como no caso das “duas testemunhas” simbólicas de Jeová, que foram revivificadas depois de jazerem mortas por três dias e meio no caminho largo da “grande cidade”. Depois de estas “duas testemunhas” se terem posto de pé, para a grande consternação de seus inimigos, o que se seguiu? “E ouviram uma voz alta dizer-lhes desde o céu: ‘Subi para cá.’ E subiram para o céu, numa nuvem, e seus inimigos os observavam.” (Revelação 11:7-12)a Estas “duas testemunhas” simbólicas tornaram-se assim testemunhas celestiais de Jeová Deus, o Todo-poderoso. Fiéis a esta visão, os do restante fiel das testemunhas ungidas de Jeová aceitaram a sua chamada, lá em 1919 E.C., e passaram a empenhar-se destemidamente no seu serviço do templo. Isto os separou da cristandade culpada da guerra e de sua Liga das Nações, e elevou-os alto ao céu, acima dos seus inimigos religiosos, de modo que o nível de seu ministério espiritual é muito mais elevado do que o dos clérigos da cristandade. São ministros e testemunhas do Deus Altíssimo.
[Nota(s) de rodapé]
a Veja o Capítulo 19 intitulado “Morte e Ressurreição das ‘Duas Testemunhas’”, nas páginas 259-282, do livro “Cumprir-se-á, Então, o Mistério de Deus”, publicado em português em 1971.
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Permanece o templo enquanto se faz as nações tremerO Paraíso Restabelecido Para a Humanidade — Pela Teocracia!
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Capítulo 4
Permanece o templo enquanto se faz as nações tremer
1. Quanto tempo se passara até então, depois de os judeus terem agido segundo a profecia precedente de Ageu, e que festividade se completava em Jerusalém?
AINDA não havia bem passado um mês lunar desde que os judeus agiram segundo a profecia precedente de Ageu, a saber, no dia 24 do sexto mês (elul) do segundo ano do reinado de Dario I (Histaspes), rei da Pérsia, ou em 520 A.E.C. A Festividade das Barracas (ou: dos Tabernáculos), de sete dias, havia começado no dia 15 do mês seguinte, o sétimo mês, tisri, e já se havia atingido o sétimo dia, que era o dia 21 de tisri. No dia seguinte, 22 de tisri, haveria uma assembléia solene de todos os celebrantes em Jerusalém. Todas as vinte e quatro divisões (ou: turmas) do sacerdócio arônico eram esperadas nesta Festividade das Barracas, na capital.É de interesse notar que foi durante a celebração da Festividade das Barracas que o Rei Salomão, filho de Davi, inaugurou o templo da adoração de Jeová que acabava de terminar. — 1 Reis 8:62-66; 6:37, 38; 2 Crônicas 7:7-10.
2. Que outro nome tinha a Festividade das Barracas e quais eram as suas particularidades?
2 Esta festividade do sétimo mês, cinco dias depois do Dia da Expiação, também foi chamada de Festividade do Recolhimento. Em vista do recolhimento dos produtos agrícolas do solo, ordenou-se aos israelitas: “Tendes de alegrar-vos perante Jeová, vosso Deus, por sete dias. E tendes de celebrá-la como festividade para Jeová, por sete dias no ano. Deveis celebrá-la no sétimo mês, como estatuto por tempo indefinido nas vossas gerações. É nas barracas que deveis morar por sete dias. Todos os naturais de Israel devem morar nas barracas, para que as vossas gerações saibam que foi nas barracas que fiz os filhos de Israel morar quando os fiz sair da terra do Egito. Eu sou Jeová, vosso Deus.” — Levítico 23:33-43; Números 29:12-38; Deuteronômio 16:13-17.
3, 4. (a) Com que se podiam alegrar aqueles judeus durante esta Festividade do Recolhimento e como se comparavam as suas moradias com a de Jeová? (b) Por que era a ocasião apropriada para uma mensagem animadora da parte de Jeová e como começava esta mensagem?
3 Temos poucos motivos para crer que os israelitas repatriados tivessem uma grande colheita em 520 A. E .C., em vista do que o profeta Ageu disse na sua primeira profecia. (Ageu 1:5, 6, 9-11; 2:16, 17) Mas o que recolheram aos seus celeiros se devia à misericórdia e longanimidade de Jeová. Por isso, eles tinham bons motivos para se alegrar com Jeová, seu Deus, durante os sete dias da Festividade do Recolhimento. E ao morarem em barracas temporárias durante a festividade, dentro de Jerusalém e em volta dela, não tinham casas apaineladas, com bons telhados, para si mesmos, assim como Jeová tampouco tinha uma casa para a sua adoração em Jerusalém. Já haviam então feito grande parte do trabalho preliminar para começar novamente a reconstrução do templo. Precisavam de mais encorajamento. Visto que o dia 21 de tisri ainda era um dia festivo, Jerusalém estava cheia de adoradores de Jeová, incluindo o governador de Judá e todo o sacerdócio, e era uma boa ocasião para se lhes transmitir uma mensagem inspirada. Jeová cuidou de que fosse transmitida, conforme lemos a seguir:
4 “No sétimo mês [tisri ou etanim], no vigésimo primeiro dia do mês, veio a haver a palavra de Jeová por intermédio de Ageu, o profeta, dizendo: ‘Dize, por favor, a Zorobabel, filho de Sealtiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Jeozadaque, o sumo sacerdote, e aos remanescentes do povo, dizendo: “Quem resta entre vós que viu esta casa na sua glória anterior? E como a vedes agora? Não é, em comparação com aquela, como nada aos vossos olhos?”’” — Ageu 2:1-3.
5. (a) A forma de interrogar usada por Jeová indicava o que a respeito dos presentes nesta ocasião? (b) Em vista da comparação feita, qual era realmente a grande questão?
5 Tudo o que os assim interrogados podiam ver, no máximo, era o alicerce do templo, a fundação que havia sido lançada dezesseis anos antes, lá em 636 A. E .C. (Esdras 3:8-13) A forma de interrogação indica que havia alguns muito idosos ali que haviam sido deportados para Babilônia e que haviam visto o templo construído por Salomão antes de ser destruído pelos babilônios em 607 A. E .C., mais de oitenta e sete anos antes. Podiam lembrar-se de quão suntuoso era aquele templo de Salomão, divinamente projetado. Só estes podiam fazer uma plena comparação dele com o que viam agora. O que agora tinham diante de seus olhos no antigo local do templo não era nada em comparação. Então, o que se podia esperar com respeito a um templo que tinha um início tão humilde e modesto? Portanto, valeria a pena que estes israelitas tementes a Deus prosseguissem com a reconstrução do templo? Mas, visto que o templo havia de ser a casa de Jeová, à grande questão era: Podia Jeová dos exércitos criar do nada algo impressionante, algo adequado?
6. Sobre quem recata realmente a questão da reconstrução do Templo, e, portanto, quem o construiria realmente, e como?
6 A questão estava realmente nas mãos de Deus, que devia ser adorado na casa planejada. Era da Sua vontade que a casa fosse reconstruída para a sua glória e para a promoção dos interesses espirituais da nação de Israel? Visto que era da Sua vontade, então, os construtores fariam a Sua vontade e a Sua obra. Teriam assim a Sua aprovação e Seu apoio e sustento, não importando quem ou quantos fossem contra eles. De fato, seria Ele quem construiria a casa, usando construtores israelitas. Isto era todo-importante, assim como Salomão declarou no Salmo 127:1, onde observou: “A menos que o próprio Jeová construa a casa, é fútil que seus construtores trabalhem arduamente nela. A menos que o próprio Jeová guarde a cidade, é fútil que o guarda se mantenha alerta.”
7. (a) Quem se preocupava mais com a reconstrução daquela casa, e por quê? (b) O que disse Jeová então por meio de Ageu, para que não fossem temerosos por causa dos inimigos?
7 Visto que o assunto tratava da adoração pura do único Deus vivente e verdadeiro, o próprio Jeová estava envolvido como sendo este Deus. Era Ele quem faria a construção. Em vista disso, não precisavam enfraquecer por medo do número extraordinário dos inimigos. Foi por isso que inspirou seu profeta Ageu a dizer: “‘Mas agora, sê forte, ó Zorobabel’, é a pronunciação de Jeová, ‘e se forte, ó Josué, filho de Jeozadaque, o sumo sacerdote’. ‘E sede fortes, todos vós, povo da terra’, é a pronunciação de Jeová, ‘e trabalhai’. ‘Pois eu estou convosco’, é a pronunciação de Jeová dos exércitos. ‘Lembrai-vos da coisa que concluí convosco quando saístes do Egito e quando meu espírito estava posto entre vós. Não tenhais medo.’” — Ageu 2:4, 5.
8. Em que respeito tinham de ser fortes aqueles construtores do templo e que coisa similar se aplicava no caso do apóstolo Paulo, em Corinto?
8 Os deste restante israelita, encarregados da reconstrução do templo, tinham de ser fortes na fé. Mostrariam esta fé pela sua obra na construção do templo. Afinal, por que não? Pois Jeová dos exércitos estava com eles. Conforme o apóstolo cristão, judeu, Paulo disse mais tarde à congregação em Roma, na Itália: “Que diremos, então, quanto a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8:31) Tal garantia divina é muito fortalecedora, conforme este mesmo Paulo pôde verificar ao fazer a obra de Deus na cidade grega de Corinto, no primeiro século E. C. A narrativa nos Atos dos Apóstolos nos conta a respeito disso: “Ademais, o Senhor disse de noite a Paulo, por intermédio duma visão: ‘Não temas, mas persiste em falar e em não ficar calado, porque eu estou contigo e nenhum homem te assaltará para fazer-te dano; porque tenho muito povo nesta cidade.’” Mostrou Paulo ter fé e agiu conforme mandado? O relato diz: “Destarte, demorou ali um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus.” — Atos 18:9-11.
9. (a) Do mesmo modo, em que qualidade deviam ser fortes aqueles construtores do templo, e sob a liderança de quem? (b) O que celebrara Deus com os antepassados deles, de que se deviam lembrar então, e por que nesta ocasião?
9 Do mesmo modo, também os do restante repatriado dos israelitas precisavam ser fortes na sua confiança no Deus Todo-poderoso e fazer a obra Dele. Os principais encarregados entre eles, o Governador Zorobabel e o Sumo Sacerdote Josué, tinham a responsabilidade de tomar a dianteira, e os demais israelitas os acompanhariam e trabalhariam com eles. Deviam lembrar-se do pacto que Jeová celebrara com seus antepassados, quando Ele os guiou para fora do Egito. Era muito apropriado que Ageu lhes lembrasse isso, porque durante a sua viagem de quarenta anos, do Egito para a Terra da Promessa, os antepassados deles haviam morado em tendas ou em barracas, e agora, o restante israelita em Jerusalém celebrava a Festividade das Barracas em lembrança daquilo pelo qual seus antecessores tinham passado. Seus antecessores haviam encontrado inimigos ao longo do caminho; mas Jeová livrara seu povo e cumprira seu pacto, levando-os à Terra da Promessa. O mesmo Deus de libertação estava com os do restante israelita na Festividade das Barracas ali em Jerusalém. Não deviam ter medo.
PREVISTA UMA GLÓRIA MAIOR
10, 11. (a) Por que não deviam desanimar os construtores do templo com o aspecto comparativo das coisas? (b) O que disse então Jeová por meio de Ageu, para aumentar as expectativas deles?
10 Os do restante israelita não deviam ficar desanimados por ser aquilo que então começaram como nada em comparação com o mundialmente famoso templo magnífico de Salomão. Talvez não esperassem nada de especial ou digno de nota em resultado de seus esforços na construção do templo. Mas Jeová via algo simplesmente extraordinário em resultado dos seus trabalhos de fé. Portanto, a fim de estimulá-los, para animá-los com as maiores expectativas, Jeová explicou então por que não deviam ter medo, mas ser fortes na fé e trabalhar, dizendo por meio do profeta Ageu:
11 “Pois assim disse Jeová dos exércitos: ‘Mais uma vez — dentro em pouco — e eu farei tremer os céus, e a terra, e o mar, e o solo seco.’ ‘E vou fazer tremer todas as nações, e terão de entrar as coisas desejáveis de todas as nações; e eu vou encher esta casa de glória’, disse Jeová dos exércitos.” — Ageu 2:6, 7.
12. O que permaneceria, apesar do abalo universal, e a quem se indicou como retornando a Jeová?
12 Não era esta uma perspectiva emocionante para os daquele restante israelita com respeito à casa de adoração que eles estavam para construir? O próprio Jeová dos exércitos apresentava-lhes esta perspectiva, e por isso se cumpriria com certeza. Haveria um abalo universal. Ele o causaria. Tanto as coisas elevadas como as baixas, com respeito à sua terra, seriam feitas tremer — para fora de seu lugar, se não também para a sua destruição! Mas, durante todo este abalo, uma coisa forçosamente permaneceria de pé — aquela casa que o restante israelita construiu! Isto significava que a adoração pura de Jeová perduraria, assim como Sua casa perduraria. Ele encheria de glória a sua casa de adoração, porque entrariam nela as coisas desejáveis de todas as nações. Estas coisas desejáveis seriam levadas para lá por todos os dentre todas as nações, que se haviam voltado para a Sua adoração. Esta casa de adoração divina se tornaria a casa mais importante e mais famosa na terra. Não só seria Jeová adorado ali pelos israelitas naturais, mas também por povos não-judaicos de todas as nações!
13. O que se assegurava assim aos trabalhadores esta vez a respeito da sua construção do templo, e para fazerem o que havia assim incentivo?
13 Isto assegurou aos deste restante israelita que esta vez completariam a construção do templo de Jeová em Jerusalém. Não importaria quais os eventos que abalassem o mundo em volta deles, atingir-se-ia gloriosamente este objetivo. Que todo o resto do mundo ficasse perturbado, amedrontado e preocupado com o tremor e o abalo que o desalojou, mas a obra da construção da casa de adoração de Jeová teria de prosseguir — para a sua terminação gloriosa! E então haveria a jubilosa inauguração dela! (Deuteronômio 20:5 ) Jeová dos exércitos havia dado sua palavra neste sentido, e por isso tinha de acontecer! Avante, então, com a obra, com a força Dele! Havia todos os motivos para se trabalhar!
14, 15. A expressão “mais uma vez” relaciona-se com que, onde e quando?‘
14 No entanto, quando se daria isso? Jeová dos exércitos disse: “Mais uma vez — dentro em pouco — e eu farei tremer os céus, e a terra, e o mar, e o solo seco.” (Ageu 2:6) “Mais uma vez” — em relação com que acontecimento precedente? Quando foi, antes disso, que ele fez tremer as coisas? Deve ter sido lá no sul, no monte Sinai, no terceiro mês lunar (sivã) do ano do êxodo dos israelitas do Egito, o ano 1513 A. E .C. No primeiro dia daquele mês (sivã), eles se acamparam diante do monte Sinai, monte no qual Jeová, por meio de seu anjo, havia aparecido ao profeta Moisés pela manifestação milagrosa do espinheiro ardente que não se queimou. O que aconteceu no terceiro dia de estarem acampados ali? Leiamos a narrativa em Êxodo 19:16-19:
15 “E no terceiro dia, quando amanheceu, sucedeu que começou a haver trovões e relâmpagos, e uma pesada nuvem sobre o monte e um som muito forte de buzina, de modo que todo o povo no acampamento começou a tremer. Moisés levou então o povo para fora do acampamento ao encontro do verdadeiro Deus, e foram postar-se ao sopé do monte. E todo o monte Sinai fumegava devido ao fato de Jeová ter descido sobre ele em fogo; e sua fumaça ascendia como a fumaça dum forno de calcinação e todo o monte tremia muitíssimo. Quando o som da buzina ficou cada vez mais alto, Moisés começou a falar e o verdadeiro Deus começou a responder-lhe com uma voz.”
16, 17. (a) Que aviso se deu então depois de se dar o quê? (b) Que pedido fizeram os israelitas então a respeito de ouvirem Deus ralar-lhes diretamente?
16 Daí, depois de dar instruções para que os israelitas se cuidassem e mantivessem uma distância respeitável do monte, para não tocarem nele, Jeová, por meio de seu anjo, proclamou os Dez Mandamentos de cima do monte Sinai. (Êxodo 19:20 a 20:17) Depois desta expressão divina, quis o povo israelita ouvir a voz diretamente de Jeová mais outra vez? Moisés nos diz sobre isso:
17 “Ora, todo o povo presenciava os trovões e os lampejos, e o som da buzina e o monte fumegando. Quando o povo chegou a ver isso, então estremeceu e ficou de longe. E começaram a dizer a Moisés: ‘Fala tu conosco, e escutemos; mas não fale Deus conosco, para que não morramos.’ Portanto, Moisés disse ao povo: ‘Não tenhais medo, porque o verdadeiro Deus veio para por-vos à prova e para que o temor dele continue diante das vossas faces, para que não pequeis.’ E o povo ficou de longe; Moisés, porém, aproximou-se da densa nuvem escura, onde estava o verdadeiro Deus.” — Êxodo 20:18-21.
18. (a) Quando se referiu Moisés, mais tarde, a estes acontecimentos no monte Sinai e o que disse Davi sobre isso no Salmo 68? (b) Que relação havia entre este abalo e a construção e inauguração do tabernáculo sagrado?
18 Nos discursos de despedida à geração mais nova de israelitas, quase quarenta anos depois, o profeta Moisés referiu-se a estas experiências junto ao monte Sinai. (Deuteronômio 4:9-14; 18:15-19) Até mesmo o salmista Davi foi inspirado a falar sobre isto num cântico melodioso, dizendo: “Ó Deus, quando saíste diante de teu povo, quando marchaste através do deserto . . . a própria terra tremeu, também o próprio céu gotejou por causa de Deus; este Sinai tremeu por causa de Deus, o Deus de Israel.” (Salmo 68:7, 8, NM, Al; ALA) Este abalo de todo o monte foi algo inesquecível. É também interessante notar que este abalo do monte Sinai ocorreu nove meses antes de os israelitas terem terminado de fazer a tenda sagrada de reunião, o tabernáculo. Depois disso, a inauguração deste santo tabernáculo se deu no primeiro dia do primeiro mês lunar (nisã) do ano seguinte, 15l2 A. E .C. Assim, o tremor e abalo precedeu ao início da adoração de Jeová neste tabernáculo erigido no ermo de Sinai. — Êxodo 39:42 a 40:37.
19. Segundo Ageu 2:6, Jeová causaria novamente um tremor, mas esta vez de quê?
19 Segundo a declaração de Jeová em Ageu 2:6, ele se propôs a fazer a terra tremer ou ser abalada outra vez, fazendo-se também tremer os céus, o mar e o solo seco. Quando? “Mais uma vez — dentro em pouco”, disse Ele.
20. Quanto ao literal templo reconstruído em Jerusalém, durante que período teria de ocorrer este tremor em cumprimento primário de Ageu 2:6-9?
20 Foi no dia 21 de tisri do ano 520 A. E . C,. que ele disse isso. A reconstrução do templo só acabou no terceiro dia do décimo segundo mês lunar (3 de adar) do sexto ano (515 A. E .C.) do reinado do persa Dario I. Isto foi mais de quatro anos e quatro meses lunares depois da profecia de Jeová em Ageu 2:6-9. Depois disso viria a inauguração do templo reconstruído. A seguir, Jeová cumpriria a sua palavra e encheria esta casa sagrada de glória. (Esdras 4:24; 6:14, 15) De modo que fazerem-se tremer e abalarem-se as coisas para cumprir sua profecia relacionada com o templo literal reconstruído em Jerusalém teria de ocorrer durante este período (520-515 A. E .C.), como cumprimento primário da profecia. Os registros da história teriam de mostrar como se cumpriu a profecia nos assuntos internacionais daquele tempo específico. Foi deveras um tempo de bastante perturbação para o Império Persa.
21. Por que devemos estar hoje interessados num cumprimento maior da profecia de Ageu 2:6-9?
21 Entretanto, devemos lembrar-nos de que o templo reconstruído em Jerusalém era típico. Era uma representação em pequena escala do templo maior de Jeová, de seu templo espiritual, onde seu povo dedicado o adora hoje em dia. De modo que o cumprimento maior e final de Ageu 2:6-9 é o cumprimento em que devemos estar hoje interessados.
A CERTEZA DUM CUMPRIMENTO MODERNO
22. Desde que ano são instáveis as nações modernas, e que pergunta surge?
22 Todas as pessoas informadas concordarão prontamente que desde o décimo quarto ano de nosso século vinte algo de extraordinário tem acontecido às nações. A Primeira Guerra Mundial, que começou em 1914 E.C., desencadeou uma série de eventos que têm abalado todas as nações atuais. Todos os seus esforços de se estabilizarem continuam a fracassar, mesmo apesar da ajuda da organização das Nações Unidas em prol de paz e segurança mundiais. Qual é o significado de tudo isso? O que resultará disso? Os prognosticadores políticos e os historiadores do mundo não têm nenhuma resposta fidedigna. Mas, não há nenhuma resposta?
23. A resposta a ela está contida em que mensagem do sexto século A. E. C.?
23 A resposta está contida nas palavras que ressoam para nós desde a Jerusalém do sexto século antes de nossa Era Comum: “Assim disse Jeová dos exércitos: ‘Mais uma vez — dentro em pouco — e eu farei tremer os céus, e a terra, e o mar, e o solo seco.’ ‘E vou fazer tremer todas as nações, e terão de entrar as coisas desejáveis de todas as nações; e eu vou encher esta casa de glória’, disse Jeová dos exércitos.” — Ageu 2:6, 7.
24. Que perguntas surgem quanto à aplicação destas palavras proféticas?
24 No entanto, como sabemos que estas palavras emocionantes transmitidas a nós pelo profeta de Jeová, Ageu, não se aplicaram apenas lá no tempo do profeta ou “pouco” depois? Que certeza podemos ter de que estas mesmas palavras têm uma aplicação moderna em nossos próprios dias?
25. (a) Que citação feita mais tarde ao povo da mesma raça nos indica a resposta a elas? (b) Por que precisava aquele povo ter cuidado em vista duma catástrofe iminente?
25 Sabemos isso porque muito tempo depois da profecia de Ageu, de fato, cerca de 580 anos depois, estas palavras proféticas foram citadas sob inspiração divina e receberam uma aplicação futura, no fim do atual sistema internacional de coisas. Assim como se deu com as palavras proféticas de Ageu, esta citação de suas palavras foi feita a hebreus, descendentes do patriarca Abraão, o hebreu, só que estes últimos hebreus se haviam tornado cristãos, no primeiro século de nossa Era Comum. (Gênesis 14:13; Hebreus 1:1, 2; 2:16) A citação da profecia de Ageu foi-lhes feita cerca de dez anos antes da destruição de Jerusalém e de seu templo reconstruído, pelos romanos, no ano 70 E.C. Por conseguinte, estava iminente uma grande mudança, e os hebreus cristianizados tinham de ter cuidado de que não sofressem danos e perdas junto com os hebreus incrédulos que ainda se apegavam à Jerusalém terrestre e seu templo material.
26. O que disse o escritor àqueles hebreus cristianizados com referência a Esaú, para que evitassem uma perda?
26 Dizendo aos hebreus cristianizados como podiam evitar uma perda irremediável por seguirem o proceder certo com o devido apreço de valores espirituais, o escritor inspirado disse-lhes: “Empenhai-vos pela paz com todos e pela santificação sem a qual nenhum homem verá o Senhor, vigiando cuidadosamente para que ninguém seja privado da benignidade imerecida de Deus; para que nenhuma raiz venenosa, brotando, cause dificuldade e para que muitos não sejam aviltados por ela; para que não haja fornicador, nem alguém que não estime as coisas sagradas, igual a Esaú, que em troca de uma só refeição renunciou aos seus direitos de primogênito. Porque sabeis que também depois, quando quis herdar a bênção, ele foi rejeitado, porque, embora buscasse seriamente uma mudança de pensamento [de seu pai Isaque], com lágrimas, não achou lugar para ela [em Isaque].” — Hebreus 12:14-17.
27. (a) Por que era a situação daqueles hebreus cristianizados mais séria do que a de seus antepassados junto ao monte Sinai? (b) Como podiam evitar ser semelhantes a Esaú?
27 Para aqueles hebreus cristianizados, as coisas haviam mudado enormemente desde que se tornaram seguidores do Messias, Jesus, descendente do Rei Davi e do patriarca Abraão. Aqueles hebreus enfrentavam uma série maior e mais séria de circunstâncias do que seus antepassados, quando estes foram levados ao monte Sinai pelo profeta Moisés, em 1513 A. E .C. Coisas maiores estavam em jogo e podiam ser perdidas permanentemente, com os perdedores sofrendo finalmente a destruição. Assim como o patriarca Isaque, filho de Abraão, negou-se a se arrepender, apesar das lágrimas de seu filho materialista Esaú, assim Jeová Deus não se arrependeria, se estes hebreus cristianizados perdessem seu apreço pela benignidade imerecida Dele para com eles, por meio do Senhor Jesus Cristo. Em vez de serem iguais a Esaú, que deu pouco valor às oportunidades espirituais que se lhe abriam como neto de Abraão, deviam evitar a profanação, mostrando pleno apreço das coisas sagradas e apegando-se a estas. Foi por isso que o escritor inspirado prosseguiu, dizendo a estes hebreus cristianizados, que já haviam sido introduzidos num novo pacto mediante Jesus Cristo:
28. Segundo o escritor, a que não se haviam chegado aqueles hebreus cristianizados?
28 “Pois, [quer dizer: Em vista do que acabei de dizer nas sentenças precedentes,] não vos chegastes ao que pode ser apalpado [tal como o monte Sinai] e que tenha sido incendiado com fogo, e a uma nuvem escura, e a densa escuridão, e a uma tempestade, e ao clangor de trombeta, e à voz de palavras, sendo que, ao ouvi-la, imploraram que não se lhes acrescentasse nenhuma palavra. Pois o mandado não lhes era suportável: ‘E, se algum animal tocar no monte, terá de ser apedrejado.’ Também, tão terrível era o espetáculo, que Moisés [o mediador] disse: ‘Estou atemorizado e tremendo.’
29. Mas a que se haviam chegado aqueles hebreus cristianizados, bem como a que série de circunstâncias?
29 “Mas, vós vos chegastes a um Monte Sião e a uma cidade do Deus vivente, a Jerusalém celestial, e a miríades de anjos [não apenas àqueles anjos lá no monte Sinai], em assembléia geral, e à congregação dos primogênitos [filhos primogênitos cristãos de Deus, maiores do que o primogênito de Isaque, Esaú] que foram alistados nos céus [não no registro da família terrestre de Isaque], e a Deus, o Juiz de todos [não a um anjo representativo de Deus, como no monte Sinai], e às vidas espirituais dos justos que foram aperfeiçoados [não a pecadores condenados como os hebreus no monte Sinai], e a Jesus, o mediador dum novo pacto [melhor do que o pacto da lei mediado por Moisés], e ao sangue de aspersão, que fala melhor do que o sangue de Abel [sendo o sangue de Jesus Cristo].” — Hebreus 12:18-24; Gálatas 3:19; Atos 7:37, 38
30. Portanto, o que podemos agora reconhecer melhor a respeito da situação daqueles hebreus cristianizados?
30 Quando consideramos todas estas coisas maiores às quais os hebreus cristianizados se chegaram, podemos avaliar que estavam numa situação mais séria do que seus antepassados hebreus diante do monte Sinai, da Arábia, no ano 1513 A.E.C. Tinham mais a perder. Era possível sofrerem a destruição eterna por se tornarem semelhantes ao primogênito de Isaque, Esaú, e perderem seu apreço das coisas sagradas relacionadas com os filhos primogênitos espirituais de Deus, alistados nos céus.
31. O mesmo se aplica a quem, hoje em dia, e, por isso, que devem estes estar ansiosos de fazer?
31 O mesmo se aplica hoje aos que afirmam ser cristãos, quer sejam judeus convertidos, quer gentios convertidos. Devemos reconhecer quem é que nos fala — Deus — por meio de sua Palavra inspirada, a Bíblia sagrada. Portanto, devemos estar ansiosos de ouvir as coisas adicionais que ele nos disse por meio do Mediador Jesus Cristo e seus discípulos, inspirados para escrever escrituras sagradas. Não devemos deixar de apreciar plenamente estas coisas da mais alta importância. Não devemos escusar-nos de escutar e de prestar-lhes atenção. Por isso, o escritor inspirado prossegue dizendo aos hebreus cristãos:
32. Portanto, o que passou a dizer o escritor a respeito de não se escusar?
32 “Cuidai de que não vos escuseis [eximais] daquele que está falando. Porque, se não escaparam aqueles que se escusaram daquele que dava aviso divino na terra, muito menos ainda nós, se nos desviarmos daquele que fala desde os céus. Naquele tempo, a sua voz abalou a terra [mas não fez em pedaços o monte Sinai], mas agora ele tem prometido, dizendo: ‘Ainda mais uma vez porei em comoção não só a terra, mas também o céu.’”
33. Onde fez Deus tal promessa e por que a citou então o escritor como apropriada?
33 Onde fez Jeová Deus tal promessa? Ora, na profecia de Ageu, capítulo dois, versículo seis, dada na antiga Jerusalém, nas seguintes palavras: “Pois assim disse Jeová dos exércitos: ‘Mais uma vez — dentro em pouco — e eu farei tremer os céus, é a terra, e o mar, e o solo seco.’” Mas esta promessa divina não se cumpriu completamente “dentro em pouco” depois de ser proferida pelo profeta Ageu. É por isso que o escritor que escreveu aos hebreus cristianizados faz o seguinte comentário inspirado adicional sobre esta promessa divina, a respeito de fazer tremer os céus, bem como a terra:
34. Como comentou o escritor a sua citação de Ageu 2:6?
34 “Ora, a expressão ‘ainda mais uma vez’ indica a remoção das coisas abaladas como coisas feitas, a fim de que permaneçam as coisas não abaladas. Em vista disso, sendo que havemos de receber um reino que não pode ser abalado, continuemos [dessemelhantes de Esaú] a ter benignidade imerecida, por intermédio da qual podemos prestar a Deus serviço sagrado aceitável, com temor piedoso e com espanto reverente. Porque o nosso Deus é também um fogo consumidor [tão destrutivo como o fogo com que foi incendiado o monte Sinai].” — Hebreus 12:25-29.
35. A que tempo aplica o escritor a expressão “ainda mais uma vez”, e, por isso, o que deve estar perto quanto as coisas feitas, abaláveis?
35 Notamos isso? O escritor que escreveu aos hebreus cristianizados aplica a expressão divina, “ainda mais uma vez”, ao futuro e explica que a única coisa inabalável é o reino a ser recebido pelos cristãos que prestam serviço sagrado a Deus de maneira aceitável. Também, que a remoção de todas as coisas feitas, que são abaladas, deixará lugar para este reino, um governo que ficará e que permanecerá em operação. As abaláveis coisas feitas ainda não foram removidas, embora talvez já tenham sido postas em comoção e estejam tremendo e sendo abaladas. É evidente, pois, segundo a interpretação dada às coisas pelas inspiradas Escrituras sagradas, que a profecia de Ageu 2:6, 7, tem uma aplicação moderna no século vinte e que o cumprimento total da profecia ainda está à nossa frente, mas está muito próximo!
COMO?
36. Que pergunta surge então a respeito do cumprimento moderno de Ageu 2:6, 7 no século vinte?
36 Os literais céus, terra, mar e solo seco não serão removidos, num perecerão. Isto certamente não aconteceu no primeiro cumprimento em pequena escala da profecia nos dias de Ageu ou pouco depois. Então, como se realiza a promessa divina no cumprimento moderno no século vinte? “Pois assim disse Jeová dos exércitos: ‘Mais uma vez — dentro em pouco — e eu farei tremer os céus, e a terra, e o mar, e o solo seco.’ ‘E vou fazer tremer todas as nações, e terão de entrar as coisas desejáveis de todas as nações; e eu vou encher esta casa de glória’, disse Jeová dos exércitos.” — Ageu 2:6, 7.
37. A que leva o tremor de todas as coisas mencionadas e o que tem de acontecer às coisas que se opõem a isso e o estorvam?
37 Quem não vê que tremerem e serem abaladas todas as coisas mencionadas resulta na glorificação do Templo de Jeová Deus? Isto significa o embelezamento e o enaltecimento da adoração pura do único Deus vivente e verdadeiro, não numa casa literal de adoração na terra, mas no seu verdadeiro Templo, a saber, o domínio em que Ele é adorado com espírito e verdade, dentro da estrutura de seu arranjo especial. (João 4:21-24) Jeová precisa receber seu lugar legítimo de adoração em todo o universo vivente. Tudo o que se tenha oposto à sua adoração legítima e pura e que a tenha estorvado precisa ser removido da existência. Segundo o escritor inspirado, em Hebreus 12:26, 27, tremerem e serem abaladas todas estas coisas significa a remoção delas, sendo abaladas até ficar em pedaços.
38. No que se refere ao abalo ou ao tremor, que dizer das coisas as quais se chegaram os cristãos ungidos (Hebreus 12:22, 23)?
38 A “cidade do Deus vivente, a Jerusalém celestial”, não será abalada, nem removida. Nem tampouco será seu lugar celestial, o “Monte Sião”. Nem as santas “miríades de anjos, em assembléia geral”, nem a “congregação dos primogênitos que foram alistados nos céus”, nem as “vidas espirituais dos justos que foram aperfeiçoados”. (Hebreus 12:22, 23) Estas coisas às quais se chegaram os cristãos dedicados, batizados e ungidos não são coisas perecíveis. Não estão associadas com nenhum templo típico e material aqui na terra, nem dependem dele, assim como foram os templos construídos na Jerusalém terrestre pelo Rei Salomão e pelo Governador Zorobabel e o Sumo Sacerdote Josué, filho de Jeozadaque. Estas coisas imperecíveis têm que ver com o templo maior de Jeová, seu templo espiritual, que é o único templo que o pode conter no seu Santíssimo (o próprio céu). (1 Reis 8:27; Isaías 66:1; Atos 7:48-50; 17:24, 25; Hebreus 9:23, 24) Estas coisas imperecíveis e irremovíveis têm que ver também com o “reino que não pode ser abalado”, de Jeová. — Hebreus 12:28.
39. Portanto, são literais ou simbólicos os “céus” que se fazem tremer e por quê?
39 Então, quais são os “céus” que serão abalados, sacudidos e removidos? Jeová, o grande Abalador, Sacudidor e Removedor nos esclarece a resposta. No maravilhoso livro de “sinais”, Revelação (Apocalipse), que Ele deu ao apóstolo hebreu-cristão João, Ele nos fornece um quadro simbólico da remoção destes céus. Inspirou o apóstolo João a escrever em Revelação 20:11: “E eu vi um grande trono branco e o que estava sentado nele. De diante dele fugiam a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.” Este céu fugitivo foi substituído; pois, em Revelação 21:1, 2, João prossegue: “E vi um novo céu e uma nova terra; pois o céu anterior e a terra anterior tinham passado, e o mar já não é. Vi também a cidade santa, a Nova Jerusalém, descendo do céu, da parte de Deus, e preparada como noiva adornada para seu marido.” Assim como aqui a “cidade santa, a Nova Jerusalém”, é sinal que representa a “noiva, a esposa do Cordeiro” (Revelação 21:9), assim os ‘céus anteriores’, os ‘céus’ que fugiram de diante de Deus, no seu grande trono branco, são também “sinal” ou símbolo.
40, 41. O que diz Revelação 12:3-5, 7-12, para nos fornecer um indício do significado dos “céus”?
40 “Sinal” de quê? Evidentemente, de alguma organização celestial, invisível, espiritual, que tem dominado a humanidade. Revelação, capítulo doze, nos fornece a chave para isso. Diz ali: “E viu-se outro sinal no céu, e eis um grande dragão cor de fogo, com sete cabeças e dez chifres, e nas suas cabeças sete diademas; e a sua cauda puxa um terço das estrelas do céu, e as lançou para baixo à terra. . . . E irrompeu uma guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam com o dragão, e o dragão e os seus anjos batalhavam, mas ele não prevaleceu, nem se achou mais lugar para eles no céu. Assim foi lançado para baixo o grande dragão, a serpente original, o chamado Diabo e Satanás, que está desencaminhando toda a terra habitada; ele foi lançado para baixo, à terra, e os seus anjos foram lançados para baixo junto com ele. E ouvi uma voz alta no céu dizer:
41 “‘Agora se realizou a salvação, e o poder, e o reino de nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo, porque foi lançado para baixo o acusador dos nossos irmãos, o qual os acusa dia e noite perante o nosso Deus! E eles o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do seu testemunho, e não amaram as suas almas, nem mesmo ao encararem a morte. Por esta razão, regozijai-vos, ó céus, e vós os que neles residis! Ai da terra e do mar, porque desceu a vós o Diabo, tendo grande ira, sabendo que ele tem um curto período de tempo.’” — Revelação 12:3-5, 7-12.
42. Esta narrativa mostra que os “céus” são representativos de quê?
42 Em vista desta narrativa em linguagem simbólica pode-se ver claramente que os “céus” simbólicos representam a organização espiritual, invisível, de Satanás, o Diabo, e dos anjos demoníacos debaixo dele. Com estes anjos demoníacos, iníquos, Satanás, o Diabo, tem desencaminhado “toda a terra habitada”. Jesus Cristo chamou-o de “governante” do mundo da humanidade. (João 12:31; 14:30; 16:11) O apóstolo cristão Paulo o identifica como o “deus deste sistema de coisas”, que cega as mentes dos incrédulos. Paulo fala dele também como sendo “o governante da autoridade do ar, o espírito que agora opera nos filhos da desobediência”. (2 Coríntios 4:4; Efésios 2:2) O apóstolo João traz à atenção a influência que Satanás exerce sobre o mundo da humanidade, dizendo: “[Nós cristãos] sabemos que nos originamos de Deus, mas o mundo inteiro jaz no poder do iníquo.” (1 João 5:19) Satanás e seus anjos demoníacos são os mencionados em Efésios 6:12 como as “forças espirituais iníquas nos lugares celestiais”. São os céus invisíveis que agora dominam a humanidade perversa.
43. O que se pode dizer a respeito de estes “céus” já terem começado a tremer?
43 Graças ao Deus Todo-poderoso, que não se trata de “céus” permanentes sobre a raça humana. Dentro em breve, depois da vindoura “grande tribulação” sobre toda a humanidade, estes “céus” terão de fugir de diante da face de Jeová Deus, sentado no seu “grande trono branco”. (Revelação 20:11) De modo que são “céus” removíveis. São os céus que podem ser abalados até ficar completamente destruídos. Seu abalo já começou. Quando? Depois do nascimento do reino messiânico de Deus, nos céus, ao terminarem os “tempos dos gentios” ou “tempos designados das nações”, em meados do segundo semestre do ano de 1914 E.C. Naquela ocasião, o entronizado Jesus Cristo, atuando como o Miguel celestial, o “grande príncipe” que se ergue a favor do povo de Deus, começou a travar guerra contra Satanás, o Diabo, e sua organização demoníaca. Em conseqüência disso, aquelas forças espirituais iníquas foram sacudidas para fora de sua posição celestial e feitas cair para a vizinhança de nossa terra.
44. Em que resulta serem os “céus” sacudidos para fora de seus contatos em cima, e quando terminará o abalo?
44 Seu vexame por terem sido sacudidas para fora de seus anteriores contatos celestiais tem resultado em crescente “ai” para a humanidade e também em perseguição do povo dedicado e batizado de Jeová, os israelitas espirituais, aqui na terra. (Revelação 12:5-13, 17; Daniel 12:1) Mas, com este rebaixamento não acabou o abalo deles. O derradeiro abalo até o fim terá de vir depois da “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon, e terá de causar sua queda num abismo carcerário, onde ficarão detidos durante os mil anos do reinado ininterrupto de Cristo sobre a humanidade remida. De modo que estes “céus” iníquos desaparecerão agora e darão lugar aos “novos céus”, nos quais a justiça há de morar para sempre. — 2 Pedro 3:7-13; Revelação 20:1-3.
45. Que assuntos foram afetados por este abalo inicial de tais “céus” e onde, e o que se deve dizer a respeito do abalo e da remoção de nossa terra literal?
45 Este rebaixamento e a restrição dos céus demoníacos à vizinhança da terra, por um “curto período de tempo”, até serem lançados no “abismo”, têm afetado enormemente os assuntos da humanidade na terra, desde 1914 E.C. Mas como cumpre Jeová Deus a sua promessa de fazer tremer, de abalar ou por em comoção tanto a “terra” como os “céus”? (Ageu 2:6; Hebreus 12:26) Pois bem, assim como os “céus” a serem abalados não são os céus literais, visíveis, acima da humanidade, assim também a “terra” contrastada com estes céus não é a terra literal sob os pés do homem. Referente à terra literal e sua permanência, o Salmo 104:5 fala a respeito da criação de Deus e diz: “Ele fundou a terra sobre os seus lugares estabelecidos; não será abalada, por tempo indefinido ou para todo o sempre.” Em harmonia com isto, nosso literal globo terrestre não será abalado e sacudido com o objetivo de ser removido.
46. Então, qual é a “terra” que é feita tremer e removida e quando veio a existir?
46 É lógico, pois, que é a “terra” simbólica que Jeová prometeu fazer tremer e por em comoção, visando a sua remoção. Assim como os “céus” relacionados com ela são compostos de criaturas vivas, inteligentes (os demônios espirituais sob Satanás, o Diabo), assim também a “terra” simbólica é composta de criaturas vivas, inteligentes, a saber, a sociedade humana que jaz sob o poder do iníquo, Satanás, o Diabo. Esta sociedade humana, ímpia, veio à existência algum tempo depois do dilúvio dos dias de Noé e inclui agora praticamente todo o mundo da humanidade. (Revelação 12:9; 1 João 5:19) Esta “terra” simbólica e os “céus” associados, por cima dela, constituem “os céus e a terra que agora existem” e que, segundo a palavra de Deus, “estão sendo guardados para o fogo e estão sendo reservados para o dia do julgamento e da destruição dos homens ímpios”, conforme nos diz 2 Pedro 3:7. Antes de o Soberano Senhor Jeová destruir esta “terra” simbólica como por um fogo consumidor, como se faz que ela seja abalada, sacudida e posta em comoção?
FAZER A “TERRA” TREMER
47. Como começou Deus a abalar a “terra” simbólica?
47 Ele começa a fazer isso por reivindicar sua soberania sobre a moradia da sociedade humana, a saber, a terra literal. Faz isso dum modo como nunca fez antes. A sociedade humana egoísta e egocêntrica afirma ser dona da terra e ter o direito de fazer com ela e com os mares o que bem entende. Assim não se faz caso do Criador da terra e isto é tanto errado como míope. O Soberano Senhor Jeová deixou que este conceito e sua aplicação prevalecessem ininterruptamente e incontestados até o fim dos Tempos dos Gentios ou “tempos designados das nações” em 1914 E.C. Daí, ele deu vida à sua própria reivindicação legítima por fazer nascer seu reino messiânico nos céus. Este governo celestial invisível, representado em Revelação 12:5 como “varão” ou “filho” da “mulher” de Deus, foi designado a “pastorear todas as nações com vara de ferro”. Fazer Jeová valer assim a sua soberania universal abalou a “terra” simbólica, a sociedade humana ímpia, sacudindo-a de seu longo estado inerte, acomodado, em que Jeová Deus lhe permitiu tratar a terra literal como se fosse dela, e usá-la mal, como se não tivesse de prestar contas a ninguém.
48. Como seria a simbólica “terra” não-espiritual abalada pela ação invisível, celestial, do Soberano Universal Jeová?
48 No entanto, como seria a sociedade humana, terrestre, abalada ou sacudida por esta ação celestial, invisível, do Soberano Universal, se a sociedade humana não se apercebesse disso? Como seria isto sentido pela sociedade humana não-espiritual, sentindo-se abalada? Isto se daria por ele fazer com que fosse avisada de que os Tempos dos Gentios, “os tempos designados das nações”, haviam terminado em 1914, ano em que começou a Primeira Guerra Mundial. Terminou então a sua longa dominação do mundo, porque se podia então dizer ao Soberano Senhor Jeová: “Agradecemos-te, Jeová Deus, o Todo-poderoso, aquele que é e que era, porque assumiste o teu grande poder e começaste a reinar. Mas as nações ficaram furiosas, e veio teu próprio furor.” (Revelação 11:17, 18) o aviso desta mudança universal do status quo (o “estado em que” se achavam as coisas) foi dado à sociedade humana, terrestre, pelos embaixadores, na terra, do então já reinante Soberano, Jeová Deus, o Todo-poderoso.
49. Quem são estes “embaixadores” que dão o aviso e por que é sua missão agora mais urgente do que nunca?
49 Quem são estes “embaixadores”? São os cristãos dedicados, batizados e ungidos com espírito, que são descritos pelas palavras do apóstolo Paulo na sua segunda carta aos Coríntios, capítulo cinco, versículos dezenove e vinte: “Deus, por meio de Cristo, estava reconciliando o mundo consigo mesmo, não lhes imputando as suas falhas, e ele nos encarregou da palavra da reconciliação. Somos, portanto, embaixadores, substituindo a Cristo, como se Deus instasse por nosso intermédio. Rogamos, como substitutos de Cristo ‘Sede reconciliados com Deus.’” Agora que Jeová Deus, o Todo-poderoso, havia assumido o seu grande poder e havia começado a reinar por meio do seu recém-nascido reino messiânico, nos céus, era mais urgente do que nunca que a sociedade humana, terrestre, fosse reconciliada com Deus. Era iminente a remoção completa de todo o sistema mundial de coisas, e havia começado seu “tempo do fim”. (Daniel 12:4) A questão é: Quem escapará de ser destruído junto com ele?
50. Como reagiu a “terra” simbólica ao aviso dado a ela pelos embaixadores do Reino?
50 Como reagiu a “terra” simbólica, a sociedade humana atribulada pela guerra, ao aviso que lhe foi dado pelos “embaixadores” do reino estabelecido de Deus às mãos de Seu Cristo? Sossegou a terra, numa reação pacífica ao convite de se reconciliar com o recém-nascido reino de Jeová por Cristo? A história daqueles anos da Primeira Guerra Mundial responde que não! A “terra” dilacerada pela guerra ficou tremendo, sendo abalada e posta em comoção por tal aviso. Conforme predisse Revelação 11:18: “As nações ficaram furiosas”, quer dizer, contra os embaixadores do Reino. Tentaram usar as condições globais de guerra para suprimir estes embaixadores do Reino. Recorreram até mesmo à perseguição violenta, em alguns casos até mesmo à morte dos embaixadores. Esta foi a experiência dos cristãos dedicados, batizados e ungidos, então conhecidos como Estudantes Internacionais da Bíblia, mas hoje conhecidos como testemunhas cristãs de Jeová.
51. (a) O que se pode dizer mais sobre os embaixadores do Reino darem este aviso e o efeito disso? (b) De que modo é a causa disso exatamente como diz Hebreus 12:26?
51 Nas páginas da história está escrito o registro vergonhoso da atuação da “terra” simbólica ao passo que tremia e era abalada, ficando cheia de comoção violenta em hostilidade aos embaixadores do Reino de Jeová. O aviso dos embaixadores fiéis do Soberano Senhor Jeová continua a ser dado por eles até hoje, em escala cada vez maior, e a “terra” simbólica ainda está sendo feita tremer e é abalada, posta em comoção, pelo aviso e seu significado desafiador. Em prova de que este aviso diz a verdade, vemos cumprirem-se as coisas que Jesus Cristo disse que assinalariam este “tempo do fim”: “Haverá grandes terremotos, e, num lugar após outro, pestilências e escassez de víveres; e haverá vistas aterrorizantes e grandes sinais do céu.” (Lucas 21:11) Mas em sentido simbólico, foi exatamente assim como Hebreus 12:26 disse a respeito da presença de Jeová no monte Sinai, quando deu os Dez Mandamentos: “Naquele tempo, a sua voz abalou a terra.” Nos dias atuais, a transmissão da mensagem de Sua Palavra escrita por meio dos embaixadores de seu Reino tem abalado a “terra” simbólica.
52. O que é representado pelo “mar” e pelo “solo seco” que também são abalados?
52 Todos os elementos da sociedade humana, na terra, foram feitos tremer e foram abalados. É assim como disse o Soberano Senhor Jeová: “Mais uma vez — dentro em pouco — e eu farei tremer os céus, e a terra, e o mar, e o solo seco.” (Ageu 2:6) Na crosta superior de nosso globo terrestre há o mar e o solo seco; o mar está constantemente em movimento e o solo seco é estável, com exceção de terremotos locais. Visto que a profecia de Ageu 2:6 tem significado simbólico, como no caso dos “céus e a terra”, o “mar” simbólico seria aquela parte da sociedade humana que é instável, desassossegada, como que lançando de si “algas e lama”, revolta, desejosa de mudanças radicais, continuamente batendo contra o “solo seco”. (Isaías 57:20) Em contraste, o “solo seco” simbólico seria a parte da sociedade humana que é acomodada, estável e conservadora, procurando manter o status quo, aposta às mudanças radicais.
53. Como se mostra se estes dois elementos da sociedade humana foram abalados ou não?
53 Contudo, ambos estes elementos da sociedade humana querem que o globo terrestre seja governado por homens em vez de por Deus, o Soberano Senhor Jeová. Por isso, também são abalados pelo aviso que lhes é dado pelos embaixadores espirituais, anunciando que os “tempos designados das nações” já expiraram e que o reino de Jeová, por Cristo, já governa nos céus, aproximando-se rapidamente o tempo da remoção completa de todo este sistema terrestre de coisas, numa grande tribulação, tal como a humanidade nunca antes sofreu. (Mateus 24:3-22; Marcos 13:4-20) Mostrando que estão sendo abalados pela mensagem da Palavra de Deus, ambos estes elementos da sociedade humana, o conservador e o radical, ficaram ‘furiosos’ com os proclamadores da mensagem divina, os embaixadores do Reino.
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“Terão de entrar as coisas desejáveis de todas as nações”O Paraíso Restabelecido Para a Humanidade — Pela Teocracia!
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Capítulo 5
“Terão de entrar as coisas desejáveis de todas as nações”
1. O que passa a dizer Ageu 2:7 sobre o que se segue ao abalo das nações e, por isso, o que não devemos querer fazer com respeito à adoração de Jeová?
É EVIDENTE que a profecia de Ageu 2:6 se cumpre desde que Jeová Deus, o Todo-poderoso, assumiu a sua soberania universal naquele ano de guerra de 1914 E. C. Mas a profecia passa a dizer-nos o que resulta do abalo de todas as nações, além da remoção total de todo o sistema humano de coisas na terra. Em Ageu 2:7, o Soberano Senhor Jeová prossegue: “‘E vou fazer tremer todas as nações, e terão de entrar as coisas desejáveis de todas as nações; e eu vou encher esta casa de glória’, disse Jeová dos exércitos.” Em vista desta promessa divina, mostrando que Jeová dos exércitos se agrada em glorificar seu templo ou sua casa de adoração pura, quem somos nós para desprezar e rebaixar a adoração verdadeira Dele nestes dias atribulados?
2. Como fez Jeová as nações tremer desde 1914 E.C. e por que precisa haver uma reação final da parte delas?
2 No cumprimento fiel desta profecia, Jeová dos exércitos tem feito tremer todas as nações. Desde 1914 E.C., ele tem enviado seus embaixadores do Reino para avisar todas as nações a respeito da mudança crítica que ocorreu no status quo universal. O resultado tem sido assim como Jesus Cristo predisse na sua profecia sobre a “terminação do sistema de coisas”: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” (Mateus 24:3-14) Todas as nações se vêem obrigadas a confessar que ficaram furiosas com os embaixadores do Reino. O registro da história dá testemunho contra as nações. Mas a fúria da parte das nações ainda não acabou. Na decisão derradeira ainda à frente, os embaixadores do Reino continuarão a apegar-se à soberania universal de Jeová e a viver à altura da mensagem que lhes foi dada por Deus. Portanto, conforme predito na Palavra profética de Deus, a fúria de todas as nações está prestes a irromper numa expressão final.
3. Até que ponto fará Jeová as nações tremer, e, por isso, que dizer de qualquer tolerância religiosa delas na atualidade?
3 A hostilidade das nações políticas da terra mostrar-se-á no seu grau máximo, e, concordemente, Jeová dos exércitos fará todas estas nações tremer até que desmoronem e sejam removidas para sempre. Por isso, qualquer tolerância religiosa das nações para com os embaixadores do Reino, na atualidade, é apenas temporária. Que ela não engane a ninguém.
4. Cumpriram as nações, como estabelecimentos políticos integrais, a profecia de Ageu 2:7, e como se prova isso?
4 O que devemos esperar antes do acesso final de fúria da parte de todas as nações e sua conseqüente comoção violenta, segundo a profecia de Ageu 2:7? O seguinte: “‘Terão de entrar as coisas desejáveis de todas as nações; e eu vou encher esta casa de glória’, disse Jeová dos exércitos.” Então, o que mostram os fatos históricos a respeito do cumprimento desta profecia até agora? Não mostram que todas as nações políticas, como nações integrais, como instituições políticas, tenham vindo ao verdadeiro templo de adoração de Jeová e tenham trazido consigo, como ofertas voluntárias, as coisas desejáveis de suas nações. Depois de tudo o que aconteceu desde 1914 E.C., as nações ainda não renunciam à sua própria soberania terrestre, nem se declaram a favor da soberania universal de Jeová. Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, estabeleceram as Nações Unidas como organização internacional de paz e segurança mundiais. Apegam-se a elas tenazmente em desespero, até o dia de hoje. Esta organização internacional está em flagrante oposição à soberania de Jeová.
5. Como reagiram os cidadãos individuais dentro das nações abaladas e com quem se têm associado?
5 Mas, que dizer dos cidadãos individuais em todas as nações que têm sofrido um forte abalo, durante o qual procuram manter-se firmes? Ora, até o momento, tem havido dezenas de milhares de pessoas que reagiram de modo diferente à pregação do reino daquele dos seus governos políticos e das organizações religiosas metidas na política. Passaram a ver que não os aguarda nenhum futuro feliz, pacífico e próspero debaixo de tais governos políticos feitos pelos homens. Passaram a ver que a única esperança de se salvarem de ser destruídas junto com as nações políticas deste sistema de coisas é o reino messiânico do Soberano Senhor Jeová. Sentem vivamente que Satanás, o Diabo, é o “deus deste sistema de coisas”, e não querem adorar este deus falso por adorar as nações políticas. Reconhecem que toda a soberania pertence legitimamente ao Deus Altíssimo. Por isso se dedicaram integralmente ao Soberano Senhor Jeová, para adorá-lo na sua verdadeira casa de adoração. Associaram-se com os embaixadores Dele.
6. Ao observarmos tais defensores hodiernos da soberania e adoração de Jeová, que profecia de Isaías vemos cumprir-se?
6 Ao observarmos tais defensores hodiernos da soberania universal e da adoração de Jeová, observamos o cumprimento emocionante daquela profecia muitas vezes citada de Isaías 2:2-4: “Na parte final dos dias terá de acontecer que o monte da casa de Jeová ficará firmemente estabelecido acima do cume dos montes e certamente se elevará acima dos morros; e a ele terão de afluir todas as nações. E muitos povos certamente irão e dirão: ‘Vinde, e subamos ao monte de Jeová, à casa do Deus de Jacó; e ele nos instruirá sobre os seus caminhos e nós andaremos nas suas veredas.’ Pois de Sião sairá a lei e de Jerusalém a palavra de Jeová. E ele certamente fará julgamento entre as nações e resolverá as questões com respeito a muitos povos. E terão de forjar das suas espadas relhas de arado, e das suas lanças, podadeiras. Não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerra.”
7. Quando começou a dar-se isso e por parte de que espécie de pessoas?
7 Não na primeira parte, mas na “parte final dos dias” deste “tempo do fim” começou esta multidão internacional a afluir à adoração muito enaltecida de Jeová, o “Deus de Jacó [ou: Israel]”. Estes que vêm de “todas as nações” não são israelitas espirituais, assim como os embaixadores do Reino.
8, 9. O cumprimento da profecia foi observado a começar em que ano e depois de que acontecimentos?
8 Quando começaram estas pessoas de “todas as nações” a afluir ao simbólico “monte de Jeová”, para adorar unidamente na “casa do Deus de Jacó”? Isto se tornou discernível depois da publicação do artigo em duas partes intitulado “A Grande Multidão”, nos números de 1.º e 15 de agosto de 1935 da revista Torre de Vigia (Sentinela) em inglês, quatro anos antes do irrompimento da Segunda Guerra Mundial. A matéria deste artigo fora antes apresentada numa assembléia geral das testemunhas de Jeová em Washington, D. C., E. U. A., na tarde de sexta-feira, 31 de maio de 1935. O discurso e o artigo impresso forneceram uma explicação da “grande multidão’ prevista e predita em Revelação 7:9, 10, nas seguintes palavras:
9 “Depois destas coisas eu vi, e, eis uma grande multidão, que nenhum homem podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, trajados de compridas vestes brancas; e havia palmas nas suas mãos. E gritavam com voz alta, dizendo: ‘Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro.”
10. Quem compõe esta “grande multidão’’ sem número?
10 Esta “grande multidão” sem número foi diferenciada dos israelitas espirituais representados nos cinco versículos precedentes (Revelação 7:4-8) e que estavam para ser selados com o selo do Deus vivente. Esta “grande multidão” internacional é composta de discípulos recentes de Cristo que não são selados com o selo de Deus para estarem associados com Cristo Jesus com reis e sacerdotes no templo espiritual de Deus. (Revelação 20:4-6) São discípulos dedicados e batizados de Cristo, que não são selados assim, mas que seguem a Jesus Cristo como o Pastor Excelente. São guiados por ele a um destino terrestre, à vida eterna numa terra paradísica sob o reino celestial de Jesus Cristo e de seus 144.000 discípulos selados. Esses discípulos não selados pertencem às “outras ovelhas” que Jesus Cristo mencionou em João 10:16, dizendo: “Tenho outras ovelhas, que não são deste aprisco; a estas também tenho de trazer, e elas escutarão a minha voz e se tornarão um só rebanho, um só pastor.” Desde 1935, estas “outras ovelhas” ajuntadas têm aumentado em número cada ano, para formar deveras uma “grande multidão”.
PRESERVADAS AS “COISAS DESEJÁVEIS”
11, 12. (a) O que se deve dizer quanto a serem coisas desejáveis no templo de adoração de Jeová? (b) O que mostra se estão entre as coisas que hão de ser feitas tremer até ficarem destruídas?
11 São tais “outras ovelhas” dedicadas e batizadas desejáveis na casa devotada à adoração pura do Soberano Senhor Jeová? Certamente que sim! São realmente “as coisas desejáveis de todas as nações”, que viriam adorar no seu templo, conforme predito por Jeová dos exércitos. Jeová não deseja de todas as nações dádivas materiais e contribuições financeiras. Antes, deseja belos adoradores vivos, tais como os desta “grande multidão” sem número, de todas as nações, tribos, povos e línguas. (João 4:23, 24) Não é a estas coisas que se fará tremer e que se sacudirá em pedaços, destruindo-as, na vindoura “grande tribulação” sobre o sistema mundial de coisas. Tais pessoas semelhantes a ovelhas que crêem no Cordeiro Jesus Cristo hão de ser preservadas através desta tribulação destrutiva. Isto é salientado na seguinte pergunta e resposta:
12 “E, em resposta, uma das pessoas mais maduras me disse: ‘Quem são estes que trajam compridas vestes brancas e donde vieram?’ Eu lhe disse assim imediatamente: ‘Meu senhor, és tu quem sabes.’ E ele me disse: ‘Estes são os que saem da grande tribulação, e lavaram as suas vestes compridas e as embranqueceram no sangue do Cordeiro.’” — Revelação 7:13, 14.
13, 14. (a) Como se cumpre então a parte adicional de Ageu 2:7: “E eu vou encher esta casa de glória”? (b) Como foi isto predito em Revelação 7:15?
13 É pela vinda destas “outras ovelhas”, que saem de todas as nações, que Jeová dos exércitos cumpre a parte adicional de sua promessa, dizendo: “E eu vou encher esta casa de glória.” (Ageu 2:7) Um templo vazio, sem adoradores, não seria para a glória de Jeová dos exércitos. Mas, estar seu lugar de adoração cheio de adoradores, em compridas vestes brancas, lavadas, acenando com folhas de palmeiras e clamando: “Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro”, isto enche a casa de Jeová de mais glória do que toda espécie de decorações materiais. Que a Sua casa de adoração é assim enchida de glória foi predito na parte adicional da resposta à pergunta de João:
14 É por isso que estão diante do trono de Deus; e prestam-lhe serviço sagrado, dia e noite, no seu templo; e o que está sentado no trono estenderá sobre eles a sua tenda.” — Revelação 7:15.
15. (a) Onde é que esta crescente “grande multidão” como que serve a Deus dia e noite? (b) Quem são os que na terra ficam espantados de ver como Jeová enche agora seu templo com glória?
15 Centenas de milhares de pessoas desta “grande multidão” de “outras ovelhas” já estão no templo espiritual de Jeová Deus, que agora está entronizado na sua soberania universal. Prestam-lhe ali serviço sagrado dia e noite por proclamarem em toda a parte seu reino messiânico e sua salvação para toda a humanidade, por meio do sangue do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo. Não sendo israelitas espirituais, selados, estão como que no Pátio dos Gentios, assim como havia no templo em Jerusalém, nos dias de Jesus Cristo e de seus apóstolos. É também neste grande templo espiritual que um restante dos israelitas espirituais serve hoje como subsacerdotes debaixo do Sumo Sacerdote Jesus Cristo. Em vista disso, os do restante dos israelitas espirituais, que servem como subsacerdotes espirituais, têm agora companheirismo amoroso com esta crescente “grande multidão” de “outras ovelhas” que participam sinceramente na adoração pura do Soberano Senhor Jeová. Tais subsacerdotes ficam espantados de ver como Deus encheu assim seu templo de glória.
16. (a) O que faz Jeová com o objetivo de preservá-los através da “grande tribulação”? (b) O que faz por eles o Pastor semelhante a um Cordeiro?
16 Com o objetivo de preservar os da “grande multidão” de adoradores semelhantes a ovelhas durante a vindoura “grande tribulação”, prometeu-se: “E o que está sentado no trono estenderá sobre eles a sua tenda.” Que não serão abalados ao ponto de serem destruídos e removidos da terra lhes é assegurado nas palavras adicionais a respeito desta “grande multidão” no templo espiritual de Jeová: “Não terão mais fome, nem terão mais sede, nem se abaterá sobre eles o sol, nem calor abrasador [de desagrado divino], porque o Cordeiro, que está no meio do trono, os pastoreará e os guiará a fontes de águas da vida. E Deus enxugará toda lágrima dos olhos deles.” — Revelação 7:15-17.
17. (a) Ocorreu algo assim já antes no templo espiritual de Jeová? (b) Como se lhe assegura para sempre a adoração Dele no seu templo?
17 Nunca antes ocorreu uma coisa tão maravilhosa assim no templo espiritual do Soberano Senhor Jeová. Nunca antes ficou cheio de glória pela entrada de tantas “coisas desejáveis” de todas as nações. A adoração de Jeová no seu templo espiritual lhe é assegurada para todo o sempre. Quando o atual tremor e abalo de todas as nações, sim, dos simbólicos céus, terra, mar e solo seco atingirem seu grandioso clímax na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon, e depois vier o lançamento de Satanás no abismo, Seu templo espiritual, no qual ele está entronizado, permanecerá inabalável. Seus adoradores usufruirão ali a proteção amorosa sob a Sua tenda e serão preservados para o seu serviço sagrado, para todo o sempre.
A GLÓRIA MAIOR DA ÚLTIMA CASA
18. O que é de maior valor que as “coisas desejáveis de todas as nações, podem dar ao Criador, e por quê?
18 A coisa de maior valor que as “coisas desejáveis de todas as nações” podem dar ao grande Criador é sua adoração pura Dele como seu Deus. Os sistemas religiosos da cristandade e do judaísmo, e de outras religiões dominantes, têm enchido suas casas de adoração de ouro, prata e outros tesouros materiais de grande valor terreno. Mas, tal riqueza material não é o que o único Deus vivente e verdadeiro deseja de seus adoradores. Ele é o Dono de todas as coisas materiais por ser seu Criador.
19. (a) Podemos enriquecer a Deus com dádivas materiais? (b) Por que não precisavam preocupar-se com as despesas aqueles construtores do templo lá nos dias de Ageu?
19 Ninguém pode enriquecer a Deus, o Criador, por trazer-lhe tais valores materiais a um edifício dedicado a alguma espécie de religião. Dar-se ao Criador algo que já lhe pertence não o enriquece, embora possa enriquecer os sacerdotes das diversas religiões. Portanto, para se encher a casa de Jeová de glória, não se requerem tais coisas materiais. Conforme a profecia de Ageu prossegue, dizendo: “‘Minha é a prata e meu é o ouro’, é a pronunciação de Jeová dos exércitos.” (Ageu 2:8) Lá nos dias de Ageu, em 520 A. E. C. precisavam os construtores do templo em Jerusalém preocupar-se com as despesas? Não! Não com um Deus tão rico.
20. Como cuidaria o Criador de que todas as despesas necessárias fossem providas e por que não precisavam os construtores ficar desanimados com o aspecto pouco promissor das coisas no início?
20 Lá naquele tempo, Jeová dos exércitos, como Criador, era o Dono de todas as coisas materiais necessitadas pelos construtores do templo. Podia-se estar certo de que ele proveria todo o apoio financeiro necessário para começar e para terminar a reconstrução do templo de sua adoração. Ele podia também cuidar, por meio de Seu espírito, de que certos possuidores de riquezas materiais fizessem contribuições para a reconstrução. Prometer ele encher a proposta casa nova de adoração com glória era uma garantia divina de que a reconstrução da casa podia ser iniciada com plena confiança. Seria terminada e os adoradores viriam a ela. O aspecto pouco promissor da situação, no início, portanto, não era motivo para os construtores do templo ficarem desanimados. Jeová não os animaria a iniciar algo que seriam mais tarde obrigados a deixar por terminar. Quem os apoiava era a pessoa mais rica em todo o universo vivente!
21. Que declaração publicada na Torre de Vigia de Sião nos faz lembrar isso?
21 Isto nos faz lembrar a declaração impressa no segundo número inglês da revista Torre de Vigia (agora Sentinela), de agosto de 1879, página 2, sob o título “Deseja a ‘Torre de Vigia de Sião’?”:
Não pense que estas observações sejam uma solicitação de dinheiro. Não. Cremos que a ‘Torre de Vigia de Sião’ tenha a JEOVÁ por seu apoiador, e enquanto este for o caso, ela nunca pedirá nem suplicará o apoio de homens. Quando Aquele que diz: ‘Meu é todo o ouro e toda a prata dos montes’, deixar de prover os fundos necessários, compreenderemos que chegou a hora de suspender a publicação.
Isto foi publicado nos 6.000 exemplares de então da revista.
22. Por que precisavam os construtores do templo ter fé extraordinária e que conceito precisavam ter?
22 Ao empreenderem a reconstrução do templo de Jeová em Jerusalém, o Governador Zorobabel e o Sumo Sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, e os demais israelitas precisavam de fé extraordinária em Deus, especialmente por vigorar ainda a proscrição oficial do Império Persa contra a reconstrução da casa de adoração de Jeová. Além disso, os construtores tinham de combater o desânimo, porque o começo humilde da obra não parecia nada em comparação com o anterior glorioso templo construído pelo Rei Salomão. Tinham de ter o conceito de Jeová sobre isso para animá-los a prosseguir. Por isso, Jeová usou seu profeta Ageu para revelar qual era o conceito divino, nas seguintes palavras: “‘A glória desta última casa se tornará maior do que a da anterior’, disse Jeová dos exércitos. ‘E darei paz neste lugar’, é a pronunciação de Jeová dos exércitos.” — Ageu 2:9.
23. No que se refere à ‘glória desta última casa tornar-se maior do que a da anterior, de que nos temos de lembrar com respeito ao verdadeiro templo de Jeová?
23 Para entendermos estas palavras proféticas, temos de nos lembrar que o templo espiritual tem como Santíssimo a santa residência de Jeová Deus nos céus invisíveis e que este templo espiritual Dele não foi destruído pelos exércitos babilônicos no ano 607 A.E.C., quando toda a Jerusalém foi desolada. Apenas a representação típica dele, na terra, foi destruída. O verdadeiro templo espiritual de Jeová ainda havia de vir à existência e não teria de ser reconstruído. De modo que este templo espiritual, então futuro, tem perdurado até hoje, e o cumprimento final e completo da profecia de Jeová, em nossos dias, aplica-se a este único templo espiritual do único Deus vivente e verdadeiro.
24. Nos dias de Ageu, qual era a “última casa” e qual era a “anterior”, e como se tornou a glória de uma maior do que a da outra?
24 Lá no tempo de Ageu, há mais de 2.490 anos atrás, precisava construir-se um novo e segundo templo em Jerusalém. Este seria a “última casa”, visto que o templo destruído de Salomão era o templo “anterior”. Ambas estas casas foram “as representações típicas das coisas nos céus”. (Hebreus 9:23) De acordo com a asseguração que Jeová deu em Ageu 2:9, a glória do templo construído sob a supervisão do Governador Zorobabel e do Sumo Sacerdote Josué, em Jerusalém, havia de ser maior do que a do templo do Rei Salomão. Como podia ser assim? Em primeiro lugar, continuou a ser usado por mais tempo, desde 515 A. E. C. até 70 E.C., ou seja, por 584 anos, ao passo que o templo de Salomão ficou de pé por 420 anos. De modo que a “última casa” durou até a vinda do Messias, e ele mesmo ensinou ali. Além disso, no ano 17 A.E.C., o Rei Herodes, o Grande, da província romana da Judéia, começou a reconstrução gradual do templo de Zorobabel, gastando muito dinheiro com ele e dando-lhe uma suntuosidade que rivalizava com a do templo de Salomão. Mas o que vale mais perante Deus é o apreço dos adoradores pela Sua casa.
25. O que significava a glória maior da “última casa” em matéria de adoradores no templo?
25 Sem dúvida, pois, mais adoradores afluíram à casa reconstruída da adoração de Jeová em Jerusalém do que se deu com o templo de Salomão. Especialmente em vista do período maior de tempo. Também, visto que a casa foi reconstruída mais de noventa anos depois da dispersão dos judeus por muitas partes da terra, como exilados e fugitivos, os adoradores vinham de partes mais dispersas da terra, do que no caso do templo anterior. No dia de Pentecostes de 33 E. C., havia ali no templo de Herodes, em Jerusalém, judeus naturais e prosélitos da Pártia, da Média, de Elão, da Mesopotâmia, de Capadócia, de Ponto, da província da Ásia, da Frígia, de Panfília, do Egito, da Líbia, do lado de Cirene, de Roma, de Creta, da Arábia, bem como da Judéia. (Atos 2:1-11) Desta maneira, a última casa tinha uma afluência religiosa maior, e, por isso, glória maior, no cumprimento típico da profecia.
26. Que glória obteve o templo espiritual de Jeová de suas representações típicas construídas por homens na terra?
26 No entanto, como se cumpre a profecia de Jeová com respeito ao templo espiritual, que é um único templo indestrutível, nunca sendo reconstruído ou substituído? Da seguinte maneira: Enquanto existiam aqueles templos materiais construídos por Salomão, Zorobabel e Herodes, trazia-se atenção ao verdadeiro templo espiritual de Jeová por meio destas representações típicas dele na terra, em Jerusalém. Até mesmo o templo visionário, observado milagrosamente pelo profeta Ezequiel, no ano 593 A.E.C., trazia tipicamente à atenção o templo espiritual de Jeová. (Ezequiel 40:1 a 47:2) Tais templos terrenos, temporais, embora espantosos para o observador humano, nunca podiam dar aos adoradores neles o pleno discernimento da glória indescritível do verdadeiro templo espiritual de Jeová. Esta tipificação das realidades continuou até Jesus, o Filho de Deus, ser batizado em água e ser ungido com o espírito de Jeová, em 29 E.C., para ser o prometido Cristo ou Messias. — Mateus 3:13-17; João 1:29-34.
27. Como foi que em 29 E.C., o verdadeiro templo de Jeová começou a ter mais do que uma representação típica dele na terra?
27 Daquele acontecimento em diante, o templo espiritual de Jeová passou a ter mais do que apenas uma representação típica de si mesmo em Jerusalém. Daí em diante, passou a ter realidade, por Jesus ser ungido com o espírito de Deus para ser “sumo sacerdote . . . à maneira de Melquisedeque”. (Hebreus 6:20; Salmo 110:4) Jesus Cristo foi introduzido na condição espiritual representada pelo primeiro compartimento ou Santo do templo, onde havia o candelabro de ouro, a mesa dos pães da proposição e o altar de ouro para incenso. Entrou também na condição representada pelo pátio dos sacerdotes no templo, onde havia o altar de cobre, e ele se aproximou ao equivalente do altar de Deus, para apresentar seu corpo humano perfeito como sacrifício expiatório pelo “pecado do mundo”. Assim começou o antitípico Dia da Expiação com respeito ao templo real e espiritual de Jeová. (Hebreus 8:1 a 10:10) Este proceder continuou por três anos e meio, até 33 E.C.
GLORIFICADO O TEMPLO CELESTIAL
28. Como e quando ultrapassou Jesus Cristo a barreira ilustrada pela cortina interna do templo, e com que fim?
28 Em 14 de nisã do ano 33 E.C., Jesus Cristo, como sumo sacerdote espiritual, completou seu sacrifício na terra, quando seu cadáver de carne foi colocado num túmulo. No terceiro dia depois disso, em 16 de nisã de 33 E.C., ele foi ressuscitado dentre os mortos como pessoa espiritual, atravessando assim a barreira representada pelo véu no templo que havia entre o Santo e o Santíssimo, a saber, sua carne. Assim pôde entrar no verdadeiro Santíssimo, na presença de Jeová Deus no próprio céu, para apresentar ali, como sumo sacerdote, o valor de seu sacrifício humano e fazer expiação pela humanidade. — Hebreus 9:23-28; 6:19, 20; 10:19, 20.
29. Como se deu uma glória ao verdadeiro templo de Jeová, por Jesus Cristo comparecer na presença de Deus?
29 Quando este Jesus Cristo entrou no verdadeiro Santíssimo de Deus, isto deu ao verdadeiro templo espiritual de Jeová uma glória que nunca antes tinha. Pois agora estava ali, na Sua santíssima presença, o Seu Sumo Sacerdote eterno, ressuscitado “em glória”, imortal e revestido do “poder duma vida indestrutível”! — 1 Coríntios 15:42-57; Hebreus 7:15-24.
30. Quando foram outros introduzidos na condição representada pelo Santo do templo e quantos passarão finalmente através da barreira representada pela cortina interna?
30 No dia festivo de Pentecostes, 6 de sivã de 33 E.C., o glorificado Jesus Cristo foi usado por Jeová Deus para derramar o espírito santo sobre os seus discípulos fiéis. (Atos 2:1-38) Por meio disso, eles se tornaram filhos de Deus, gerados pelo espírito, e foram ungidos para ser subsacerdotes espirituais do Sumo Sacerdote, Jesus Cristo. (João 3:3, 5; 2 Coríntios 1:21; 1 João 2:20-27; 3:1, 2; 1 Pedro 2:9) Em harmonia com isso, foram introduzidos na condição espiritual, sacerdotal, representada pelo Santo do templo em Jerusalém, para usufruir a luz do antitípico candelabro de ouro e a mesa dos pães da proposição, e para oferecer o incenso de oração no altar de ouro para incenso. (Hebreus 9:1, 2; Lucas 1:8-12, 21, 22) A congregação dos israelitas espirituais somará por fim 144.000 subsacerdotes espirituais, e, na sua ressurreição dentre os mortos, são ressuscitados, cada um, com um corpo espiritual “em glória”, revestidos de imortalidade, após o estabelecimento do reino de Cristo. — Romanos 6:5; 2 Coríntios 5:1-5.
31. Como aumentará isso a glória do templo espiritual de Jeová?
31 Por assim participarem na “primeira ressurreição”, são levados ao Santíssimo celestial; e “serão sacerdotes de Deus e do Cristo, e reinarão com ele por mil anos”. (Revelação 7:4-8; 14:1, 3; 20:4-6) Por Jeová conceder a estes israelitas espirituais, fiéis, tal entrada gloriosa no Santíssimo de sua própria presença, ele dará ainda mais glória ao seu templo espiritual, tal como nunca antes tinha, enquanto ainda funcionava na terra, como tipo, o templo material de Zorobabel, reformado por Herodes.
32. O que se dava com os pátios externos daqueles templos típicos feitos pelos homens, em Jerusalém e até quando?
32 Nos dias daqueles templos típicos em Jerusalém, seus pátios, fora do pátio dos sacerdotes, estavam cheios de adoradores que vinham de longe e de perto. (Salmo 84:1, 2, 10; Lucas 1:21) Desde o ano de 70 E.C., as multidões de adoradores não afluem mais aos pátios da casa de adoração de Jeová em Jerusalém, pois o templo material, típico, para a adoração divina, desapareceu para sempre. (João 4:20-24; Atos 21:26-28; Mateus 24:1, 2; Lucas 21:5-7, 20-24) A glória dos templos típicos feitos pelas mãos dos homens desapareceu para sempre, porque não vivemos mais no tempo das sombras das boas coisas vindouras. Vivemos nos dias das realidades gloriosas que perduram. (Colossenses 2:16, 17; Hebreus 10:1-4, 10) Mas que dizer dos pátios do verdadeiro templo?
33. Com respeito ao templo espiritual de Jeová, o que somos levados a perguntar, neste tempo do abalo, a respeito das ‘coisas desejáveis de todas as nações”?
33 Falando a respeito de seu verdadeiro templo espiritual, Jeová dos exércitos usou seu profeta Ageu para predizer a entrada das “coisas desejáveis de todas as nações” na sua casa de adoração. Isto se daria numa época em que os céus, a terra, o mar e o solo seco fossem feitos tremer. Aproximamo-nos agora do auge espetacular deste tempo de comoção universal. É agora oportuno perguntar: Entraram realmente tais coisas desejáveis de todas as nações, antes de estas tremerem até cair em pedaços e ser removidas? Sim!
34. Como se encheram, então, os pátios do templo espiritual de Jeová com uma glória que nunca antes tivera?
34 Centenas de milhares delas têm ‘entrado’, na forma de discípulos dedicados e batizados de Jesus Cristo. Ele tem trazido estes como suas “outras ovelhas” e os tem constituído “um só rebanho” com o restante ainda sobrevivente de seus sub-sacerdotes espirituais nos pátios do templo de Jeová. (João 10:16; Revelação 7:9, 10) Ao passo que os desta “grande multidão” sem número prestam ordeiramente serviço sagrado nos pátios de Jeová e atribuem sua salvação ao seu entronizado Deus e ao Cordeiro dele, constituem um espetáculo que glorifica o Soberano Senhor Jeová. Eles enchem, não as igrejas e catedrais da cristandade, nem as sinagogas do judaísmo, mas sim os pátios do verdadeiro templo espiritual de Jeová com uma glória que nunca antes tinha. Deveras, já acontece que “o esplendor desta casa sobrepujará o da primeira”. (Ageu 2:9, CBC) “Grande será a glória desta Casa, da segunda, mais do que da primeira — disse Javé Sabaot.” (LEB) “A glória futura desta casa será maior do que a primeira.” — Byington, em inglês.
PAZ NO MEIO DO TREMOR
35, 36. (a) Com que palavras consoladoras encerrou Jeová a sua segunda profecia por intermédio de Ageu? (b) Teve o templo de Jerusalém um fim pacífico, e onde prevalece hoje a paz na terra?
35 Jeová encerra a sua segunda profecia dada por meio de Ageu com as seguintes palavras consoladoras: “‘E darei paz neste lugar’, é a pronunciação de Jeová dos exércitos.” — Ageu 2:9.
36 No ano 70 E.C., o desaparecimento de Jerusalém e do templo construído por Zorobabel e renovado pelo Rei Herodes não foi pacífico, mas ocorreu no meio dum tempo da mais horrível tribulação. (Mateus 24:1-22) Mas o verdadeiro templo espiritual de Jeová é um lugar de paz duradoura. A respeito da realização correta das reuniões dos verdadeiros cristãos nesta casa espiritual de adoração acha-se escrito: “Deus não é Deus de desordem, mas de paz. . . . que todas as coisas ocorram decentemente e por arranjo.” (1 Coríntios 14:33, 40) Esta regra de conduta é observada nas reuniões das testemunhas cristãs de Jeová, de modo que prevalece entre elas o espírito de paz. — Gálatas 5:22, 23.
37. Apesar de todo o tremor em redor, como se dá paz aos pátios da casa de Jeová no que se refere ao restante e à “grande multidão”?
37 Ao passo que Jeová dos exércitos faz tremer os simbólicos céus, terra, mar e solo seco, ele dá paz nos pátios terrenos de seu templo espiritual. Os do restante ungido de Seus subsacerdotes espirituais cuidam estritamente de seus deveres na casa Dele de adoração e mantêm-se livres de todo o envolvimento nas controvérsias e nos conflitos deste mundo. A “grande multidão” das “outras ovelhas” que têm subido ao “monte de Jeová, à casa do Deus de Jacó”, tem figuradamente feito o que Isaías 2:2-4 predisse a seu respeito. Transformaram suas espadas em relhas de arado e suas lanças em podadeiras. Não aprendem mais a guerra carnal. Na vindoura “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon, não erguerão a mão em violência contra os inimigos de Deus. Deixarão que Ele trave a sua guerra, confiantes na gloriosa vitória Dele. (Revelação 16:14-16; 2 Crônicas 20:15) Por meio deste proceder, manifestam o espírito de Deus e demonstram a “sabedoria de cima”. — Tiago 3:17.
38. Que perspectiva, antes oferecida aos frustrados construtores do templo nos dias de Ageu vê o restante dos israelitas espirituais cumprida hoje em todo o mundo, e que admoestação se lhes dá?
38 Quão grandiosa é esta paz usufruída hoje pelas testemunhas cristãs de Jeová na casa espiritual da adoração Dele! Quanto nos alegra os olhos ver a glória de Jeová encher seu templo espiritual, ao passo que as “coisas desejáveis de todas as nações” continuam a entrar! A perspectiva de tal coisa espantosa foi apresentada há muito tempo atrás ao coração e à mente dos anteriormente frustrados construtores dum novo templo em Jerusalém, por meio de Ageu, profeta de Jeová. Hoje em dia, presenciamos na realidade o cumprimento maravilhoso da profecia de Ageu nos dias atuais, quando todas as nações estão sendo abaladas, e isto deve estimular os do restante ungido dos israelitas espirituais no seu serviço sagrado a Jeová Deus, na Sua casa espiritual de adoração. Aplica-se aos deste restante a exortação inspirada de que não percam a benignidade imerecida de Jeová assim como perdeu Esaú, que não tinha apreço: “Em vista disso, sendo que havemos de receber um reino que não pode ser abalado, continuemos a ter benignidade imerecida, por intermédio da qual podemos prestar a Deus serviço sagrado aceitável, com temor piedoso e com espanto reverente. Porque o nosso Deus é também um fogo consumidor.” — Hebreus 12:16, 17, 28, 29.
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