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  • Aloés, Madeira De Aloés
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
    • O âmago do tronco e dos ramos está impregnado duma resina e dum óleo odorífero, dos quais provém o perfume de altíssimo valor. Pelo que parece, atingindo seu estado mais aromático quando em decomposição, a madeira é às vezes enterrada para apressar sua decomposição. Reduzida a pó fino, é então vendida comercialmente como “aloés”.

      A comparação feita pelo profeta Balaão das tendas de Israel com “aloés plantados por Jeová, como cedros junto às águas”, poderá referir-se ao formato bem copado destas majestosas árvores, um grupo de árvores aloés assemelhando-se a um acampamento de tendas. (Núm. 24:6) Este texto, contudo, motivou certas discussões, visto que as árvores Aquilaria agallocha, usualmente identificadas com o aloés da Bíblia, não são encontradas na Palestina. Sua ausência hoje, naturalmente, não provaria necessariamente que tais árvores não existissem naquela terra, há mais de 2.500 anos atrás. Por outro lado, a referência de Balaão a tais árvores não exigiria que elas crescessem bem ali na área sobre a qual ele falava. Se os “cedros” mencionados logo depois no texto eram cedros-do-líbano, então seriam árvores que cresciam fora daquela área, e o mesmo poder-se-ia dar com o aloés. Balaão poderia estar familiarizado com elas no seu lugar de residência, próximo do rio Eufrates (Núm. 22:5), embora, evidentemente, elas tampouco existam agora de forma natural nessa região. Seja qual for o caso, os outros textos que tratam do aloés referem-se apenas às suas qualidades aromáticas e permitiríam tratar-se de produtos estrangeiros importados.

      Depois da morte de Cristo Jesus, Nicodemos trouxe “um rolo de mirra e aloés”, de cerca de 100 libras romanas (33 kg), para ser usado na preparação do corpo de Jesus para o enterro. (João 19:39) Visto que Heródoto, historiador grego, declara que a madeira de aloés certa vez valia seu peso em ouro, a contribuição de Nicodemos devia representar considerável dispêndio de sua parte, embora a proporção da mirra menos custosa, incluída nos cerca de 33 kg, não seja declarada. Ao passo que alguns aplicam o termo “aloés”, neste texto, à planta da família das Liliáceas que agora leva o nome botânico de Aloe vera ou Aloe succotrina (babosa), o produto destas plantas (suco grosso das folhas) é empregado mormente como purgante, usado atualmente pelos veterinários para tratar cavalos. Assim, a maioria dos comentaristas modernos consideram o aloés trazido por Nicodemos como sendo o mesmo produto que o aloés mencionado nas Escrituras Hebraicas.

  • Altar
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
    • ALTAR

      [Heb. e gr., “lugar de sacrifício”].

      Basicamente, uma estrutura ou local elevado em que se oferecem sacrifícios ou se queima incenso em adoração ao Deus verdadeiro ou a outra deidade.

      ALTARES DO TABERNÁCULO

      Com a ereção do tabernáculo, construíram-se dois altares, segundo o padrão divino. O altar da oferta queimada (também chamado de “altar de cobre” [Êxo. 39:39]) foi feito de acácia, em forma duma arca oca, pelo que parece, sem tampa nem fundo. Media cerca de 2,20 m de cada lado e tinha cerca de 1,30 m de altura, com “chifres” que se projetavam dos quatro cantos superiores. Todas as suas superfícies estavam recobertas de cobre. Uma grelha ou grade de cobre foi colocada abaixo da borda do altar, “por dentro”, “pelo meio”. Quatro argolas foram colocadas nas quatro extremidades, perto da grelha, e estas parecem ser as mesmas argolas pelas quais passavam os dois varais de acácia, recobertos de cobre, para o transporte do altar. Isto talvez significasse que se abrira uma fenda nos dois lados do altar que permitia que uma grelha plana fosse inserida, com as argolas se estendendo de ambos os lados. Há considerável diferença de opinião entre os peritos sobre este assunto, e muitos consideram provável que dois conjuntos de argolas estivessem envolvidos, o segundo conjunto, para a inserção dos varais de transporte, estando preso diretamente ao exterior do altar. Equipamento de cobre foi feito, em forma de canecas e pás, para as cinzas, tigelas para aparar o sangue dos animais, garfos para segurar a carne, e porta-lumes (incensários). — Êxo. 27:1-8; 38:1-7, 30; Núm. 4:14.

      Este altar de cobre para as ofertas queimadas foi colocado diante da entrada do tabernáculo. (Êxo. 40:6, 29) Embora fosse de altura relativamente baixa, assim não exigindo necessariamente uma via de acesso para facilitar o manejo dos sacrifícios colocados nele, o terreno talvez tenha sido erguido em seu redor, ou talvez houvesse uma rampa que conduzisse a ele. (Compare com Levítico 9:22, que declara que Arão “desceu” depois de fazer as ofertas.) Visto que o animal era sacrificado “ao lado setentrional do altar” (Lev. 1:11), o “lugar das cinzas gordurosas”, removidas do altar, estava a E (Lev. 1:16), e a bacia de cobre, para lavagem, localizava-se a O (Êxo. 30:18), isto logicamente deixava o S como o lado aberto em que tal via de acesso poderia estar situada.

      ALTAR DO INCENSO

      O altar do incenso (também chamado de “altar de ouro” [Êxo. 39:38]) era igualmente feito de acácia, o topo e as laterais sendo revestidos de ouro. Uma bordadura de ouro orlava o topo. O altar media cerca de 44,5 cm de cada lado e tinha cerca de 90 cm de altura, e também possuía “chifres” que se projetavam de seus quatro cantos superiores. Duas argolas de ouro foram feitas para a inserção dos varais de acácia, para transporte, recobertos de ouro, e tais argolas foram colocadas por baixo da bordadura de ouro, dos lados opostos do altar. (Êxo. 30:1-5; 37:25-28) Um incenso especial era queimado duas vezes por dia sobre esse altar, de manhã e de noite. (Êxo. 30:7-9, 34-38) O uso de um incensário ou porta-lume é mencionado em outras partes para se queimar incenso e, evidentemente, isso também era usado em conexão com o altar de incenso. (Lev. 16:12, 13; Heb. 9:4; Rev. 8:5; compare com 2 Crônicas 26:16, 19.) A posição do altar do incenso era no interior do tabernáculo, pouco antes da cortina do Santíssimo, de modo que é mencionado como estando “diante da arca do testemunho”. — Êxo. 30:1, 6; 40:5, 26, 27.

      ALTARES DO TEMPLO

      Antes da dedicação do templo de Salomão, o altar de cobre feito no deserto servia para as ofertas sacrificiais de Israel no alto de Gibeão. (1 Reis 3:4; 1 Crô. 16:39, 40; 21:29, 30; 2 Crô. 1:3-6) O altar de cobre, depois disso, feito para o templo, abrangia uma área dezesseis vezes tão grande quanto o feito para o tabernáculo, medindo cerca de 9 m de cada lado e tendo cerca de 4,5 m de altura. ( 2 Crô. 4:1) Em vista de sua altura, era essencial um meio de acesso. A lei de Deus proibia o uso de degraus até o altar, a fim de impedir a exposição da nudez. (Êxo. 20:26) Alguns crêem que os calções de linho usados por Arão e seus filhos serviam para neutralizar esta ordem e, assim, tornavam permissíveis os degraus. (Êxo. 28:42, 43) No entanto, parece provável que uma rampa inclinada fosse usada para se chegar ao topo do altar da oferta queimada. Josefo [Guerras Judaicas, em inglês, Livro V, Cap. V, par. 6] indica que tal acesso era usado para o altar do templo mais tarde construído por Herodes. Se a disposição do altar do templo seguia à do tabernáculo, a rampa situava-se, com toda probabilidade, no lado S do altar. O “mar de fundição”, em que os sacerdotes se lavavam, seria assim conveniente, visto que também se voltava para o S. Em outros respeitos, o altar construído para o templo, pelo que parece, era modelado segundo o do tabernáculo e não se fornece nenhuma descrição pormenorizada dele.

      Localizava-se onde Davi havia construído antes seu altar temporário, no monte Moriá. (2 Sam. 24:21, 25; 1 Crô. 21:26; 2 Crô. 8:12; 15:8) Considera-se também, em sentido tradicional, que este era o local em que Abraão tentara oferecer Isaque. (Gên. 22:2) O sangue dos animais sacrificiais era derramado na base do altar, e é provável que existisse algum tipo de tubulação para transportar o sangue para longe da área do templo. Relata-se que o templo de Herodes possuía tal tubulação ligada ao chifre SO do altar (compare com Zacarias 9:15) e, na rocha da área do templo, onde se crê que o altar estava erguido, encontrou-se uma abertura que leva a um canal subterrâneo que vai para o vale do Cédron.

      O altar do incenso para o templo foi feito de cedro, mas esta parece ter sido a única diferença entre este e o do tabernáculo. Era igualmente recoberto de ouro. — 1 Reis 6:20, 22; 7:48; 1 Crô. 28:18; 2 Crô. 4:19.

      ALTARES PÓS-EXÍLIO

      A primeira coisa construída em Jerusalém pelos exilados que voltaram, sob Zorobabel e o sumo sacerdote Josué, foi o altar de ofertas queimadas. (Esd. 3:2-6) No devido tempo, ergueu-se também novo altar do incenso.

      O rei sírio, Antíoco Epifânio, carregou o altar dourado do incenso e, dois anos mais tarde (168 A.E.C.), construiu um altar sobre o grande altar de Jeová e ofereceu nele um sacrifício a Zeus. (1 Macabeus 1:20-64) Judas Macabeu, depois disso, construiu novo altar de pedras não lavradas e também restaurou o altar de incenso. — 1 Macabeus 4:44-49.

      O altar das ofertas queimadas do templo de Herodes era feito de pedras não lavradas, e, segundo Josefo [Guerras Judaicas, em inglês, Livro V, cap. V, par. 6], tinha cinqüenta côvados de cada lado e quinze côvados de altura, embora a Míxena judaica forneça dimensões menores para ele. Foi a este altar, portanto, que Jesus se referiu nos seus dias. (Mat. 5:23, 24; 23:18-20) O altar do incenso daquele templo não é descrito.

      ALTAR DO TEMPLO DE EZEQUIEL

      No templo visionário visto por Ezequiel, o altar de ofertas queimadas estava similarmente colocado diante do templo (Eze. 40:47), mas tinha estilo diferente dos altares prévios. O altar consistia em várias seções sucessivamente escalonadas ou recuadas. Suas dimensões são fornecidas em côvado longo, de cerca de 52 cm. A base do altar tinha um côvado de largura e possuía uma “borda” de um palmo (cerca de 22 cm) como uma borda ao redor do topo, assim formando uma espécie de esgoto ou canal, talvez para receber o sangue derramado. (Eze. 43:13, 14) Apoiada na própria base, mas colocada a um côvado de sua orla externa, havia outra seção, que media dois côvados (104 cm) de altura. Uma terceira seção tinha um recuo de um côvado (52 cm) e quatro côvados (uns 207 cm) de altura. Tinha também uma borda circundante de meio côvado (26 cm), talvez formando um segundo canal ou saliência protetora. Por fim, a lareira do altar se estendia para cima ainda por outros quatro côvados e também estava recuada um côvado da seção precedente; dela se estendiam quatro chifres. Degraus vindos do E proviam o acesso à lareira do altar. (Eze. 43:14-17) Como se dera com o altar construído no deserto, devia-se observar um período de expiação e de inauguração de sete dias. (Eze. 43:19-26) Devia-se fazer a expiação anual pelo altar, junto com o restante do santuário, no primeiro dia de nisã. (Eze. 45:18, 19) O rio de águas curativas, visto por Ezequiel, fluía do templo, em direção leste, e passava ao S do altar. — Eze. 47:1.

      O altar do incenso não é citado nominalmente na visão. No entanto, a descrição do “altar de madeira”, em Ezequiel 41:22, em especial a referência a ele como a “mesa que está diante de Jeová”, indica que este correspondia ao altar do incenso, ao invés de à mesa dos pães da apresentação. (Compare com Êxodo 30:6, 8; 40:5; Revelação 8:3.) Este altar tinha três côvados (155 cm) de altura e, evidentemente, dois côvados (104 cm) de cada lado.

      OUTROS ALTARES

      Visto que a população pós-diluviana não continuou com Noé na adoração pura, segue-se que foram erguidos muitos altares falsos, e as escavações em Canaã, na Mesopotâmia e em outros locais, indicam que estes já existiam desde os períodos mais primitivos. Balaão mandou erigir sete altares sucessivamente, em três locais diferentes, em suas vãs tentativas de invocar uma maldição sobre Israel. — Núm. 22:40, 41; 23:4, 14, 29, 30.

      Instruiu-se aos israelitas que derrubassem todos os altares pagãos e destruíssem as colunas e os postes sagrados costumeiramente erguidos junto deles. (Êxo. 34:13; Deut. 7:5, 6; 12:1-3) Nunca deveriam imitar a estes, nem oferecer seus filhos pelo fogo, como faziam os cananeus. (Deut. 12:30, 31; 16:21) Ao invés de uma multiplicidade de altares, Israel deveria ter um só altar para a adoração do único Deus verdadeiro, e este estaria localizado no lugar que Jeová escolhesse. (Deut. 12:2-6, 13, 14, 27; contraste isto com Babilônia, onde havia 180 altares apenas para a deusa Istar.) Foram, de início, instruídos a construir um altar de pedras brutas, depois de cruzarem o rio Jordão (Deut. 27:4-8), e este foi construído por Josué no monte Ebal. (Jos. 8:30-32) Depois da divisão da terra conquistada, as tribos de Rubem e de Gade, e a meia-tribo de Manassés, construíram conspícuo altar junto ao Jordão, o que provocou uma crise temporária entre as demais tribos, até que foi determinado que o altar não era sinal de apostasia, mas apenas um marco comemorativo de fidelidade a Jeová como o Deus verdadeiro. — Jos. 22:10-34.

      Outros altares foram construídos, mas parece que estes foram erguidos para ocasiões específicas, e não para uso contínuo, e usualmente foram construídos em conexão com aparições angélicas, ou segundo instruções angélicas. O em Boquim, e os de Gideão e Manoá foram assim. (Juí. 2:1-5; 6:24-32; 13:15-23) O registro a respeito do altar erguido em Betel pelo povo, quando considerava como impedir o desaparecimento da tribo de Benjamim, não indica se teve a aprovação divina ou se era simplesmente um caso de ‘fazerem o que era direito aos seus próprios olhos’. (Juí. 21:4, 25) Como representante de Deus, Samuel ofereceu sacrifício em Mispá e também construiu um altar em Ramá. (1 Sam. 7:5, 9, 10, 17) Isto talvez fosse devido a que a presença de Jeová não mais se evidenciava no tabernáculo em Silo, após a remoção da Arca. — 1 Sam. 4:4, 11; 6:19-21; 7:1, 2; compare com o Salmo 78:59-64.

      CONSTRUÇÃO E USO REAIS DE ALTARES

      Saul ofereceu sacrifício em Gilgal e construiu um altar em Aijalom. (1 Sam. 13:7-12; 14:33-35) No primeiro caso, foi condenado por não esperar Samuel, mas não se considera se eram corretos tais locais como lugares para sacrifício, embora a declaração a respeito desse último altar, de que ‘com isso ele principiou a construir altares a Jeová’, poderia indicar incorreta multiplicação de altares para adoração. — Compare com Gênesis 4:26.

      Davi instruiu Jonatã a explicar sua ausência à mesa de Saul, no dia da lua nova, por dizer que Davi comparecia ao sacrifício familiar anual em Belém; no entanto, visto que isto era um subterfúgio, não se pode saber definitivamente se este era realmente celebrado. (1 Sam. 20:6, 28, 29) Mais tarde, como rei, Davi construiu um altar na eira de Araúna (Ornã), e isto foi feito por ordem divina. (2 Sam. 24:18-25;  1 Crô. 21:18-26; 22:1) A declaração em 1 Reis 9:25, com respeito a Salomão ‘oferecer sacrifícios sobre o altar’, refere-se claramente a ele fazer com que isso se realizasse através do sacerdócio autorizado. — Compare com 2 Crônicas 8:12-15.

      Com a ereção do templo em Jerusalém, parece que o altar estava agora definitivamente no “lugar que Jeová, vosso Deus, escolher . . . e para lá vos chegareis”. (Deut. 12:5) Além do altar usado por Elias no monte Carmelo, na prova de fogo com os sacerdotes de Baal (1 Reis 18:26-35), apenas a apostasia fez então que se estabelecessem outros altares. O próprio Salomão foi o primeiro culpado de tal apostasia, devido à influência de suas esposas estrangeiras. (1 Reis 11:3-8) Jeroboão, do recém-formado reino setentrional, empenhou-se em desviar seus súditos do templo em Jerusalém por estabelecer altares em Betel e em Dã. (1 Reis 12:28-33) Um profeta então predisse que, no reino do Rei Josias, de Judá, os sacerdotes que oficiavam no altar em Betel seriam mortos, e os ossos de homens mortos seriam queimados sobre ele. O altar foi destroçado como sinal disso, e a profecia foi mais tarde inteiramente cumprida. — 1 Reis 13:1-5;  2 Reis 23:15-20; compare com Amós 3:14.

      Durante a regência do Rei Acabe em Israel, floresceram os altares pagãos. (1 Reis 16:31-33) No tempo do Rei Acaz, de Judá, havia altares “em cada esquina de Jerusalém”, bem como em muitos “altos”. (2 Crô. 28:24, 25) Manassés chegou ao ponto de construir altares dentro da casa de Jeová, e altares para astrologia no pátio do templo. — 2 Reis 21:3-5.

      Embora os reis fiéis destruíssem periodicamente estes altares falsos (2 Reis 11:18; 23:12, 20; 2 Crô. 14:3; 30:14; 31:1; 34:4-7), antes da queda de Jerusalém, Jeremias podia ainda dizer: “Teus deuses tornaram-se tantos quantas as tuas cidades, ó Judá; e colocastes tantos altares para a coisa vergonhosa quantas são as ruas de Jerusalém, altares para fazer fumaça sacrificial a Baal.” — Jer. 11:13.

      DURANTE O EXÍLIO E NO PERÍODO APOSTÓLICO

      Durante o período do exílio, os judeus que fugiram para Elefantina, no Alto Egito, estabeleceram um templo e um altar, segundo o papiro elefantino; e, séculos mais tarde, os judeus perto de Leontópolis fizeram o mesmo. [Josefo, Antiguidades Judaicas, em inglês, Livro XIII, cap. III, par. 1; Guerras Judaicas, em inglês, Livro VII, cap. X, pars. 2 e 3] Este último templo e altar foram construídos pelo sacerdote Onias, na tentativa de cumprir Isaías 19:19, 20.

      Na Era Comum, o apóstolo Paulo, ao falar aos atenienses, referiu-se ao altar onde estava inscrito “A um Deus Desconhecido”. (Atos 17:23) Há amplas informações históricas que corroboram isto. Apolônio de Tiana, que visitou Atenas algum tempo depois de Paulo, escreveu: “É muito maior prova de sabedoria e de sobriedade falar bem de todos os deuses, especialmente em Atenas, onde se erguem altares em honra até mesmo de deuses desconhecidos.” O geógrafo Pausânias, em sua Description of Greece (Descrição da Grécia), no segundo século E.C., relatou que, na estrada que vai do porto da baía de Falero até a cidade de Atenas, observara “altares dos deuses chamados Desconhecidos, e de heróis”. Também falou de “um altar de Deuses Desconhecidos” em Olímpia. Similar altar foi descoberto em 1909, em Pérgamo, no recinto do templo de Demétrio. E, em Roma, no monte Palatino, acha-se um altar que data de cerca de 100 A.E.C., com a inscrição “Consagrado a um deus ou a uma deusa”.

  • Altéia
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
    • ALTÉIA

      O termo hebraico hhallamúth, encontrado somente em Jó 6:6, tem sido traduzido de forma variada como “clara do ovo” (Al, ALA), “malva” (PIB), e, conforme definido num léxico hebraico e aramaico de Koehler e Baumgartner, “altéia” (NM). A altéia é uma planta perene intimamente aparentada à malva-rosa. Seus caules lenhosos medem comumente de 60 cm a 1,20 m de altura. As folhas grandes e amplas da planta são entalhadas e terminam numa ponta aguçada. Tanto os caules como as folhas são recobertas de macia penugem. As flores, de cinco pétalas, de cor rosa-pálida, têm cerca de 2,5 cm de lado a lado. Em épocas de fome, a raiz branca, semelhante à cenoura, da altéia tem sido usada como alimento. A única referência bíblica à “altéia” faz alusão à sua insipidez.

  • Altercação
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
    • ALTERCAÇÃO

      Uma disputa (Deut. 17:8), controvérsia (Jer. 25:31), ou um processo jurídico. (Jer. 11:20) As Escrituras nos aconselham a não ficarmos envolvidos em altercações ou disputas sem motivo, rotulando isto como ação tomada por alguém néscio. (Pro. 3:30; 18:6; 20:3) Afirma o provérbio: “Como alguém que agarra as orelhas de um cão é aquele que, estando de passagem, fica furioso com uma altercação que não é dele.” (Pro. 26:17) Visto que “premer a ira” resulta em altercação (Pro. 30:33), a vagarosidade em irar-se produz o efeito oposto. — Pro. 15:18.

      A altercação destrói uma atmosfera pacífica (Pro. 17:1) e pode até mesmo fazer com que a mais mansa das pessoas perca o domínio de si. À guisa de exemplo: A altercação de Israel por não haver água em Cades moveu Moisés e Arão a agir precipitadamente, destarte perdendo o privilégio de entrarem na Terra Prometida. A altercação injustificada de Israel com os representantes de Jeová constituiu realmente uma altercação com Jeová. (Núm. 20:2, 3, 10-13; 27:14; Sal. 106:32) Aqueles que ficam similarmente envolvidos em altercações ou em controvérsias violentas com os servos de Deus se colocam numa situação muito séria, uma situação que pode levá-los à morte. — Compare com Isaías 41:8, 11, 12; 54:17.

      Devido ao efeito prejudicial da altercação, o provérbio aconselha: “Retira-te antes de estourar a altercação.” (Pro. 17:14) Abrão (Abraão) deu bom exemplo neste sentido. Preocupado de que não houvesse disputas entre seus pastores de gado e os de seu sobrinho, Ló, Abrão sugeriu que se separassem. Altruistamente, concedeu a Ló a oportunidade de escolher a área em que poria seus animais a pastar. (Gên. 13:7-11) Por outro lado, os israelitas infiéis no tempo de Isaías não agiram como seu antepassado Abraão. A respeito deles, diz-se: “Jejuáveis para altercação e para rixa.” Jejuavam somente para altercarem mais, depois disso. — Isa. 58:4.

      A lei mosaica abrangia casos de altercação que resultassem em danos físicos. Prescrevia uma compensação à parte lesada pelo tempo de trabalho perdido. — Êxo. 21:18, 19.

  • Altíssimo
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    • ALTÍSSIMO

      A palavra hebraica ‘elyóhn (Altíssimo), usada com referência a Jeová, também é aplicada a outras pessoas ou coisas: ao Rei Davi, como estando acima dos outros reis terrestres (Sal. 89:20, 27), ao lugar acima das nações, prometido a Israel (Deut. 26:18, 19), ao cesto de cima (Gên. 40:17), ao portão superior (2 Reis 15:35), ao reservatório de água superior (2 Reis 18:17), ao pátio superior (Jer 36:10), ao andar superior (Eze. 41:7), aos refeitórios de cima (Eze. 42:5), a Bete-Horom Alta (Jos. 16:5), e à nascente superior das águas do Giom. (2 Crô. 32:30) Tais usos ilustram que ‘elyóhn denota posição ao invés de poder.

      Quando aplicado a Jeová, o termo “Altíssimo” sublinha sua posição suprema, acima de todos os demais. (Sal. 83:18) Tal título aparece pela primeira vez em Gênesis 14:18-20, junto com ’El (Deus), onde Melquisedeque é chamado de “sacerdote do Deus Altíssimo”, e, nessa posição, abençoa Abraão, bem como ao Deus Altíssimo. “Altíssimo” é usado em combinação com o nome divino, Jeová (Gên. 14:22; Sal. 7:17), e com o plural de excelência ’Elohím (Deus) (Sal. 78:56), e também aparece isoladamente. — Deut. 32:8; Sal. 9:2; Isa. 14:14.

      A forma plural aramaica ‘elyohnín ocorre em Daniel 7:18, 22, 25, 27, onde pode ser traduzida “Supremo” (NM), o plural sendo o plural de excelência, majestade. A forma aramaica no singular, ‘illay (Altíssimo) é usada em Daniel 7:25.

      A palavra grega hypsistos (Altíssimo), conforme se aplica a Jeová, é empregada mormente por Lucas em seu Evangelho (duas vezes no anúncio feito por Gabriel a Maria sobre o nascimento de Jesus) e nos Atos. (Luc. 1:32, 35, 76; 6:35; 8:28; Atos 7:48; 16:17) As outras ocorrências acham-se em Marcos 5:7 e Hebreus 7:1.

  • Forno
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
    • FORNO

      Câmara aquecida para cozer ou assar alimentos. O forno (Heb. , tannúr; gr. , Klíbanos) dos hebreus e de outros era de vários tipos.

      Fornos de considerável tamanho, consistindo em um buraco redondo no chão, têm sido usados no Oriente Médio até os tempos modernos, alguns tendo até c. 1, 50 ou 1, 80 m de fundo, e c.1 m de diâmetro. Num forno deste tamanho, era possível assar uma ovelha inteira, por suspendê-la sobre pedras quentes ou brasas.

      O forno em forma de tigela era usado nos tempos bíblicos e era provavelmente similar ao empregado pelos campônios palestinos nos tempos modernos. Grande taça ou tigela de barro é colocada em posição invertida sobre pequenas pedras, o pão sendo colocado e assado sobre elas. A taça é aquecida pela combustão de algo ajuntado sobre ela e ao redor dela.

      Cada casa hebréia provavelmente possuía um portátil forno de jarra, tipo ainda usado na Palestina. Tratava-se de grande jarra de barro, com c. 90 cm de altura, tendo uma abertura no topo e alargando-se em direção ao fundo. Para aquecê-lo, queimava-se dentro dele algum combustível, tal como lenha ou mato, as cinzas

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