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  • Telespectadores ficam sabendo do envolvimento político da Igreja
    Despertai! — 1972 | 22 de janeiro
    • Suas dúvidas pareciam justificadas pela próxima seqüência.

      A seqüência seguinte mostrava católicos esquerdistas militantes empenhados na “luta de classe” junto com seu sacerdote local. O sacerdote achava que a humanidade se divide, não em crentes ateus, mas entre os que lutam para libertar o gênero humano (incluindo tanto os crentes como os ateus), e os que recusam tomar parte neste combate. Confidenciou que “pessoalmente me sinto mais próximo de alguns de meus amigos marxistas e ateus do que daqueles crentes que permanecem de fora desta luta”.

      Diferenças Políticas nos Estados Unidos

      Certa parte do relatório de televisão teve que ver com o catolicismo nos EUA. Mostrava que também lá as diferenças políticas entre o clero se tornavam mais pronunciadas.

      Comentando esta parte do relato de TV, o jornal francês Le Monde falou do “superamericanismo da Igreja [Católica], que se ligou às Instituições a fim de ser aceita por uma comunidade eminentemente protestante”.

      No entanto, entrevistou-se um sacerdote neste programa que admitiu que muitos católicos estadunidenses “não mais acham ser necessário mostrar-se superpatriotas”. E isto resultou especialmente verídico em outra seqüência que mostrava as conflitantes atitudes católicas sobre a guerra do Vietnam.

      Alguns católicos estadunidenses consideravam a guerra como cruzada para salvar os católicos vietnamitas. Outros católicos estadunidenses, porém, inclusive alguns sacerdotes, estavam dispostos a ser presos por fazerem demonstrações violentas contra tal guerra.

      Reveladora também para muitos foi a série de entrevistas com católicos proeminentes que falaram da parte importante que a Igreja Católica desempenhou no Vietnam moderno. Foi exposto que um dos motivos originais de os franceses colonizarem a Indochina no século dezenove foi para proteger os missionários católicos que estavam sendo perseguidos ali.

      Os telespectadores ficaram sabendo que, na guerra da Indochina entre os franceses e o Vietnam (1947-1954), e na atual guerra do Vietnam, a defesa dos interesses católicos foi um dos fatores principais. O repórter de TV entrevistou um sacerdote católico num povoado vietnamita que admitiu com orgulho que ele pessoalmente ministrava aos aldeões — aos homens, mulheres e crianças — treinamento militar.

      Com respeito aos refugiados católicos que deixaram o Vietnam do Norte depois de 1954, Le Monde mencionou-os como sendo organizados por “sacerdotes do tipo das tropas de choque, sacerdotes oficiais que falam tanto sobre metralhadoras quanto falam do Evangelho”.

      A Igreja na América Latina

      No último programa havia um noticiário sobre a Igreja Católica na América Latina. Mostrava que o catolicismo foi imposto aos povos latino-americanos pelos conquistadores e pelos sacerdotes que os acompanharam da Europa. Este programa revelou também que a Igreja Católica Romana apoiou governos totalitários que oprimiram o povo.

      Parte desta opressão podia ser notada em que, embora presente por quase Cinco séculos e detendo por longo tempo o monopólio da educação pública, a Igreja manteve seu povo em ignorância. Até mesmo hoje em dia, em muitos países latino-americanos, o analfabetismo é amplo.

      Comentando este programa, o diário parisiense pró-católico, Le Figaro, escreveu: “Deve-se dizer, para o crédito dos produtores deste programa, que jamais nos permitiram olvidar o ponto principal, a saber, a profunda pobreza dos homens marginalizados’ — bolivianos, colombianos, peruanos, brasileiros — que atualmente são como pessoas deslocadas, porque jamais foram consideradas dignas de ser tratadas como seres humanos. Que a Igreja [Católica] e o governo atuaram em cumplicidade há muito foi considerado algo corriqueiro. Agora há algo novo: atualmente, alguns sacerdotes e leigos tentam romper o casamento da igreja com o estado.”

      Confirmando isto, a câmara de TV mostrou um sacerdote trabalhando entre os índios bolivianos. Falou da “poderosa Igreja [Católica] que flerta com os governos e se enriquece”. Um sacerdote na Colômbia, que trabalha entre os pobres, declarou: “A missão da igreja é trabalhar com os pobres. Mas, na Colômbia, tudo é diferente porque, aqui, a igreja e o estado acham-se casados, estão vivendo juntos.” Ambos sacerdotes encontram-se em dificuldades com seus bispos. Contudo, a eles se juntam outros sacerdotes que se tornam revolucionários.

      Em seu comentário sobre este programa de TV, Le Monde escreveu: “O quarto programa forneceu um quadro complexo do catolicismo na América Latina, em especial na Colômbia, Bolívia, Guatemala e Brasil. Dolorosa litania de fome, pobreza, mortalidade, analfabetismo, e patente disparidade nas atitudes dos membros do clero.”

      Seria de imaginar que as crescentes diferenças nas atitudes morais e políticas entre os clérigos católicos se refletissem também em outras áreas. Refletiram-se, sim, e os programas de TV mostraram algumas delas.

  • Ampliam-se as divisões na Igreja
    Despertai! — 1972 | 22 de janeiro
    • Ampliam-se as divisões na Igreja

      ATITUDES conflitantes entre os clérigos da Igreja Católica quanto à moral e à política se espalham a outras áreas. Os telespectadores franceses também viram a fundo esta situação.

      Certo item observado foi uma Missa Comunhão ecumênica realizada numa igreja protestante em Amsterdã. Um sacerdote católico proferia o sermão. Tais ‘serviços ecumênicos’ são realizados todo domingo na Holanda. Todavia, são contrários às instruções da hierarquia local e de Roma.

      Os telespectadores também foram apresentados à “Paróquia Estudantil” de Amsterdã. Esta é ministrada por quatro sacerdotes católicos, um dos quais é casado. Embora casado, celebra Missa todo domingo. O entrevistador de TV mostrou-se surpreso de não ter sido tomada nenhuma medida disciplinar contra este sacerdote por parte da hierarquia local ou por Roma.

      Nisto, um dos quatro sacerdotes replicou: “Roma está com mêdo.” Interrogado sobre este ponto, um bispo respondeu evasivamente: “Não parece aconselhável tomar medidas disciplinares.” Todavia, nos Estados Unidos, um sacerdote foi recentemente excomungado quando se descobriu que há anos já era casado e tinha um filho!

      Perguntou-se a uma freira se achava que os sacerdotes deviam ser livres para casar-se ou para praticar o celibato. A freira deu esta resposta franca: “Gostaria que pudessem fazer isso. As vêzes a indignação do papa me deixa indignada Na Itália, na Espanha e na América do Sul, há milhares e milhares de filhos ilegítimos gerados pelos sacerdotes. O papa não diz nada sobre isto, e se permite que tais sacerdotes celebrem a Missa e ouçam confissões.”

      Certo sacerdote falou das divisões raciais entre os católicos nos Estados Unidos.

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