-
AmigoAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
É interessante que os cristãos da primeira centúria se referiam aos concrentes em geral como “amigos”. (3 João 14) Todavia, isto não impede que a pessoa, na congregação cristã, seja mais achegada a uns do que a outros, quer devido ao parentesco, à associação mais íntima por motivo de circunstâncias, à formação ou a interesses similares, à simples compatibilidade de personalidades, quer devido às excelentes qualidades cristãs que a pessoa tenha discernido por se associar com eles. Havia certas qualidades em Pedro, Tiago e João que moveram Jesus a associar tais discípulos a ele próprio em muitos privilégios, tais como o de torná-los testemunhas da transfiguração. Nisso é possível que Jesus estivesse visando o futuro, no que se refere às coisas que tinha presente para esses três homens, coisas que ele sabia que os usaria para realizar, a seu serviço. — Mar. 9:1-10; 14:32, 33; Luc. 8:51.
Ao passo que, semelhante a Jesus, o cristão manifesta amor para com a humanidade em geral, ele demonstra corretamente a espécie de amor que acompanha a amizade somente para com aqueles que são amigos de Deus. A pergunta proposta ao fiel Rei Jeosafá sublinha a correção disso: “É ao iníquo que se deve dar ajuda e é aos que odeiam a Jeová que deves amar?” (2 Crô. 19:2) As pessoas desejosas de serem amigas do mundo tornam-se inimigas de Deus. — Tia. 4:4.
A mais notável amizade humana registrada nas Escrituras Hebraicas foi a de Davi e Jonatã. Embora Jonatã fosse herdeiro natural do trono de Saul, seu pai, ele não odiava Davi, e nem veio a encará-lo como rival, mas reconheceu que o favor de Jeová estava sobre Davi. Assim, “a própria alma de Jonatã se ligou à alma de Davi, e Jonatã começou a amá-lo como a sua própria alma”. (1 Sam. 18:1) Depois da morte de Jonatã numa batalha, Davi lamentou grandemente a perda de seu amigo, dizendo: “Estou aflito por ti, meu irmão Jonatã, tu me eras muito agradável. Teu amor a mim era mais maravilhoso do que o amor das mulheres.” (2 Sam. 1:26) Esta amizade tornou-se possível porque tanto Davi como Jonatã colocavam acima de tudo a lealdade a Jeová Deus.
-
-
Amigo De DeusAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
AMIGO DE DEUS
Entre as bênçãos divinas concedidas a Abraão achava-se o privilégio e a honra de ser chamado de “amigo de Jeová”. Isto se deu por motivo da fé notável de Abraão, que ele demonstrou no máximo grau possível ao se dispor a oferecer em sacrifício o seu filho Isaque. — Isa. 41:8; 2 Crô. 20:7; Tia. 2:21-23.
Pelo uso apropriado das “riquezas injustas”, é possível tornar-se amigo de Jeová Deus e de seu Filho, que podem receber a pessoa nas “moradias eternas”, conforme indicado por Jesus Cristo em sua ilustração sobre o mordomo injusto. (Luc. 16:1-13) Jesus, com efeito, chamou seus discípulos de amigos, e eles, portanto, eram amigos também de seu Pai. (João 15:13-15; 14:21) Os quesitos para se ser hóspede da tenda de Jeová, como um de seus amigos, são delineados no Salmo 15:1-5. Em contraste, a amizade ao mundo constitui inimizade a Deus. (Tia. 4:4; 1 João 2:15-17) A humanidade, como um todo, acha-se alienada de Deus, e em inimizade com ele. No entanto, a reconciliação é possível, mas só mediante Jesus Cristo e o ministério de reconciliação que Deus confiou aos embaixadores de seu Filho. Em última análise, a vida eterna será posse exclusiva dos amigos de Deus. — 2 Cor. 5:18-20; Rev. 21:3, 4; Sal. 37:29.
-
-
Amigo Do NoivoAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
AMIGO DO NOIVO
Nos tempos antigos, uma pessoa bem conhecida do noivo atuava como representante legal dele, e assumia a responsabilidade primária de fazer os arranjos para o casamento. Por vezes, ele fazia arranjos para os esponsais com os pais da noiva, entregando o preço da noiva ao pai dela, e presentes para a noiva. Ele era considerado como ajuntando a noiva e o noivo. O cortejo nupcial chegava à casa do pai do noivo ou à casa do noivo, onde era celebrada a festa de casamento. Ali, o noivo e a noiva se juntavam, e era consumado o casamento. Na festa, ao ouvir o noivo falar com a noiva, o amigo do noivo ficava contente, achando que cumprira com êxito o seu dever. João Batista, que preparou o caminho para o Messias, apresentou os primeiros membros da “noiva” a Jesus Cristo, com quem ela estava esposada. — 2 Cor. 11:2; Efé. 5:22-27; Rev. 21:2, 9.
-
-
Amigo (Companheiro) Do ReiAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
AMIGO (COMPANHEIRO) DO REI
Ao usar esta expressão, a Bíblia não indica que possuía mais do que a usual conotação de alguém que é amigável, ou um companheiro. Nem descreve diretamente as funções específicas do amigo do rei como título oficial. Outrossim, baseado nos costumes de outras terras, pode-se depreender que tal expressão designava um oficial da corte que era um confidente, um amigo pessoal e companheiro dum rei e que, às vezes, executava ordens confidenciais. — Gên. 26:26; veja também 2 Samuel 15:37; 16:17; 1 Reis 4:5.
-
-
AmnomAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
AMNOM
[fiel]. O primogênito de Davi com Ainoã, a jezreelita, nascido em Hébron. (2 Sam. 3:2; 1 Crô. 3:1) Amnom cultivou uma paixão pela linda Tamar, irmã de Absalão, ao ponto de ficar perturbadoramente apaixonado. Seguindo o conselho de seu primo, Jonadabe, Amnom fingiu-se doente e induziu o Rei Davi a mandar Tamar aos aposentos particulares de Amnom para preparar “o pão de consolo” em sua presença. Usou então essa oportunidade para violar sua meia-irmã, apesar das súplicas dela e de ela raciocinar com ele. Seu caso ilustra quão extremamente egoísta pode ser o amor erótico, pois, tendo satisfeito seu desejo, Amnom então expulsou Tamar para a rua, como alguém que lhe era repugnante, alguém cuja própria presença sem dúvida o fazia sentir-se impuro. — 2 Sam. 13:1-19.Absalão, irmão germano de Tamar, nutriu ódio contra Amnom por este seu ato, e, dois anos depois, numa festa de tosquia de ovelhas, Absalão mandou que seus servos matassem Amnom, quando este estava se “sentindo bem por causa do vinho”. (2 Sam. 13:20-29) Visto que Amnom, como filho mais velho de Davi, era seu herdeiro aparente ao trono, a morte dele talvez também fosse vista como desejável por Absalão, para assim ampliar suas possibilidades de obter a realeza. Com tal evento, começou a ter cumprimento a profecia de Natã, depois da má conduta do próprio Davi com a esposa de Urias. — 2 Sam. 12:10; veja ABSALÃO.
-
-
AmoAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
AMO
Veja SENHOR.
-
-
Amom IAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
AMOM I
[parente; aparentado].
O filho de Ló com sua filha mais moça, sendo o progenitor dos amonitas. (Gên. 19:38) Como no caso da filha mais velha, também a filha mais jovem de Ló teve relações com seu pai enquanto habitavam uma caverna duma região montanhosa, tendo suas filhas primeiro dado muito vinho a Ló. (Gên. 19:30-36) O nome dado a Amom por sua mãe foi Ben-Ami, que significa, literalmente, “filho do meu povo”, isto é, ‘filho de meus parentes’, e não de estrangeiros, como os sodomitas. O nome, assim, estava evidentemente ligado à preocupação expressa pela filha mais velha, de que as duas filhas não pudessem encontrar ninguém dentre seu próprio povo, ou linhagem familiar, para se casar, na terra em que habitavam.
“Amom” é também usado no Salmo 83:7 para referir-se à nação de seus descendentes. O termo usual é “filhos de Amom”, que, para a mente hebraica, literalmente significaria “filhos de meu parente”, destarte recordando aos israelitas o parentesco existente entre eles e os amonitas, parentesco este que até mesmo Jeová levava em conta, conforme evidenciado por Sua orientação aos israelitas para que não molestassem Amom, nem travassem luta com eles, visto que eram filhos de Ló, sobrinho de Abraão. — Deut. 2:19.
-
-
Amom IiAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
AMOM II
[mestre de obras ou construtor].
1. Um rei de Judá e filho do iníquo Rei Manassés. Começou a reger com 22 anos (661 A.E.C.) e seguiu o proceder idólatra dos primeiros anos de seu pai. As más condições descritas em Sofonias 1:4; 3:2-4, sem dúvida se desenvolviam nessa época. Depois de dois anos no trono, foi assassinado pelos seus próprios servos (659 A.E.C.). O “povo da terra [‘am ha-’árets]” matou os conspiradores, colocou seu filho, Josias, no trono, e enterrou Amom no “jardim de Uza”. (2 Reis 21:19-26; 2 Crô. 33:20-25) A genealogia de Jesus inclui o seu nome. — Mat. 1:10.
2. Um deus local de Tebas, ou Nô-Amom, que ascendeu à posição de “rei dos deuses” sob o nome de Amom-Rá, e cujo sumo sacerdote se tornou o chefe de todos os sacerdócios egípcios.
O nome egípcio deste deus aparentemente significa “o escondido”. Amom é geralmente representado como um homem que porta uma coroa encimada por duas compridas plumas paralelas. Como muitas das outras deidades egípcias, é freqüentemente exibido segurando a cruz ansada, o “signo da vida”. Amom, sua esposa Mut e Consu (seu filho com ela) compunham a tríade tebana.
Em adição às muitas dádivas, grande parte dos despojos de guerra do Egito entravam para o tesouro de Amom (Amom-Rá), o “rei dos deuses”. Os sacerdotes devotados ao serviço desta deidade, portanto, tornaram-se poderosíssimos e riquíssimos. Visto que tiravam proveito das guerras do Egito, o arqueólogo E. A. Wallis Budge sugere que eram os sacerdotes de Amom-Rá que, “em realidade, eram os artífices da guerra e da paz”.
Com o tempo, os sumos sacerdotes de Amom, cujo cargo se tornara hereditário, exerciam até mesmo maior poder do que os faraós. Um deles, Hrihor, sucedeu ao último Ramsés no trono. No que diz respeito à medida em que os assuntos governamentais eram determinados pelo oráculo de Amom, durante a regência de Hrihor, James H. Breasted, em A History of the Ancient Egyptians (História dos Antigos Egípcios), pp. 357, 358, escreve: “Fosse o que fosse que o Sumo Sacerdote desejasse efetuar legalmente, podia ser sancionado pelo oráculo especial do deus [Amom] a qualquer tempo, e, por arranjo prévio, a imagem do culto, perante a qual o Sumo Sacerdote tornava conhecidos seus desejos, invariavelmente respondia de modo favorável por balançar violentamente a cabeça, ou até mesmo por falar. . . . A prestidigitação sacerdotal, decidindo, se necessário,
-