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  • Amorreu
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
    • de forma substitutiva, pela espada e pelo arco de seus descendentes.

      O termo “amorreu”, pelo que parece, é usado às vezes de forma representativa para todos os povos de Canaã. Isto explicaria por que aquilo que se diz sobre certos habitantes de Canaã, num certo trecho, pode ser atribuído aos amorreus em outro trecho. — Compare com Números 14:44, 45; Deuteronômio 1:44.

      Os doze espias que Moisés enviou a Canaã encontraram a região montanhosa ocupada pelos amorreus, hititas e jebuseus, enquanto os amalequitas residiam no Negebe e os cananeus habitavam junto ao mar e ao Jordão. (Núm. 13:1, 2, 29) Como anteriormente, no tempo de Abraão, os amorreus ainda residiam em Hébron, bem como em outras cidades nas montanhas a O do Jordão. (Jos. 10:5) No entanto, na época do êxodo de Israel, tinham invadido o território moabita e amonita a E do Jordão, apossando-se da região do vale da torrente do Árnon ao S (posteriormente a fronteira de Moabe), até o vale da torrente do Jaboque ao N (a fronteira de Amom). (Núm. 21:13, 24, 26; Jos. 12:2; Juí. 11:22) Este era o domínio do Rei Síon, amorreu, descrito por Josefo, o historiador judaico, como ‘uma terra que jazia entre três rios [o Jordão, o Árnon e o Jaboque] parecendo uma ilha’. (Antiguidades Judaicas, em inglês, Livro IV, cap. V, par. 2) Em aditamento, ao N do domínio de Síon havia outro reino amorreu, centralizado em Basã, sob o Rei Ogue. A fronteira sul deste reino parece ter sido contígua aos territórios de Síon e dos amonitas, assim estendendo-se desde o Jaboque, ao S, até o monte Hermom, ao N. — Deut. 3:1, 8.

      CONQUISTA POR ISRAEL

      Aproximando-se da Terra Prometida e estando sob as ordens divinas de não invadir os territórios de Moabe e de Amom (Deut. 2:9, 37), os israelitas solicitaram uma licença de livre trânsito ao Rei Síon, em sua capital, Hésbon, oferecendo estritas garantias: “Deixa-me passar pela tua terra. Não nos desviaremos nem para um campo, nem para um vinhedo. De nenhum poço beberemos água. Marcharemos pela estrada real até termos passado pelo teu território.” Ao invés, Síon atacou Israel com suas forças combinadas e foi sumariamente derrotado a alguns km ao S de Hésbon, em Jaaz, todo o seu território caindo de posse dos israelitas. (Núm. 21:21-32; Deut. 2:24-36) Invadindo o vizinho território do Rei Ogue, Israel também venceu esse regente amorreu, capturando sessenta cidades fortificadas. (Núm. 21:33-35; Deut. 3:1-7) A queda desses poderosos reinos amorreus diante de Israel fez com que um senso de temor doentio permeasse Moabe (Núm. 22:2-4), e também o povo de Canaã, segundo revelado pelas palavras de Raabe aos espias israelitas. (Deut. 2:24, 25; Jos. 2:9-11) O território dos dois reis amorreus derrotados tornou-se então a herança das tribos de Rubem e Gade, e da meia-tribo de Manassés. — Núm. 32:31-33, 39; Deut. 3:8-13.

      Quanto aos amorreus a O do Jordão, “começaram a derreter-se os seus corações” ao ouvirem falar da travessia milagrosa dos israelitas pelo Jordão. Este milagre, combinado com as vitórias esmagadoras que Israel já obtivera, talvez expliquem, em parte, por que os amorreus não fizeram nenhum ataque contra o acampamento israelita no período subseqüente, em que os varões israelitas foram circuncidados, nem enquanto se celebrava a Páscoa. (Jos. 5:1, 2, 8, 10) No entanto, depois da destruição de Jericó e de Ai, formou-se uma aliança maciça das tribos de Canaã, a fim de apresentar uma frente unida contra Israel. (Jos. 9:1, 2) Quando os heveus de Gibeão resolveram procurar a paz com Israel, foram prontamente atacados por “cinco reis dos amorreus” e somente escaparam da destruição graças à marcha, a noite toda, das forças de Josué, e à intervenção miraculosa de Jeová. — Jos. 10:1-27.

      Após essa batalha, e depois da campanha sucessiva de Josué por todo o país, o poder dos amorreus ao S da Palestina ficou evidentemente desmantelado. Ainda assim, os amorreus nas regiões setentrionais juntaram-se a outras tribos numa aliança que envolveu Israel em batalha junto às “águas de Merom”, ao N do mar da Galiléia. Desastrosamente sobrepujados, os amorreus jamais são mencionados de novo como constituindo grande perigo para Israel. (Jos. 11:1-9) Remanesceu um restante, mas seu território foi grandemente reduzido e, no decorrer do tempo, foram submetidos a trabalhos forçados sob o domínio israelita. (Jos. 13:4; Juí. 1:34-36) As amorréias foram tomadas como esposas pelos israelitas, resultando em apostasia (Juí. 3:5, 6), e os amorreus em geral parecem ter criado dificuldades por certo tempo, pois se menciona que, nos dias de Samuel, depois de decisiva derrota dos filisteus, “veio a haver paz entre Israel e os amorreus”. (1 Sam. 7:14) Os amorreus estavam novamente entre os que foram postos sob trabalhos forçados no reinado de Salomão. (1 Reis 9:20, 21) Sua idolatria e iniqüidade, evidentemente representativas das de todos os cananeus, eram proverbiais. (1 Reis 21:26; 2 Reis 21:11) Tomar esposas amorréias ainda constituía espinhoso problema entre os israelitas que voltaram do exílio babilônico. (Esd. 9:1, 2) Por fim, contudo, o povo amorreu, certa vez o mais destacado de todos os de Canaã, deixou completamente de existir, como uma árvore alta, maciça, que teve seus frutos removidos e suas raízes destruídas. — Amós 2:9,  10.

      Os historiadores seculares tentaram associar os amorreus da Bíblia com o povo chamado Amurru em textos cuneiformes em acadiano (assírio-babilônico) antigo, mas tal identificação está sujeita a sérias dúvidas.

  • Amós
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
    • AMÓS

      [ser uma carga; levar uma carga].

      Um profeta de Jeová e escritor do livro que leva seu nome, que viveu no nono século A.E.C. (Veja AMÓS, LIVRO DE.) Não nasceu, contudo como filho dum profeta, nem era um dos “filhos dos profetas”. (1 Reis 20:35; 2 Reis 2:3; 4:1; Amós 7:14) Seu lar era a cidade de Tecoa, cerca de 16 km ao S de Jerusalém, numa elevação de mais de 820 m. A E, inclinando-se para o mar Morto, que jazia cerca de 1.200 m abaixo, estava o desolado deserto da Judéia, onde, em sua vida inicial, o profeta achou emprego como humilde criador de ovelhas. (Amós 1:1) A palavra hebraica noqhím, aqui traduzida “criadores de ovelhas”, só ocorre em mais um lugar na Bíblia (2 Reis 3:4), e indica uma raça especial de ovelhas chamada naqad pelos árabes, um tanto desgraciosa, mas de alto valor, graças a seu velocino. Lá fora, naquela região selvagem, Amós também se empenhava em trabalhos braçais temporários como pungidor de frutos (figos) de sicômoros, variedade considerada comestível apenas para os pobres. A prática de ‘riscar’ ou pungir os frutos era para apressar seu amadurecimento, e aumentar o tamanho e a doçura deles. — Amós 7:14.

      Semelhante ao pastor Davi, que foi chamado ao serviço público por Deus, assim também “Jeová passou a tomar [Amós] de [ir] atrás do rebanho”, e fez dele um profeta. — Amós 7:15.

      Da solidão do deserto, ao S, Amós foi enviado ao idólatra reino de dez tribos, ao N, com sua capital, Samaria.

      Amós começou sua carreira profética dois anos antes do grande terremoto que ocorreu no reinado de Uzias, rei de Judá. Ao mesmo tempo, Jeroboão II, filho de Joás, era rei de Israel. (Amós 1:1) Por conseguinte, a profecia de Amós se situa em algum tempo do período de vinte e seis anos que vai de 829 a 803 A.E.C., quando os reinados destes dois reis de Judá e de Israel coincidiram. O grande terremoto, que ocorreu dois anos depois de Amós ter sido comissionado como profeta, foi de tal magnitude que, quase 300 anos depois, Zacarias fez menção especial dele. — Zac. 14:5.

      É incerto por quanto tempo Amós serviu qual profeta no reino setentrional. Amazias, o iníquo sacerdote adorador de bezerros da religião estatal centralizada em Betel, tentou expulsá-lo do país, à base de que ele era uma ameaça para a segurança do estado. (Amós 7:10-13) Não se revela se Amazias teve êxito. De qualquer modo, ao se cumprir a missão profética de Amós junto a Israel, ele presumivelmente voltou ao seu território tribal nativo de Judá. Jerônimo e Eusébio relatam que o sepulcro do profeta estava localizado em Tecoa nos dias deles. Também parece que, depois de retornar a Judá, Amós escreveu a profecia, que de início fora proferida oralmente. Ele é com freqüência chamado de um dos doze profetas “menores” (seu livro sendo catalogado em terceiro lugar entre os doze), todavia, a mensagem que proferiu não é, de jeito nenhum, pouco significativa.

  • Amós, Livro De
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
    • AMÓS, LIVRO DE

      A profecia deste livro hebraico da Bíblia foi dirigida primariamente para o reino setentrional de Israel. Pelo que parece, foi primeiro proferida oralmente, durante os reinados de Jeroboão II e Uzias, respectivamente reis de Israel e Judá, cujos períodos de reinado coincidiram entre 829 e 803 A.E.C. (Amós 1:1) Por volta de 803, foi submetida à escrita, presumivelmente após o profeta voltar a Judá.

      A canonicidade deste livro, ou sua afirmação de ter direito a um lugar na Bíblia, jamais foi questionada. Desde os tempos primitivos, foi aceito pelos judeus, e aparece nos primeiros catálogos cristãos. Justino, o Mártir, do segundo século E.C., citou Amós em seu Diálogo com o Judeu Trífon. O próprio livro se acha em completo acordo com o restante da Bíblia, conforme indicado pelas muitas referências do escritor à história bíblica e às leis de Moisés. (Amós 1:11; 2:8-10; 4:11; 5:22, 25; 8:5) Os cristãos da primeira centúria aceitaram os escritos de Amós como Escritura inspirada, como, por exemplo, o mártir Estêvão (Atos 7:42, 43; Amós 5:25-27), e Tiago, meio-irmão de Jesus (Atos 15:13-19; Amós 9:11, 12), que apontaram o cumprimento de algumas das profecias.

      Outros eventos históricos atestam, de forma similar, a veracidade do profeta. É assunto histórico que todas as nações condenadas por Amós foram, no devido tempo, devoradas pelo fogo destruidor. E, fiel à palavra de Jeová mediante Amós, os descendentes cativos tanto de Judá como de Israel voltaram em 537 para reconstruir sua terra natal. — Amós 9:14; Esd. 3:1.

      A arqueologia bíblica também confirma Amós como sendo verdadeiro historiador de seu tempo, quando, ao descrever o luxo ostentoso dos ricos, referiu-se a suas “casas de marfim” e a seus “leitos de marfim”. (Amós 3:15; 6:4) Comentando algumas destas descobertas, afirma certa autoridade: “É de grande interesse que se descobriram numerosos marfins na escavação de Samaria. Estes se acham, na maioria, em forma de placas ou pequenos painéis de relevo, e, presumivelmente, estavam certa vez presos à mobília e embutidos em painéis de parede.” [Light from Ancient Past (Luz do Passado Remoto), Finegan, 1959, pp. 187, 188] Outra autoridade afirma: “Os famosos marfins de Samaria incluem milhares de fragmentos. . . . Estes pequenos objetos, modelados no 9.° ou 8.° séculos A.C., colocam os modernos em contato com o que . . . o protestador profeta Amós conhecia das ‘casas de marfim’, as mobílias orladas de marfim e os palácios apainelados do Rei Acabe (Amós 3:15; 6:4). Estes fragmentos de marfim, que se acham entre as descobertas mais valiosas das dispendiosas escavações feitas em Samaria, certa vez formavam guarnições e incrustrações para divãs, tronos e escabelos.” — Harper’s Bible Dictionary (Dicionário Bíblico de Harper), 1952, p. 295.

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