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Atitudes E GestosAjuda ao Entendimento da Bíblia
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pó dos pés também indicava a recusa de responsabilidade. Jesus mandou que seus discípulos fizessem isso para com o lugar ou a cidade que não os acolhesse ou ouvisse. — Mat. 10:14; Luc. 10:10, 11; Atos 13:51.
ALEGRIA
Bater palmas. A alegria era demonstrada por se baterem palmas (Sal. 47:1) e pela dança, amiúde acompanhada por música. (Juí. 11:34; 2 Sam. 6:14) Brados e cantos no trabalho, especialmente na vindima, eram expressões de felicidade ou de grata alegria. — Isa. 16:10; Jer. 48:33.
OPOSIÇÃO
Sacudir a mão (ameaçadoramente) contra alguém indicava oposição. (Isa. 10:32; 19:16) Levantar a cabeça era a descrição figurativa duma atitude com o significado de tomar ação, usualmente para se opor, lutar ou oprimir. — Juí. 8:28; Sal. 83:2.
Lamber o pó simboliza derrota e destruição. — Sal. 72:9; Isa. 49:23.
Mão ou pé sobre a nuca ou a cerviz dum inimigo descreve figurativamente a derrota do inimigo, ser ele desbaratado e posto em fuga, sendo perseguido e apanhado. — Gên. 49:8; Jos. 10:24; 2 Sam. 22:41; Sal. 18:40.
ASSUMIR AUTORIDADE OU AGIR
Erguer-se ou pôr-se de pé tinha o sentido de assumir autoridade, poder, ou agir. Fala-se de reis como erguendo-se quando assumiam sua autoridade régia ou começavam a exercê-la. (Dan. 8:22, 23; 11:2, 3, 7, 21; 12:1) Jeová é representado como levantando-se para executar o julgamento do povo. (Sal. 76:9; 82:8) Satanás é descrito como pondo-se de pé contra Israel, quando incitou Davi a fazer o censo dele. — 1 Crô. 21:1.
Cingir os lombos indica preparação para ação. Referia-se ao costume dos tempos bíblicos de amarrar as vestimentas amplas com um cinto ou uma faixa, para não ser estorvado durante o trabalho, ao correr, etc. — Jó 40:7; Jer. 1:17; Luc. 12:37; 1 Ped. 1:13, NM, a nota marginal “c”, edição em inglês de 1950, diz: “Literalmente, ‘cingi os lombos de vossa mente’.”
MISCELÂNEA
Deitar-se aos pés de alguém. Quando Rute quis lembrar a Boaz a sua posição de resgatador, ela veio à noite, descobriu-lhe os pés e deitou-se junto a eles. Quando Boaz acordou, ela lhe disse: “Sou Rute, tua escrava, e tens de estender a tua aba sobre a tua escrava, visto que és resgatador.” Rute indicou com isso que estava disposta a submeter-se ao casamento levirato, ou de cunhado. — Rute 3:6-9.
A aparência durante o jejum. ‘Atribular a alma’ mui provavelmente referia-se ao jejum, e podia representar o pesar, o reconhecimento de pecados, o arrependimento ou a contrição. (Lev. 16:29, 31; 2 Sam. 1:12; Sal. 35:13; Joel 1:13, 14) Os hipócritas, nos dias em que Jesus estava na terra, andavam de rosto triste, desfigurando a face numa ostentação pública de santidade por jejuar, mas Jesus disse aos seus discípulos que, quando jejuassem, deviam untar a cabeça e lavar o rosto, a fim de parecerem normais aos homens, sabendo que o Pai examina o coração. (Mat. 6:16-18) O jejum era às vezes praticado pelos cristãos, para dar indivisa atenção a assuntos espirituais. — Atos 13:2, 3; veja JEJUM.
Deitar a mão sobre os olhos de defuntos. A expressão de Jeová a Jacó: “José deitará a mão sobre os teus olhos” (Gên. 46:4), era um modo de dizer que José seria o favorecido em fechar os olhos de Jacó após a morte deste, o que cabia ao primogênito fazer. Jeová indicou assim a Jacó que o direito da primogenitura seria de José. — 1 Crô. 5:2.
Assobio. ‘Assobiar’ diante de algo representava assombro ou admiração. Esta era a posição tomada pelos que viam a espantosa desolação de Judá, e depois, as assombrosas ruínas de Babilônia. — Jer. 25:9; 50:13; 51:37.
Era costume dos reis ou de homens com autoridade apoiar-se no braço dum servo ou de alguém em posição inferior, assim como fez o Rei Jeorão, de Israel. (2 Reis 7:2, 17) O Rei Ben-Hadade apoiou-se na mão do seu servo Naamã ao curvar-se na casa de seu deus Rimom. — 2 Reis 5:18.
COSTUMES ILUSTRATIVOS
Lavar os pés de outrem. Jesus usou um dos costumes orientais de maneira ilustrativa, dando a seus discípulos uma lição de humildade e de servirem uns aos outros, quando lavou os pés dos discípulos. Pedro falou então, pedindo que não lhe lavasse apenas os pés, mas também as mãos e a cabeça. Mas Jesus respondeu: “Quem se banhou, não precisa lavar senão os seus pés, mas está inteiramente limpo.” (João 13:3-10) Jesus queria dizer com isso que a pessoa que tinha ido aos banhos públicos, ao voltar para casa, após o banho, só precisaria lavar a poeira da estrada sobre seus pés calçados com sandálias. Ele usou esta limpeza como figurativa da limpeza espiritual.
Andar. Outra expressão ilustrativa é a de “andar”, significando adotar certo proceder, assim como “Noé andou com o verdadeiro Deus”. (Gên. 6:9; 5:22) Os que andavam com Deus seguiam na vida o proceder delineado por Deus e obtinham o Seu favor. As Escrituras Gregas Cristãs, usando a mesma expressão, ilustram os dois procederes contrastantes adotados por alguém, antes e depois de se tornar servo de Deus. (Efé. 2:2, 10; 4:17; 5:2) Usa-se “correr” de maneira similar para simbolizar determinado proceder. (1 Ped. 4:4) Deus disse que os profetas de Judá “correram”, embora não tivessem sido enviados por ele, querendo dizer que adotaram falsamente, sem autorização, a carreira profética. (Jer. 23:21) Paulo descreve a carreira cristã em termos de “correr”. Comparou-a a uma corrida, em que se pode correr bem ou mal, e na qual se tem de correr segundo as regras, para ganhar o prêmio. — 1 Cor. 9:24; Gál. 2:2; 5:7.
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Atos Dos ApóstolosAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ATOS DOS APÓSTOLOS
Este é o título pelo qual tem sido chamado um dos livros da Bíblia desde o segundo século E.C. Abrange primariamente as atividades de Pedro e Paulo, ao invés de as dos doze apóstolos em geral; e nos fornece uma história muitíssimo fidedigna e pormenorizada do começo espetacular e do rápido desenvolvimento da organização cristã, primeiro entre os judeus, e, daí, entre as nações gentias. O tema dominante de toda a Bíblia, o reino de Jeová, predomina no livro (Atos 1:3; 8:12; 14:22; 19:8; 20:25; 28:31), e se nos lembra constantemente de como os apóstolos deram “testemunho cabal” a respeito de Cristo e desse reino, e realizaram plenamente seu ministério. (2:40; 5:42; 8:25; 10:42; 20:21, 24; 23:11; 26:22; 28:23) O livro também fornece notável fundo histórico para se considerar as cartas inspiradas das Escrituras Gregas Cristãs.
ESBOÇO DO CONTEÚDO
I. Pentecostes e testemunho intensificado em Jerusalém (1:1 a 6:7)
A. Jesus predisse que discípulos seriam dotados de poder, pelo espírito, para testemunhar (1:1-11)
B. Discípulos recebem espírito santo; testemunham em línguas (1:12 a 2:13)
C. Pedro mostra que concessão do espírito por Cristo cumpre profecia (2:14-41)
1. Insta ao arrependimento e ao batismo em nome de Jesus; cerca de 3.000 judeus e prosélitos são batizados
2. Gozam de união, íntima associação, participação comum e aumento (2:42-47)
D. Curado o coxo; Pedro e João são presos e soltos; crentes aumentam para cerca de 5.000 (3:1 a 4:22)
E. Deus manifesta aprovação do proceder intrépido dos apóstolos (4:23-31)
F. Juntam-se num fundo comum e distribuem- se os recursos; Ananias e Safira morrem por ‘trapacearem o espírito santo’ (4:32 a 5:11)
G. Presos os apóstolos devido ao ministério, libertos por um anjo (5:12-21a)
H. Apóstolos estabelecem precedente, ‘obedecem a Deus antes que aos homens’ onde os dois colidem; discípulos aumentam (5:21b a 6:7)
II. Perseguição resulta na expansão do testemunho (6:8 a 9:31)
A. Estêvão é agarrado, fornece testemunho intrépido; morre como mártir (6:8 a 7:60)
B. Perseguição espalha todos, exceto apóstolos, através do país (8:1-4)
1. Abençoado o ministério de Filipe em Samaria; convertido o eunuco etíope (8: 5-40)
2. Pedro e João são enviados para que samaritanos possam receber espírito santo (8:14-17)
C. Jesus aparece ao perseguidor Saulo; Saulo convertido, batizado, inicia ministério zeloso (9:1-30)
D. Congregação na Judéia, Galiléia e Samaria entra num período de paz (9:31-43)
III. Testemunho em seguida alcança os não-judeus (10:1 a 12:25)
A. Pedro prega a Cornélio e a outros gentios incircuncisos, que crêem, recebem espírito santo e são batizados (10:1-48)
B. Relatório do apóstolo sobre isso promove expansão entre nações (11:1-30)
C. Herodes mata Tiago, prende Pedro; Pedro é liberto por anjo (12:1-19)
D. Morre Herodes por não dar glória a Deus; espalha-se a palavra de Jeová (12:20-25)
IV. Primeira viagem evangelizadora de Paulo, junto com Barnabé (13:1 a 14:28)
A. De Antioquia, Síria, até Chipre, e cidades da Ásia Menor
1. Judeus perseguem Paulo de cidade em cidade
2. Estabelecidas congregações
B. Outras viagens; volta a Antioquia, Síria
V. Resolvida a disputa sobre necessidade de circuncisão para cristãos (15:1-35)
A. Apóstolos e anciãos em Jerusalém decidem, guiados por espírito santo
B. Crentes devem guardar-se da idolatria, sangue e fornicação
VI. Segunda viagem evangelizadora de Paulo (15:36 a 18:22)
A. Paulo e Silas viajam de Antioquia pela Síria e Ásia Menor (15:36 a 16:8)
B. Acatando uma visão, Paulo visita a Macedônia (16:9 a 17:15)
1. Presos Paulo e Silas em Filipos; carcereiro torna-se crente
2. Paulo e Silas pregam em Tessalônica e Beréia; judeus promovem motins
C. Em Atenas, Paulo fala na colina de Marte, alguns crêem (17:16-34)
D. Paulo prega em Corinto por 18 meses (18:1-17)
E. Retorna a Antioquia, na Síria, passando por Éfeso e Cesaréia (18:18-22)
VII. Terceira viagem de Paulo, chegada a Jerusalém (18:23 a 21:17)
A. Ministério efésio de Paulo é frutífero; cria tumulto (18:23 a 19:41)
B. Visita crentes na Macedônia, Grécia e Trôade (20:1-16)
C. Apóstolo reúne-se com anciãos efésios em Mileto e os admoesta (20:17-38)
D. Chega a Jerusalém, apesar do perigo ali (21:1-17)
VIII. Paulo testemunha apesar de oposição, encarceramento (21:18 a 28:31)
A. Depois do tumulto em Jerusalém, Paulo comparece diante do Sinédrio (21:18 a 23:10)
B. É levado a Félix; comparece muitas vezes perante ele (23:11 a 24:27)
C. Em defesa perante Festo, Paulo apela para César (25:1-12)
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