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Apresentando a equipe sanitária dos besourosDespertai! — 1976 | 8 de novembro
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início os necróforos talvez tentem escavar o concreto. Mas, quando isso resulta fútil, movimentam o camundongo morto para um local melhor para o enterro. Talvez movam o animal até por 3 metros. Como?
Deitado de costas, um necróforo puxa a presa com suas fortes patas. À medida que o besouro penetra cada vez mais sob o camundongo, o cadáver começa a balançar. Daí, com tremendo movimento de pedalar, o necróforo move o camundongo para a frente, possivelmente por 1,3 centímetros. Este processo é repetido até que o animal morto esteja num lugar apropriado de sepultamento. Enquanto o macho está deitado de costas, empurrando a presa para cima, com suas patas, a fêmea se ocupa em remover raminhos e pedrinhas que estejam no caminho.
Depois de terem movido o camundongo morto para um local adequado de sepultamento, os necróforos rastejam por sob a carcaça e começam a escavar, com suas cabeças e patas. Lentamente, o camundongo morto começa a descer. Ao ir descendo, a terra solta se deposita no alto do seu corpo. Quando termina o enterro, os necróforos escavam um túnel para fornecer à fêmea um local para a postura de seus ovos. Até que os ovos sejam chocados, os adultos se alimentam da carcaça. Depois disso, os adultos alimentam as larvas chocadas com a carne parcialmente pré-digerida do animal morto. Quando chega a ocasião para que as larvas se transformem em besouros adultos, os pais abrem caminho para a superfície e alçam vôo de novo.
Deveras, os besouros silfídeos constituem notável equipe sanitária. A quem devemos dar crédito pelo seu trabalho vital? Ao Criador, Jeová Deus, naturalmente. Como poderia o acaso cego ter jamais produzido a surpreendente equipe sanitária dos besouros?
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O que dizer da celebração de aniversários?Despertai! — 1976 | 8 de novembro
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Qual É o Conceito da Bíblia?
O que dizer da celebração de aniversários?
APRECIA reunir-se com seus entes queridos? Congregar-se para ‘comer, beber e regozijar-se’ com moderação é mencionado com favor na Bíblia. (Ecl. 8:15; 9:7; Jó 1:2, 4, 5) As Escrituras mencionam certas “festas” que os servos de Deus realizaram em ocasiões especiais. (Gên. 19:3; 21:8; 2 Sam. 3:20; 1 Reis 3:15) Por meio de Moisés, Jeová ordenou à nação de Israel que observasse as alegres “festividades periódicas” de cada ano. (Lev. 23:2, 37, 38) É claro que o Criador compreende a alegria que se pode derivar das ocasiões festivas.
Isto não significa, porém, que todos os tipos de celebrações gozem da aprovação de Deus. Muitas que são populares no mundo hodierno atribuem honras a pessoas e instituições que as Escrituras apresentam como ímpias. Com freqüência, as celebrações se arraígam na religião falsa. As Escrituras ordenam que os adoradores de Jeová evitem qualquer conexão com a adoração falsa. (2 Cor. 6:14-18) Que dizer da celebração de aniversários?
Segundo a Bíblia, o dia em que um bebê nascia era, usualmente, um dia de regozijo e agradecimento por parte dos pais. Corretamente isto se dava, pois: “Eis que os filhos são uma herança da parte de Jeová; o fruto do ventre é uma recompensa.” (Sal. 127:3; Luc. 1:57, 58) É claro também que, durante os tempos bíblicos, os servos de Deus estavam cônscios da época de seu nascimento. Exemplificando: as Escrituras especificam a idade de Noé e de Abraão em vários momentos durante sua vida, bem como fornecem sua idade completa quando morreram. (Gên. 7:6, 11, 13; 9:28, 29; 12:4; 17:24; 25:7) Sob a Lei mosaica, os membros da tribo de Levi guardavam registros de suas idades, de modo a saber quando tinham idade suficiente para começarem a servir no santuário de Jeová. (Núm. 4:46, 47) Sugere isto que os adoradores de Deus, lá naquele tempo, realizavam celebrações anuais de aniversário?
Aqueles que assim pensam às vezes apontam para Jó 1:4, e Oséias 7:5. O primeiro desses textos menciona os sete filhos de Jó como realizando “um banquete na casa de cada um deles no seu próprio dia”. O segundo fala dos príncipes israelitas ‘fazerem-se a si mesmos doentes por causa do vinho’ numa festa “no dia de nosso rei”. Será que tais ocasiões festivas eram festas de aniversários? Evidentemente não eram. O Professor G. Margoliouth escreve na Encyclopaedia of Religion and Ethics (Enciclopédia de Religião e Ética) de Hastings: “A ocasião da festa mencionada em Jó 14f não é clara. Como os sete dias parecem ter sido consecutivos, dificilmente poderiam ter sido aniversários.” “A menção do ‘dia de nosso rei’ em Osé 75 pode, bem naturalmente, ser considerada como se referindo ao aniversário da ascensão do rei ao trono.”
Em realidade, a Bíblia só menciona celebrações natalícias nos casos do Faraó do Egito, durante os dias de José, e de Herodes Ântipas, no primeiro século E. C. (Gên. 40:20; Mat. 14:6-11) Tais celebrações, contudo, aparecem em luz desfavorável, pois ambas foram realizadas por pessoas que não adoravam a Jeová. O Professor Margoliouth comenta mais: “As celebrações natalícias na família herodiana . . . eram, sem dúvida, imitação dos costumes greco-romanos da época.”
Interessante é o que a mesma enciclopédia afirma sobre os antigos gregos e romanos: “Dar presentes em determinadas ocasiões era amiúde ditado por temores supersticiosos, como no caso de presentes de aniversário”. O artigo observa que ao costume de dar estes presentes “anteriormente se atribuía uma virtude mágica”.
Explica ainda mais que a finalidade especial das celebrações natalícias na antiga Grécia “era invocar a ajuda do Bom Demônio (agathos daimon) numa ocasião em que — no limite de dois períodos — os maus espíritos estavam especialmente inclinados a estender sua influência”.
Em vista da origem pagã de muitos costumes natalícios e o fato de os únicos relatos bíblicos de celebrações natalícias serem relacionados à adoração falsa, num os antigos judeus nem os cristãos, no início da Era Comum, celebravam aniversários. A respeito destes últimos, o historiador Augustus Neander escreve: “A noção de uma festa de aniversário natalício era alheia às idéias dos cristãos deste período, em geral.” Por volta de meados do terceiro século E. C., Orígenes observou, em seus comentários sobre Mateus, capítulo 14: “Alguém dentre aqueles que estão diante de nós comentou o que está escrito em Gênesis sobre o aniversário de Faraó, e disse que é o homem imprestável, que ama as coisas relacionadas com o nascimento, que guarda as festas de aniversário; e nós, aceitando a sugestão dele, não encontramos em nenhuma Escritura que um aniversário tenha sido guardado por um homem justo.”
No quarto século E. C., contudo, aconteceu algo que mudou as coisas. O quê? Os cristãos professos começaram a celebrar o nascimento de Jesus Cristo na data falsa de 25 de dezembro. O livro Curiosities of Popular Customs (Curiosidades dos Costumes Populares) indica: “Junto com a celebração do Natal de Cristo retornou a celebração dos natais de mortais comuns.”
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