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    • em si mesma as características conjuntas das quatro bestas da visão de Daniel . . . Assim sendo, esta primeira besta representa as forças combinadas de toda a regência política oposta a Deus no mundo.” — Vol. 1, p. 369.

      Fera de dois chifres que ascende da terra

      Daí, João viu uma fera de dois chifres, como os do carneiro inofensivo que, todavia, falava como um dragão, exercendo a plena autoridade da primeira fera, que acabamos de descrever. Manda que se faça uma imagem da fera de sete cabeças, que rege mundialmente, obrigando todas as pessoas a aceitar sua “marca”. — Rev. 13:11-17.

      Pode-se recordar que o carneiro de dois chifres de Daniel, capítulo 7, representava uma potência dupla, a Medo-Pérsia. Naturalmente, há muito que essa potência já havia desaparecido, nos dias do apóstolo João, e sua visão era de coisas ainda futuras. (Rev. 1:1) Existiram outras potências duplas, desde os dias de João, mas, dentre estas, a histórica associação da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos é especialmente notável e tem longa duração.

      A outra característica notável da fera de dois chifres, o falar ela como um dragão, faz lembrar a “boca falando coisas grandiosas” do notável chifre do quarto animal de Daniel 7 (Vv. 8, 20-26); ao passo que o ‘desencaminhar’ os habitantes da terra compara-se ao engano praticado pelo ‘rei feroz’ descrito em Daniel 8:23-25. — Rev. 13:11, 14.

      A fera cor de escarlate

      Em Revelação 17, o apóstolo registra sua visão duma fera cor de escarlate, com sete cabeças e dez chifres, montada pela mulher simbólica, “Babilônia, a Grande”. Esta fera se assemelha assim, ou é a imagem, da primeira fera de Revelação 13, mas é diferente dela, devido à sua cor escarlate e ao fato de que não se vêem coroas em seus dez chifres. Contemplando João a fera, diz-se-lhe que cinco dos sete reis representados pelas sete cabeças já tinham caído, ao passo que um existia naquela época, e o sétimo ainda estava para surgir. A própria fera cor de escarlate é um oitavo rei, mas procede ou é produto dos sete anteriores. Os “dez reis” representados pelos dez chifres existem e exercem autoridade em ligação com a fera cor de escarlate, por curto tempo. Guerreando contra o Cordeiro, Jesus Cristo, e os que estão com ele, eles sofrem derrota. — Rev. 17:3-5, 9-14.

      As “cabeças” ou “reis” parecem representar potências mundiais, como no livro de Daniel. É digno de nota que a Bíblia deveras mencione cinco potências mundiais nas Escrituras Hebraicas, a saber, o Egito, a Assíria, a Babilônia, a Medo-Pérsia, e a Grécia, ao passo que as Escrituras Gregas citam uma sexta, Roma, que regia nos dias de João. Ao passo que isto deixaria sem ser citado nominalmente o sétimo “rei”, o fato de que ainda não tinha surgido quando João registrou a Revelação (Apocalipse) explicaria tal anonimato. O oitavo rei, a simbólica fera cor de escarlate, de algum modo se une com estas sete cabeças, ao passo que, ao mesmo tempo, procede delas.

  • Anistia
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    • ANISTIA

      Em Ester 2:18 relata-se que Assuero, o monarca persa, depois de fazer de Ester sua rainha, realizou grande banquete em honra dela e concedeu uma “anistia aos distritos jurisdicionais” de seu domínio. A palavra hebraica hanahháh, aqui usada, ocorre somente uma vez nas Escrituras. É traduzida, de forma variada, como “alívio” (ALA), “uma anistia dos impostos” (PIB), “um dia de descanso” (CBC), e os comentaristas sugerem que o alívio ou a anistia poderia envolver a anistia fiscal, a liberação do serviço militar, a soltura de presos, ou uma combinação de tais coisas.

      Diferente palavra hebraica (shemittáh) é usada em outras partes das Escrituras para descrever a liberação de dívidas ou a suspensão do trabalho. (Deut. 15:1, 2, 9; 31:10; veja ANO SABÁTICO.) Quanto à soltura de presos, pode-se notar que, durante o reinado de Xerxes, o Grande, que se crê seja o Assuero do livro de Ester, ocorreram várias revoltas. Uma inscrição de Persépolis, atribuída a Xerxes, declara: “Depois que me tornei rei, houve alguns, dentre estes países . . . que se revoltaram, mas eu esmaguei tais países . . . e os coloquei novamente em sua anterior condição política.” Tal supressão de insurreições sem dúvida resultou em presos políticos, e a época festiva, resultante de Ester se tornar rainha, talvez tenha sido a ocasião para Assuero cancelar as acusações contra tais pessoas e lhes conceder anistia ou libertação. (Compare com Mateus 27:15.) A natureza precisa dessa anistia, contudo, continua indeterminada.

  • Aniversário Natálicio
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    • ANIVERSÁRIO NATÁLICIO

      O aniversário do nascimento de alguém. Os hebreus guardavam um registro das datas de nascimento, como revelam os dados genealógicos e cronológicos da Bíblia. (Núm. 1:2, 3; Jos. 14:10; 2 Crô. 31:16, 17) As idades dos levitas, sacerdotes e reis não foram deixadas entregues à adivinhação. (Núm. 4:3; 8:23-25; 2 Reis 11:21; 15:2; 18:2) Isto também se deu no caso de Jesus. (Luc. 2:21, 22, 42; 3:23) De acordo com as Escrituras, o dia em que o bebê nascia era usualmente um dia de regozijo e de ações de graças da parte dos pais, e isto de direito, pois “eis que os filhos são uma herança da parte de Jeová; o fruto do ventre é uma recompensa”. (Sal. 127:3; Jer. 20:15; Luc. 1:57, 58) No entanto, não há indício nas Escrituras de que adoradores fiéis de Jeová se tenham alguma vez entregue à prática pagã de celebrar anualmente aniversários. Josefo escreveu que Herodes Agripa I celebrara seu aniversário, assim como seu tio Ântipas, mas estes supostos prosélitos judeus eram famosos por imitarem os costumes pagãos, ao invés de ajustarem-se às Escrituras Hebraicas. — Antiguidades Judaicas, em inglês, Livro XIX, cap. VII, par. 1.

      A Bíblia refere-se diretamente a apenas duas celebrações natalícias, à do Faraó do Egito (século dezoito A.E.C.), e à de Herodes Ântipas (primeiro século E.C.). Estes dois relatos são similares, no sentido de que ambas as ocasiões foram marcadas por grande festança e concessão de favores; ambas são lembradas por execuções, o enforcamento do padeiro-mor de Faraó, no primeiro caso, e a decapitação de João, o Batizador, no último. — Gên. 40:18-22; 41:13; Mat. 14:6-11; Mar. 6:21-28.

      Quando os filhos de Jó “realizaram um banquete na casa de cada um deles no seu próprio dia”, não se deveria supor que celebravam seu aniversário. (Jó 1:4) “Dia”, neste versículo, traduz a palavra hebraica yohm, possivelmente de uma raiz que significa “estar quente”, por conseguinte, significando um período de tempo desde o nascente até o poente. Por outro lado, “aniversário” compõe-se de duas palavras hebraicas, yohm (dia) e hullédheth, de yaládh, raiz hebraica que significa “dar à luz jovem”, por isso referindo-se ao dia do nascimento da pessoa. Esta diferença entre “dia” e o aniversário da pessoa poderá ser observada em Gênesis 40:20, onde aparecem ambas as expressões: “Ora, o terceiro dia [yohm] resultou ser aniversário natalício [literalmente, “o dia (yohm) do nascimento (hullédheth)”] de Faraó.” Assim, é certo que Jó 1:4 não se refere a um aniversário, como é, inquestionavelmente, o caso de Gênesis 40:20. Pareceria que os sete filhos de Jó realizavam uma reunião familiar (possivelmente uma festa da primavera ou da colheita) e, visto que as festividades levavam uma semana inteira, cada filho era anfitrião do banquete em sua própria casa “no seu próprio dia”.

      Com a introdução do cristianismo, o ponto de vista sobre as celebrações natalícias não mudou. Jesus iniciou uma obrigatória Comemoração, não do seu nascimento, mas de sua morte, afirmando: “Persisti em fazer isso em memória de mim.” (Luc. 22:19) Se os cristãos primitivos não celebravam nem comemoravam o nascimento de seu Salvador, muito menos celebrariam seu próprio aniversário. Escreve o historiador Augusto Neander: “A noção de uma festa de aniversário natalício era alheia às idéias dos cristãos deste período.” [The History of the Christian Religion and Church, During the Three First Centuries (História da Religião e da Igreja Cristãs, nos Três Primeiros Séculos), traduzida para o inglês por Henry John Rose, Nova Iorque, 1848, p. 190] “Orígenes [escritor do terceiro século E.C.] . . . insiste que ‘dentre todas as pessoas santas nas Escrituras, não se registra que nenhuma delas tenha guardado uma festa ou realizado grande banquete em seu aniversário. São apenas os pecadores (como Faraó e Herodes) que fazem grandes festejos quanto ao dia em que nasceram neste mundo cá embaixo.’” — The Catholic Encyclopedia (Enciclopédia Católica), 1911, Vol. X, p. 709.

      É claro, então, que a celebração festiva de aniversários natalícios não se origina nem das Escrituras Hebraicas nem das Gregas.

  • Anjo
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    • ANJO

      Tanto o hebraico mal’ákh como o grego ággelos significam literalmente “mensageiro”. Desde o primeiro livro da Bíblia até o último, estas palavras ocorrem cerca de quatrocentas vezes. Quando indicam mensageiros espirituais, as palavras são traduzidas “anjos”, mas, se a referência é definitivamente a criaturas humanas, a tradução é “mensageiros”. (Gên. 16:7; 32:3; Tia. 2:25; Rev. 22:8; veja MENSAGEIRO.) No entanto, no livro altamente simbólico de Revelação, certas referências a anjos podem indicar criaturas humanas. — Rev. 2:1, 8,12, 18; 3:1, 7, 14.

      Os anjos às vezes são chamados de espíritos; o que é espírito é invisível e poderoso. Assim, lemos: “Saiu um espírito e ficou de pé perante Jeová”; “Não são todos eles espíritos para serviço público?” (1 Reis 22:21; Heb. 1:14) Tendo corpos espirituais invisíveis, têm sua morada “nos céus”. (Mar. 12:25; 1 Cor. 15:44, 50) São também chamados de “filhos do verdadeiro Deus”, “estrelas da manhã” e “santas miríades” (ou “santos”). — Jó 1:6; 2:1; 38:7; Deut. 33:2.

      Não sendo criaturas que se casam e reproduzem sua própria espécie, os anjos foram criados individualmente por Jeová, mediante seu Filho primogênito, “o princípio da criação de Deus”. (Mat. 22:30; Rev. 3:14) “Mediante ele [este Filho primogênito, a Palavra] foram criadas todas as outras coisas nos céus . . . as coisas invisíveis . . . Também, ele é antes de todas as outras coisas e todas as outras coisas vieram a existir por meio dele.” (Col. 1:15-17; João 1:1-3) Os anjos foram criados muito antes do aparecimento do homem, pois, na ‘fundação da terra’, “as estrelas da manhã juntas gritavam de júbilo e todos os filhos de Deus começaram a bradar em aplauso”. — Jó 38:4-7.

      Quanto ao número das hostes angélicas do céu, Daniel disse que vira que “mil vezes mil . . . ministravam [a Deus] e dez mil vezes dez mil ficavam de pé logo diante dele”. — Dan. 7:10; Heb. 12:22; Judas 14.

      ORDEM E CATEGORIA

      Como se dá com a criação visível, assim também no domínio invisível existe ordem e categoria entre os anjos. O anjo mais destacado, tanto em poder como em autoridade, é Miguel, o arcanjo. (Dan. 10:13, 21; 12:1; Judas 9; Rev. 12:7; veja MIGUEL.) Por sua proeminência, e devido a ser “o grande príncipe que está de pé a favor dos filhos do . . . povo [de Deus]”, presume-se que seja o anjo que conduziu Israel através do deserto. (Êxo. 23:20-23) Tendo elevadíssima categoria entre os anjos, quanto a privilégios e honra, há os serafins. (Isa. 6:2, 6; veja SERAFINS.) Com mais frequência (cerca de noventa vezes), as Escrituras mencionam os querubins, e, pela descrição de seus deveres e responsabilidades, torna-se evidente que também detêm uma posição especial entre os anjos. (Gên. 3:24; Eze. 10:1-22; veja QUERUBIM.) Daí, há um grande corpo de mensageiros angélicos que servem qual meio de comunicação entre Deus e o homem. No entanto, fazem mais do que simplesmente, transmitir mensagens. Como agentes e representantes do Deus Altíssimo. servem quais executores responsáveis do propósito divino, seja para proteger e livrar o povo de Deus, seja para destruir os iníquos. — Gên. 19:1-26.

      PERSONALIDADE

      Alguns talvez neguem aos anjos, individualmente, uma personalidade distinta, afirmando que são forças impessoais de energia, enviadas para realizar a vontade de Deus, mas a Bíblia ensina de outra forma. Nomes individuais subentendem a individualidade. O fato de que dois de seus nomes, Miguel e Gabriel, são fornecidos, comprova suficientemente esse ponto. (Dan. 12:1; Luc. 1:26) A falta de outros nomes era uma salvaguarda para que não se desse honra e adoração indevidas a tais criaturas. Foram enviados por Deus como agentes para atuar em Seu nome, e não no próprio nome deles. Por isso, quando Jacó perguntou o nome do anjo, este se recusou a dá-lo. (Gên. 32:29) O anjo que se aproximou de Josué, quando este lhe pediu que se identificasse, respondeu apenas que era “príncipe do exército de Jeová”. (Jos. 5:14) Quando os pais de Sansão solicitaram o nome do anjo, este se recusou a dá-lo, dizendo: “Por que é que me perguntarias assim pelo meu nome, quando ele é maravilhoso?” (Juí. 13:17, 18) O apóstolo João tentou adorar anjos e foi duas vezes censurado: “Toma cuidado! Não faças isso! . . . Adora a Deus.” — Rev. 19:10; 22:8, 9.

      Como personalidades, os anjos têm o poder de comunicar-se uns com os outros (1 Cor. 13:1), a habilidade de falar várias línguas dos homens (Núm. 22:32-35; Dan. 4:23; Atos 10:3-7), a faculdade de raciocínio, com a qual podem glorificar e louvar a Jeová. (Sal. 148:2; Luc. 2:13) É verdade que os anjos são assexuados, porque Jeová os fez assim, e não por serem simples forças impessoais. Os anjos são geralmente representados como varões, e, quando se materializaram, foi sempre em forma masculina, porque Deus e seu Filho são mencionados como varões. No entanto, quando certos anjos materializados entregaram-se ao prazer sexual nos dias de Noé, foram expulsos das cortes celestes de Jeová. Eis aqui uma demonstração da individualidade dos anjos, pois, semelhantes à humanidade, eles também têm livre-arbítrio, tendo o poder de fazer uma escolha pessoal entre o certo e o errado. (Gên. 6:2, 4; 2 Ped. 2:4) Por escolha pessoal, hostes de anjos juntaram-se a Satanás em sua rebelião. — Rev. 12:7-9; Mat. 25:41.

      PODERES E PRIVILÉGIOS

      Visto que Deus criou o homem “um pouco menor que os anjos” (Heb. 2:7), segue-se que os anjos têm maior capacidade mental que o homem. Também têm poder super-humano. “Bendizei a Jeová, vós anjos seus, poderosos em poder, cumprindo a sua palavra.” O conhecimento e o poder angélicos foram demonstrados quando dois anjos trouxeram a destruição chamejante sobre Sodoma e Gomorra. Um único anjo matou 185.000 do exército assírio. — Sal. 103:20; Gên. 19:13, 24; 2 Reis 19:35.

      Os anjos também podem viajar a tremendas velocidades, ultrapassando em muito os limites do mundo físico. Assim, quando Daniel estava orando, Deus enviou um anjo para responder à oração dele; e o anjo chegou em questão de instantes, mesmo antes de terminar a oração. — Dan. 9:20-23.

      Mas, apesar de todos seus poderes mentais e espirituais mais elevados, os anjos têm suas limitações. Não sabiam o ‘dia e a hora’ em que será varrido este sistema de coisas, disse Jesus. (Mat. 24:36) Têm vivido interesse no desenrolar dos propósitos de Jeová, todavia, há algumas coisas que não entendem. (1 Ped. 1:12) Regozijam-se com o arrependimento de um pecador, e observam o “espetáculo teatral” fornecido pelos cristãos aqui no palco mundial das atividades públicas. Observam, também, o exemplo correto das mulheres cristãs que usam um sinal de autoridade sobre a cabeça. — Luc. 15:10; 1 Cor. 4:9; 11:10.

      Como ministros de Jeová, os anjos usufruíram muitos privilégios durante eões de tempo que passou. Os anjos ministraram a favor de Abraão, Jacó, Moisés, Josué, Isaías, Daniel, Zacarias, Pedro, Paulo e João, para se mencionar apenas alguns. (Gên. 22:11; 31:11; Jos. 5:14, 15; Isa. 6:6, 7; Dan. 6:22; Zac. 1:9; Atos 5:19, 20; 7:35; 12:7, 8; 27:23, 24; Rev. 1:1) Suas mensagens contribuíram para a escrita da Bíblia. Em Revelação, mencionam-se os anjos mais vezes do que em qualquer outro livro da Bíblia. Inumeráveis anjos foram vistos ao redor do grande trono de Jeová; sete tocaram as sete trombetas, ao passo que outros sete derramaram as sete tigelas da ira de Deus; um anjo que voava no meio do céu tinha “boas novas eternas”; outro, porém, proclamava: “Caiu Babilônia, a Grande.” — Rev. 5:11; 7:11; 8:6; 14:6, 8; 16:1.

      Ministrar e apoiar a Cristo e seguidores

      Do início ao fim, os santos anjos de Deus acompanharam a jornada terrestre de Jesus com extremo interesse. Anunciaram sua concepção e seu nascimento, e ministraram-lhe após o jejum de quarenta dias. Um anjo o fortaleceu quando ele orou em Getsêmani, na sua última noite como humano. Quando a turba veio prendê-lo, nada menos de doze legiões de anjos estavam sob seu comando, caso resolvesse usá-las. Os anjos também anunciaram sua ressurreição e estavam presentes à sua ascensão ao céu. — Mat. 4:11; 26:53; 28:5-7; Luc. 1:30, 31; 2:10, 11; 22:43; Atos 1:10, 11.

      Depois disso, os mensageiros espirituais de Deus continuaram a ministrar a Seus servos na terra, assim como Jesus prometera: “Não desprezeis a um destes pequenos, pois eu vos digo que os seus anjos no céu sempre observam o rosto de meu Pai.” (Mat. 18:10) “Não são todos eles espíritos para serviço público, enviados para ministrar aos que hão de herdar a salvação?” — Heb. 1:14.

  • Jonas
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
    • JONAS

      [pomba].

      “Filho de Amitai”; um profeta de Jeová, oriundo de Gate-Héfer ( 2 Reis 14:25), cidade fronteiriça que se situava no território de Zebulão. (Jos. 19:10, 13) Em cumprimento da palavra de Jeová, proferida mediante Jonas, o Rei Jeroboão (II), de Israel, teve êxito em restaurar “o termo de Israel desde a entrada de Hamate até o mar do Arabá [o mar Salgado]”. ( 2 Reis 14:23-25; compare com Deuteronômio 3:17.) Assim, parece que Jonas serviu como profeta para o reino de dez tribos em algum tempo durante o reinado de Jeroboão (II). Trata-se, evidentemente, da mesma pessoa que Jeová comissionou a proclamar o julgamento contra Nínive (Jonas 1:1, 2), e, por conseguinte, também do autor do livro que leva o seu nome.

      Em vez de cumprir sua designação de pregar aos ninivitas, Jonas decidiu fugir dela. No porto marítimo de Jope, conseguiu uma passagem num navio que ia para Társis (geralmente associada com a Espanha), a mais de 3.500 km a O de Nínive. — Jonas 1:1-3; 4:2.

      Depois de subir a bordo do navio provido de convés, Jonas adormeceu profundamente em suas “partes mais recônditas”. No ínterim, os marujos, confrontados com um vento tempestuoso, divinamente enviado, que ameaçava fazer naufragar o navio, clamaram por socorro a seus deuses e, para aliviar o barco, arremessaram ao mar certos objetos. O capitão do navio despertou a Jonas, instando com ele a que também invocasse seu “deus”. Por fim, os marujos lançaram sortes para determinar quem era o culpado pela tempestade. É evidente que Jeová então fez que a sorte caísse sobre Jonas. Ao ser interrogado, Jonas confessou ter sido infiel à sua comissão. Não desejando que outros perecessem por sua culpa, solicitou que o atirassem ao mar. Quando fracassaram todos os esforços de alcançar terra firme, os marujos fizeram a Jonas o que ele lhes pedira, e o mar deixou de ficar agitado. — Jonas 1:4-15.

      À medida que Jonas afundou nas águas, algas se enrolaram em sua cabeça. Por fim, sua sensação de afogamento terminou, e ele se encontrou dentro de um grande peixe. Jonas orou a Jeová, glorificando-o como Salvador, e prometendo pagar o que votara. No terceiro dia, o profeta foi vomitado em terra seca. — Jonas 1:17 a 2:10.

      Comissionado pela segunda vez a dirigir-se a Nínive, ele empreendeu a longa viagem até lá. “Por fim, Jonas principiou a entrar na cidade numa caminhada de um dia, e continuava proclamando e dizendo: ‘Apenas mais quarenta dias e Nínive será subvertida.’ ” — Jonas 3:1-4.

      Alguns críticos julgam inacreditável que os ninivitas, inclusive o rei, tenham acatado a pregação de Jonas. (Jonas 3:5-9) Neste respeito, são interessantes as observações do comentarista C. F. Keil: “A profunda impressão que a pregação de Jonas causou nos ninivitas, de modo que toda a cidade se arrependeu e vestiu-se de saco e de cinza, é bem inteligível, se simplesmente tivermos presente a grande suscetibilidade das raças orientais ao emocionalismo, o temor de um único Ser Supremo, que é peculiar a todas as religiões pagãs da Ásia, e a grande estima em que eram tidas a adivinhação e os oráculos na Assíria, desde os tempos mais antigos . . . ; e, se também levarmos em conta a circunstância de que o aparecimento dum estrangeiro, que, sem ter qualquer interesse pessoal concebível, e com o maior destemor, revelou à grande cidade real os seus modos ímpios e anunciou a sua destruição dentro de um curtíssimo período de tempo, com a confiança que era tão característica dos profetas enviados por Deus, não poderia deixar de causar profunda impressão na mente do povo, que seria ainda mais profunda se a notícia das obras miraculosas dos profetas de Israel tivesse penetrado até Nínive.” — Biblical Commentary on the Old Testáment, The Twelve Minor Prophets (Comentário Bíblico Sobre o Velho Testamento, Os Doze Profetas Menores), Vol. I, pp. 407, 408.

      Depois de se passarem quarenta dias e nada ter ainda acontecido a Nínive, Jonas ficou muito aborrecido por Jeová não ter trazido a calamidade sobre aquela cidade. Até mesmo chegou a orar a Deus para que lhe tirasse a vida. Mas Jeová respondeu a Jonas com a pergunta: “É de direito que se acendeu a tua ira?” (Jonas 3:10 a 4:4) O profeta, depois disso, deixou a cidade, e, mais tarde, ergueu uma barraca para si. Ali, a E de Nínive, Jonas ficou observando o que sobreviría à cidade. — Jonas 4:5.

      O profeta ficou muito contente quando um cabaceiro-amargoso cresceu milagrosamente para lhe fornecer sombra. Mas seu regozijo foi efêmero. No dia seguinte, bem cedo de manhã, um verme causou danos à planta, fazendo com que se secasse. Privado da sombra, Jonas ficou sujeito a um vento quentíssimo do E, e ao sol abrasador sobre sua cabeça. De novo, pediu para morrer. — Jonas 4:6-8.

      Por meio deste cabaceiro-amargoso, ensinou-se a Jonas uma lição sobre a misericórdia. Ele sentiu pena do cabaceiro-amargoso, provavelmente imaginando por que tal planta teve de morrer. Todavia, Jonas nem a plantara nem cuidara dela. Por outro lado, Jeová, sendo o Criador e Sustentador da vida, tinha muito mais motivos de condoer-se de Nínive. O valor de seus habitantes e do gado

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