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ÁquilaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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Sua casa era usada como lugar de reuniões locais para a congregação, e ali tiveram o privilégio de ajudar o eloqüente Apolo a ter entendimento mais preciso do caminho de Deus. (1 Cor. 16:19; Atos 18:26) Na época em que Paulo escreveu aos romanos, por volta de 56 E.C., a regência de Cláudio já tinha terminado, e Áquila e Priscila já haviam retornado a Roma, pois Paulo transmitiu-lhes suas saudações, como seus “colaboradores”. (Rom. 16:3) Aqui, também, a congregação se reunia na casa deles. (Rom. 16:5) Em certa ocasião, durante seu relacionamento com Paulo, Áquila e Priscila “arriscaram os seus próprios pescoços” a favor de Paulo, assim merecendo os agradecimentos de todas as congregações. (Rom 16:4) Mais tarde, mudaram-se de novo para Éfeso, pois Paulo, enquanto estava em Roma, pouco antes de sofrer martírio (por volta de 65 E.C.), pediu a Timóteo que transmitisse seus cumprimentos a eles ali. — 1 Tim. 1:3; 2 Tim. 4:19.
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AquisAjuda ao Entendimento da Bíblia
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AQUIS
[talvez, ira].
Rei filisteu de Gate, que reinava durante o tempo de Davi e Salomão. Era filho de Maoque ou Maacá, e no cabeçalho do Salmo 34 é chamado Abimeleque, talvez um título similar a Faraó ou Czar. (1 Sam. 27:2; 1 Reis 2:39) Por duas vezes Davi, quando estava fugindo de Saul, refugiou-se nos domínios do Rei Aquis. Na primeira ocasião, quando se suspeitou de que era inimigo, Davi fingiu insanidade mental, e Aquis permitiu que ele fosse embora, como um doido inofensivo. (1 Sam. 21:10-15; Salmos 34, 56, cabeçalhos) Na segunda visita, Davi estava acompanhado de 600 guerreiros e de suas famílias, e, assim, Aquis os designou a morar em Ziclague, ao S de Gate. Durante o ano e quatro meses em que estavam ali, Aquis acreditava que o grupo de Davi estava fazendo incursões contra as cidades judéias, ao passo que Davi estava, realmente, saqueando os gesuritas, os girzitas e os amalequitas. (1 Sam. 27:1-12) Tão bem sucedida foi esta burla que Aquis realmente fez de Davi seu guarda-costas, quando os filisteus estavam organizando um ataque contra o Rei Saul, e somente no último momento, por insistência de outros “senhores do eixo” dentre os filisteus, é que Davi e seus homens foram mandados de volta para Ziclague. (1 Sam. 28:2; 29:1-11) Quando Davi se tornou rei e pelejou contra Gate, pelo que parece Aquis não foi morto, mas viveu até o reinado de Salomão. — 1 Reis 2:39-41.
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ArãAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ARÃ
[altiplano, alto, exaltado].
O nome “Arã” é usado em sentido geográfico, sozinho ou em conjunto com outros termos, para referir-se às regiões em que se concentravam os descendentes de Arã. — Gên. 10:22.
Arã, usado sozinho, aplica-se basicamente à Síria e é assim traduzido, em geral. (Juí. 10:6; 2 Sam. 8:6, 12; 15:8; Osé. 12:12) Incluía então a região que ia desde as montanhas do Líbano através da Mesopotâmia e dos montes Tauro, ao N, até Damasco, e mais além, ao S. — Veja SÍRIA.
Arã-Naaraim (Sal. 60, título) significa literalmente “Arã dos dois rios”, sendo geralmente traduzida pela palavra grega de significado relacionado, “Mesopotâmia”. Os dois rios eram o Eufrates e o Tigre. Estêvão fala de Abraão viver na Mesopotâmia, enquanto ainda estava em Ur dos Caldeus (Atos 7:2), e, quando enviou seu servo para procurar uma esposa para Isaque, muitos anos depois, Abraão lhe disse que fosse à cidade de Naor, na (Alta) Mesopotâmia (Arã-Naaraim). (Gên. 24:2-4, 10) Balaão de Petor, era também duma região montanhosa da parte norte da Mesopotâmia. — Deut. 23:4; compare com Números 23:7; veja MESOPOTÂMIA.
Padã-Arã, significando “a planície (baixada) de Arã”, é usada especialmente com referência à área ao redor da cidade de Harã, na Alta Mesopotâmia. — Gên. 25:20; 28:2-7, 10.
Os arameus, descendentes semíticos de Arã, podiam ser encontrados por todas essas áreas. Adicionalmente, o nome de Uz, um dos quatro filhos de Arã, é aplicado à área do deserto da Arábia, a E da Terra Prometida, chegando aos limites de Edom. (Jó 1:1; Lam. 4:21) O aramaico, a língua dos arameus, era intimamente relacionado com o hebraico e, com o tempo, tornou-se língua internacional, tanto comercial como diplomática, por todas as regiões do Crescente Fértil. — 2 Reis 18:26; veja ARAMAICO.
Foi, sem dúvida, graças a Jacó morar por vinte anos em Arã, junto com Labão, seu sogro arameu, que Deuteronômio 26:5 fala dele como “sírio” (literalmente, “arameu”). Adicionalmente, Rebeca, mãe de Jacó, era araméia, como também eram as esposas dele, Léia e Raquel. Os israelitas, portanto, eram realmente parentes próximos dos arameus.
REINOS ARAMEUS
Os reinos arameus começaram a ser mencionados no registro bíblico de forma contemporânea com o desenvolvimento da nação de Israel. Cusã-Risataim, rei de Arã-Naaraim (Mesopotâmia), subjugou Israel durante oito anos, até que o juiz Otniel o libertou. — Juí. 3:8-10.
Arã-Zobá era outro reino arameu, e é mencionado como inimigo da regência de Saul (1117-1077 A.E.C.). (1 Sam. 14:47) Parece ter-se situado ao N de Damasco, e exercido domínio sobre o N até Hamate, e a E do Eufrates. Quando Davi combatia os inimigos de Israel, veio a entrar em conflito com Hadadezer, poderoso rei de Arã-Zobá, e o derrotou. (2 Sam. 8:3, 4; 1 Crô. 18:3; compare com o cabeçalho do Salmo 60.) Depois disso, o incursor arameu, Rezom, assumiu o poder em Damasco e tal cidade logo se tornou a mais proeminente cidade araméia (1 Reis 11:23-25) e “a cabeça da Síria”. (Isa. 7:8) Como tal, mânifestou hostilidade ativa contra Israel no decurso de toda a história do reino setentrional. — Veja DAMASCO.
Arã-Maacá é mencionado, junto com Zobá, Reobe e Istobe, como estando entre os reinos arameus dentre os quais os amonitas alugaram carros e cavaleiros para guerrear contra Davi. O rei de Arã-Maacá juntou-se a tais forças mercenárias que o exército de Davi logo conseguiu pôr em fuga. (1 Crô. 19:6-15; 2 Sam. 10:6-14) O reino de Maacá provavelmente situava-se a E do Jordão, tendo o monte Hermom do seu lado N. — Jos. 12:5; 13:11.
Gesur era pequeno reino arameu na Transjordânia, evidentemente logo abaixo de Maacá, e com seus limites S estendendo-se até o lado E do mar da Galiléia. Como Maacá, situava-se no território designado à tribo de Manassés. — Deut. 3:14; Jos. 13:11.
Através da conquista dos reinos arameus por parte de Davi, ele estendeu os limites do reino típico bem para o N, de modo que seu reino atingia o rio Eufrates, não muito longe de Harã, de Padã-Arã. Ele cumpriu assim a promessa de Jeová com respeito à extensão da herança de Israel sobre a Terra Prometida. — Deut. 1:7; 11:24; Jos. 1:4.
[Mapa na página 109]
(Para o texto formatado, veja a publicação)
Arã
GRANDE MAR
Mets. Taurus
Mtes. Líbano
Hamate
Damasco
ARÃ-MAACÁ
GESUR
Harã
PADÃ-ARÃ
Rio Eufrates
ARÃ-NAARAIM (MESOPOTÂMIA)
ARÃ-ZOBÁ
Rio Tigre
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ArabáAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ARABÁ
[planícies desérticas; duma raiz que significa seco, queimado].
Aquela parte da extraordinária depressão ou vale de falha (ou de abatimento tectônico) que se estende para o S desde as encostas do monte Hermom, aninha o mar da Galiléia e o rio Jordão, cai muito abaixo do nível do mar para formar a bacia do mar Morto, e então continua em direção sul até o golfo de Acaba, no mar Vermelho. — Deut. 3:17; Jos. 3:16; 11:16; Jer. 52:7.
Este vale extenso, estreito, na direção N-S, amiúde seco, e contendo poucas cidades, é limitado em cada lado por longa fileira de montanhas. Tendo de 800 m a pouco mais de 16 km de largura, e cerca de 434 km de extensão, o vale deve sua existência à “falha” ou longa ruptura da crosta terrestre. O Jordão serpenteia pela parte norte deste vale reto, e suas águas, que fluem continuamente, regam um cinturão verde até o centro da base do vale. Contudo, ao sul do mar Morto, o Arabá só é alimentado por torrentes (rios) temporárias que são insuficientes para fazer viver o solo seco.
O mar Morto é chamado de “mar do Arabá”. (Deut. 3:17; 4:49; 2 Reis 14:25) Sem o artigo definido, a palavra ‘araváh também é usada em sentido geral e poderá ser corretamente traduzida como “planície desértica”. O plural (‘aravóhth) é aplicado com freqüência às planícies desérticas de Jericó e de Moabe, a parte do vale do Jordão situada logo ao N do mar Morto. — Núm. 22:1; 26:3, 63; 31:12; Jos. 4:13; 5:10; Jer. 39:5.
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ArábiaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ARÁBIA
A península da Arábia faz parte do continente asiático em seu canto extremo SO. Limita-se, a E, com o golfo Pérsico e o golfo de Omã, ao S com o oceano Índico e o golfo de Áden, e a O com o mar Vermelho, ao passo que o Crescente Fértil da Mesopotâmia, Síria e Palestina se curva ao redor de sua extremidade norte. Cercada, como está, de água por três lados, assemelha-se, em parte, a uma ilha enorme, e é comumente chamada por seu povo de “Ilha dos Árabes” (Jazirat al-‘arab).
Tendo uma área de quase 2.590.000 km2, ou o equivalente a cerca de um terço da superfície terrestre dos Estados Unidos continentais, ou pouco menos de um terço da área do Brasil, a Arábia é a maior península do mundo. A faixa costeira ocidental se estende por uns 2.900 km, e, em seu ponto mais largo, a península tem cerca de 1.930 km de largura.
O nome “Arábia” tem origem semítica e se crê que se derive duma raiz que signifique “ser árida”. (Compare com “planície desértica” [Heb., ‘aráv; “Arábia”, ALA] em Isaías 21:13.) A península consiste em um chapadão rochoso que se inclina para o oriente, em direção ao golfo Pérsico, a partir de seu espinhaço formado pela cadeia montanhosa que corre paralela
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