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AsaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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nota marginal sobre 2 Crônicas 16:1.] Este era também o conceito do arcebispo Ussher. Assim, também, a aparente diferença entre a declaração em 2 Crônicas 15:19, no sentido de que, quanto à “uma guerra, não ocorreu até o trigésimo quinto [realmente o décimo quinto] ano do reinado de Asa”, e a declaração em 1 Reis 15:16, no sentido de que “sucedeu haver mesmo guerra entre Asa e Baasa, rei de Israel, em todos os seus dias“, pode ser explicada no sentido de que, uma vez iniciados os conflitos entre os dois reis, eles depois disso foram contínuos, assim como Hanani predissera. — 2 Crô. 16:9.
DOENÇA E MORTE
Os últimos três anos de Asa trouxeram sofrimento devido a uma enfermidade dos pés (talvez gota úrica) e ele insensatamente procurou ser curado antes física do que espiritualmente. Ao morrer, foi-lhe dado um enterro honroso em seu túmulo pessoalmente preparado na cidade de Davi. — 1 Reis 15:23, 24; 2 Crô. 16:12-14.
Apesar da insensatez que demonstrou e da falta de visão espiritual que manifestou às vezes, as boas qualidades de Asa, e manter-se ele livre da apostasia, evidentemente compensaram seus erros, sendo ele considerado como um dos seis reis fiéis da linhagem de Judá. (2 Crô. 15:17) O reinado de Asa, de 41 anos, foi contíguo ou abrangeu os reinados de oito reis de Israel: Jeroboão, Nadabe, Baasa, Elá, Zinri, Onri, Tibni (que regeu sobre um segmento de Israel, em oposição a Onri) e Acabe. (1 Reis 15:9, 25, 33; 16:8, 15, 16, 21, 23, 29) Ao morrer Asa, seu filho Jeosafá se tornou rei. — 1 Reis 15:24.
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As, Constelação DeAjuda ao Entendimento da Bíblia
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AS, CONSTELAÇÃO DE
[Heb., ‘Ash ou ‘Ãyish; significando, talvez, leão, leoa].
Estas palavras hebraicas ocorrem em Jó 9:9 e 38:32. Serem estes e outros termos usados em relação ao sol, às estrelas e ao céu, em ambos os casos, indica que se referem a alguma constelação celeste. (Veja Jó 9:7, 8; 38:33.) É impossível, na atualidade, especificar a que constelação se referem, e, por isso, é mais seguro aportuguesar o nome (como no verbete), ao invés de traduzir a palavra hebraica por nomes específicos, tais como “Arcturo” (So; gr., Arktoúros, significando literalmente “guardião da ursa”), ou “Ursa” (BJ; PIB; Al).
Referir-se Jó 38:32 a Ás “ao lado de seus filhos” fortalece a base para se crer que está envolvida uma constelação. A Ursa Maior (Grande Ursa) é a constelação mais freqüentemente sugerida, tendo sete estrelas principais que poderiam ser “seus filhos”. O léxico hebraico-aramaico de Koehler e Baumgartner [Lexicon in Veteris Testamenti Libros (Léxico dos Livros do Velho Testamento), p. 702], contudo, vê uma conexão com a constelação de Leão, baseada em ligações árabes. O ponto importante do texto não é a identificação precisa da constelação, mas a pergunta ali suscitada: “Podes guiá-los?” Jeová Deus assim inculcou em Jó a sabedoria e o poder do Criador, visto que é inteiramente impossível o homem governar os movimentos destes imensos corpos estelares.
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AsaelAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ASAEL
[Deus tem feito ou Deus é fazedor].
Um filho de Zeruia, irmã ou meia-irmã de Davi, e o irmão de Abisai e Joabe; sendo assim sobrinho de Davi. (1 Crô. 2:15, 16) Honrado como estando entre os trinta guerreiros notáveis sob Davi, Asael era especialmente famoso por sua ligeireza, “como uma das gazelas que há no campo aberto”. (2 Sam. 2:18; 23:24) Isto provou ser sua desgraça. Depois do teste de combate junto ao reservatório de Gibeão, e a derrota subsequente das forças israelitas sob Abner, Asael perseguiu persistentemente o fugitivo Abner. Depois de suplicar duas vezes a Asael que desistisse, o poderoso Abner enfiou o conto de sua lança no abdome de Asael, e ele morreu na hora. Embora o irmão de Asael, Joabe, finalmente recolhesse as forças judias em resposta aos apelos de Abner, a morte de Asael fez que a amargura florescesse em Joabe, de modo que, numa oportunidade posterior, ele ardilosamente se colocou em posição de matar Abner pela espada. — 2 Sam. 2:12-28; 3:22-27.
Em 1 Crônicas 27:7, alista-se Asael como comandante divisional do arranjo de tropas, feito mês após mês. Visto que Asael morreu antes de Davi se tornar rei sobre todo o Israel, sua menção aqui pode ser, ao invés, uma referência à sua casa, representada por seu filho Zebadias, mencionado no texto como sucessor de Asael. Outra sugestão é dada por The Interpreter’s Dictionary of the Bible (Dicionário Bíblico do Intérprete, Vol. 1, p. 244): “É possível que tenhamos aqui o protótipo da milícia davídica, organizada no início da regência judéia do rei, e que esta lista original tenha sido atualizada pela inclusão de Zebadias, filho e sucessor de Asael neste comando.” — Compare com 1 Crônicas, capítulo 12.
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AsafeAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ASAFE
([coletor, ajuntador; ou, talvez, Jeová tem ajuntado].
Um filho de Levi mediante Gersom. (1 Crô. 6:39, 43) Durante o reinado do Rei Davi (1077-1037 A.E.C.), Asafe foi nomeado pelos levitas como o principal cantor e percussor de címbalos, acompanhando a Arca à medida que ela era trazida da casa de Obede-Edom para a “cidade de Davi”. (1 Crô. 15:17, 19, 25-29) Depois disso, Asafe, junto com Hemã e Etã, servia diante do tabernáculo, orientando a música e o canto. (1 Crô. 6:31-44) Como Hemã e Jedutum (talvez o mesmo que Etã), Asafe é chamado de “visionário” que ‘profetizava com a harpa’. — 1 Crô. 25:1-6; 2 Crô. 29:30; 35:15.
Os filhos de Asafe continuaram a formar um grupo especial nos arranjos orquestrais e corais, assumindo parte destacada no tempo da inauguração do templo e em trazer a Arca de Sião para o local do templo (2 Crô. 5:12); no tempo das reformas do Rei Ezequias (2 Crô. 29:13-15); e no tempo da grande Páscoa celebrada durante o reinado do Rei Josias. (2 Crô. 35:15, 16) Alguns de seus descendentes também se achavam entre o primeiro grupo que voltou para Jerusalém do exílio babilônico. — Esd. 2:1, 41; Nee. 7:44.
Os cabeçalhos tradicionais dos Salmos 50, 73-83, atribuem tais cânticos a Asafe. Entretanto, parece provável que o nome seja ali usado como se referindo à casa da qual ele era o cabeça paternal, visto que alguns dos salmos (Salmos 79, 80) evidentemente descrevem eventos posteriores aos dias de Asafe.
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AscalomAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ASCALOM
[talvez, lugar de pesar ou mercado].
Um porto do Mediterrâneo, e uma das cinco principais cidades filistéias. (Jos. 13:3) Situada cerca de 19 km ao N de Gaza, a cidade se localizava num anfiteatro rochoso, naturalmente formado, cuja parte côncava dava para o Mediterrâneo. A região campestre é fértil, produzindo maçãs, figos, e a pequena cebola conhecida como a “echalota” ou cebolinha-branca, que, pelo que parece, deriva seu nome dessa cidade filistéia.
Ascalom foi designada à tribo de Judá e foi capturada por esta, mas, aparentemente, não permaneceu sujeita a ela por muito tempo. (Juí. 1:18, 19) Era cidade filistéia no tempo de Sansão e de Samuel. (Juí. 14:19; 1 Sam. 6:17) Davi a menciona em seu lamento pela morte de Saul e Jonatã. (2 Sam. 1:20) Quando o Rei Uzias conquistou cidades filistéias, Ascalom não foi alistada entre as tomadas. — 2 Crô. 26:6.
Na profecia de Amós (por volta de 803 A.E.C.), fez-se a predição da derrota do regente de Ascalom. (Amós 1:8) A história secular mostra que, no século seguinte, Tiglate-Pileser III, da Assíria, fez de Asqalluna (Ascalom) uma cidade vassala. Jeremias (depois de 647 A.E.C.) proferiu duas profecias que envolviam Ascalom. Embora Jeremias 47:2-7 pudesse ter tido certo cumprimento quando Nabucodonosor saqueou a cidade, no início de seu reinado (c. 624 A.E.C.), todavia, a profecia em Jeremias 25:17-20, 28, 29 indica claramente um cumprimento subseqüente à queda de Jerusalém em 607 A.E.C. A profecia de Sofonias (escrita antes de 648 A.E.C.) também predisse uma vindoura desolação de Ascalom, junto com outras cidades filistéias, após o que o restante de Judá finalmente ocuparia as “casas de Ascalom”. (Sof. 2:4-7) Por fim, em cerca de 518 A.E.C., Zacarias proclamou a destruição de Ascalom, em conexão com o tempo da desolação de Tiro (332 A.E.C.). — Zac. 9:3-5.
Ascalom era um centro da adoração falsa da deusa Derceto, representada como tendo o corpo dum peixe. Tradicionalmente, era a cidade natal de Herodes, o Grande, e a residência de sua irmã, Salomé. Atualmente é apenas um lugar desolado.
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AscensãoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ASCENSÃO
A ascensão de Jesus Cristo ao céu foi um acontecimento mui essencial de sua atividade pós-ressurreição.
A ascensão de Jesus ocorreu quarenta dias a contar do tempo de sua ressurreição, segundo Atos 1:3-9. Portanto, existe um lapso de tempo envolvido entre os eventos registrados em Lucas 24:1-49, como ocorrendo no dia da ressurreição de Jesus, e a ascensão de Jesus, conforme descrita no versículo 51 desse capítulo. Pode-se também notar que as palavras “começou a ser levado para o céu”, que aparecem nesse versículo, faltam em alguns manuscritos antigos, e, por conseguinte, são omitidas em algumas traduções modernas (Revised Standard Version, An American Translation). Elas aparecem, contudo, no Manuscrito Alexandrino e no Manuscrito Vaticano N.º 1209, e em outros manuscritos antigos.
O cenário da ascensão de Jesus foi o monte das Oliveiras (Atos 1:9, 12), perto do povoado de Betânia (Luc. 24:50), povoado este situado do lado leste do monte das Oliveiras. Os que testemunharam a ascensão constituíam um grupo limitado, seus apóstolos fiéis. (Atos 1:2, 11-13) O registro declara que “enquanto olhavam, foi elevado e uma nuvem o arrebatou para cima, fora da vista deles”. Continuaram olhando para o céu até que os anjos os avisaram para agir de outro modo, por informá-los: “Este Jesus, que dentre vós foi acolhido em cima, no céu, virá assim da mesma maneira em que o observastes ir para o céu.” — Atos 1:9-11.
Parece que a maneira de sua ascensão se deu duma forma que habilitaria os apóstolos a servir quais testemunhas desse fato, assim como foram testemunhas da ressurreição de Jesus. (Atos 1:3) Assim, ele não ‘desapareceu’ simplesmente de diante deles, como fizera anteriormente diante dos dois discípulos em Emaús, nem como o anjo que aparecera a Gideão, que “desapareceu da sua vista”. (Luc. 24:31; Juí. 6:21, 22) Até certo ponto, sua ascensão era mais parecida à do anjo que apareceu a Manoá e sua esposa, e que os fizera preparar um sacrifício, e “ao subir a chama do altar para o céu, então o anjo de Jeová subiu na chama do altar enquanto Manoá e sua esposa olhavam”. — Juí. 13:20, 21.
EFEITO SOBRE OS DISCÍPULOS
Até o dia da ascensão de Jesus, parece que os discípulos ainda pensavam em termos de um reino terrestre regido por ele, conforme depreendido de sua declaração em Atos 1:6. Por iniciar sua ascensão de forma visível, e permitir que seus discípulos testemunhassem a parte inicial da mesma, Jesus assim tornou óbvio a eles que seu reino era celeste e que, diferente de Davi, que “não ascendeu aos céus”, a posição de Jesus dali em diante seria ‘à direita de Deus’, conforme Pedro testificou galhardamente no dia de Pentecostes. — Atos 2:32-36.
Tal ação, semelhantemente, trazia-lhes à mente e os fazia compreender as muitas declarações prévias de Jesus que apontavam para tal
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