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Batismo dos que são discípulosA Sentinela — 1970 | 15 de novembro
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Batismo dos que são discípulos
“Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai, e do Filho, e do espírito santo, ensinando-as a observar todas as coisas que vos ordenei. E eis que estou convosco todos os dias, até à terminação do sistema de coisas.” — Mat. 28:19, 20.
1, 2. Com respeito à água, como se tem adorado mais a criação do que o Criador?
ÁGUA pura e fresca — uma das muitas bênçãos da vida dadas ao homem pelo grande Criador. A pessoa informada e reverente dá louvor e graças ao Criador dos rios, Jeová, o Dador da vida e de toda boa dádiva. Entretanto, muitos povos antigos, não conhecendo o Criador, dirigiram a sua adoração às águas. Um exemplo disso se encontra na religião dos antigos egípcios, que adoravam o rio Nilo, o que se evidencia no seu hino ao Nilo: “Saúde a ti que vens a esta terra para dar vida ao Egito . . . quando escutas bondosamente as orações dos homens . . . criador de todas as coisas boas, senhor das sementes . . . os celeiros transbordam, os armazéns estão cheios e as propriedades dos pobres se multiplicam.”
2 Embora o Nilo já há muito tempo deixasse de ser adorado por estas pessoas como deus, a adoração de rios ainda continua em nossos dias. A Índia e países vizinhos aturdam de “rios sagrados” e “deuses fluviais”, que ocupam um lugar importante na vida do povo. Famoso entre os “rios sagrados” é o poderoso Ganges, a respeito do qual alguns crêem que mana do cabelo de Xiva, personagem da trindade hindu. Note que todo bom hindu tem a crença fervorosa de que banhar-se nas águas do Ganges lhe dará força e virtude espirituais. Até mesmo uma única gota de água “sagrada” na língua ou nas pálpebras de um homem moribundo é considerada como o purificando de pecado.
3. Explique a similaridade entre o uso cerimonial da água na cristandade e nas religiões não-cristãs.
3 Talvez não lhe agrade a adoração dum rio. Talvez não ache ser um requisito religioso razoável adorar a água. Talvez reconheça que a água é uma bênção para o homem, mas não a origem da bênção. Contudo, sabia que, em geral, em todas as religiões, o uso da água é considerado de modo bem similar a como seu uso é considerado pelas multidões que se banham nas águas do rio Ganges para obter força e virtude espirituais? A similaridade reside em que se atribui mérito ao ato do banho, e, no caso de outras religiões, ao ato da aspersão, do derramamento ou da imersão, esta última sendo batismo ou submersão.
4. Que designação se dá ao uso religioso, cerimonial, da água?
4 Este conceito, de que os pecados são de algum modo solúveis em água e que, portanto, resulta algum mérito ou benefício espiritual do uso da água em cerimônias religiosas de diversas espécies, se mostra na designação disso pelas igrejas da cristandade como “sacramento”. Segundo as religiões católica romana e grega, o batismo é o primeiro de sete sacramentos, e segundo a maioria das seitas protestantes, é o primeiro de dois. Não há base bíblica para a asserção das religiões da cristandade ou do mundo não-cristãos, de que resultam graça, santidade ou benefício espiritual para aquele que é imerso ou aspergido, ou para aquele sobre quem se derrama água numa cerimônia religiosa.
5. Aprova a Bíblia o uso da água numa cerimônia religiosa cristã?
5 Aprova a Bíblia o uso da água numa cerimônia religiosa cristã? Sim, e à base do texto citado no início deste artigo poderá ver que isto é assim, por causa da ordem dada por Cristo Jesus, fundador e líder do cristianismo, que disse: ‘Ide e batizai.’ Identificou e descreveu também os que haviam de ser batizados segundo a sua ordem como sendo aceitáveis para se tornarem “discípulos”.
6. Por que é tão importante estar plena e corretamente informado sobre o batismo bíblico em água?
6 Essencialmente, a Bíblia ensina que o batismo em água é um passo inicial de obediência requerido pelas Escrituras da parte de todo aquele que faz uma dedicação a Jeová Deus. Sendo este o caso, desejamos saber o motivo dele e gostaríamos de saber o significado verdadeiro dele. Primeiro, porém, mais alguns pontos sobre o que o batismo cristão não e, conforme delineado na Bíblia. O ensino falso de que o batismo é um sacramento é um dos grandes males religiosos praticados contra os homens. Por quê? Porque tal ensino induz as pessoas a crer que o batismo tem mérito e confere graça e benefícios ao batizado, porque se afirma que ser ele imerso ou molhado por água resulta em coisas notáveis para o assim imerso ou mesmo aspergido, ou sobre quem se derramou água.
REFERENTE A AFIRMAÇÃO DE SE TRATAR DUM SACRAMENTO
7. Que afirmação quanto a se tratar dum sacramento faz a seita religiosa católica?
7 A seguinte informação é tirada de The Catholic Encyclopedia, Volume II, e nós a citamos com o objetivo de mostrar o que a seita católica afirma quanto à cerimônia do batismo. “‘O Decreto Para os Armênios’ na Bula ‘Exultante Doe do Papa Eugênio IV. . . . ‘O Batismo Sagrado ocupa o primeiro lugar entre os sacramentos, por ser a porta da vida espiritual; porque, por meio dele, somos feitos membros de Cristo e incorporados na Igreja. . . . O efeito deste sacramento é a remissão de todo o pecado, original ou próprio; também de toda a punição que se deve ao pecado.’”
8. Contraste a verdade bíblica com as afirmações da cristandade quanto; (a) à remissão de pecados; (b) ao livramento do pecado e da morte; (c) à punição pelo pecado deliberado; (d) a se tornar membro da congregação espiritual.
8 Este ensino significa que o imerso ou aquele sobre quem se derramou água receberá vida no céu, porque, segundo a afirmação católica, “o pecado original privou a raça humana dum direito imerecido ao céu”. Segue-se que o conceito de que a imersão em água resulta no perdão do pecado original, e, portanto, num sacramento, obscurece muitas verdades da Palavra de Deus. A pessoa não recebe remissão de pecados por ter sido molhada com água, e isto se dá tanto com o pecado original como com o pecado subseqüente. A remissão resulta apenas pela provisão do sacrifício de Cristo Jesus feita por Jeová. O sacrifício da vida humana perfeita de Jesus liberta a humanidade do pecado e da morte, conforme se declara em João 1:29; 2 Coríntios 5:21; Hebreus 9:24-26; 1 João 2:1, 2. Tampouco poderia a submersão na água salvar alguém, pertencente ao mundo corruto, da punição que se deve ao pecado deliberado, conforme se indica em João 15:19; Gálatas 1:3, 4; Revelação 18:3-8. A imersão em água não faz da pessoa membro da igreja, do corpo de Cristo, da congregação espiritual. — 2 Tes. 2:13; João 17:6; Rom. 8:30.
9-11. Como se confirma mais que não é cristã a afirmação de a lavagem cerimonial ser sacramento?
9 The Catholic Encyclopedia comenta adicionalmente o assunto do batismo em água, dizendo: “Quão natural e expressivo se reconhecia ser o simbolismo da lavagem externa para indicar a purificação interna se evidencia também na prática dos sistemas pagãos de religião. Encontra-se o uso de água lustral entre os babilônios assírios, egípcios, gregos, romanos, hindus e outros.” A autoridade católica citada aqui é correta ao dizer que entre as religiões pagãs a lavagem e o batismo em água são também considerados como sacramento que confere grande mérito. As autoridades não-católicas concordam com esta autoridade católica em ser este o caso, e temos assim duas autoridades que se unem em provar que a afirmação ou teoria não-cristã de que o batismo em água é um sacramento é de origem demoníaca ou diabólica.
10 Neste respeito diz The Two Babylons (As Duas Babilônias) de Hislop: “Esta doutrina da Regeneração Batismal é também essencialmente babilônica. Alguns talvez hesitem diante da idéia de a regeneração ter sido até mesmo conhecida no mundo pagão; mas, se apenas forem à Índia, encontrarão hoje em dia [pessoas], que nunca abriram seus ouvidos à instrução cristã, tão familiarizadas com o termo e a idéia como nós mesmos. . . . Verificamos que diversos autores antigos dão testemunho tanto do fato deste batismo [babilônico] como da intenção dele. . . . Aos assim batizados prometia-se, conforme nos assegura Tertuliano, a conseqüência: ‘REGENERAÇÃO, e o perdão de todos os seus perjúrios.’ Sabe-se que nossos próprios antepassados pagãos, os adoradores de Odin, praticaram ritos batismais, os quais, relacionados com o objetado professo de praticá-los, mostram que, pelo menos originalmente, eles devem ter crido em que a culpa e corrução naturais de seus filhos recém-nascidos podiam ser lavadas pela aspersão eles com água ou pelo mergulho deles, logo depois de nascerem, em lagos ou rios. Sim, do outro lado do Atlântico, no México, encontrava-se em pleno vigor a mesma doutrina da regeneração batismal entre os nativos, quando cortês e seus guerreiros desembarcaram nas suas praias . . . O leitor já viu quão fielmente Roma copiou o exorcismo pagão com relação ao batismo. Todas as outras peculiaridades acompanhantes do batismo [católico] romano, tais como o uso de sal, saliva, crisma ou a unção com óleo, e fazer-se na testa o sinal da cruz, são igualmente pagãs.”
11 Atualmente, incluem-se nas diversas cerimônias batismais das igrejas da cristandade: padrinhos, soprar no rosto do batizando para exorcismar os espíritos maus, fazer o sinal da cruz, a imposição de mãos, por sal “bento” na boca do batizando, tocar as orelhas e as narinas com a saliva do sacerdote, a unção com óleo, a ablução tríplice, o véu branco, velas acesas e outros acessórios de adoração não providos pela Bíblia. A Catholic Encyclopedia e outras autoridades religiosas identificam tais acessórios como sendo os da prática demoníaca, da adoração do Diabo, e, portanto, como não sendo cristãos.
AGORA PARA O LIVRO DO BATISMO CRISTÃO
12, 13. (a) Possuímos um guia neste assunto? Qual é? (b) Quando se aplica a ordem de Jesus em Mateus 28:19, 20? (c) Por que tem força especial agora?
12 Para sabermos o que o batismo cristão realmente significa não recorremos à tradição ou ao paganismo, mas à Bíblia, à Palavra Sagrada de Deus, guia religioso dos cristãos. (Mat. 15:1-9; Mar. 7:1-8) Em Mateus 28:19, 20 há uma referência notável ao batismo dos cristãos.
13 As palavras de Jesus (em Mat. 28:19, 20), que constituem instruções quanto ao batismo, foram proferidas algum tempo antes de ele ascender ao céu no quadragésimo dia após a sua ressurreição dentre os mortos, no ano 33 E. C. Tais palavras constituem uma ordem geral, em vigor desde o tempo em que a deu, e em todos os séculos até à terminação do sistema de coisas. O período da terminação do sistema de coisas é o tempo em que a humanidade se encontra desde o ano de 1914 E. C. Portanto, nestes dias modernos, enquanto há pessoas habilitadas para ser discípulos, feitas tais por meio do ministério cristão da Palavra de Deus, é próprio e em obediência a ordem de Cristo Jesus que elas sejam batizadas. De fato, esta ordem de Mateus 28:19, 20, tem maior vigor e efeito agora, durante este “tempo do fim”, do que antes, porque a obra de ensinar bem como de pregar foi estendida pelas testemunhas fiéis de Jeová a “pessoas de todas as nações”, havendo aceitação da parte dos discípulos de todas estas diversas nações da terra, deveras, em toda a terra! No ano passado foram batizados 120.905 em toda a terra. — Mar. 13:10.
14. (a) Apresente evidência de que se obedeceu à ordem de Jesus na primitiva organização cristã. (b) Que nações estão abrangidas nela agora?
14 Pouco depois de Jesus dar a ordem quanto a fazer discípulos e batizá-los, dez dias após a sua ascensão, no dia festivo de Pentecostes, cerca de três mil judeus e prosélitos judaicos circuncisos se converteram à fé em Jesus Cristo. Foi então e ali, em Jerusalém, que os apóstolos de Cristo começaram uma obra em obediência à ordem dele, a saber, batizaram estes milhares de crentes circuncisos em água, “no nome de Jesus Cristo, para o perdão de [seus] pecados”. (Atos 2:1-41) Mais tarde, conforme mostra o relato de Atos 10:1-48, começaram a ser batizadas pessoas que não eram judeus e que nunca tinham estado dentro do arranjo do pacto da lei de Israel, o que se fez também no nome de Jesus Cristo. Portanto, este ato de batismo ordenado por Jesus foi realizado no início da congregação cristã e continuado durante os anos, e, neste tempo atual da “terminação do sistema de coisas”, foi realmente estendido para abranger discípulos de todas as nações. Trata-se dum uso da água ordenado pela Bíblia, em conexão com a cerimônia religiosa cristã de submersão, imersão ou batismo. As instruções de Jesus continuam a ser seguidas.
NEM TODOS ESTÃO HABILITADOS
15. Quem está habilitado para o batismo cristão?
15 As palavras de Jesus tornam claro quem está habilitado para o batismo: ‘Fazei discípulos . . . batizando-os.’ (Mat. 28:19) Discípulos são aprendizes, os que têm informação e formam um conceito sobre o assunto do qual estão informados, que neste caso se refere a Cristo Jesus, ao seu Pai Celestial, Jeová Deus, à Palavra de Deus, aos Seus propósitos e à relação de tais pessoas com Jeová, por meio de Jesus Cristo. Talvez pergunte: “Sendo assim, como se pode batizar crianças, bebês? São aceitáveis para o batismo cristão ordenado por Jesus?”
16, 17. (a) Por que é o batismo de criancinhas contrário a Mateus 28:19? (b) Por que não é este de origem apostólica?
16 Podem os bebês arrepender-se, obter conhecimento, ter fé e se devotar a Jeová Deus? Não, não podem fazer isso. Dito de outro modo, não podem tornar-se discípulos. Também, visto que o batismo não é sacramento, não confere de si mesmo nenhum mérito ao batizado, e por isso se segue que o batismo de criancinhas não tem nenhum valor, não tendo também nenhum apoio da Palavra de Deus. Leia Atos 10:44-48, com respeito à conversão de Cornélio, e observe que o espírito santo veio sobre os que ouviam a palavra de Deus; estas pessoas se tornaram aceitáveis para o batismo e foram imersas. Não se pode dizer que criancinhas podem ouvir a Palavra de Deus com compreensão e com efeito para elas, habilitando-as para o batismo cristão.
17 É provável que o historiador mais destacado que descreve a primitiva congregação cristã pós-apostólica seja Neander, e ele disse o seguinte a respeito do batismo de bebês: “A fé e o batismo estavam sempre ligados um ao outro, e assim é no mais alto grau provável que o batismo fosse realizado apenas nos casos onde ambos pudessem unir-se, e que a prática do batismo de crianças fosse desconhecida neste período.” “Mas um vestígio do batismo de crianças não aparece senão num período posterior, como no de Ireneu (pelo menos, certamente, não antes disso), e que foi primeiramente reconhecido como tradição apostólica no decorrer do terceiro século é evidência antes contra do que a favor da admissão de sua origem apostólica.” — Planting and Training of the Christian Church.
18. Que adultos se habilitam?
18 O requisito de que o candidato à imersão cristã correta seja discípulo exclui não só a aceitabilidade de bebês, mas também a aceitabilidade de outros, mesmo de adultos, que não conhecem a Palavra de Deus ou não a aceitam. A ordem de Jesus não só salienta que os batizados aceitáveis devem ser feitos discípulos, mas enfatiza também o que devem ter aprendido, porque ele disse, ‘ensinando-os a observar todas as coisas que vos ordenei’. (Mat. 28:20) Ter-se-lhes ensinado observar os mandamentos de Jesus significa mais do que terem sido simplesmente informados de quais são estes mandamentos. A pessoa pode ser informada, e não corresponder; mas, quando se ensina à pessoa estas coisas, demonstra-se isso pela reação dela.
19. Mostre qual é a correspondência habilitadora à Palavra de Deus e os bons resultados dela?
19 De modo que lemos em Atos 2:41 que “os que abraçaram de coração a sua palavra foram batizados”. Outros da primitiva congregação cristã foram batizados “quando acreditaram em Filipe”. Tais crentes “passaram a ser batizados, tanto homens como mulheres”. (Atos 8:12) A correspondência à Palavra de Deus, por parte do discípulo, se vê em ele adotar o proceder que precisa ser seguido por todos os que hão de obter vida dentre a humanidade, proceder que é realmente a mais elevada e mais nobre das ambições e aspirações humanas. (João 17:2, 3; Sal. 119:1, 2) É o que leva a criatura humana à relação correta com seu Criador. É a única adoração real de Deus. Sem ele não há realmente adoração de Deus da parte de pessoas hoje em dia, e, além disso, é o proceder que conduz à vida eterna. É o da dedicação pessoal a Jeová.
PRIMEIRO A DEDICAÇÃO
20. O que está incluído na dedicação cristã?
20 Conforme sabe, dedicação tem o sentido de declarar, afirmar, professar solenemente, devotar-se. Refere-se ao ato de por à parte ou devotar algo a determinado uso. É o ato pelo qual alguém ou alguma coisa é iniciada em certo caminho, proceder ou uso. Quando aplicamos isto ao discípulo de Cristo Jesus, vemos prontamente que, para tal pessoa, a dedicação é a devoção exclusiva do cristão a Jeová Deus, e por isso ao seu serviço ou à sua adoração. É algo pessoal. É o ato de a pessoa decidir sem reserva nem condição fazer a vontade de Jeová Deus, por meio de Cristo Jesus. (Pro. 14:27) A dedicação demonstra plena confiança em Jeová e mostra que a pessoa sabe que Jeová é Deus, que Deus está certo, que sua causa será vitoriosa, que não há dúvida no coração e na mente do dedicado e que ele se sente feliz e alegre de tomar posição ao lado de Jeová. “Deveis por de lado a velha personalidade que se conforma ao vosso procedimento anterior e que está sendo corrompida segundo os seus desejos enganosos; . . . deveis ser feitos novos na força que ativa a vossa mente, e . . . vos deveis revestir da nova personalidade que foi criada segundo a vontade de Deus, em verdadeira justiça e lealdade.” (Efé. 4:22-24) Os cristãos são seguidores de Cristo Jesus, e como tais são servos de Jeová Deus e por isso o servem, estando devotados, dedicados a ele. — Atos 11:26.
21. Quem tem agora uma relação íntima com Jeová Deus?
21 A ordem de Jesus enfatiza que a dedicação leva os discípulos a uma relação íntima com Jeová Deus. Atualmente há na terra centenas de milhares de fiéis testemunhas cristãs de Jeová que deram este passo da dedicação, que o simbolizaram pela imersão ou batismo em água, e que servem fielmente a Jeová e ministram a sua palavra para o louvor dele e a bênção de seu próximo.
22. Por que precisa ser batizado o discípulo obediente?
22 Simbolizam a sua dedicação pelo batismo em água; é nisso que entra a imersão, conforme Jesus disse: “Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as . . . ensinando-as.” (Mat. 28:19, 20) O discípulo precisa ser batizado se quiser ser obediente aos requisitos da Bíblia. O batismo é uma cerimônia formal, pública, aberta, indicando que o batizando tomou a decisão de fazer a vontade de Deus. Feito na presença de testemunhas, é um requisito para a pessoa dedicada. É preciso haver evidência observável da dedicação que a pessoa fez, porque tal dedicação assinala a mudança ou o momento decisivo na vida da pessoa, e seus concristãos têm o direito de saber disso, para poderem saber o que podem esperar desta pessoa daí em diante.
23. (a) Por que realizam as testemunhas de Jeová o símbolo apropriado às circunstâncias, e qual é? (b) No caso de Jesus, o que evidenciou seu batismo? (c) E o que evidenciou no caso dos discípulos judaicos, até 36 E. C.? (d) E depois disso?
23 Não precisamos procurar um símbolo apropriado para indicar a dedicação, porque a Bíblia indica a imersão como tal, e não poderia haver símbolo mais próprio e apropriado. Os cristãos são seguidores de Cristo Jesus. “De fato, fostes chamados para este proceder, porque até mesmo Cristo sofreu por vós, deixando-vos uma norma para seguirdes de perto os seus passos.” (1 Ped. 2:21) Este líder, Cristo, foi imerso por João Batista em símbolo da apresentação de si mesmo como membro da nação judaica dedicada. “Jesus veio então da Galiléia ao Jordão ter com João, a fim de ser batizado por ele. . . . Jesus disse-lhe: ‘Deixa por agora, pois assim é apropriado que executemos tudo o que é justo.’ . . . Jesus, depois de ter sido batizado, saiu imediatamente da água . . . Eis que também houve uma voz dos céus, que disse: ‘Este é meu Filho, o amado, a quem tenho aprovado.’” (Mat. 3:13-17; Sal. 40:7, 8; Heb. 10:7) A narrativa evidencia a aprovação de seu Pai Celestial Jeová sobre a sua apresentação e o símbolo dela. Seguindo o exemplo dado por Jesus, os membros da primitiva congregação foram batizados. (Atos 10:48; 8:12, 36, 38, 39) No caso dos que eram da nação Judaica, sua imersão, até o ano 36 E. C., também era símbolo da apresentação de si mesmos como membros duma nação dedicada. Depois disso, o batismo de cristãos, quer de origem judaica, quer não judaica, era em símbolo de sua dedicação, por haverem terminado os tratos de Jeová com os judeus por meio do pacto da Lei, após a morte de Jesus em 33 E. C. e o término do período de favor especial para com Israel, pouco antes de se levar o evangelho cristão aos não-judeus. Portanto, no atual período posterior, tanto judeus naturais como não-judeus naturais, pessoas de todas as raças e origens, são individualmente iguais perante Jeová Deus, tendo a oportunidade de fazer uma dedicação pessoal, e, depois de a terem feito, cumprirem a obrigação de simbolizá-la pela imersão em água.
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Sua consciência para com JeováA Sentinela — 1970 | 15 de novembro
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Sua consciência para com Jeová
“Não a eliminação da sujeira da carne, mas a solicitação de uma boa consciência, feita a Deus.” — 1 Ped. 3:21.
1. (a) Que coisas essenciais sabem os discípulos? (b) Que decisão tomaram? (c) Por que é o batismo um passo inicial da obediência?
DISCÍPULOS são pessoas ensinadas, e, como tais, sabem o que Jesus ordenou. Por isso, sabem qual é a sua obrigação com respeito às normas de moral da organização cristã de Jeová e às responsabilidades e aos requisitos bíblicos com relação ao ministério das boas novas, a mensagem do reino de Jeová, conforme especificados na sua Bíblia. A decisão e o ato de dedicação já ocorreram antes de a dedicação ser simbolizada pela imersão em água. Portanto, o batismo é um passo inicial de obediência por parte dos habilitados. Com isso, quer dizer, com o símbolo da dedicação, o discípulo expressa a solicitação feita a Deus, de ter uma relação boa e íntima com ele.
2, 3. No batismo, que solicitação faz o discípulo a Deus?
2 “Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai.” (Mat. 28:19) Esta ordem mostra a relação íntima com Jeová à qual o discípulo devidamente batizado é levado. Conforme já observamos, o batismo em água não simboliza “a eliminação da sujeira da carne”. Não representa sermos lavados de nossos pecados no sangue de Jesus Cristo, lavagem de que se fala em 1 João 1:7 e Revelação 1:5. Antes, o batismo em água expressa uma “solicitação de uma boa consciência, feita a Deus”. “A paciência de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se construía a arca, na qual poucas pessoas, isto é, oito almas, foram levadas a salvo através da água. O que corresponde a isso salva-vos também agora, a saber, o batismo, (não a eliminação da sujeira da carne, mas a solicitação de uma boa consciência, feita a Deus,) pela ressurreição de Jesus Cristo.” (1 Ped. 3:20, 21) Ao dizer que o dilúvio global dos dias de Noé o fazia lembrar-se do batismo em água, Pedro disse que o antítipo de se entrar na arca antes do dilúvio era o batismo em água, tal como ele foi mandado realizar. Mas de que modo é este uma “solicitação de uma boa consciência, feita a Deus”?
3 E a solicitação feita a Deus por nos apresentarmos a Deus em plena dedicação a ele, por meio de Jesus Cristo. Sobre isso declarou o Dr. A. T. Robertson em World Pictures in the New Testament (Quadros Verbais no Novo Testamento), Vol. 6: “Este talvez seja o sentido aqui, quer dizer, a declaração de consagração a Deus depois de inquirição, tendo-se a pessoa arrependido e voltado para Deus, e agora fazendo esta proclamação pública desse fato por meio do batismo (o símbolo da precedente mudança íntima do coração).”
4. Quanto à consciência, que mudança faz o discípulo desde “o tempo decorrido”?
4 Portanto, o discípulo — a sua pessoa, leitor, se for discípulo, antes tinha uma consciência má para com Deus, mas agora, depois de ter aceito as boas novas da salvação, deseja ter uma boa consciência para com ele, e com este fim faz a Deus a solicitação de uma boa consciência por se apresentar a ele em plena dedicação. “Porque já basta o tempo decorrido para terdes feito a vontade das nações.” (1 Ped. 3:21-4:6) Por meio da dedicação solicitamos a Deus uma boa consciência, e, após a nossa dedicação, nossa solicitação é consumada pelo batismo em água. Simbolizamos assim esta dedicação pelo batismo em água e obtemos a boa consciência solicitada. Este arranjo inteiro do batismo, de Deus, nos separa, nos livra deste mundo da humanidade, condenado, pecador e sem consciência. Deseja ter uma boa consciência perante Deus? Acha que pode tê-la sem uma dedicação a ele e sem o batismo em água?
5. Em o nome de quem é o discípulo primeiro batizado conscienciosamente? Por quê?
5 Isto mostra a relação íntima com Jeová Deus, em cujo nome o discípulo é batizado primeiro. O dedicado precisa reconhecer que Deus é pai, embora muitas religiões não aceitem este fato bíblico. O nome do Pai precisa ser defendido. “Tu, cujo nome é Jeová, somente tu és o Altíssimo sobre toda a terra.” (Sal. 83:18) “Pois contigo está a fonte da vida.” — Sal. 36:9.
POR QUE EM O NOME DO FILHO?
6. (a) De quem recebeu o Filho sua autoridade oficial? (b) Por que se realiza o batismo em o nome do Filho?
6 Este Pai tem um Filho muito amado. ‘Ide, portanto, e fazei discípulos . . . batizando-os em o nome . . . do Filho.’ (Mat. 28:19) É as pisadas dele que temos de seguir. A seu respeito diz Filipenses 2:9-11: “Deus o enalteceu a uma posição superior e lhe deu bondosamente o nome que está acima de todo outro nome, a fim de que, no nome de Jesus, se dobre todo joelho dos no céu, e dos na terra, e dos deixo do chão, e toda língua reconheça abertamente que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus, o Pai.” Com o ato do batismo a pessoa segue o exemplo estabelecido por este Filho de Deus, e é próprio seguir a ele, pois o seu Pai Celestial declara: “Eis que o dei como testemunha para os grupos nacionais, como líder e comandante para os grupos nacionais.” (Isa. 55:4) “Ele tem um nome escrito: Rei dos reis e Senhor dos senhores.” (Rev. 19:16) “Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, um homem, Cristo Jesus.” — 1 Tim. 2:5.
7. (a) De que é responsável o Filho? (b) O que reconhece o discípulo conforme mostra no batismo?
7 A salvação que esperamos e em que confiamos, e que ele finalmente oficia em nosso favor no cargo sacerdotal depende dele, como grandiosa provisão de Jeová. Isto foi salientado por Paulo, que escreveu: “Tornou-se responsável pela salvação eterna de todos os que lhe obedecem, porque ele tem sido chamado especificamente por Deus como sumo sacerdote à maneira de Melquisedeque.” (Heb. 5:9, 10) Portanto, ser alguém imerso no nome deste enaltecido mostra que a dedicação a Jeová é feita com o reconhecimento de seu Filho e em reconhecimento de que a relação da pessoa com Jeová Deus é mediante o Filho, Cristo Jesus, e que se confessa sua qualidade de Senhor, para a glória de Deus, o Pai. Podemos compreender bem que não é molhar-se com água, mas que é o sacrifício de Cristo que constitui a base de nossa salvação e do perdão de pecados. Por isso reconhecemos de bom grado o cargo de autoridade, a função de Sumo Sacerdote do Filho.
8. O que se exige do discípulo, além de ter conhecimento?
8 Os discípulos, como seguidores do Filho, não só precisam conhecer os requisitos bíblicos quanto à conduta e à imoral, mas precisam também viver em harmonia com eles, tendo ajustado a sua vida particular às normas elevadas especificadas na Palavra de Deus, em todos os sentidos, e precisam ter-se liberto da conduta, da religião ou dos empenhos que estão em conflito com os princípios bíblicos. Todo aquele que planeja ser batizado deve primeiro obter um conhecimento exato pelo menos dos ensinos básicos da Bíblia, o que está em harmonia com as instruções de Jesus, de se primeiro fazerem discípulos e depois batizá-los.
APOIO INFALÍVEL DADO AO DISCÍPULO
9. Explique em o nome de que o discípulo é batizado em terceiro lugar.
9 “Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em o nome do . . . espírito santo.” (Mat. 28:19) O espírito santo não é pessoa, mas é a força ativa de Jeová Deus que cumpre a sua vontade e é essencial para o discípulo na realização fiel de sua dedicação a Jeová. Foi a respeito do espírito santo que Jesus disse: “Eu solicitarei ao Pai e ele vos dará outro ajudador para estar convosco para sempre, o espírito da verdade.” (João 14:16, 17) A Palavra de Deus, para a orientação do cristão, é chamada de “espada do espírito” (Efé. 6:17), e Pedro relaciona de modo similar a Bíblia com o espírito de Deus: “A profecia nunca foi produzida pela vontade do homem, mas os homens falariam da parte de Deus conforme eram movidos por espírito santo.” — 2 Ped. 1:21.
10. (a) Relate algumas das realizações por meio do espírito santo. (b) De que importância é o batismo em seu nome? (c) O que está disponível ao novo discípulo, e que relação tem com o batismo?
10 O espírito de Deus provê a sua Palavra, preserva a sua Palavra da verdade, revela-a, habilita seus servos a compreendê-la e capacita os seguidores de Cristo Jesus para o ministério da Palavra de Deus. (1 Cor. 2:10) Quem for corretamente batizado em o nome do espírito santo precisa reconhecer as obrigações que recaem sobre os cristãos, de serem ministros das boas novas, e, como tal ministro, precisa participar na grande obra mundial de fazer discípulos de outras pessoas, ensinando-as por sua vez. Isto significa cooperar com a congregação do povo de Deus e associar-se com ela, aproveitando-se de todas as provisões excelentes feitas por meio da congregação sobre a qual descansa o espírito de Deus para o bem-estar espiritual de todos nela. De fato, quando alguém pensa em se tornar discípulo e chega ao ponto de fazer uma dedicação a Jeová, poderá, junto com os servos ministeriais na organização da congregação recapitular a publicação “Lâmpada Para o Meu Pé a Tua Palavra”. Esta publicação informativa da Torre de Vigia inclui oitenta ensinos básicos da Bíblia. Estes devem ser recapitulados, um por vez, para que se torne conhecido a todos, ao prospectivo candidato à imersão e aos seus companheiros na congregação cristã, que aquele que esteja simbolizar a sua dedicação tem compreensão e apreço destes ensinos básicos da Palavra de Deus.
11. Quão significativa é a santidade do espírito?
11 É essencial reconhecer que o batismo é em o nome do espírito santo, que a Palavra de Deus foi provida e preservada pelo seu espírito santo e também que o seu espírito é santo, não dos demônios, para que a pessoa se possa harmonizar com a orientação dele e não resistir a ele.
12. Em contraste com as doutrinas de origem demoníaca, que verdades básicas precisa o discípulo saber?
12 Esta conduta cristã correta envolve todas as fases da vida, particular e públicas, e por isso é necessário que se faça tal recapitulação dos ensinos básicos das Escrituras sobre o Reino, a oração, o ministério cristão da atualidade, a congregação, o inimigo de Deus e dos cristãos, Satanás, o Diabo, os demônios, Armagedom, a alma, o pecado, a ressurreição, a conduta correta, a pureza moral, a santidade do sangue, a conduta teocrática no círculo familiar e a relação do cristão individual com os seus conservos de Deus e os homens em geral. Precisa também saber por que aquele que se dedicou a Deus deve ser batizado em símbolo disso.
13. Que cumprimento tem Joel 2:28, 29, e o que indica quanto aos versículos 30-32?
13 Ser batizado em o nome do espírito santo envolve também o apreço do cumprimento da profecia de Joel 2:28, 29: “Derramarei meu espírito sobre toda sorte de carne, e vossos filhos e vossas filhas certamente profetizarão. Quanto aos vossos anciãos, terão sonhos. Quanto aos vossos jovens, terão visões. E até mesmo sobre os servos e sobre as servas derramarei naqueles dias meu espírito.” Tendo havido um primeiro e parcial cumprimento na primitiva congregação cristã em Pentecostes, quando o espírito de Deus veio sobre o seu povo ali reunido (Atos 2:1-4), a profecia de Joel se cumpre completamente em nossos dias. O derramamento final do espírito de Deus sobre os seus servos dedicados neste “tempo do fim” indica o cumprimento certo da parte restante da profecia de Joel, indicando a destruição da grande organização mundial que é inimiga de Jeová e do seu reino. (Joel 2:30-32; Dan. 12:4) Os batizados precisam reconhecer isto e então precisam servir em harmonia com o espírito santo, separados da organização mundial da humanidade que não está dedicada a Jeová.
O MÉRITO DA MULTIDÃO DOS DISCÍPULOS
14. Relacione o princípio de 1 Pedro 4:12-14 com a ‘‘grande multidão” em Revelação 7:9, 10.
14 “Amados, não fiqueis intrigados com o ardor entre vós, que vos está acontecendo como provação, como se vos sobreviesse coisa estranha. Ao contrário, prossegui em alegrar-vos por serdes partícipes dos sofrimentos do Cristo, para que vos alegreis e estejais também cheios de alegria durante a revelação de sua glória. Se fordes vituperados pelo nome de Cristo,’ felizes sois, porque o espírito de glória, sim, o espírito de Deus, está repousando sobre vós.” (1 Ped. 4:12-14) O princípio destas palavras dirigidas à primitiva congregação cristã se aplica em nossos dias aos que são feitos discípulos. Não precisam ficar intrigados. Compreendem a situação, vendo o avanço de Jeová contra os seus inimigos. Aproveitam-se plenamente do privilégio da oração, para serem sustentados por Jeová em manterem a sua integridade, demonstrando o mérito da grande multidão de Revelação 7:9, 10. “Depois destas coisas eu vi, e, eis uma grande multidão, que nenhum homem podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, trajados de compridas vestes brancas; e havia palmas nas suas mãos. E gritavam com voz alta, dizendo: ‘Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro.’”
15. A origem da “grande multidão” de Revelação 7:9, 10 é que confirmação da ordem de batismo dada por Jesus?
15 A origem dos da “grande multidão” — ‘todos os povos’ — confirma que se fazem discípulos de todas as nações, em obediência à ordem de Jesus. A “grande multidão” de Revelação, capítulo 7, se compõe de pessoas dedicadas e batizadas, discípulos de Cristo, com esperança dum Paraíso terrestre. Portanto, para se encontrar nesta classe favorecida, precisa dar estes passos de adoração.
16. Que mérito demonstra a “grande multidão” de Revelação 7:9, 10?
16 Os discípulos dedicados se tornam alvo de perseguição, por Satanás, o Diabo, usar a organização dele. Portanto, por manterem a integridade e por perseverarem nesta tribulação, por continuarem fielmente a aclamar a Jeová Deus como Soberano Supremo e atribuírem a sua salvação a ele e ao Cordeiro dele, os da “grande multidão” recebem por fim a salvação, até mesmo durante a batalha iminente do Armagedom, sobrevivendo a ela. Quão favorecida é a posição que ocupam, agora e no futuro! Que façanha notável e meritória da sua parte é a sua fé e fidelidade, resultando na sua salvação!
17. Que constância se exige do discípulo, e como contribui para ela a oração?
17 Deveras, o discípulo de Jesus é alguém que não só aprende a palavra, mas também permanece nesta palavra. “Se permanecerdes na minha palavra, sois realmente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8:31, 32) O meio da oração para se manter a integridade é essencial neste sentido, e a oração deve ser para que o nome de Deus seja santificado (Luc. 11:2), pelo reino de Deus (Luc. 11:2), para se fazer a vontade de Deus (Mat. 6:10; 26:42), pelas necessidades materiais do dia (Luc. 11:3), pelo perdão (Luc. 11:4; Dan. 9:19), pelo livramento das tentações do iníquo (Mat. 6:13), pelo conhecimento da vontade de Deus, por sabedoria e compreensão (Fil. 1:9; Tia. 1:5; Sal. 119:34) e pelo espírito de Deus (Atos 8:14, 15; Luc. 11:13). Até mesmo por ocasião do batismo deve o batizando ter a disposição de orar, assim como se deu com Jesus por ocasião da imersão dele. (Luc. 3:21) Isto ajudará a produzir os frutos do espírito de Deus. — Gál. 5:22, 23.
ALGUNS BATIZADOS DE NOVO
18. Explique as circunstâncias que exigem um novo batismo.
18 Agora, ao se efetuar a obra de ensino em todas as terras, entre todas as espécies de pessoas, e quando os amantes da justiça aceitam a pregação da mensagem do reino estabelecido de Jeová, novos discípulos se tornam candidatos ao batismo segundo delineado pela Bíblia. É possível que alguns destes tenham sido aspergidos, imersos, ou se tenha derramado água sobre eles numa cerimônia religiosa, ou talvez tenham mergulhado no rio Ganges, ou usado de outro modo a água numa cerimônia religiosa. Alguns talvez tenham sido imersos em associação com a congregação teocrática, cristã, mas sem terem estudado o livro “Lâmpada Para o Meu Pé É a Tua Palavra”, e sem compreensão e avaliação da dedicação. Tais pessoas talvez se perguntem se agora deviam ser batizadas ou talvez batizadas de novo. Sim, deviam, se realmente não fizeram uma dedicação antes de serem batizadas, mas agora são discípulos, tendo obtido conhecimento da verdade da Palavra de Deus e tendo feito uma dedicação para fazer a vontade de Jeová. Sim, se o batismo anterior não foi a cerimônia biblicamente ordenada de imersão completa pelas mãos duma dedicada testemunha cristã de Jeová. Portanto, quando alguém verifica que neste respeito não estava de acordo com as Escrituras Sagradas, não tendo passado pelo batismo válido dum discípulo, então deve agora realizar o símbolo do batismo cristão perante testemunhas, em evidência da dedicação que agora fez.
CERIMÔNIA ALEGRE
19. Delineie a cerimônia do batismo cristão em água.
19 Na hora marcada para o batismo, o novo discípulo se reunirá com outros da congregação. Convém que um ministro dedicado, imerso e qualificado se dirija aos reunidos, recapitulando por alguns minutos, talvez por uns vinte minutos, os essenciais relacionados com a dedicação e o batismo. Isto oferece a oportunidade para que os que já fizeram a dedicação antes de virem ao local da imersão respondam audivelmente às perguntas esquadrinhadora, caso em que uma resposta afirmativa indicaria que os batizados são discípulos habilitados e aceitáveis para a imersão, e que devem ser batizados. É espiritualmente proveitoso fazer a recapitulação por meio dum discurso por ocasião do batismo. Coloca a mente de todos na disposição correta e concentra a atenção do coração no simbolismo importante a ser realizado. Os batizando devem por-se de pé depois da consideração e responder com voz audível a cada uma das duas perguntas feitas por aquele que dirige o serviço.
20. Analise as perguntas esquadrinhadora feitas aos candidatos à imersão.
20 Duas perguntas que esquadrinham o coração e a mente de cada batizando são: (1) Reconhece que é pecador e que necessita de salvação da parte de Jeová Deus? E reconhece que esta salvação procede dele, mediante seu resgatador, Cristo Jesus? (2) À base desta fé em Deus e em sua provisão de redenção, dedicou-se sem reservas a Jeová Deus, para fazer doravante a vontade dele, conforme esta vontade lhe é revelada por meio de Cristo Jesus e a Palavra de Deus, segundo é esclarecida pelo Seu espírito santo? Os que responderam audivelmente “sim” a estas duas perguntas, de modo que os outros presentes possam testemunhar a afirmação de sua dedicação, podem ser corretamente batizados.
21. Como se realiza a reunião para o batismo, até o ponto de se ir à água?
21 É também apropriado que os batizados continuem de pé enquanto o orador oferece então uma oração, especialmente a favor dos batizandos. Todas as testemunhas reunidas devem curvar-se em oração, ao passo que aquele que dirige a reunião lidera em pedir a bênção de Jeová sobre a ocasião e especialmente sobre os a serem imersos, para que se faça a Sua vontade então e nos dias vindouros. Depois da oração, deve fornecer-se a orientação necessária aos batizando, para saberem como se dirigir ao local da imersão.
22. (a) Que água é adequada para a culminação do serviço batismal? (b) O que é apropriado neste local e em tal hora?
22 Daí, os que devem realizar a imersão, todos os quais precisam eles mesmos ser ministros cristãos dedicados e batizados, membros masculinos da congregação, e os que hão de ser imersos, tanto homens como mulheres, bem como outros que talvez ajudem na solenidade ou que a observem, se dirigem ao local da imersão. Este pode ser um corpo adequado de água, a beira do mar, um lago ou rio, uma piscina interna, ou se as circunstâncias o exigirem, um tanque ou reservatório menor de água, e, em todo o caso, bastante grande para permitir a imersão completa. No local do batismo, nesta ocasião séria, solene e alegre não seria apropriado que alguém se empenhe em brincadeiras. Jesus orava, não brincava, quando foi ao batismo, de modo que sabemos que não pulou para dentro da água, nem passou a nadar ou a agir de outro modo impróprio. Nesta ocasião, portanto, ninguém deve mergulhar na piscina, no reservatório ou no rio e ficar nadando à espera dos batizandos, mas todos devem agir com decoro e ter em mente o que está acontecendo, o motivo disso, e assim ajudar os batizandos a fazer o mesmo.
23, 24. De que modo se relaciona a imersão com a ordenação?
23 Cada um deve observar e anotar cuidadosamente a data do batismo. O evento é o resultado da obediência às ordens de Deus, por meio de sua Palavra, quanto a este assunto, e por isso, o tempo do batismo pode ser considerado como ocasião da ordenação cristã, e deve ser registrado e verificado conforme surgir a necessidade no futuro. É reconhecido como tal pela congregação das testemunhas de Jeová e pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados. Portanto, para fins de registro, o batismo pelas testemunhas de Jeová é uma cerimônia válida de ordenação para as testemunhas de Jeová, dentro do significado da lei do país. A prova que se pode ter de que depois é ministro fiel inclui aquilo que o apóstolo Paulo indicou como suas próprias cartas de recomendação, a saber, pessoas que, devido aos esforços do discípulo, se dedicaram por sua vez a Jeová Deus, tendo sido feitos discípulos. — 2 Cor. 3:1-3.
24 Quão apropriado é, então, que o assunto do batismo seja considerado em todas as congregações cristãs das testemunhas de Jeová, em toda a terra. Quão apropriado é também que nos congressos das testemunhas cristãs de Jeová, nas suas assembléias de circuito, assembléias de distrito, nos congressos nacionais e internacionais, se faça provisão para os novos discípulos simbolizarem sua dedicação pela cerimônia de imersão em água, ordenada por Deus!
25. (a) Quão meritórios são os requisitos de Jeová? (b) Que segurança dá isto aos discípulos de Jesus?
25 Os que empreendem uma vida dedicada podem fazer isso com a completa certeza quanto ao presente e quanto ao futuro. Fizeram uma decisão sábia, a de servir a grande Fonte da vida. Sabem muito bem que, qualquer que seja o proceder que encontraram ou encontrarão delineado pelas Escrituras, para qualquer ocasião ou situação, é o proceder melhor. O caminho que Jeová Deus quer que seu povo tome é o melhor caminho. Os requisitos de Deus, nos seus próprios méritos, são os melhores. Os cristãos sabem que a questão não é fazerem algo só porque a Bíblia o exige, preferindo ao mesmo tempo fazer outra coisa. Dito de outro modo, a questão não é de se adotar um proceder só porque Deus quer que o cristão faça isso, preferindo ele pessoalmente outra coisa na mesma ocasião. Não, porque aquilo que Deus delineia para o seu povo é em si mesmo o melhor. Não é só algo a ser feito porque Jeová o pede, o que já é bastante motivo para ser feito, mas porque aquilo que Jeová Deus pede é em si mesmo o melhor. Quanta confiança e segurança isto dá ao novo discípulo! Quando as idéias dos homens estão em conflito com a Palavra de Deus, afirmamos sem hesitação que a Palavra de Deus é correta; portanto, as idéias dos homens em conflito com ela estão erradas. Quão maravilhoso é estar dedicado a um Deus como Jeová e servir a ele!
[Foto na página 693]
Após o discurso do batismo, 347 batizandos, em Melbourne, na Austrália, se puseram de pé e se lhes fizeram duas perguntas para esquadrinhar-lhes o coração e a mente.
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A propagação do homossexualismoA Sentinela — 1970 | 15 de novembro
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A propagação do homossexualismo
ENTRE as coisas que tornam os dias atuais críticos e difíceis de manejar encontra-se a propagação do homossexualismo. Lemos que “talvez tantos quantos 12 milhões de homens e mulheres [norte] americanos” são homossexuais. (Time, 24 de outubro de 1969) Nos Países-Baixos, o homossexualismo se espalhou tanto, que o país tem sido chamado de “meca dos homossexuais”. E hoje em dia surgem temas e alusões homossexuais em peças teatrais, em filmes e até mesmo na televisão.
O que contribui para a propagação do homossexualismo é a tendência de ele ser legalizado. Há alguns anos, a Grã-Bretanha tornou legais os atos homossexuais entre adultos concordantes. O Canadá e a Alemanha Ocidental, no ano passado, fizeram o mesmo. E dois estados dos Estados Unidos adotaram uma legislação similar.
Um fator nada pequeno na propagação do homossexualismo é a atitude de um número cada vez maior de clérigos. Há alguns anos, noventa clérigos episcopais tornaram público que defendiam atos homossexuais entre adultos concordantes como não sendo nada de errado em si mesmos. A atitude atenuada dos clérigos para com o homossexualismo é também indicada pelo resultado duma enquête que envolvia 3.000 clérigos protestantes. Publicada na revista McCall’s de fevereiro de 1968, a enquête dizia:
“Acompanhar um único fio através de 3.000 cartas não é fácil, mas, um de tais fios era tão claro que se tornava insensível — a surpreendente compaixão estendida ao homossexual.” — P. 147.
Em algumas regiões, os homossexuais vivem praticamente num mundo todo seu. Neste sentido, um comerciante de Los Angeles, proprietário de duas casas de US$ 60.000,00, gabava-se: “Vivo num mundo completamente pederástico [homossexual]. Meu advogado é pederasta, meu médico é pederasta, meu dentista pederasta.”
O QUE É
Parece haver certa incerteza da parte de muitos quanto ao que é exatamente o
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