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Batismo segundo a vontade divinaA Sentinela — 1960 | 15 de novembro
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Batismo segundo a vontade divina
“A paciência de Deus estava esperando nos dias de Noé, enquanto se construía a arca, na qual poucas pessoas, isto é, oito almas, foram levadas a salvo através da água. Aquilo que corresponde a isto agora também vos salva, a saber, o batismo.” — 1 Ped. 3:20, 21, NM.
1. Que chamada faz Jeová antes do Armagedon, e com que resultado?
VIVEMOS certamente em tempos momentosos. Um mundo inteiro, o atual sistema de coisas, avança louca e cegamente para a sua destruição na guerra universal do Armagedon, onde se há de decidir de uma vez para sempre a questão secular da supremacia e soberania universal de Jeová. Mas, dentre este velho mundo condenado, o Deus Todo-poderoso está chamando pessoas de boa vontade de todas as nações, raças e línguas, para saírem e acharem refúgio no novo mundo justo que ele cria. Cada ano, nos quatro cantos da terra, muitos milhares de pessoas atendem a chamada e tomam a sua posição a favor de Jeová e do seu reino. Aprendem com o tempo que têm o privilégio e a obrigação de ser batizadas, segundo a vontade divina.
2, 3. De que significado é o batismo em relação com o propósito de Jeová para salvar pessoas?
2 Qual é então a relação entre o batismo e a possibilidade de ser salvo do meio dum velho mundo moribundo para um novo mundo sem fim, criado pelo Deus vivo? O apóstolo Pedro referiu-se à profecia de Isaías sobre novos céus e uma nova terra, que reza: “Pois eis que crio uns céos novos e uma terra nova; e não persistirão na memoria as cousas passadas, nem serão ellas lembradas. . . . Elles não farão o mal, nem destruirão em todo o meu santo monte, diz Jehovah.” (Isa. 65:17-25) Por isso Pedro escreveu: “Há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a sua promessa, e nestes habitará a justiça.” Daí passa a dizer: “Considerai a paciência de nosso Senhor como salvação”; e em outro lugar, conforme citado acima, ele fala de como a paciência de Deus esperava nos dias de Noé, mencionando que oito almas foram levadas a salvo através da água. Daí argumenta: “Aquilo que corresponde a isto agora também vos salva, a saber, o batismo, (não o despojamento da imundície da carne, mas o pedido feito a Deus para uma boa consciência) por meio da ressurreição de Jesus Cristo.” — 2 Ped. 3:12, 13, 15; 1 Ped. 3:20, 21, NM.
3 As palavras do próprio Mestre nos dizem que isto se aplica agora mesmo, pois ele disse que assim como era nos dias de Noé, assim seria nos dias do Filho do homem. (Mat. 24:37) Naquele tempo, Jeová destruiu por inundação o sistema de coisas então existente, mas salvou oito pessoas, as quais tinham dado atenção ao aviso. Em outras palavras, o batismo do mundo inteiro em água trouxe a morte para a maioria e a salvação para apenas alguns. Assim também agora, quando se dissolver a atual ordem de coisas, os homens ímpios serão destruídos, mas os que ouviram e atenderam a mensagem de aviso de Jeová serão salvos. Foi a isto que Pedro se referia quando falou do batismo salvador.
4, 5. O que se exigiu dos que haviam de ser salvos nos dias de Noé? Quais são os requisitos correspondentes para a salvação em nossos dias?
4 Não queria dizer, porém, que o ato literal de imersão nas águas dum rio ou lago fosse o meio de salvação, mas, antes, que este era a condição de estar exclusivamente devotado a Deus, condição de que o batismo em água é símbolo. De que maneira? Ora, os que estavam com Noé na arca e foram batizados para ele quando a arca ficou cercada pelas águas empoladas que caíram desde as janelas do céu tiveram primeiro de depositar fé na mensagem de aviso de Jeová, a qual lhes foi dada por intermédio de Noé; depois tinham de trabalhar junto com ele na construção da arca e demonstrar assim a sua crença na palavra de Deus e sua disposição de obedecer-lhe. E tinham de continuar naquela condição até o dia em que o próprio Jeová fechou a porta atrás de Noé e dos que realmente tinham entrado na arca junto com ele. — Gên. 7:13-16.
5 O que corresponde então em nossos dias à arca em que Deus salvou a Noé? É o arranjo de preservação feito por Jeová Deus por meio de seu Filho, o glorificado Cristo Jesus, isto é, “o novo sistema de coisas”. Este novo sistema de coisas está agora representado na terra pelas testemunhas de Jeová, que entraram nele e estão organizadas como sociedade do Novo Mundo para dar testemunho do nome e dos propósitos de Jeová, do seu Rei e seu reino, e para viver segundo a vontade divina, mostrando assim às pessoas de boa vontade o caminho para a salvação.
6. É o batismo uma questão de critério da parte dos que querem fazer a vontade divina?
6 Todos os que entram nesta sociedade do Novo Mundo a fim de aprender o caminho para a vida e que se entregam a Jeová Deus em dedicação devem ser batizados segundo a ordem de Jesus em Mateus 28:19, 20, (NM): “Portanto, ide e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai, e do Filho, e do espírito santo, ensinando-as a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado. Eis que estou convosco todos os dias até a consumação do sistema de coisas.” Portanto, o batismo em água não é deixado ao critério dos que querem fazer a vontade divina, enquanto Jeová ainda faz discípulos de pessoas de todas as nações, mas é uma exigência que precisa ser cumprida; e cada ano é maior o número de pessoas dedicadas que se sujeitam agora a tal batismo. Um exemplo flagrante disso foi dado naquele dia memorável durante a Assembléia Internacional da Vontade Divina das Testemunhas de Jeová, na cidade de Nova Iorque, em meados de 1958, quando 7.136 pessoas foram imersas em água.
QUEM PODE SER BATIZADO?
7, 8. De que é símbolo o batismo, conforme ilustrado pelo caso de Jesus?
7 Então, quanto a quem deve ser batizado e de que modo, a fim de estar em harmonia com a vontade divina, Pedro disse que o batismo é o que salva, não como purificação da sujeira da carne, mas, antes, como “pedido feito a Deus para uma boa consciência”. Assim fica imediatamente excluído o batismo de criancinhas, pois uma criancinha não pode fazer tal pedido a Deus. O batismo é, de fato, um símbolo, um ato de confissão, daquilo que já sucedeu no coração do batizando: que ele se dedicou a Jeová Deus, para viver doravante segundo a vontade divina. Este era o significado do batismo do próprio Jesus. Ele é o grande Exemplo a ser seguido por todos os que desejam servir a Jeová Deus.
8 Mateus nos conta que João Batista imergia judeus que se arrependeram dos seus pecados contra o pacto da Lei, que Jeová fizera com aquela nação. Certo dia, Jesus foi a João para ser batizado. Mas, João hesitou em fazê-lo, porque sabia que Jesus não tinha violado o pacto. Jesus disse então que devia ser feito a fim de que ‘se cumprisse toda a justiça’. (Mat. 3:15) E o apóstolo Paulo escreve, em Hebreus 10:9, que naquele tempo Jesus estava cumprindo as palavras do salmo: “Eis aqui venho para fazer a tua vontade”, ó Deus. (Sal. 40:7, 8) Jesus se dedicara então para fazer a obra especial que a vontade divina lhe prescrevia, e isso se achava escrito ‘no rolo do livro’, isto é, nas Escrituras Hebraicas que continham “os proferimentos sagrados de Deus”. (Rom. 3:1, 2, NM) E assim, quando João mergulhou Jesus completamente na água do rio Jordão, foi isto um ato simbólico que atestava que Jesus morria assim quanto ao seu modo de vida terreno até então.
9. Como deve ser realizado o ato do batismo a fim de constituir o símbolo correto?
9 Jesus estabeleceu o modelo quanto a por que o batismo tinha de ser realizado deste modo, por submersão completa, a fim de ser um quadro, um símbolo. O batizando, ao ser mergulhado, ficando fora da vista, é “enterrado” na água. Que este era o modo em que João batizava é demonstrado, além do fato de que a palavra grega traduzida “batizar” significa “mergulhar, submergir”, pela declaração encontrada na narrativa do apóstolo João: “João [Batista] também estava batizando em Ainom, perto de Salim, porque as águas abundavam naquele lugar.” (João 3:23, LEB) Mas o batizador não deixa a pessoa submersa, para morrer ali na água. Não, o batizador a levanta de novo, em símbolo do fato de que ela está agora num fosse caminho da vida, inteiramente devotada a Jeová Deus, cuja vontade divina precisa doravante ser o seu guia. Os que estão sendo batizados atestam assim que romperam com o velho mundo em que nasceram como filhos imperfeitos de Adão, mundo que é governado por Satanás, o grande opositor de Deus e do seu reino; e vieram buscar refúgio no arranjo feito por Jeová para homens e mulheres crentes, arranjo que corresponde à arca literal nos dias de Noé.
10-12. (a) Que significa que o batismo é feito “em o nome do Pai”? (b) Em o nome “do Filho”? (c) Em o nome “do espírito santo”?
10 Quando Jesus ordenou aos seus seguidores que fizessem discípulos de pessoas de todas as nações, ele disse, conforme acima citado, que tais discípulos deviam ser batizados “em o nome do Pai, e do Filho, e do espírito santo”. O ato do batismo precisa assim ser uma confissão do fato de que o batizando veio a saber que Jeová Deus é o Supremo, o Criador todo-poderoso e Dador da vida, o Deus justo e todo-sábio e o Provedor amoroso da salvação do pecado e dos calamitosos resultados deste. Precisa também ter compreendido a grande questão que se sobrepõe a tudo o mais no mundo e que em breve há de ser decidida para sempre, para o louvor eterno de Jeová, a saber, a questão da dominação universal: É Jeová Deus quem há de dominar o universo ou é o Diabo? Em ligação com isso há esta questão menor: Pode o homem na terra servir a Jeová em integridade quando sujeito a provações e perseguições? Foi com este conhecimento que aquele que há de ser batizado segundo a vontade divina fez a sua dedicação a Jeová, disposto a fazer a Sua vontade, custe o que custar. — Jó 1:9-11; Jud. 25.
11 Hoje, também, o batizando confessa que compreendeu que Jeová deu ao seu amado Filho primogênito, Jesus Cristo, o nome que está acima de todo outro nome, para que não houvesse salvação em nenhum outro. Jesus Cristo é o Rei escolhido de Jeová e entrou agora na glória do seu reino, como justo Juiz, sendo que todos os que desejam viver precisam ‘beijar o Filho’, isto é, precisam aclamá-lo como Rei e obedecer às suas ordens, e ele se tornará no devido tempo o seu Pai Eterno. — Atos 4:12; Mat. 25:31; Sal. 2:12; Isa. 9:6.
12 Que o batismo é também feito em nome do espírito santo significa que o batizando atesta o fato de que ele reconheceu que o espírito santo é a força ativa do Deus vivo, que ele envia por meio do seu Filho, Cristo Jesus, e que opera para com o povo de Jeová, esclarecendo e dirigindo hoje a sua organização teocrática na terra assim como fez nos dias dos apóstolos; e que a pessoa imersa se submete a esta santa força. — Atos 1:8; 20:28; Joel 2:28, 29.
13. Que fez Jesus depois de ter recebido o espírito santo após o batismo?
13 Foi este espírito santo ou força esclarecedora e habilitadora da parte de Deus que veio sobre Jesus quando ele saiu das águas do Jordão; e agora observe o que ele fez depois disso. Depois de ter estado no deserto por quarenta dias e ter sido tentado pelo Diabo, ele começou a proclamar: “O reino de Deus tem-se aproximado. Arrependei-vos e tende fé nas boas novas.” (Mar. 1:15, NM) O Diabo ofereceu a Jesus todos os reinos deste mundo, mas Jesus negou-se a ter que ver qualquer coisa com ele, pois “é a Jeová, teu Deus, que tens de adorar, e a ele só é que tens de prestar serviço sagrado”. (Luc. 4:6-8, NM) Ele desejava o reino de Jeová e era em prol deste que ia trabalhar, dar testemunho e sofrer perseguição, sim, estava até disposto a depor a sua vida a favor dele. E por que foi ele morto? Por causa de sua absoluta lealdade ao reino de Jeová, que é o instrumento para a vindicação do santo nome de seu Pai e para dar salvação às criaturas obedientes, por meio do sangue resgatador de Jesus. — João 18:33-37; 19:12-16.
14. Que pergunta deve fazer-se aquele que pretende deixar-se batizar?
14 Em vista deste fiel exemplo, aquele que deseja ser batizado deve perguntar-se: Estou disposto a fazer como Cristo fez, proclamar o reino dos céus e permanecer leal a ele? Posso eu ver-me como parte daquela multidão feliz que João descreveu no Apocalipse como estando diante do trono e clamando alegremente: “Devemos a salvação a nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro”? Foram representados como tendo ramos de palmeira na mão; exatamente como quando Jesus fez a sua entrada triunfal em Jerusalém, sentado num jumentinho, e a multidão reunida ali tomou ramos de palmeira e foi ao encontro dele, clamando: “Bendito é o que vem em nome de Jeová, sim, o rei de Israel!” Todos os que se dedicam agora a Jeová Deus devem estar, na grande multidão de adoradores que vão ao ‘encontro’ dele e o aclamam publicamente. — Apo. 7:9, 10; João 12:12-15, NM.
15. (a) O batismo marca o inicio de quê? (b) Que precisa fazer o batizado a fim de viver para sempre? Que conselho deu Paulo neste respeito?
15 O batismo ou a imersão constitui realmente uma declaração pública de algo novo. Este é agora alguém que dedicou a sua vida a Jeová Deus. Assim como que sela o contrato feito em oração, que o obriga a Jeová, para obedecer à Sua vontade divina e apoiar a Sua causa digna. Espera-se que seja aquilo que Tiago 1:25 o chama, ‘‘fazedor de obra”, e que se sinta “bemaventurado na sua acção”. A salvação não fica garantida ao se dar o passo do batismo, antes, como diz Paulo, é preciso ‘continuar a trabalhar para a sua própria salvação com temor e tremor’. (Fil. 2:12, NM) Quando alguém se entregou a Jeová para ser seu escravo, não deve deixar o serviço de Jeová — significa a sua vida, e é para toda a vida! A fim de viver para sempre, é preciso ser sempre o escravo obediente de Jeová. Para ser isso, é necessário associar-se agora com a sua sociedade do Novo Mundo, que se acha sob as ordens e a direção do Noé Maior, Cristo Jesus. Isto exige que se estude a Palavra de Deus, tanto em particular como nas reuniões providenciadas para. este fim, e estas mantêm a pessoa espiritualmente apta a participar na difusão das boas novas do reino dominante. O apóstolo Paulo deu bom conselho neste respeito quando escreveu aos hebreus (10:23-25, NM): “Seguremos firme a declaração pública da nossa esperança, sem vacilar, pois aquele que prometeu é fiel. E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e a obras corretas, não deixando de nos congregar, como é costume de alguns, mas animando-nos uns aos outros, e tanto mais quanto vêdes aproximar-se o dia.” O dia a que ele se referiu está agora realmente próximo. Isto nunca deve ser esquecido.
16. (a) O que deve o batizado evitar com cuidado? (b) Que proceder, sob perseguição, obtém a aprovação de Jeová?
16 Aquele que se submete ao batismo nunca se deve esquecer de que não deve permitir que as riquezas materiais o engodem e o façam abandonar o proceder correto de devoção exclusiva a Jeová, nem mesmo para tirar uma vantagem econômica temporária pelo uso dos métodos do velho mundo egoísta. O perigo de deixar-se enlaçar ao ponto de que as coisas materiais significam mais do que os elevados princípios da vida segundo o Novo Mundo precisa ser constantemente vigiado. Nem se deve permitir que a má.reputação ou as ameaças de perseguição, por causa da participação na obra de dar testemunho, impeçam à pessoa adotar o proceder certo. ‘Considere Jesus’, aconselha o apóstolo, ‘que sofreu tal contradição dos pecadores’. Pense no apóstolo João, que serviu fielmente a Jeová mesmo na sua velhice, embora significasse ser exilado e sujeito a trabalho forçado na ilha de Patmos; e como o próprio Paulo se manteve fiel no meio de grande e continua perseguição. (Heb. 12:2, 3; Apo. 1:9; 2 Cor. 11:23-27) Pense nas testemunhas de Jeová na Alemanha, nos dias de Hitler, e agora atrás da Cortina de Ferro, e em outras partes sob diversas ditaduras, como os sofrimentos e as privações também os incentivaram a maior zelo e como Jeová abençoou maravilhosamente os seus esforços.
17. Que aviso especial deu Jesus para os nossos dias?
17 Ninguém deve ficar tão seguro de si mesmo que pense ser imune à tentação de abandonar o serviço de Jeová por uma razão ou outra. Deve lembrar-se de que o próprio Rei, Jesus Cristo, avisou, em Mateus 24:12, 13: “Por se multiplicar a iniqüidade, resfriar-se-á o amor da maior parte dos homens. Todavia quem persevera até o fim, esse será salvo.” É necessário também estar atento às coisas aparentemente pequenas em relação com a obra de Jeová; por exemplo, cumprir os acordos no programa de treinamento realizado nas congregações das testemunhas de Jeová, não negligenciar a relatar os resultados do serviço, e assim por diante.
18. Deve-se pensar na verdade apenas quando se assiste às reuniões?
18 Em Apocalipse 12:9, 17 lemos que “o grande dragão, a serpente original, aquele que se chama Diabo e Satanás”, que está agora restrito à vizinhança da terra, está irado e trava guerra contra os “que observam os mandamentos de Deus e têm a obra de dar testemunho de Jesus”. (NM) Por esta razão é tanto mais necessário vigiar constantemente, a fim de se revestir da completa armadura de Deus e para aprender como se usa a espada do espírito, que é a Palavra de Deus, tanto para se defender como para tomar a ofensiva contra o inimigo. (Efé. 6: 11-18) Tomar a ofensiva é, de fato, a melhor defesa. Na guerra espiritual, em que os servos de Jeová se empenham, isto significa sair e falar aos outros sobre o nosso grande e maravilhoso Deus e mostrar-lhes o caminho para a vida. O cristão não deve pensar na verdade só quando está nas reuniões, mas deve tê-la também no coração. O salmista escreveu: “Quanto amo a tua lei! Ella é a minha meditação de continuo.” (Sal. 119:97) E isto não se dava apenas de dia, mas também de noite: “Ó Deus, tu és o meu Deus; ansiosamente te buscarei. . . . Quando no meu leito de ti me recordo, durante as vigílias da noite em ti medito.” (Sal. 63:1, 6) Quando o coração está cheio da verdade, não é difícil falar aos outros sobre ela; e é isso o que se deve fazer, pois “com a boca se faz declaração pública para a salvação”, diz Paulo em Romanos 10:10 (NM). E Pedro diz que os cristãos devem estar sempre “promptos a dar uma resposta a todo aquelle que [lhes] pedir razão da esperança que ha” neles. — 1 Ped. 3:15; Luc. 6:45.
19. Qual deve ser o motivo da dedicação e do batismo, e como se manifesta hoje em dia tal força motivadora?
19 Se alguém se dedica em amor e obedece ao mandamento de ser batizado, será fácil cumprir então os outros mandamentos de Deus, tais como fazer uma declaração pública da fé e de assistir às reuniões, pois também estas coisas são, frutos do amor. O exercício do amor em associação com os companheiros cristãos resulta em maior apreciação dos requisitos de Deus. O provérbio diz: “O ferro com ó ferro se aguça, assim o homem aguça o rosto do seu amigo.” (Pro. 27:17) Refrear-se do serviço ativo depois do batismo, assim como refrear-se do próprio batismo, deixa a pessoa fora daquele círculo íntimo da proximidade de Deus. Em Atos 2:46, 47 (LEB) lemos que “em íntima união freqüentavam [os apóstolos e outros primitivos cristãos] dia após dia assiduamente o Templo, . . . Louvavam a Deus e gozavam da estima do povo”. Hoje em dia, todos os da grande multidão das “outras ovelhas”, que se associam com o restante dos co-herdeiros de Cristo, têm sido batizados em íntima união e participam agora em íntima união na pregação das boas novas do Reino.
20. (a) Que cântico entoam agora os cristãos contra Satanás? (b) Quem será salvo quando Gog lançar o seu ataque final?
20 Ao fazerem isto, estes guerreiros espirituais cristãos cantarão também o cântico de escárnio contra Satanás, o governante opressivo do velho mundo, dizendo ao povo que o tempo dele está limitado, até que o grande Vindicador de Jeová, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, o lançar no abismo, junto com todas as suas hostes de demônios perversos. Antes que isso aconteça, porém, Satanás, o Gog da, profecia de Ezequiel, fará o seu último desesperado assalto final contra o povo de Jeová, relatado pelo profeta nos capítulos 38 e 39, e então serão salvos apenas os que ‘confessarem a sua crença em Cristo, o Rei, perante os homens’. — Isa. 14:3-20; Luc. 12:8, 9, NM.
21. Por que é correto que aquele que pensa em deixarse batizar esquadrinhe a si mesmo, e o que deverá verificar?
21 Agora, quanto à aptidão para ser batizado, deve ser lembrado que Jeová esquadrinha os corações e prova as mentes dos que ele aceita para o batismo. Provérbios 21:2 diz: “Jehovah pesa os corações.” Somos julgados perante ele e somos responsáveis a ele. Por isso é correto que cada um que pensa em ser batizado investigue a si próprio à luz da Palavra de Deus, para ver se há algo que realmente lhe impeça ser batizado. Este ponto será ainda mais considerado no artigo que segue.
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“O que me impede ser batizado?”A Sentinela — 1960 | 15 de novembro
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“O que me impede ser batizado?”
1, 2. Por que não impediu Filipe que o recém-convertido etíope fosse batizado?
A GRANDE obra de fazer discípulos de pessoas de todas as nações e de batizá-las encontrou um dos seus primeiros convertidos na pessoa dum ministro de estado da Etiópia, um prosélito judeu, que voltava para a sua pátria depois duma viagem à Jerusalém, para adorar ali no templo. Ele estava sentado no seu carro, lendo a profecia de Isaías. O anjo de Jeová orientou a Filipe a que se dirigisse a ele e lhe pregasse, e Filipe fez isso. Depois da explicação de Filipe, de que o cumprimento da profecia de Isaías se aplicava a Jesus, o eunuco etíope fez a sua decisão. Isto era o que ele procurava! Esta era a verdade! E assim, conforme diz o relato em Atos 8:36-38 (NM): “Ora, ao viajarem pela estrada, chegaram a um certo corpo de água, e o eunuco disse: Vê! um corpo de água; o que me impede ser batizado’ Com isto ele mandou que o carro parasse, e ambos desceram à água, tanto Filipe como o eunuco, e ele o batizou”
2 Filipe não impediu que o eunuco etíope fosse batizado. Sabia que este, como prosélito judeu, tinha bastante conhecimento e entendimento para saber o que estava fazendo. Filipe sabia que não se tratava duma decisão irrefletida do momento. Sabia também que o etíope estava qualificado como candidato ao batismo na questão de pureza moral. Não retornava ele da adoração no templo e não tinha ele ido ao ponto de fazer uma viagem estrênua para isso? Não fora Filipe chamado pelo santo anjo para testemunhar a este homem, indicando que Deus tinha ‘pesado o coração’ do etíope e o estava chamando para a organização de Deus, para serviço? Sim. Portanto, por que devia Filipe impedir o batismo?
3-5. Que requisitos precisam ser satisfeitos pela pessoa a fim de estar qualificada para o batismo?
3 Ninguém pode impedir que outro seja batizado, se ele satisfizer os requisitos de Deus. É Jeová Deus quem decide que qualificações os candidatos ao batismo devem ter. Os que não satisfazem os requisitos estabelecidos por Jeová são automaticamente impedidos por ele como inaceitáveis. O batizador, um ministro cristão ordenado, batizado e compreensivo, que conheça os fatos, explicaria então por que tal pessoa não está qualificada. Os que desejam fazer a vontade divina precisam chegar-se a Deus nos termos dele e satisfazer os seus requisitos. Somente os que reconhecem a soberania universal de Jeová que confiam no resgate e que se purificaram, sujeitando-se ao reinado do Filho de Jeová, Cristo Jesus, e seguindo a orientação do espírito estão qualificados para o batismo. Neste respeito, é de notar que o entendimento e o reconhecimento destas doutrinas fundamentais é ainda mais necessário do que um conhecimento técnico da Bíblia a respeito delas. O conhecimento pormenorizado e adiantado das Escrituras pode vir, e muitas vezes vem, depois do batismo. Paulo disse a respeito dos cristãos nos dias dele: “Mas, fostes lavados, fostes santificados, fostes declarados justos no nome de nosso Senhor Jesus Cristo e com o espírito de nosso Deus.” — 1 Cor. 6:11, NM.
4 Outro requisito para todos os candidatos ao batismo está registrado para nós em Isaías 52:11: “Retirae-vos, retirae-vos, saí dahi, não toqueis coúsa immunda; saí do meio della; purificae-vos, os que levaes os vasos de Jehovah.” Assim se torna claro que todos os que desejam fazer a vontade divina precisam separar-se do mundo e ser puros. Precisam fazer todos os ajustes necessários nas suas vidas para se harmonizar com as normas morais estabelecidas na Palavra de Deus.
5 Os requisitos para o batismo, então, podem ser resumidos como sendo, (1) ter bastante conhecimento e entendimento para se saber qual é o acordo, e (2) estar moralmente puro. Em alguns países, a organização das testemunhas de Jeová teve de tomar medidas para certificar-se de que ambos estes requisitos fossem satisfeitos. Se alguém não entender o que está envolvido no batismo, então não são os superintendentes na organização que lhe impedem ser batizado. Antes, o batismo é temporariamente adiado por ser inaceitável o candidato. Ele não compreende, e por isso não pode estar em harmonia com os requisitos de Deus. Do mesmo modo, uma criança abaixo da idade do raciocínio não é aceitável para o batismo, visto que não entende o que tudo isso significa. Às vezes se observa em certos adultos esta falta de compreensão da seriedade do passo que estão para dar. Em países onde isto é comum, a organização exige que se complete primeiro certo período de estudo antes que o candidato se torna aceitável. Do mesmo modo, os que precisam fazer ajustes na sua norma moral de viver, para se harmonizar com os justos requisitos de Deus, não devem ser batizados até se fazerem tais mudanças.
6, 7. (a) Quem deve responder à pergunta sobre se há algo para impedir o batismo? (b) Quando devem ocorrer a dedicação e o batismo?
6 Chega então o tempo em que todos os que atingiram o ponto na vida em que aceitam a verdade e estão preparados para vir a Jeová Deus como vasos limpos têm de fazer-se a mesma pergunta que o eunuco etíope se fez: “O que me impede ser batizado?” Sua pergunta foi realmente uma de exame de si próprio. Todos precisam responder a esta pergunta com uma boa consciência para com Deus.
7 Quando se reconhece a verdade de que Jeová existe e que seu Filho reina, que o seu resgate é aplicado à pessoa e que Cristo está concedendo o espírito santo em conexão com a organização visível de Deus na terra; quando não se tiver problema relacionado com uma vida pura, que exija tempo para o reajuste; quando se tem pensado sèriamente em dedicar a vida ao serviço de Deus, o que se pode dizer em boa consciência à pergunta: “O que me impede ser batizado?” Nada mais senão a mesma conclusão a que o etíope chegou: Nada lhe impede! É isto! No momento em que alguém reconhece que não há nada que lhe impeça ser batizado, ele precisa ser obediente a Deus e não deve adiar ser batizado em água.
8, 9. (a) Por que adiam alguns dedicados o passo do batismo? (b) Ajudará tal adiamento a assumir as responsabilidades?
8 Há, porém, alguns dedicados que por uma razão ou outra adiam o seu batismo. Em certos lugares da terra, tanto quanto vinte e oito por cento dos que publicam o reino de Deus ainda não foram batizados. Se estão dedicados a Deus por meio de Cristo, que razão há para tal atitude? O que lhes impede serem batizados? Alguns são criancinhas em conhecimento e entendimento, e devem estudar mais para ter a devida apreciação. Outros, novos na verdade, ainda não tiveram tempo de se despojar dos hábitos impuros do mundo ou de endireitar o seu modo de vida com o sexo oposto. Estes devem primeiro endireitar a sua vida, purificar-se e permanecer puros. Mas, a grande maioria destes são pessoas que têm bastante conhecimento para saber a seriedade do passo da dedicação. Estão puros. Se fizeram a sua dedicação e ainda adiam o batismo, estão desobedecendo a uma ordem. Se não se dedicaram ainda, então a resposta é muito simples: Devem entregar-se a Deus em completa dedicação e devem parar de refrear-se.
9 O que impede a pessoa que se purificou? Nada, exceto uma pequena idéia na mente de que por adiar a dedicação um pouco mais poderá melhor cumprir as responsabilidades. Este não é o caso. Na Ásia, na África e em muitos países onde o povo não teve nenhuma educação cristã, os que desejam fazer a vontade divina puderam chegar a uma conclusão no sentido de que precisam mudar de vida para o modo de vida cristão, a fim de estarem qualificados para a salvação. É verdade que isso exige por um tempo uma grande luta no íntimo, mas assim que a luta acaba e se chega a reconhecer que esta é a verdade, a pessoa dedica-se prontamente a Jeová e se submete à imersão em água. Mas, lembre-se, o batismo é um símbolo; não é a sua dedicação. Ser mergulhado na água não faz a mudança. O coração precisa ter mudado. Em muitos casos, esta mudança se dá em apenas alguns meses. Daí em diante é preciso manter-se fiel à dedicação.
10. Por que não deve a pessoa ser temerosa de dedicar-se, embora alguns tenham falhado em ser fiéis?
10 Como se pode, então, responder a Deus em boa consciência que há alguma razão válida para adiar a dedicação e o batismo? Não se pode. Alguns talvez pensem que conhecem alguém que fez a sua dedicação e depois fracassou. Talvez seja assim, mas, veja os milhares e milhares de dedicados, em todo o mundo, que não fracassaram, que se mantêm fiéis à sua dedicação e batismo, sob grande tensão, perseguição e pressão de toda espécie. Certamente há muito mais exemplos dos que se dedicam e são bem sucedidos do que dos que se dedicam e fracassam. Absolutamente não é mais necessário ser temeroso. Quando a pessoa sabe que se deve dedicar a Deus e ser batizado, e não o faz, a responsabilidade perante Jeová é a mesma que quando se dedica. O homem que faz a sua dedicação e fracassa não sobreviverá ao Armagedon, mas nem sobreviverá aquele que adia a dedicação e nunca dá os passos para estar qualificado para a vida. Ambos estarão igualmente mortos. Por que fazer parte deles?
11. Pode haver ocasião mais favorável para a dedicação do que a época presente?
11 É o impedimento ao batismo talvez o desejo de aguardar uma época mais favorável para dedicar a sua vida a Deus, em vista da relutância de renunciar aos prazeres do mundo? Certamente nunca poderia haver um tempo mais favorável do que agora. Quanto à urgência do tempo atual e sobre os prazeres deste mundo, o apóstolo nos admoesta em 1 João 2:17: “Ora o mundo passa e a sua cobiça; mas aquelle que faz a vontade de Deus, permanece para sempre.” Não há razão para mais demora, mas toda a razão para decidir-se agora a fazer a vontade divina integralmente. Nunca haverá um tempo melhor ou mais urgente do que agora, para fazer isso.
12, 13. Forneça exemplos modernos de como os anteriores laços foram rompidos pelos membros de diversas crenças, tomando eles uma posição firme a favor da adoração pura de Jeová.
12 Aquele que se apresenta para o batismo rompeu os seus laços anteriores com a cristandade ou o paganismo. Este passo aparentemente difícil tem sido dado cada dia. Na África, a influência dos feiticeiros e o medo da macumba foram quebrantados pela determinação dos cristãos recém-dedicados e batizados. No Oriente, o forte domínio do culto dos antepassados tem sido repudiado até mesmo por avós idosas que tinham adorado seus antepassados por muitas décadas. Este passo perdeu para elas muitas antigas amigas e conhecidas — algo que não era fácil para elas, pois, para a maioria das pessoas orientais, o conceito de que se goza entre amigos e vizinhos é mais importante do que tudo o mais na vida. As pessoas têm-se chegado de toda espécie de crenças anteriores, dedicando-se e simbolizando esta dedicação pela imersão em água. Daí continuam a andar na sua integridade. Fizeram o que as Escrituras lhes dizem para fazer, em 2 Coríntios 6:17 (NM): “‘Por isso, saí do meio deles e separai-vos’, diz Jeová, ‘e deixai de tocar em coisa imunda’, ‘e eu vos acolherei’.”
13 É exatamente isto o que Jeová tem feito hoje em dia. Quão maravilhoso é e quão assombroso tem sido ver o espírito de Jeová operar nas mentes dos que anteriormente estavam presos aos costumes pagãos ao ponto de repudiarem a adoração dos demônios e se tornarem adoradores ardentes de Jeová! Isto significa transformar a mente e às vezes até mudar de situação, mas não lhes impediu que se dedicassem e depois fossem batizados. Alguns destes batizados foram anteriormente adeptos de Buda, esforçando-se para alcançar o nada da inexistência. Alguns foram anteriormente confucionistas, crendo que a melhor maneira de se viver era seguir o caminho passivo do desenvolvimento do caráter. Outros foram ardentes’ xintoístas nacionalistas, adoradores do imperador japonês; outros foram taoístas, muçulmanos, hindus, adoradores de demônios e ateus. Jeová acolheu a todos eles. A dedicação e o batismo tornaram-se a porta através da qual foram acolhidos. Todos os dedicados que hoje pensam em adiar o batismo deviam olhar para estes maravilhosos exemplos hodiernos de fidelidade, em todos os quadrantes do globo. Por não se refrearem, tais pessoas venceram todos os obstáculos que poderiam ter impedido que fossem batizados.
14. Por que não poderá ser nunca ‘irresoluta’ a dedicação?
14 A dedicação nunca poderá ser uma coisa ‘irresoluta’. O texto de Salmo 119:113 traduzido na Versão Almeida: “Aborreço a duplicidade”, é vertido pela Versão Brasileira: “Aborreço os irresolutos.” Os que entendem a necessidade da dedicação e do batismo, mas que por alguma razão se refreiam, agem realmente em duplicidade. Por um lado, a mente insta com eles que se dediquem, por outro lado, os influencia a tentar apegar-se apenas mais um pouco de tempo aos cintilantes prazeres deste mundo. O maior dos dois mandamentos de Jesus foi o de “amar a Jeová, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma”. (Mat. 22:37, NM) Não há lugar para uma dedicação irresoluta. Tiago (4:8) admoesta os de ‘espírito vacilante’ a se chegarem a Deus, e ele “se chegará a vós”. Os que hesitam mantêm-se também fora da relação íntima e calorosa com o nosso Criador, que vem com a plena dedicação.
15. Como se deve desenvolver o desejo da dedicação e do batismo nos corações dos de boa vontade?
15 A ordem de Jesus, de ir e fazer discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as, foi dada aos fiéis cristãos da primitiva congregação. Estes leais ensinavam a seriedade do batismo aos recém-convertidos. Assim também hoje, é da responsabilidade dos maduros ensinar a seriedade do batismo. Faz parte da edificação dos fracos, pelos quais os fortes são responsáveis perante o grande Pastor. Pelo ensino paciente e jeitoso e pelo exemplo, eles desenvolvem no novato o desejo de ser batizado.. Este é um processo gradual, mas começa desde cedo no estudo bíblico, domiciliar, semanal, que se dirige com a pessoa de boa vontade. Paulo diz: “Pois ‘qualquer que invocar o nome de Jeová será salvo’. Entretanto, como . . . ouvirão sem que alguém pregue?” (Rom. 10:13-15, NM) Da mesma maneira, como saberão as pessoas de boa vontade de que modo devem traduzir as verdades recém-aprendidas num modo de vida segundo o Novo Mundo e na dedicação, se os cristãos maduros não desenvolverem o desejo disso nos corações destas pessoas de boa vontade?
16, 17. (a) Pode ser exagerado o encorajamento dado para que a pessoa seja batizada? (b) Por que é preciso prevenir-se contra o batismo prematuro?
16 Pode-se exagerar o incentivo para o batismo, ao ponto de que o batismo não é mais a decisão da pessoa, e isto deve ser evitado. Todos os cristãos têm um interesse pessoal nos seus futuros irmãos e querem que estes dêem os necessários passos da obediência para a vida e sejam batizados. No entanto, nenhum cristão pode insistir no batismo de outro contra a vontade deste. O batismo segue-se à dedicação pessoal no coração para fazer a vontade divina de Jeová. Precisa ser uma decisão de livre vontade, em que a pessoa que se decide sabe o que está envolvido e está disposta a aceitar as responsabilidades do serviço que a acompanham. O costume da obediência aos mais velhos, existente em muitos países orientais, não pode ser aplicado quando se trata de decidir sobre o batismo. Ninguém deve jamais ser batizado para agradar aos pais ou ao chefe influente da família, que talvez seja testemunha de Jeová.
17 É necessário prevenir-se contra o batismo prematuro. O batismo prematuro, sem a devida apreciação, resulta em pessoas vacilantes que olham para trás ao mundo e anseiam as coisas que deixaram para trás. É definitivamente preciso entender primeiro que se exige manter-se separado do mundo. Jesus disse: “Ninguém, tendo posto a mão ao arado e olhando para traz, é apto para o reino de Deus.” (Luc. 9:62) No ano 1959 houve 86.345 pessoas que puseram a sua mão no arado. Que nunca se voltem para olhar às coisas que ficaram para trás!
18, 19. Que responsabilidade descansa sobre os superintendentes e outros cristãos maduros para com os recém-interessados?
18 No caso do eunuco etíope, quando Filipe o ouviu ler a profecia de Isaías, perguntou-lhe: “Sabes realmente o que estás lendo em voz alta” (Atos 8:30, NM) Isto foi realmente um exame do etíope, e daí, por lhe explicar as Escrituras, Filipe certificou-se de que ele sabia. O ministro de discernimento é capaz de indicar as coisas que o estudante precisa saber, fazendo-o de tal maneira que este veja a necessidade de se dedicar, e nunca se terá de lhe dizer que se dedique a Deus. O ministro perito e perspicaz saberá fazer isso. Em Provérbios 20:5 está escrito: “O conselho no coração dum homem é como águas profundas, mas homem de discernimento é aquele que o tira para fora.” (NM) O ministro maduro não será tímido em informar o futuro candidato ao batismo sobre os requisitos morais de Jeová. O novato procurará então o seu conselho. Os que levam os vasos de Jeová precisam estar limpos. Quando há necessidade de mudar de normas morais para se harmonizar com os princípios bíblicos, é preciso que o ministro desde cedo tire para fora as águas profundas do conselho, com tato, para que o candidato possa começar a rearranjar a sua vida onde necessário. Se o ministro for tímido demais em tratar destes assuntos, o candidato talvez tenha de enfrentar a questão demasiado repentinamente e isto pode ser para ele como uma ducha de água fria.
19 Os superintendentes e dirigentes de estudo na organização da congregação também estão interessados na nova pessoa de boa vontade. Na primeira carta aos Tessalonicenses, no segundo capítulo, versículos 3-12, resume-se o papel desempenhado pelo superintendente e dirigente maduro: “Porque a exortação que damos não procede de erro ou de impureza . . . nunca nos apresentamos quer com linguagem lisonjeira, (conforme bem sabeis) quer com falsa aparência para a cobiça . . . tornamo-nos gentis no meio de vós, . . .a fim de que continuásseis a andar dum modo digno de Deus, que vos chama ao seu reino e glória.” (NM) O desejo de dar a vida a Deus em dedicação é desenvolvido pacientemente pelos ministros maduros, pelos superintendentes e pelos dirigentes de estudo na congregação.
20. (a) Que conselho se dá em Eclesiastes 5:5, 6.? (b) Quem, em nossos dias, fala, em efeito, igual aos apóstolos, conforme registrado em João 6:68?
20 Então, antes que a pessoa se decida a dedicar-se para ser um dos servos obedientes de Jeová, não importa o que lhe aconteça por causa disso, terá de calcular o custo. No livro de Eclesiastes, ou Kohéleth (5:5, 6, NM), diz-se: “Melhor é não votares do que votar e não pagar.” Não há compulsão da parte de Deus nesta questão. Mas, quando alguém provou que Jeová é bom, desejará inquestionavelmente estar do lado Dele, conforme os apóstolos responderam a Jesus: “Senhor, para quem havemos nós de ir? tu tens palavras da vida eterna.” — João 6:68.
POR QUEM?
21. Por quem deve ser realizado o batismo, a fim de estar de acordo com a vontade divina?
21 Por quem deve ele ser batizado? Ora, nestes dias do reino estabelecido de Deus, quem na terra está publicando estas palavras da vida eterna? Não há dúvida sobre isso; são as testemunhas de Jeová, o povo sobre quem ele teve o agrado de colocar o Seu próprio santo nome e aos cuidados de quem entregou os interesses do seu reino. Portanto é correto que a imersão em símbolo da dedicação seja realizada por uma destas testemunhas, e não por outros homens. Há sempre arranjos para o batismo em todas as assembléias de circuito e de distrito das Testemunhas, e às vezes são feitos nas congregações locais, quando exigido por circunstâncias especiais.
22-24. (a) Deve-se fazer perguntas aos batizandos antes de serem admitidos ao batismo? Por quê? Como devem procurar responder?’ (b) Qual é a essência da primeira pergunta? (c) E da segunda?
22 Antes que os batizandos sejam admitidos ao batismo, é correto que respondam a duas perguntas, para que todos os que estão reunidos com eles naquele momento possam ser testemunhas que ouviram da própria boca dos batizandos que eles entendem o que estão fazendo e que deram os passos necessários para isso. Os que podem responder a estas perguntas na afirmativa devem dizer: “Sim”, depois de cada pergunta, e devem fazer isso em voz alta e em uníssono, isto é, todos ao mesmo tempo.
23 A primeira pergunta é: Reconheceu-se perante Jeová Deus como pecador que necessita de salvação, e reconheceu perante ele que esta salvação procede dele, o Pai, por intermédio do seu Filho, Jesus Cristo?
24 A segunda pergunta é: À base desta fé em Deus e na sua provisão de salvação, dedicou-se a Deus, sem reserva, para fazer doravante a Sua vontade conforme lhe é revelada por ele mediante Jesus Cristo e por intermédio da Bíblia, sob o poder iluminador do espírito santo?
25. De que se devem lembrar os batizados?
25 Todos os que responderam “Sim” a estas duas perguntas são aceitáveis para o batismo e devem ser batizados na mesma assembléia de circuito ou de distrito das testemunhas de Jeová. Os batizados devem lembrar-se do dia; é o dia em que simbolizaram a sua dedicação, pela qual recebem uma ordenação para pregar as boas novas do reino do céu. Devem tomar nota disso, da data e do ano, para que não se esqueçam disso. E devem lembrar-se também que este dia de grande e profunda alegria não é ocasião para mostrar hilaridade ou fanatismo; é uma ocasião séria, e os batizandos devem ter uma atitude de oração, do mesmo modo como lemos sobre Jesus que ele orou ao sair da água. — Luc. 3:21.
26. Que devem fazer agora todos os que aprendem a verdade e tomam a sua posição ao lado de Deus?
26 A conclusão do assunto é, então, que é próprio que todos os que aprendem a verdade a respeito de Jeová Deus e do seu Filho, o Redentor e Salvador do homem, e tomam sua posição ao lado do Criador pela sua dedicação, sejam sem falta imersos em símbolo dela, segundo a vontade divina, e continuem então na obediência amorosa a essa vontade. Pois “aquelle que faz a vontade de Deus, permanece para sempre”. — 1 João 2:17.
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Um montão de testemunho durante 1959A Sentinela — 1960 | 15 de novembro
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Um montão de testemunho durante 1959
Cada dia, durante o ano passado, as testemunhas de Jeová gastaram em média mais de 346.000 horas na pregação aos outros, fazendo mais de 121.000 revisitas às pessoas interessadas e colocaram em média bem mais de 40.000 livros, folhetos e Bíblias, e mais de 252.000 exemplares das revistas A Sentinela e Despertai! Isto é um notável total para cada dia, deveras, é um montão de testemunho para o nome e a majestade do Deus e Criador a quem servem. Está participando neste expansão da atividade cristã?
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