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A semeadura das boas novas num mundo afligido pela guerraA Sentinela — 1974 | 15 de junho
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pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações.”
24. (a) A que nação pertenciam assim aqueles colossenses e que frutos estavam obrigados a produzir? (b) Portanto, que espécie de frutos produziu a “semente” semeada no seu coração?
24 Por se empenharem nesta atividade como embaixadores a favor do reino messiânico de Deus, estes colossenses produziam os frutos do Reino. Mostravam que faziam parte da ‘nação que produz os seus frutos’. O “reino” que havia sido tirado da nação do Israel natural, circunciso, fora então dado à nação do Israel espiritual, nação à qual pertenciam estes colossenses cristãos. (Mat. 21:43) A “semente” simbólica da “palavra do reino”, “a palavra de Deus”, havia sido semeada nos seus corações, e visto que se verificava que seus corações eram solo excelente, produziam uma safra da mesma espécie de coisas que havia sido semeada nos seus corações. Quer dizer, também produziam, pregavam e ensinavam a “palavra do reino” a outros, os de fora da congregação colossense. — Mat. 13:19; Luc. 8:11, 15.
25. Em vista do exemplo dado pelos colossenses, que pergunta fazemos a respeito de nosso século atingido pela guerra, e o que agradeceremos a Deus?
25 Lá no primeiro século E. C., deu-se um exemplo excelente, digno de imitação, com relação à congregação cristã de Colossos, na Ásia Menor. Está sendo imitado hoje neste século vinte, afligido pela guerra! Em caso afirmativo, nós, iguais ao apóstolo Paulo, temos motivos para ‘agradecer sempre a Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo’, quando oramos a Ele a respeito da situação religiosa.
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A proclamação das boas novas produz frutos no mundo inteiroA Sentinela — 1974 | 15 de junho
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A proclamação das boas novas produz frutos no mundo inteiro
1. Qual foi o acontecimento mais horripilante do primeiro século E. C., e, antes de se tornar conhecido em todo o mundo, o que havia sido pregado mundialmente?
NO PRIMEIRO século, com que começou nossa Era Comum, o acontecimento mais horripilante não foi o incêndio da cidade de Roma, em 64 E. C., mas o sítio e a destruição da cidade de Jerusalém, no ano 70 E. C. Pela sua notável vitória sobre aquela cidade muito fortificada, o general romano Tito foi agraciado com uma procissão de vitória, na sua volta a Roma, em 71 E. C., erigindo-se um arco de triunfo em honra dele. No entanto, a guerra sangrenta com os judeus rebeldes só terminou com a captura de seu último baluarte na Judéia, a fortaleza de Massada, que se eleva acima do Mar Morto, no ano 73 E. C. Isto trouxe grande vergonha, vitupério e frustração religiosa aos judeus em todo o mundo, sendo dezenas de milhares deles vendidos em escravidão. No entanto, anos antes de se tornarem conhecidas em todo o mundo estas notícias más para os judeus circuncisos, as boas novas duma alegria eterna haviam sido divulgadas através do mundo então conhecido. Eram as boas novas do reino messiânico de Deus, reino que não dependia da Jerusalém terrestre.
2. (a) Quem foram os portadores daquelas boas novas naquele primeiro século E. C.? (b) Quanto se tinha difundido o cristianismo de leste a oeste, antes do incêndio de Roma?
2 Quem eram os portadores destas boas novas naquele primeiro século E. C.? Não os judeus naturais, circuncisos, que olhavam para Jerusalém como seu centro religioso. Antes, eram os falsamente acusados pelo Imperador Nero de terem incendiado Roma, a saber, os seguidores pacíficos e inofensivos de Jesus Cristo, que foram chamados “cristãos” pela primeira vez na cidade síria de Antioquia. (Atos 11:26) Lá naquele tempo, os discípulos cristãos incluíam milhares de crentes judeus, tais como os apóstolos Simão Pedro e Paulo. Antes do incêndio de Roma, o apóstolo Pedro estava em Babilônia, na Mesopotâmia, de onde escreveu aos cristãos em toda a Ásia Menor. O apóstolo Paulo encontrava-se, pelo menos nos primeiros dois anos de sua estada em Roma, na Itália, em prisão domiciliar e registrado para sua apelação a favor do cristianismo ser ouvida perante o Imperador Nero. (1 Ped. 5:13; Atos 28:30, 31) De Babilônia, perto da extremidade oriental do Império Romano, à própria Roma era uma distância de cerca de três mil e duzentos quilômetros. Um alcance bastante grande para o cristianismo!
3, 4. (a) Antes da carta de Paulo aos colossenses, como penetrara a verdade profundamente na África bem como em outros lugares? (b) Segundo a carta dele, quão extensivamente produziam frutos as “boas novas”?
3 Pela conversão do eunuco etíope da Rainha Candace pelo evangelizador Filipe, o cristianismo penetrara também muito para o sul, até a Etiópia, ao sul do Egito. (Atos 8:26-39) Assim, as boas novas do reino messiânico de Deus penetraram profundamente na África, na Ásia e na Europa. Entre os cristãos aos quais o apóstolo Pedro escreveu na sua primeira carta geral, em cinco províncias da Ásia Menor, estavam os cristãos de Colossos, de Laodicéia e de Hierápolis, na província romana da Ásia. (1 Ped. 1:1) Por volta do tempo da carta geral de Pedro, o apóstolo Paulo escreveu diretamente à congregação cristã de Colossos e mencionou-lhes sua carta à congregação de Laodicéia. (Col. 4:16) Foi a estes cristãos colossenses que Paulo falou a respeito de se “contar a verdade daquelas boas novas” em todo o mundo, o que foi anos antes de vir o fim da Jerusalém terrestre no ano 70 E. C. Estas boas novas estavam acompanhadas duma esperança para os que aceitavam as boas novas, e Paulo escreveu com referência a isso, dizendo:
4 “Desta esperança já ouvistes falar antes, por se contar a verdade daquelas boas novas que se vos apresentaram, assim como estão dando fruto e estão aumentando em todo o mundo, do mesmo modo como se dá também entre vós, desde o dia em que ouvistes e aprendestes a conhecer [conhecestes de modo exato, NM ed. ingl. 1971] a benignidade imerecida de Deus em verdade.” — Col. 1:4-6.
5. Em Colossenses 1:23, como enfatizou Paulo a pregação das boas novas em todo o mundo?
5 Que a esperança do reino celestial de Deus havia sido divulgada mundialmente é salientado por Paulo, ao continuar a dizer na sua carta aos colossenses: “Desde que, naturalmente, continueis na fé, estabelecidos no alicerce e constantes, e sem ser deslocados da esperança daquelas boas novas que ouvistes e que foram pregadas em toda a criação debaixo do céu. Destas boas novas eu, Paulo, tornei-me ministro.” — Col. 1:23.
6. (a) Quem eram ministros das boas novas além de Paulo? (b) Como compartilhavam estes ministros as boas novas com outros?
6 O apóstolo Paulo não era o único ministro das boas novas lá naquele tempo. Todos os cristãos fiéis daquele primeiro século os eram, inclusive o discípulo Epafras, de Colossos, que visitou Paulo durante a sua prisão domiciliar em Roma. (Col. 1:7, 8; 4:12, 13) Todos estes ministros das boas novas participavam em transmitir sua esperança aos outros, não especialmente por copiarem à mão as narrativas evangélicas, inspiradas, da vida de Cristo e as cartas escritas pelos seus discípulos inspirados, mas especialmente pela palavra oral, por pregarem a todos os ouvintes e por darem ensino oral a todos os interessados. Podemos apenas imaginar a quantidade de trabalho envolvida nisso para os trabalhadores naquelas circunstâncias do primeiro século. Esses ministros cristãos tinham as únicas boas novas a contar ao mundo do primeiro século. Não ficavam calados a respeito do Reino, mas falavam sobre ele.
7. (a) Visto que não se semeara a “semente” das boas novas em solo improdutivo, o que acontecera na congregação dos colossenses e de outros? (b) Visto que as “boas novas”, contadas verazmente, ‘davam fruto’ o que se realizou dentro de trinta anos a partir do começo da pregação por Jesus?
7 A “semente” da “palavra do reino” que lhes fora falada não caiu em solo improdutivo. Mas, do solo excelente de corações bons e honestos surgiram brotos que produziram sementes iguais à semeada. Ocorreu a multiplicação da semente das boas novas do reino messiânico de Deus por se falar delas a todos os outros ao alcance dos ouvidos. De modo que, assim como o apóstolo Paulo observou aos cristãos colossenses “contar a verdade daquelas boas novas . . . [está] dando fruto e [está] aumentando em todo o mundo, do mesmo modo como se dá também entre vós”. (Col. 1:5, 6) “Contar a verdade daquelas boas novas” produzia frutos e multiplicava-se não só na congregação de Colossos, mas também em todas as outras congregações na Europa, na Ásia e na África. A “semente” que produziam era usada em semear a mensagem do Reino no coração de outros. Não é de se admirar então, que dentro de uns trinta anos, a partir do tempo em que Jesus Cristo começou a lançar a semente pela sua pregação do reino de Deus, produziu-se tal testemunho do Reino “em toda a terra habitada”! — Mat. 4:12-17; 24:14.
HÁ UMA FAÇANHA MODERNA SIMILAR?
8. Quão grande é a capacidade de crescimento duma semente semeada corretamente, e perdeu a semente da “palavra de Deus” tal capacidade de crescimento neste século vinte?
8 A capacidade de crescimento duma semente plantada em solo fértil é espantosamente grande. A “semente” da “palavra do reino” assombrou o mundo com esta sua capacidade, lá naquele tempo, há dezenove séculos atrás. Perdeu esta semente da “palavra de Deus” sua capacidade neste século vinte? Não deve ser assim e não é assim! O que foi escrito aos hebreus cristianizados há dezenove séculos atrás ainda é veraz hoje: “A palavra de Deus é viva e exerce poder, e é mais afiada do que qualquer espada de dois gumes.” — Heb. 4:12.
9. (a) Causou a idade avançada uma diminuição da capacidade de crescimento da “semente” da Palavra de Deus? (b) Por que consideramos aqui o crescimento do rol de membros da cristandade?
9 A idade não diminui sua capacidade de crescimento. O que podemos mostrar em confirmação disso? Devemos dizer que é o domínio religioso conhecido como cristandade? Segundo os cálculos publicados a respeito do rol de membros das igrejas da cristandade, depois de ter atingido um auge na década de 1960, ela sofreu um declínio temporário de dezenas de milhões de membros. Mas agora, os cálculos mais recentes dão à cristandade um novo auge de 985.363.400 membros. — Veja The 1973 World Almanac and Book of Facts, página 343, sob o título “População Religiosa do Mundo”.
10, 11. (a) Que pergunta surge sobre o crescimento da cristandade, e prova o aumento numérico que ela não está no seu ‘tempo do fim”? (b) Que condições preditas por Paulo para os “últimos dias” talvez sejam o motivo das dificuldades religiosas da cristandade?
10 Admita-se que a cristandade não está declinando no rol de membros que afirma ter. Contudo, acontece também que a qualidade de seus membros aumenta em espiritualidade, para produzir cristãos mais genuínos? Vamos compará-los com o tipo de cristãos que havia em Colossos, aos quais Paulo se sentiu fortemente induzido a escrever de modo espontâneo. Estes cristãos colossenses eram bem diferentes de como seria a maioria das pessoas que afirmam servir a Deus, muito mais tarde, nos “últimos dias”. Aumentar a cristandade depois de mais de dezesseis séculos de existência não refuta que ela esteja nos seus “últimos dias”. Que ela se encontra em “tempos críticos, difíceis de manejar”, não pode ser questionado. O que predisse o apóstolo Paulo sobre o motivo disso, e é este o motivo das dificuldades religiosas da cristandade? Paulo disse:
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