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Proclamação mundial das boas novasA Sentinela — 1971 | 1.° de agosto
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Proclamação mundial das boas novas
“Quão lindos, sobre os montes, são os pés do portador de boas novas, do publicador de paz, do portador de boas novas de algo melhor, do publicador de salvação, daquele que diz a Sião: ‘Teu Deus tornou-se rei!’” — Isa. 52:7.
1, 2. Como se parece a terra quando vista do espaço, e como reagiram os anjos quando Deus a criou?
VEJA mentalmente a terra assim como foi fotografada pela primeira vez pelos astronautas na Apolo 8. Veja-a pairada lá no negrume do espaço, onde os raios solares fazem que pareça como uma gigantesca bola multicolor. Através das faixas de nuvens brancas podem ser vistas as cintilantes águas azuis dos oceanos e a cor marrom e verde das regiões terrestres. Quão belo é o planeta que Deus criou para a humanidade! Ele tem boas novas para todos os que moram nele. Sabe de que tratam?
2 Quando se olha para a terra, de um ponto lá longe no espaço, não é difícil de imaginar por que a Bíblia diz que os filhos angélicos de Deus “começaram a bradar em aplauso”, quando Deus criou a terra. (Jó 38:7) Ela é tão notavelmente diferente de todos os outros planetas em nosso sistema solar, que os anjos se viam compelidos a clamar alegremente em louvor do Criador, Jeová Deus. Depois, quando ele povoou a terra com criaturas viventes e culminou a sua obra na terra com a criação do homem, tiveram ainda mais motivos para bradar em aplauso.
3, 4. O que tem acontecido à terra em resultado dos esforços do homem de governar a si mesmo sem Deus?
3 Mas o que tem acontecido na terra desde que Deus criou o homem? Visto que o homem se rebelou e virou as costas para seu Criador, as condições de vida estão longe de serem ideais. Os homens se têm estribado na sua própria sabedoria e têm procurado governar a terra sem Deus. Isto tem resultado numa confusão enorme. A humanidade ficou dividida em grupos nacionalistas que constantemente altercam e brigam entre si. Grandes cidades se tornaram selvas de asfalto, em que as pessoas estão de tocaia umas contra as outras, agindo como feras irracionais. A violência, o crime, a injustiça e a rebelião existem em toda a parte.
4 O homem, na sua tolice, arruína até mesmo seu meio ambiente terrestre, de que depende para viver. Está poluindo o ar e sujando os rios, os lagos e os oceanos. Tem arruinado terras férteis por práticas agrícolas imprudentes e tem matado impiedosamente enormes quantidades de criaturas selváticas, fazendo que algumas delas se tornassem extintas. Deveras, os esforços do homem para se governar sem Deus resultaram num enorme fracasso.
ALGO MELHOR SE APROXIMA
5, 6. Quais são as boas novas que Deus tem para a humanidade, e como se predisseram as suas ações com respeito à guerra?
5 O Criador desta bela terra tem boas novas para todos os “que suspiram e gemem por causa de todas as coisas detestáveis que se fazem”. (Eze. 9:4) Ele estabeleceu um reino de sua criação, por meio do qual regerá a terra inteira em justiça e juízo. Debaixo de sua regência, a humanidade não mais ficará dividida em grupos nacionais, guerreantes, mas viverá em paz permanente.
6 Falando como se já tivesse acontecido, a profecia bíblica diz: “Vinde, observai as atividades de Jeová, como ele tem posto eventos assombrosos na terra. Ele faz cessar as guerras até a extremidade da terra. Destroça o arco e retalha a lança; as carroças ele queima no fogo.” (Sal. 46:8, 9) Estes antigos instrumentos de guerra, empregados no tempo em que se escreveu esta profecia, são aqui usados para simbolizar todas as armas de guerra. Não haverá necessidade delas sob o reinado pacífico e justo do reino de Deus.
7. Identifique o alicerce do reino de Deus e explique por que as pessoas, sob o Reino, agirão de maneira reta e veraz.
7 O rei daquele reino já foi selecionado e empossado no cargo. Não é outro senão o Filho provado e fiel de Jeová Deus, Jesus Cristo. Na profecia bíblica fala-se dele como “uma pedra provada, ângulo precioso de um alicerce seguro”. (Isa 28:16) Toda a estrutura do reino de Deus se funda nele como Rei. Esta profecia em Isaías passa a predizer que a regência do reino de Deus, sob Jesus Cristo, será de justiça e de juízo. “E eu vou fazer do juízo o cordel de medir e da justiça o nível.” (Isa. 28:17) Assim como o prumo revela a posição certa duma coluna de sustentação num edifício ou de uma parede, assim a qualidade da justiça que predominará no reino de Deus fará que as pessoas ajam de modo reto e veraz. Quão diferente disso é hoje, sob a regência injusta de homens imperfeitos! Os iníquos fizeram ‘da mentira o seu refúgio e se esconderam na falsidade’. — Isa. 28:15.
8. Por que não precisará ninguém sentir-se temeroso ou inseguro sob a regência do reino de Deus?
8 Sendo que no reino de Deus haverá governantes justos regendo a terra em justiça, em juízo e em paz, não haverá motivo para alguém se sentir temeroso e inseguro. Os iníquos não mais estarão presentes para ameaçá-lo com violência e morte, ou para tentarem roubar seus bens. Nosso Criador nos assegurou que “o iníquo não mais existirá”. (Sal. 37:10) Em vez de a terra ser dominada por pessoas violentas, que rebeldemente violam as leis de Deus, ela será possuída por pessoas de temperamento brando e obedientes àquelas leis. O próprio Jesus Cristo predisse isso ao dizer: “Felizes os de temperamento brando, porque herdarão a terra.” Estas certamente são boas novas! — Mat. 5:5; Sal. 37:11.
9. Explique por que o reino de Deus, especialmente seu estabelecimento, são boas novas para a humanidade.
9 Em vista do propósito maravilhoso de Deus para com a terra, seu reino constitui boas novas para a humanidade. Assegura-nos que os iníquos não dominarão indefinidamente a terra, e nos dá a esperança de melhores condições de vida no futuro. Especialmente boas são as novas de que o reino de Deus já foi estabelecido nos céus e que vivemos agora nos últimos dias do atual sistema iníquo de coisas. Aos que depositam a sua confiança neste reino, no tempo atual, Jesus Cristo disse: “Mas, quando estas coisas principiaram a ocorrer, erguei-vos e levantai as vossas cabeças, porque o vosso livramento está-se aproximando.” — Luc. 21:28.
COMEÇOU NO PRIMEIRO SÉCULO
10. (a) Quando e como se iniciou a proclamação das boas novas? (b) Por que se podia dizer que o Reino estava próximo naquele tempo?
10 A proclamação das boas novas do reino começou no primeiro século de nossa era comum. Foi empreendida por Jesus Cristo, e seus seguidores receberam instruções para se empenharem nela. “Ao irdes, pregai, dizendo: ‘O reino dos céus se tem aproximado.’” (Mat. 10:7; 4:12-17) Embora o reino de Deus ainda não fosse estabelecido naquele tempo, a mensagem era apropriada e podia-se dizer que o Reino estava próximo, porque seu Rei ungido, Jesus Cristo, estava presente. Ele o representava.
11. De que modo deu Jesus o exemplo quanto a como se deviam pregar as boas novas?
11 Jesus levava as boas novas do Reino diretamente ao povo por se dirigir a ele e pregar-lhe. “Ele percorreu então toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas deles e pregando as boas novas do reino.” (Mat. 4:23) Ele pregava também às pessoas nos seus próprios lares. Visitou o lar de Zaqueu, em Jericó, o lar de Mateus e o lar dum governante cuja filha havia morrido, mencionando-se apenas alguns. (Luc. 19:5; Mat. 9:9, 10, 18, 23) Ele pregava nas montanhas, à beira do mar e nas feiras. Pregava a todos os tipos de pessoas — governantes, sacerdotes, mercadores, pescadores, cobradores de impostos, meretrizes, soldados e assim por diante. Jesus deu assim o exemplo a ser seguido pelos seus seguidores quanto à maneira em que deviam pregar as boas novas do Reino.
12. Como cumpriu Jesus a profecia de Isaías 61:1, 2?
12 Ao passo que Jesus andava proclamando as boas novas, cumpria a profecia de Isaías 61:1, 2: “O espírito do Senhor Jeová está sobre mim, visto que Jeová me ungiu para anunciar boas novas aos mansos. Enviou-me . . . para proclamar o ano de boa vontade da parte de Jeová . . . para consolar a todos os que pranteiam.” Para os mansos e aflitos daquele tempo, sua vinda a eles com as boas novas do Reino era de fato algo agradável. Os pés dele eram algo lindo ou agradável de se ver. As pessoas eram gratas de que veio a elas, por causa do bem que lhes fazia. Levava consolo aos aflitos e esperança aos desanimados. Aprendiam dele que Deus tinha por objetivo algo melhor que viria por meio de seu reino.
13. Descreva como os discípulos de Jesus seguiram seu exemplo de pregação após Pentecostes.
13 Seus discípulos, seguindo o exemplo que Jesus deu, após Pentecostes de 33 E. C., pregavam as boas novas do Reino aonde quer que fossem, mesmo quando foram espalhados pela perseguição. “No entanto, os que tinham sido espalhados iam pelo país declarando as boas novas da palavra.” (Atos 8:4) Foram usados no cumprimento de Isaías 52:7: “Quão lindos, sobre os montes, são os pés do portador de boas novas, do publicador de paz, do portador de boas novas de algo melhor, do publicador de salvação, daquele que diz a Sião: ‘Teu Deus tornou-se rei!’” Os que foram a outras terras também pregavam as boas novas. A Bíblia fornece informações pormenorizadas sobre como o apóstolo Paulo e os que viajavam com ele fizeram isto em diversas terras, durante um período de muitos anos. Iguais a Jesus, dirigiam-se ao povo, visitando-o nos seus lares e falando-lhe nas feiras e em outros lugares onde se reunia o público.
14. Como descreveu Paulo seus esforços de ajudar as pessoas a aprender os propósitos de Deus?
14 O apóstolo Paulo disse a um grupo de pessoas na Ásia Menor, que havia aceito a esperança do reino de Deus por causa dos seus esforços: “Bem sabeis como, desde o primeiro dia em que pisei no distrito da Ásia, eu estive convosco todo o tempo, trabalhando como escravo para o Senhor, com a maior humildade mental, e com lágrimas e provações, que me sobrevieram pelas conspirações dos judeus; ao passo que não me refreei de vos falar coisa alguma que fosse proveitosa, nem de vos ensinar publicamente e de casa em casa” (Atos 20:18-20) Veja como ele se gastava para que as pessoas pudessem saber as coisas boas que eram do propósito de Deus para a humanidade. Não tinham os pés dele também aparência ‘linda’ ou agradável para muitos dos que ele consolou com as boas novas?
15. Por que podemos ter a certeza de que a profecia de Isaías 52:7 se aplica aos seguidores ungidos de Jesus?
15 Os seguidores ungidos de Jesus, que têm a perspectiva de finalmente regerem com ele, cumprem a profecia de Isaías 52:7. Isto foi indicado pelo próprio Paulo. Eles também publicam a paz, divulgam “boas novas de algo melhor” e publicam a salvação. Salientando a necessidade de pregarem as boas novas a outros, Paulo escreveu: “No entanto, como invocarão aquele em quem não depositaram fé? Por sua vez, como depositarão fé naquele de quem não ouviram falar? Por sua vez, como ouvirão se não houver quem pregue? Por sua vez, como pregarão, a menos que tenham sido enviados! Assim como está escrito: ‘Quão lindos são os pés daqueles que declaram boas novas de coisas boas!’” (Rom. 10:14, 15) Veja como Paulo citou a profecia de Isaías 52:7 e a aplicou aos que seguem o exemplo de Jesus na proclamação das boas novas.
16. Qual foi o resultado da pregação feita pela primitiva organização cristã?
16 Em resultado dos esforços zelosos e diligentes de pregação da primitiva organização cristã, as pessoas em muitas terras ouviram as boas novas e tornaram-se crentes. A Bíblia diz ao relatar os resultados da primeira viagem missionária de Paulo e Barnabé através de Chipre e da Ásia Menor: “Tendo chegado e tendo ajuntado a congregação passaram a relatar as muitas coisas que Deus tinha feito por meio deles, e que ele abrira às nações a porta da fé.” (Atos 14:27) As pessoas nestas outras terras, que as escutavam e aceitavam com fé o que ouviam, eram muito gratas que Paulo e Barnabé haviam chegado a elas. Certamente consideravam “lindos” os pés destes publicadores das boas novas. As boas novas espalharam-se assim através do Império Romano, e grande número de pessoas tornou-se parte da organização de Deus. Mas este foi apenas o começo.
“PREGADAS EM TODA A TERRA HABITADA”
17, 18. O que aconteceu à organização cristã após a morte dos apóstolos?
17 Após a morte dos apóstolos, a organização cristã começou a deteriorar, por causa das crenças corrompedoras introduzidas nela, originárias das religiões falsas. Havia também pessoas que começaram a promover as suas próprias idéias, causando divisões nas congregações. Estas pessoas egocêntricas ajuntaram a si membros da congregação e seguiram seu próprio rumo. Tudo isso foi predito pelo apóstolo Paulo. “Sei que depois de eu ter ido embora entrarão no meio de vós lobos opressivos e eles não tratarão o rebanho com ternura, e dentre vós mesmos surgirão homens e falarão coisas deturpadas, para atrair a si os discípulos.” — Atos 20:29, 30.
18 Deste corrompimento da organização cristã procedeu uma religião amalgamada, que por fora parecia ser cristã, mas que realmente se fundia com as falsidades do paganismo. Por estar cheia de crenças e práticas pagãs, tornou-se menos objetável no Império Romano, conseguindo por fim dominá-lo. Conforme era de se esperar, esta organização corruta não efetuava a pregação das boas novas do Reino e não incentivava as pessoas a fazê-la. Seu povo ficou espiritualmente morto.
19. Pode-se culpar a organização cristã de Deus pelas conversões mediante a espada?
19 Em vista disso, podemos compreender que ela não era a verdadeira organização cristã, mas uma que até mesmo usava armas militares para obrigar o povo em toda a Europa a se tornar pretensos cristãos. Não foi assim que Jesus mandou que seus seguidores fizessem discípulos. Tais conversões forçadas eram o resultado de idéias deturpadas de homens que tinham as suas próprias idéias em maior estima do que a Palavra de verdade de Deus. Tais homens se haviam tornado uma classe clerical que pregava as filosofias religiosas de homens aos membros da igreja, os quais formavam uma classe leiga inativa e inferior. Este não era o modo de Deus, e a organização religiosa que instituiu isto não era Sua. Embora a pregação das boas novas parasse, não era da vontade de Deus que cessasse permanentemente. Sua vontade era que fossem pregadas em toda a terra habitada.
20. Explique como se revivificou a pregação das boas novas.
20 Depois de se passarem muitos séculos, Deus revivificou a pregação das boas novas na última parte do século dezenove. Esta revivificação começou com um pequeno grupo de estudantes da Bíblia, em Allegheny, na Pensilvânia, E. U. A. Tornara-se-lhes evidente que as igrejas da cristandade não cumpriam a comissão que Jesus Cristo deu aos seus seguidores. Antes, elas estavam envolvidas na política, em atividades sociais, na filosofia humana, em ensinos e tradições humanas, não-bíblicos. Compreendendo a necessidade de proclamarem as boas novas, estes seguidores hodiernos de Jesus Cristo expressaram sua disposição de servir assim como Isaías fez. Aquele profeta dissera: “Comecei a ouvir a voz de Jeová, dizendo: ‘A quem enviarei e quem irá por nós?’ E eu passei a dizer: ‘Eis-me aqui! Envia-me.’” (Isa. 6:8) Este grupo de cristãos fiéis, sob a liderança de Charles Taze Russell, empreendeu assim a obra há muito negligenciada da proclamação das boas novas do Reino. Começou a reaparecer a organização cristã de Deus.
21, 22. (a) Até que ponto tem aumentado o número dos proclamadores das boas novas desde a década de 1870? (b) Como cumpriram eles a profecia de Jesus sobre os “últimos dias”, e como seguiram o exemplo de Jesus?
21 Partindo deste pequeno início lá na década de 1870, o grupo dos proclamadores das boas novas tem aumentado até constituir uma organização de mais de um milhão de ativas testemunhas cristãs de Jeová hoje em dia. Esta é a organização ativa de Deus, e ela tem feito o que Jesus predisse que se faria nos últimos dias do atual sistema mundial de coisas — a pregação das boas novas do Reino “em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações”. — Mat. 24:14.
22 Cada um dos dedicados e batizados, nesta organização cristã, é pregador. Todos estão espiritualmente ativos e são continuamente animados pela organização de Jeová a continuarem a ser ativos no ministério. Assim é que era a Sua organização no primeiro século, enquanto ainda viviam os apóstolos. Iguais a Jesus, eles têm ido aos lares das pessoas e a todo outro lugar onde podem encontrar pessoas dispostas a escutar. Constituem uma vista agradável para as pessoas gratas que foram consoladas com as boas novas que lhes levaram.
23. Mostre de que modo a organização de Deus está hoje realmente pregando as boas novas em toda a terra habitada.
23 No primeiro século, a pregação das boas novas se efetuava em grande parte nos países à margem do Mar Mediterrâneo, mas hoje vemos que é efetuada em toda a terra habitada, assim como Jesus predissera. Em 1970, as testemunhas de Jeová se atarefaram em pregá-las em 206 terras, gastando mais de 267 milhões de horas nisso e distribuindo aproximadamente 232 milhões de publicações sobre a Palavra e os propósitos de Deus. Por certo, é esta a escala da pregação das boas novas que Jesus previu há mais de 1900 anos, como ocorrendo nos últimos dias do sistema global dos homens iníquos.
ORGANIZAÇÃO PREGADORA
24, 25. Por que é necessário que haja uma organização dos que Deus usa, e que evidência possuímos de sua existência entre os primitivos cristãos?
24 Para se efetuar a pregação mundial das boas novas, que Deus propôs que fosse feita, é preciso haver uma organização. Ela é necessária para unificar os esforços de centenas de milhares de cristãos usados por Deus para fazer esta obra de pregação. O corpo governante dela dirige a obra para obter melhores resultados e resolver diferenças. Tal organização existia após Pentecostes do ano 33 E. C., e seu corpo governante se compunha dos doze apóstolos e mais alguns outros cristãos maduros em Jerusalém. Este grupo fazia decisões, designava pessoas a serviço especial e resolvia disputas. Suas decisões eram obrigatórias para toda a organização dos cristãos naqueles dias, conforme vemos no capítulo quinze de Atos.
25 Quando lemos o capítulo quinze de Atos, especialmente os versículos vinte e três a vinte e nove, vemos o corpo governante da organização de Deus em ação. Havia surgido uma disputa entre os cristãos em Antioquia, na Síria, que não podia ser resolvida localmente, mas que foi levada perante ele. Depois de ouvi-la, o corpo governante fez uma decisão que foi enviada a Antioquia.
26. Identifique o corpo governante da organização de Deus hoje em dia.
26 Hoje em dia, a organização que Deus suscitou para a pregação das boas novas do Reino também tem um corpo governante. Ele representa a classe do “escravo fiel e discreto” dos cristãos ungidos, de que Jesus falou numa ilustração em Mateus 24:45-47. Estes cumprem com a sua responsabilidade de prover alimento espiritual “no tempo apropriado”, fazendo-o por intermédio do corpo governante. Este corpo governante está intimamente associado com a diretoria, composta de diretores ungidos, da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia.
27. Explique de que modo a organização de Deus se devota exclusivamente a servir os interesses dele.
27 A organização de Deus, de testemunhas fiéis, dessemelhante das igrejas da cristandade que se envolveram na política, nas reformas sociais, em negócios e em investimentos em firmas comerciais, tem-se concentrado apenas numa única coisa — a pregação das boas novas do Reino. Não tem perdido de vista a comissão que Jesus deu aos seus seguidores, a de ‘fazer discípulos de pessoas de todas as nações’ e de ensiná-las a “observar todas as coisas que vos ordenei”. (Mat. 28:19, 20) Por isso cumpre hoje a profecia de Jesus concernente à pregação mundial das boas novas do Reino. — Mat. 24:14.
28, 29. A quem treinou Jesus para serem proclamadores das boas novas, e como segue a organização de Deus hoje o seu exemplo neste respeito?
28 Quando Jesus pregava as boas novas do Reino, ele ensinava pessoas comuns, tais como pescadores e cobradores de impostos, a serem pregadores e instrutores da Palavra de verdade de Deus. Dessemelhantes dos escritas e dos fariseus que haviam sido treinados nas escolas religiosas de ensino superior, daqueles dias, estas pessoas comuns tinham a bênção e a autorização de Deus para pregar. Faziam realmente a vontade dele, ao passo que os escribas e os fariseus não a faziam.
29 De modo que hoje, a organização de Deus ensina e treina pessoas comuns de todas as rodas da vida para serem pregadores e instrutores da Palavra escrita dele. Não precisam cursar um seminário religioso de ensino superior para terem a autorização de Deus para pregar. Ela treina até mesmo crianças a pregar as boas novas. Iguais aos pescadores dos dias de Jesus, ensina-se a estas pessoas comuns a fazer o que provavelmente nunca sonharam fazer.
30. Que treinamento se dá aos enviados a outras terras, e qual tem sido o resultado de seus esforços?
30 Uma escola especial estabelecida pela organização também fornece treinamento aos escolhidos a serem enviados a outros países como missionários. Estes recebem um curso intensivo de cinco meses de estudo da Bíblia, bem como dum idioma estrangeiro. Quando chegam à sua designação no estrangeiro, devotam 150 horas por mês à proclamação das boas novas do Reino e ao ensino das verdades da Palavra de Deus às pessoas da localidade. Os formados nesta escola especial de Gilead têm iniciado a obra de pregação das boas novas em muitas terras, territórios e ilhas do mundo. Têm ajudado a milhares de pessoas a tomar sua posição a favor do reino de Deus.
ATÉ QUANDO AINDA?
31, 32. O que é indicado pela pregação mundial das boas novas, e o que tem feito a organização de Deus em cumprimento de Isaías 52:7?
31 O mero fato de que se pregam agora as boas novas em toda a terra habitada e numa escala como nunca antes vista, evidencia em si mesmo que vivemos nos últimos dias deste atual sistema iníquo de governos constituídos por homens. Jesus tornou claro que, quando se veria isto junto com outros acontecimentos mundiais preditos por ele, seria o “tempo do fim”, e o clímax final estaria próximo. — Luc. 21:28.
32 Já estamos no “tempo do fim” desde 1914 E. C. Durante este tempo, a organização de testemunhas, de Jeová, tem ‘publicado a paz’, ‘portado boas novas de algo melhor’ e dito: “Teu Deus tornou-se rei!” Isto é o que o profeta Isaías predisse. — Isa. 52:7; Rev. 11:17, 18.
33. Por que é importante que todos os que desejam as bênçãos que acompanham fazer-se parte da organização de Jeová preguem as boas novas?
33 É muito curto o tempo que resta para se proclamarem as boas novas. Resta ainda muito a fazer, pois, conforme Jesus disse, “a colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos”. (Mat. 9:37) Se quiser ter as bênçãos que Deus tem em reserva para os que estão na sua organização, então se torne agora parte dela. Participe na obra de ajuntamento por ser proclamador ativo das boas novas. Deixe as pessoas saber o propósito de Jeová Deus para a nossa bela terra. Seja um daqueles sobre os quais Isaías profetizou que publicariam a paz e levariam as boas novas de algo melhor.
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Onde mais proclamadores das boas novas são especialmente necessáriosA Sentinela — 1971 | 1.° de agosto
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Onde mais proclamadores das boas novas são especialmente necessários
“Passa à Macedônia e ajuda-nos.” — Atos 16:9.
1, 2. Que experiência teve Paulo quando visitou Éfeso pela primeira vez, e o que reconheceu e prometeu ele?
PARA os que reconhecem a responsabilidade cristã de proclamar as boas novas do reino de Deus é emocionante encontrar pessoas que lhes suplicam que fiquem e lhes ensinem a verdade. Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, passou por isso quando visitou pela primeira vez a cidade de Éfeso, na Ásia Menor. Isto se deu em meados do primeiro século de nossa Era Comum. Ele parou ali brevemente ao retornar para a Antioquia, na Síria, durante a sua segunda viagem missionária. Quando as pessoas, na sinagoga, o ouviram proclamar as boas novas, instaram com ele para que ficasse ali, a fim de que pudessem ouvir mais.
2 Paulo reconhecia que era grande a necessidade de pregadores das boas novas em Éfeso. Não podia ficar e ajudá-las naquele tempo, mas prometeu voltar, dizendo: “Voltarei novamente a vós, se Jeová quiser.” (Atos 18:21) Fez isto na sua terceira viagem missionária, ficando ali por três anos frutíferos. Constituiu uma congregação em Éfeso, a qual foi especificamente mencionada pelo ressuscitado Jesus Cristo, mais de quarenta anos depois. Jesus inspirou o apóstolo João a elogiar a congregação de Éfeso pela sua perseverança e pelos seus labores, mas também a repreendeu por ter “abandonado o amor que tinhas no princípio”. — Rev. 2:2-4.
3. Como manifestava Paulo a atitude correta quando falou aos efésios, na sua terceira viagem missionária?
3 Ao terminar a sua terceira viagem missionária, Paulo parou em Mileto, uma pequena cidade um pouco ao sul de Éfeso, e ele mandou chamar os homens mais maduros da congregação em Éfeso. Quando estes chegaram, falou com eles e lembrou-lhes de como ele mesmo se havia gasto para que pudessem aprender as boas novas. Desde que pusera o pé na província romana da Ásia, que era uma região que abrangia a parte ocidental da península da Ásia Menor e da qual Éfeso era a capital, ele havia continuado a pregar as boas novas apesar de perseguição. Esta é a atitude excelente necessitada pelos que hoje vão para onde é grande a necessidade de proclamadores das boas novas.
4. Como respondeu Paulo a súplica de ir para a Macedônia e ajudar as pessoas ali?
4 Numa ocasião anterior, Paulo manifestara sua disposição de servir onde havia mais necessidade de pregadores Isto se deu na sua segunda viagem missionária. Achava-se então na cidade de Trôade, na extremidade noroeste da península da Ásia Menor. Ali recebeu uma visão dum homem de Macedônia, rogando-lhe que viesse e ajudasse o povo de Macedônia. (Atos 16:9, 10) Reconhecendo isto como orientação de Jeová para ir àquele território onde a necessidade era muito grande, Paulo prontamente embarcou num navio e foi para Neápolis, na Macedônia. Dali foi para a cidade de Filipos, que se encontrava numa estrada comercial. Ele sempre tomava por norma fixar-se em cidades à beira de estradas comerciais, evidentemente para que a sua pregação fosse levada a outras cidades pelos viajantes. A congregação que ele formou em Filipos lhe foi especialmente grata pelos seus labores, e muitas vezes lhe enviou presentes.
5. Que exemplo deram para nós hoje Paulo, Áquila e Priscila?
5 Paulo deu um bom exemplo aos servos dedicados de Jeová hoje em dia. Ele colocava os interesses do reino de Deus em primeiro lugar na sua vida e estava disposto a ir a outros lugares, onde havia grande necessidade de pregadores. O mesmo parece ter sido o caso quanto a Áquila e Priscila. Paulo se encontrou com eles em Corinto, durante a sua segunda viagem missionária, e quando ele partiu, acompanharam-no até Éfeso. Ali ficaram e pregaram. Os que hoje são servos dedicados de Jeová podem manifestar a mesma disposição de servir onde há necessidade maior de pregadores das boas novas, do que no lugar onde estão.
LUGARES ONDE HÁ GRANDE NECESSIDADE
6, 7. (a) Como pode o publicador do Reino tornar seus esforços mais frutíferos? (b) Deve o cristão mudar-se para outro território se estiver obtendo bons resultados lá onde está?
6 Há muitos lugares hoje onde é muito grande a necessidade de mais pregadores das boas novas do Reino, e estes lugares oferecem excelentes oportunidades aos servos dedicados de Jeová, de tornarem seus esforços no ministério tão frutíferos como possíveis, no curto tempo que resta ao atual sistema de coisas.
7 Naturalmente, quando um destes cristãos dedicados obtém bons resultados no território designado à sua congregação e as pessoas aceitam as boas novas do Reino por se associarem com a organização de Jeová, ele é necessário ali mesmo. Tem um campo fértil para o ministério e é melhor que continue trabalhando nele, em vez de ir para outro lugar. Mas, suponhamos que o território esteja sendo trabalhado com freqüência, sem resultarem muitos frutos dos seus esforços; o que deve fazer então? Deve relaxar ou desistir? De modo algum! Sua perseverança agrada a Jeová Deus.
8. Por que é aconselhável mudar-se, se possível, quando o território não é produtivo?
8 Contudo, se estiver em condições de ajudar em outro território onde há necessidade de mais pregadores, não seria sábio que ele se mude para aquele território? O pescador que verifica que seu barco está num lugar onde não há muito peixe segue com seu barco para um lugar onde há mais possibilidade de uma boa pesca. Está interessado em pescar quantos peixes puder, antes de terminar o dia. As testemunhas de Jeová, como pescadores espirituais, desejam hoje trabalhar onde seus esforços são mais produtivos.
9, 10. Se alguém se puder mudar para outro país, quais são alguns dos países onde a necessidade é muito grande, em que poderia pensar?
9 Talvez seja possível que uma família possa arranjar os seus negócios de modo a ir para outro país, onde a necessidade de pregadores é excepcionalmente grande. Nos Estados Unidos, a proporção dos publicadores para com a população é de um para 524, mas há diversos países onde a proporção não é tão boa, indicando grande necessidade de mais pregadores das boas novas do reino de Deus. Por exemplo, na Bolívia a proporção é de um para 4.222; em El Salvador é de um para 1.951; na Guatemala é de um para 2.298; na Colômbia é de um para 3.021; no Equador é de um para 2.095; no Paraguai é de um para 2.963 e no Peru é de um para 3.007. Estes países estão todos na América Central e do Sul, onde a “pesca” se mostrou muito boa. Alguns deles, porém, ainda têm cidades inteiras sem uma congregação do povo de Jeová.
10 Mas vamos agora olhar para a África e ver quão grande é ali a necessidade de pregadores do reino. Em Burundi, a proporção de testemunhas de Jeová para com a população é de uma para 71.174; no Senegal é de uma para 20.339; em Gâmbia é de uma para 35.111; na Costa do Marfim é de uma para 9.513; em Quênia é de uma para 11.094; na República de Máli é de uma para 700.000; em Níger é de uma para 106.296; em Chade é de uma para 50.000 e em Uganda é de uma para 98.234. Estes países oferecem uma boa oportunidade de “pesca” aos servos dedicados de Jeová, que puderem mudar-se para outro país.
11, 12. Descreva o que os missionários das Testemunhas encontram em alguns dos países Africanos.
11 Em alguns destes países há tanto interesse, que as Testemunhas ali têm listas de espera dos que querem estudar a Bíblia com elas. Em Quênia, por exemplo, não se perde tempo com pessoas que não observam a hora marcada. Quando alguém deixa de estar em casa algumas vezes na hora em que se deve realizar o estudo, a Testemunha descontinua o estudo e gasta seu tempo com outro que mostra mais apreço. Se a pessoa, depois de se ter descontinuado o estudo, promete observar a hora marcada e quer que o estudo seja renovado, ela é colocada ao pé da lista dos que esperam para ter um estudo.
12 Uma missionária que foi para Daomé relatou que em pouco mais de seis meses ela já dirigia quinze estudos bíblicos domiciliares. Ela escreve: “Não há bastante tempo para se cuidar de todos os que gostariam de estudar. Ficamos bem conhecidos na cidade e as pessoas simplesmente nos param e perguntam se podemos estudar com elas.” As boas condições de “pesca” nestes países é indicada pelo bom aumento no número dos que se associam com a organização de Jeová. Estes também são ativos em proclamar as boas novas do Reino.
13. O que descobriu uma Testemunha nas Ilhas Truk e com que pergunta se vê confrontado em vista disso?
13 Conforme se pode esperar, os que foram para países onde há grande necessidade de pregadores têm presenciado alguns incidentes estimulantes. Alguém que visitou algumas das muitas ilhas no Distrito de Truk encontrou pessoas que nunca haviam visto uma Bíblia e nunca tinham ouvido falar das boas novas do Reino. Escutaram-no avidamente. Quando partiu de uma ilha, depois de pregar às pessoas por algum tempo, estas lhe perguntaram repetidas vezes: “Quando vai voltar?” Quão parecidas eram às pessoas da antiga Éfeso, quando foram visitadas pelo apóstolo Paulo, pela primeira vez. Pode responder à súplica de tais pessoas, em diversos países: ‘Passe para cá e ajude-nos’?
NO SEU PRÓPRIO PAÍS
14. Como pode alguém servir onde há necessidade de mais proclamadores do Reino no seu próprio país?
14 Quando uma família não se pode mudar para outro país, talvez possa mudar-se para um dos territórios isolados dentro do seu próprio país. Muitas Testemunhas fizeram isso com bons resultados. Algumas se mudaram para territórios muito distantes de sua cidade, e outras se mudaram apenas alguns quilômetros, onde se precisava de mais ajuda. Em alguns casos, o território é isolado duma congregação das testemunhas de Jeová. É preciso desenvolver o interesse ali, para que se possa formar uma congregação. Em outros casos talvez haja uma congregação, mas ela é pequena e fraca. Precisa de ajuda e de encorajamento. Em outros casos ainda, a congregação talvez precise de liderança mais forte, e isto oferece oportunidade a um ministro maduro na organização de Jeová, de se mudar com sua família para aquela cidade e ajudar àquela congregação.
15. Como podem Testemunhas maduras ajudar uma congregação pequena?
15 Muita coisa boa pode ser realizada por Testemunhas maduras que se mudam para onde há uma congregação pequena, necessitada de ajuda. Por tomarem zelosamente a dianteira no ministério, podem infundir nova vida na congregação e ajudar as Testemunhas locais a se tornarem ‘pescadores de homens” mais produtivos. (Mat. 4:19) Podem ser um exemplo estimulante para a congregação local, assim como Paulo e seus companheiros foram para a congregação em Tessalônica Paulo disse, ao escrever aos cristãos naquela congregação: “Pois sabemos da sua escolha de vós, irmãos amados por Deus, porque as boas novas que pregamos não se apresentaram entre vós apenas em palavras, mas também com poder e com espírito santo, e com forte certeza, assim como sabeis que sorte de homens nos tornamos para vós por vossa causa; e vós vos tornastes imitadores nossos e do Senhor.” — 1 Tes. 1:4-6.
16. Que alegria especial teve o apóstolo Paulo, e como podem as Testemunhas hoje em dia partilhar esta alegria no seu próprio país?
16 O apóstolo Paulo teve grande alegria em abrir novos territórios à pregação das boas novas do Reino. Na sua carta aos cristãos romanos, aos que viviam em Roma, ele revelou esta alegria por dizer: “Deste modo, deveras, tomei por meu alvo não declarar as boas novas onde Cristo já tinha sido mencionado por nome, a fim de não edificar sobre um alicerce de outro homem; mas, assim como está escrito: ‘Aqueles a quem nenhum anúncio se fez a respeito dele, verão, e os que não o viram, entenderão.’” (Rom. 15:20, 21) Esta alegria podem ter hoje as Testemunhas que estão dispostas a se mudar para um território isolado onde não há nenhuma congregação estabelecida.
17. Que espécie de pessoas precisam ser os que pensam em mudar-se para onde a necessidade de pregadores é especialmente grande?
17 Os que se mudam para onde há maior necessidade forçosamente precisam ser pessoas que têm vivo apreço pela verdade da Palavra de Deus e que manifestam este apreço pela atividade zelosa no ministério. Precisam ser pessoas que são fortes na verdade e que podem “fazer uma defesa perante todo aquele que reclamar [delas] uma razão para a esperança que há” nelas. (1 Ped. 3:15) Precisam ser pessoas dispostas a suportar inconveniências, dificuldades e até mesmo perseguição, a fim de efetuarem o ministério. Esta foi a atitude do apóstolo Paulo. Ele disse: “Bem sabeis como, desde o primeiro dia em que pisei no distrito da Ásia, eu estive convosco todo o tempo, trabalhando como escravo para o Senhor, com a maior humildade mental, e com lágrimas e provações, que me sobrevieram.” — Atos 20:18, 19.
OS QUE NÃO SE PODEM MUDAR
18, 19. Que arranjos se podem fazer para que os que não se podem mudar possam servir onde há grande necessidade?
18 Mas que dizer dos que não se podem mudar? Como podem servir onde há mais necessidade de pregadores do reino de Deus, Talvez haja dentro do seu circuito de cerca de vinte congregações um território que tem muitas pessoas interessadas nas boas novas, mas onde a congregação local talvez tenha território demais para cuidar deste interesse. Podem-se fazer arranjos com aquela congregação para que as Testemunhas de outra congregação venham e desenvolvam o interesse. Por que devem gastar seu tempo num território infrutífero, quando há melhor “pesca” no território de outra congregação, mas que é grande demais para aquela congregação?
19 As Testemunhas em outras partes do circuito, que poderem viajar a tal território, podem receber a designação de desenvolver o interesse ali. Quando se encontra interesse, deseja-se iniciar estudos e dirigir estes estudos regularmente. Isto constituirá, naturalmente, despesa em tempo e dinheiro para elas. Se puderem arcar com tal despesa, poderão servir onde há necessidade de mais proclamadores do Reino, sem se mudarem de seu lar.
PROBLEMAS COM AS REUNIÕES
20-22. Descreva os problemas que talvez sejam encontrados no que se refere à moradia e ao emprego, e como podem ser solucionados.
20 Conforme é de se esperar, certamente surgirão problemas para aquele que vai para um território distante de seu lar ou que se muda para outra cidade ou outro país. Para os que se mudam, talvez signifique que se tenham de contentar com acomodações abaixo do nível de vida a que estão acostumados. Isto exigirá um ajuste no seu modo de pensar, para continuarem a pregar naquele território. Será difícil permanecerem ali, se continuarem a pensar no que deixaram atrás.
21 Achar emprego talvez seja outro problema, mas podemos dizer que seja impossível de solucionar? Em alguns casos, as Testemunhas locais puderam ajudar uma família a achar trabalho. Em outros, foi necessário aceitar trabalho diferente daquele a que se estava acostumado. Talvez se tenha de aceitar um emprego que não paga tão bem, mas que é preciso para se permanecer lá onde é maior a necessidade de pregadores. Neste caso é novamente importante criar a atitude mental correta. Paulo salientou que conceito se deve adotar quando disse: “Tendo sustento e com que nos cobrir, estaremos contentes com estas coisas.” — 1 Tim. 6:8.
22 Portanto, a família que se muda fará o melhor que puder para subsistir com um ordenado possivelmente inferior e com acomodações talvez menos desejáveis, para poder permanecer onde há necessidade de mais proclamadores do Reino. Isto significaria colocar os interesses do reino de Deus acima dos interesses materiais, assim como Jesus recomendou. — Mat. 6:33.
23. Como se pode encarar deixar os bons amigos para se servir onde há necessidade de mais proclamadores das boas novas?
23 A dificuldade de deixar atrás bons amigos talvez seja ainda outro problema. A mudança não significa o fim de sua amizade, mas antes a oportunidade de aumentar as amizades. A família encontrará muitos amigos novos para acrescentar aos que já tem. Lembre-se da promessa de Jesus, de que os que deixam parentes, a fim de proclamar as boas novas do Reino em outro lugar, receberão cem vezes mais parentes e casas. Os novos amigos que também são servos dedicados de Jeová Deus se tornarão tão íntimos como parentes carnais. Por causa de sua hospitalidade, seus lares estarão abertos a tais pessoas. Os formados na Escola Bíblica de Gilead da Torre de Vigia, que foram para outros países como missionários, verificaram que a declaração de Jesus é veraz. — Mar. 10:29, 30.
24. O que ajuda a tornar insignificantes os problemas de se servir onde há necessidade de proclamadores do Reino?
24 Não importa quais os problemas ao se tentar servir onde é maior a necessidade de mais proclamadores do Reino, a alegria de se poder ajudar a pessoas a obter um conhecimento das verdades da Palavra de Deus os torna insignificantes. Faz valer a pena o esforço e a perseverança. Há uma satisfação íntima de se saber que se está ajudando outros, e, acima de tudo, que se está fazendo o que agrada aos olhos de Deus. As Testemunhas maduras conhecem a satisfação que resulta quando seus esforços no ministério dão bons frutos. Pense em quanto maior pode ser esta alegria quando o fruto é abundante por se trabalhar em território onde há mais necessidade. Por certo, há felicidade em se contribuir altruistamente tempo e energia a ajudar pessoas a aprender algo sobre Jeová, seu Filho e seus maravilhosos propósitos para com a humanidade.
CALCULAR O CUSTO
25. Antes de a família se mudar, o que precisa fazer?
25 Os que são servos dedicados de Jeová devem examinar a sua situação e pensar seriamente em ir para onde há necessidade de mais pregadores. Quando uma família acha que se pode mudar para outro país ou para outra localidade dentro do seu próprio país é preciso calcular o custo e decidir se se pode arcar com este ou não. O motivo de isto ser tão necessário foi explicado por Jesus, quando disse: “Quem de vós, querendo construir uma torre, não se assenta primeiro e calcula a despesa, para ver se tem bastante para completá-la? Senão, ele talvez lance o alicerce dela, mas não a possa completar.” — Luc. 14:28, 29.
26, 27. Por que é somente sensato trabalhar onde os nossos esforços produzirão mais frutos, e que exemplo neste respeito deu Paulo?
26 Visto que é muito curto o tempo que sobra a este velho sistema de coisas, é somente sensato trabalhar onde nossos esforços produzam mais frutos. Se estivermos em condições de nos mudar, não é razoável continuar a lutar com um território improdutivo, quando a “pesca” é melhor em outro território onde há falta de pregadores. Mas quando uma família se muda, deve poder ficar lá. Por isso é essencial planejar de antemão e calcular o custo.
27 O apóstolo Paulo compreendeu a sabedoria de se mudar para território mais produtivo, quando se encontrava num lugar onde a “pesca” não era tão boa. Foi por este motivo que ele não permaneceu por muito tempo em Atenas. Este era um território relativamente infrutífero. Por isso se mudou para Corinto, onde permaneceu por um ano e meio durante a sua segunda viagem missionária. Era isto o que o Senhor queria que fizesse. Ele disse a Paulo numa visão: “Não temas, mas persiste em falar e em não ficar calado, porque eu estou contigo e nenhum homem te assaltará para fazer-te dano; porque tenho muito povo nesta cidade.” (Atos 18:9, 10) E foi assim mesmo.
28, 29. Que proceder se deve seguir quando uma família decide que se pode mudar para onde pode ser mais produtiva?
28 Quando uma família, depois de calcular o custo, decide que de um modo ou de outro pode servir onde há necessidade de mais pregadores das boas novas, o que deve fazer? Todos na família devem apresentar o assunto em oração a Jeová, pedindo a sua orientação e ajuda para fazerem a decisão certa. Daí poderão passar a fazer todos os necessários preparativos antecipados, a fim de garantir que possam permanecer no novo território depois de chegarem lá. Se possível, o novo território devia ser examinado de antemão, especialmente se envolve uma mudança. Será preciso encontrar tanto moradia como emprego.
29 Suponhamos que a família se decida a ir para outro país; o que deve fazer então? Pode escrever à filial da Sociedade Torre de Vigia naquele país, para o qual deseja ir, pedindo as informações necessárias. Por outro lado, se a família pensa em mudar-se para outro lugar no próprio país em que mora, pode escrever ao escritório da Sociedade neste país. A Sociedade terá prazer em informar a família sobre os lugares onde há necessidade especial de mais proclamadores das boas novas.
30. Qual é o melhor modo de se seguir o exemplo de Jesus Cristo e de Paulo? Por que?
30 Seria excelente se a família pudesse gastar a maior parte do seu tempo no ministério como pioneiros. Assim se realizaria muito mais e se poderia cuidar melhor dos interessados encontrados. Este é o modo melhor de se seguir o exemplo dado por Jesus e pelo apóstolo Paulo, que devotavam a maior parte do seu tempo ao ministério.
31. O que evidencia o grande aumento da organização de Jeová e como tem as pessoas que entraram na organização mostrado sua gratidão por alguém lhes ter pregado as boas novas?
31 O enorme aumento da organização de Jeová desde o fim da Segunda Guerra Mundial é boa evidência de quão frutífera tem sido a proclamação das boas novas do Reino. É também um bom indício de que o método usado é o melhor. Em 1945, havia 141.606 Testemunhas proclamando as boas novas em 68 terras. Em 1970, vinte e cinco anos mais tarde, a organização havia aumentado em mais de dez vezes, a 1.483.430 proclamadores ativos em 206 terras. Para estas muitas pessoas, que ouviram as boas novas e as aceitaram, os pés daqueles que as levaram a elas eram “lindos”, conforme predito pelo profeta Isaías. (Isa. 52:7) São gratas de que há pessoas, nestes tempos modernos, que estão dispostas a proclamar as boas novas do Reino mesmo em lugares distantes. Mostram sua gratidão por também proclamarem as boas novas em benefício de ainda outros. Ao fazerem isso, seguem o método recomendado pela organização de Jeová.
32. De que modo vemos agora o cumprimento de Isaías 60:22?
32 Vemos nisso o cumprimento da profecia de Isaías 60:22: “O próprio pequeno tornar-se-á mil e o menor, uma nação forte. Eu mesmo, Jeová, apressarei isso ao seu próprio tempo.” Em vista do rápido aumento do ritmo da aceitação da proclamação das boas novas do Reino, é bem evidente que este é o tempo em que Jeová acelera o crescimento de sua organização terrestre.
33. Por que é necessário que as testemunhas de Jeová examinem seriamente como podem aumentar sua produtividade como proclamadores das boas novas do Reino?
33 A colheita é grande, os trabalhadores são poucos e o tempo que resta para fazer a obra é muito reduzido. Se for alguém dedicado a Jeová como uma de suas testemunhas, verifique seriamente como poderá aumentar seus esforços no grande ajuntamento das pessoas que desejam o favor de Jeová e os benefícios de seu reino. Considere seriamente como poderá aumentar a sua produtividade no ministério cristão, por trabalhar onde mais proclamadores das boas novas do reino de Deus são especialmente necessários. Será que é aí mesmo onde mora agora?
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Conselho dum sacerdote católicoA Sentinela — 1971 | 1.° de agosto
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Conselho dum sacerdote católico
✔ Na Polônia, um homem se dirigiu ao seu sacerdote para perguntar como devia lidar com sua mãe que era testemunha de Jeová. Ele ficou muito surpreso quando o sacerdote lhe disse francamente: “Tome a sua posição ao lado de sua mãe o mais depressa que puder, porque aquele é o único caminho certo.”
Ao saber disso, o filho concordou em que as Testemunhas estudassem a Bíblia com ele, sua esposa e seu filho. Este estudo é realizado duas vezes por semana.
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Madagáscar nega a liberdade de adoraçãoA Sentinela — 1971 | 1.° de agosto
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Madagáscar nega a liberdade de adoração
NESTES dias de crescente crime e violência, todo país precisa desesperadamente de cidadãos pacíficos, que respeitem os direitos de seus vizinhos e que sejam obedientes às leis do país.
As testemunhas de Jeová são tal espécie de pessoas. Têm profundo amor a Deus e ao seu próximo, e têm respeito pela autoridade. Ensinam aos seus próprios filhos, e também a outros, as normas morais mais elevadas e mais proveitosas existentes. Assim, muitos países em que há testemunhas de Jeová já por muito tempo reconhecem que são a espécie de pessoas que o país precisa muito nestes tempos de ódio, matança, revolta e delinqüência.
Se exercesse o poder governamental, que espécie de pessoas gostaria de ter no seu país? Não seriam as que são pacíficas e respeitosas para com a autoridade? Por certo, esta seria a atitude razoável e prática. Os indesejáveis seriam os criminosos, os delinqüentes, os anarquistas, os viciados em entorpecentes e os que desrespeitam a autoridade — tanto de Deus como do homem.
É por este motivo que as pessoas decentes, em todo o mundo, ficam tão chocadas quando um governo emite decretos que proscrevem os seus cidadãos mais pacíficos! Acham difícil de compreender tal situação trágica, especialmente quando a própria Constituição do governo garante a liberdade de adoração!
Tal ação desarrazoada e despropositada
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