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    A Sentinela — 1974 | 1.° de dezembro
    • se chegou a João Batista e foi batizado, e manifestou-se sobre ele espírito santo, na forma duma pomba, João teve prova de que chegara mesmo o há muito esperado Messias. — Mat. 3:16, 17; João 1:32-34.

      PROCLAMAÇÃO AMPLIADA

      11. Quais são algumas das maneiras pelas quais Cristo Jesus, na sua manifestação, lança luz sobre certas particularidades das boas novas?

      11 Então, com a ocorrência desses acontecimentos, as boas novas foram muito ampliadas e receberam enorme ímpeto. Paulo diz que Cristo Jesus, ao ser manifestado, “lançou luz sobre a vida e a incorrução por intermédio das boas novas”. (2 Tim. 1:10) Daquele tempo em diante, as particularidades das boas novas tornaram-se muito mais claras. Jesus Cristo era o prometido Messias, aquele cujo sacrifício expia os pecados da humanidade. Este seria Rei. Seu reino não governaria dum trono terrestre, mas dum celeste. Esclareceu-se também que haveria um considerável lapso de tempo antes de toda a humanidade receber as bênçãos cabais deste reino. O próprio Jesus disse que as nações exerceriam domínio sobre a terra, “até se cumprirem os tempos designados das nações”. (Luc. 21:24) Esta foi uma referência à profecia de Daniel a respeito dos “sete tempos”, que se estenderam desde a desolação de Jerusalém por Babilônia, em 607 A. E. C., passando pelo tempo em que Jesus falou, até o outono (setentrional) de 1914 E. C.a — Dan. 4:16, 23, 25, 32.

      12. O que aconteceu desde o tempo da ressurreição de Cristo até o fim dos “tempos designados das nações”?

      12 O que devia acontecer durante todo este tempo? Somos informados, em Hebreus 10:12, 13, que Cristo “ofereceu um só sacrifício pelos pecados, perpetuamente, e se assentou à direita de Deus, daí em diante esperando até que os seus inimigos [fossem] postos por escabelo dos seus pés”. Depois de sua ressurreição e ascensão ao céu, “Cristo entrou, não num lugar santo feito por mãos [como o templo de Jerusalém], que é uma cópia da realidade, mas no próprio céu, para aparecer agora por nós perante a pessoa de Deus”. (Heb. 9:24) Lançou-se assim o alicerce para o perdão de pecados, e estas boas novas tiveram de receber ampla proclamação, não só entre os judeus, mas no mundo inteiro. (Atos 17:30) Isto foi feito, sob a supervisão celestial de Cristo, até o dia de hoje. — 1 Tim. 2:5, 6.

      ENTRONIZADO O REI

      13. Por que são as boas novas agora ainda melhores?

      13 Agora, desde 1914 E. C., quando terminaram os tempos designados das nações”, as boas novas são melhores do que nunca. O Rei já está entronizado, o Reino já começou a funcionar! A visão dada ao apóstolo João e registrada no livro de Revelação fornece-nos um vislumbre do “nascimento” do Reino, posto nas mãos de Cristo: “E ela [a ‘mulher’ celestial de Deus] deu à luz um filho, um varão, que há de pastorear todas as nações com vara de ferro. E o filho dela foi arrebatado para Deus e para o seu trono.” De modo que Cristo estava lá em cima, na família celestial de Deus, pronto para receber poder régio. Ali foi introduzido, apresentado às hostes celestiais e entronizado qual Rei messiânico. — Rev. 12:5; Heb. 1:6.

      14, 15. O que ocorreu logo após a entronização de Cristo, que constituiu novas agradáveis no céu?

      14 Neste ponto deu-se o cumprimento de particularidades adicionais do salmo a que o apóstolo se referiu em Hebreus 10:12, 13: “A pronunciação de Jeová a meu Senhor é: ‘Senta-te a minha direita, até que eu ponha os teus inimigos como escabelo para os teus pés.’ Jeová enviará de Sião [celestial] o bastão da tua força, dizendo: ‘Subjuga no meio dos teus inimigos.”’ (Sal. 110:1, 2) A visão de Revelação expressa a ação do seguinte modo: “E irrompeu uma guerra no céu: Miguel [Jesus Cristo, também chamado ‘o arcanjo’. (Veja Judas 9; 1 Tessalonicenses 4:16; Daniel 12:1.)] e os seus anjos batalhavam com o dragão, e o dragão e os seus anjos batalhavam, mas ele não prevaleceu, nem se achou mais lugar para eles no céu. Assim foi lançado para baixo o grande dragão, a serpente original, o chamado Diabo e Satanás, que está desencaminhando toda a terra habitada; ele foi lançado para baixo, à terra, e os seus anjos foram lançados para baixo junto com ele.” — Rev. 12:7-9.

      15 Que boas novas! Uma voz alta no céu anunciou com regozijo: “Agora se realizou a salvação, e o poder, e o reino de nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo, porque foi lançado para baixo o acusador dos nossos irmãos, o qual os acusa dia e noite perante o nosso Deus! . . . Por esta razão, regozijai-vos, ó céus, e vós os que neles residis!” Isto causaria provações adicionais à humanidade, pois a voz celestial continuou: “Ai da terra e do mar, porque desceu a vós o Diabo, tendo grande ira, sabendo que ele tem um curto período de tempo.” — Rev. 12:10-12.

      16. Por que é agora urgente a proclamação das boas novas?

      16 Estas boas novas, de que o Reino já funciona e que Satanás, o Diabo, o grande adversário de Deus, tem apenas pouco tempo agora na terra, são algo que vale a pena proclamar a todo homem e mulher na terra. E requer tempo levá-las às nações. Talvez não se possa pessoalmente entrar em contato e falar com cada pessoa antes de o Reino começar seu governo indisputado sobre a terra. Mas, Jesus disse: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” — Mat. 24:14.

      17. Como se cumpriu em nosso tempo a profecia do Salmo 110:3?

      17 Agora, desde que Cristo venceu no céu e restringiu a Satanás e seus anjos demoníacos à vizinhança da terra, as boas novas recebem a sua mais ampla proclamação, em 208 países da terra, mesmo nos países com domínio comunista. Este serviço prestado por muitos voluntários foi predito pelo salmista, que prosseguiu: “Teu povo se oferecerá voluntariamente no dia da tua força militar. . . . Tens a tua companhia de homens jovens assim como gotas de orvalho.” (Sal. 110:3) As testemunhas de Jeová, jovens e idosos, homens e mulheres, quais guerreiros jovens e vigorosos, numerosos como as gotas de orvalho, falam às pessoas voluntária e zelosamente sobre estas boas novas da atividade régia de Cristo. Sentiu-se induzido a agir ao lado delas?

      18, 19. Como representa o livro de Revelação o que Cristo está fazendo agora?

      18 A cena de Revelação representa o que Cristo faz e o que fará em breve, sendo que João registrou o quadro para nós nas seguintes palavras: “E eu vi, e eis um cavalo branco; e o que estava sentado nele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e ele saiu vencendo e para completar a sua vitória.” — Rev. 6:2.

      19 Cristo, depois de ter ‘vencido’ no céu, manobra agora seus inimigos para a posição em que irá “completar a sua vitória”, eliminando da terra todas as religiões injustas e falsas, todos os elementos políticos e comerciais e todos os que estão decididos a oprimir seu próximo. Por fim, tornará a Satanás e seus demônios completamente inativos, de modo que desaparecerá a influência mortífera deles. — Rev. 20:1-3.

      TORNAR-SE-ÃO UMA GRANDE QUESTÃO

      20. Continuará indefinidamente a grande indiferença das pessoas para com as boas novas?

      20 No ínterim, as boas novas do Reino têm uma divulgação e proclamação cada vez mais ampla, e cada ano, dezenas de milhares mais as ouvem com fé. É verdade que ainda há grande indiferença da parte da maioria das pessoas. Mas, visto que as boas novas envolvem a verdade sobre a soberania de Jeová Deus, elas hão de tornar-se uma questão ainda muito maior.

      21, 22. Que situação no antigo Egito tem algumas similaridades hoje em dia?

      21 Por exemplo, tome o que aconteceu no antigo Egito, quando Moisés e Arão, às ordens de Deus, pediram que Faraó soltasse o povo escravizado de Deus, os descendentes de Abraão. Isto levou ao cumprimento duma promessa feita séculos antes. — Gên. 15:13-16.

      22 Podemos hoje ver uma similaridade. Assim como no Egito, pessoas sinceras são hoje oprimidas de modo religioso, político e comercial, tudo por causa da influência do Diabo, que cuida de que aumentem as dificuldades. O que aconteceu lá no Egito, quando veio o tempo de Deus para libertar seu povo?

      23. Qual foi a reação de Faraó e dos egípcios quando Moisés trouxe pela primeira vez a demanda de Deus, que os israelitas fossem soltos? E mantiveram esta atitude?

      23 Moisés dirigiu-se aos israelitas com as novas extremamente boas de que chegara o tempo de Deus para libertá-los. Note que naquela ocasião a soberania de Deus foi desafiada por Faraó, que disse a Moisés: “Quem é Jeová, que eu deva obedecer à sua voz para mandar Israel embora?” (Êxo. 5:2) De modo que aquilo que Moisés disse em nome de Jeová parecia no começo insignificante a Faraó e ao seu povo. Mas veio a ser da maior importância para eles. De fato, os egípcios foram finalmente obrigados a adotar, não uma atitude indiferente, mas uma bem decisiva, definitiva. Como?

      24. Como foi Moisés usado por Deus com relação às dez pragas?

      24 Pois bem, durante as dez pragas, Deus informava Moisés com antecedência quanto ao que ia fazer. Moisés, por sua vez, informava Faraó e os egípcios. Daí, acontecia assim como Moisés dissera. Cada praga foi predita por Moisés, e depois, cada praga aconteceu assim como predita, e na hora certa. Por fim, com a morte dos primogênitos do Egito, Faraó deixou Israel ir embora. Mas ele era igual a Satanás, não desistindo de seus esforços, e foi destruído junto com seu exército, quando Jeová livrou Israel através do Mar Vermelho. — Êxo. 14:26-28; Sal. 136:15.

      25. Por que era essencial para o propósito de Deus que Moisés proclamasse as pragas com antecedência, e o que produziu isso?

      25 As novas proclamadas por Moisés eram boas novas para o povo escravizado de Deus e também boas novas para os egípcios que as ouviam com fé. Estes, “uma vasta mistura de gente”, subiu do Egito junto com Israel. (Êxo. 12:38) Desempenharam também um grande papel em deixar os egípcios saber “que ninguém mais é como Jeová, nosso Deus”. (Êxo. 8:10) Provaram perante todos que Jeová ‘executava julgamentos em todos os deuses do Egito’. (Êxo. 12:12) A proclamação de Moisés foi bem essencial. Se Deus tivesse agido em trazer as pragas sem aviso prévio, os egípcios poderiam ter concluído que eles haviam ofendido seus próprios deuses, entre os quais havia deuses dos frutos do campo, do gado, deuses do sol, da chuva e do primogênito, e assim por diante. Mas, quando vieram as pragas, sabiam que não era assim, porque as pragas ocorreram no tempo e na maneira anunciados de antemão por Moisés. Seus deuses eram impotentes para protegê-los.

      26. Que similaridade disso há na proclamação atual das boas novas e na reação das nações a ela?

      26 Do mesmo modo, as boas novas a respeito do reino estabelecido de Deus e sua libertação da humanidade nesta geração são bem essenciais e estão sendo ouvidas, especialmente nos países chamados cristandade. Aos olhos das pessoas, ainda não são a GRANDE questão. Mas Deus obrigará as nações a tomar uma posição definida. Porque todas as nações desejam a sua própria soberania nacional. Mas os proclamadores das boas novas tomam o partido da soberania de Deus. As nações “terão de saber que foi um profeta que veio a estar no meio deles”. — Eze. 33:33.

      27. O que mostra a profecia de Daniel quanto ao que o “rei do norte” fará para com os proclamadores das boas novas?

      27 Como exemplo da seriedade com que as nações terão de acolher a proclamação das boas novas, note a ação que a profecia diz que isso precipitará da parte do bloco ditatorial e totalitário de nações, chamadas nas Escrituras de “rei do norte”. A profecia de Daniel diz a respeito deste “rei”: “Haverá notícias que o perturbarão, procedentes do nascente e do norte, e ele há de sair em grande furor para aniquilar e para devotar muitos à destruição. . . . e terá de chegar até o seu fim, e não haverá quem o ajude.” (Dan. 11:44, 45) Comentando esta passagem, o livro da Sociedade Torre de Vigia, intitulado ‘Seja Feita a Tua Vontade na Terra’, declara:

      “Até agora . . . [as testemunhas de Jeová] têm feito publicidade da soberania universal de Jeová, o estabelecimento do seu reino por Cristo, no fim dos ‘tempos designados das nações’ em 1914 e a vindoura ‘guerra do grande dia do Deus Todo-poderoso’ . . .

      “Visto que os rumores [as notícias] procedem realmente de Jeová e vêm por intermédio do seu Rei reinante, Jesus Cristo, é biblicamente bem expresso que as novas vêm do norte e do leste. . . . (Salmo 75:6, 7; 48:2; . . . Isaías 46:10, 11) Portanto, não apenas os rumores, mas também as forças de destruição virão daquelas direções contra o rei do norte. Visto que os rumores ou novas precisam chegar a este rei por meio do canal de notícias terrestre e visível de Jeová, para enfurecer o rei ao ponto de adotar o seu proceder ruinoso, esta profecia esclarece o seguinte: a classe do santuário de Jeová e a grande multidão de seus companheiros na adoração continuarão a obedecer a Mateus 24:14 por pregarem ‘estas boas novas do reino’ em toda a terra habitada.”

      28. Como produziram as atividades de Jesus e de Paulo uma reação similar à que as boas novas produzirão nas nações?

      28 Estas notícias não foram apenas proclamações das boas novas, mas foram acompanhadas pelo registro do grande número de pessoas que correm para a forte torre protetora do nome de Jeová e adoram no Seu grande templo espiritual. (Pro. 18:10; Isa. 2:2-4) Estas notícias causam medo, não só ao “rei do norte”, mas também ao bloco oposto de nações, o “rei do sul”. As notícias tornam-se uma grande questão, induzindo-os à ação. Os judeus adotaram uma atitude similar para com Jesus, dizendo: “Se o deixarmos assim, todos depositarão fé nele, e virão os romanos e tirarão tanto o nosso lugar como a nossa nação.” (João 11:48) Novamente, disseram em temor: “Eis que o mundo foi atrás dele.” (João 12:19) Disseram também a respeito de Paulo e seus companheiros na pregação das boas novas, em Tessalônica: “Estes homens que têm subvertido a terra habitada estão também presentes aqui.” (Atos 17:6) Assim, a fim de impedir os proclamadores das boas novas, as nações agirão, para a sua destruição final.

      29, 30. Qual é a atitude dos proclamadores das boas novas para com o vindouro ataque das nações?

      29 Portanto, não é nada inesperado que as nações da terra ataquem os que proclamam as boas novas, porque tais nações odeiam a soberania de Deus. Mas os pregadores das boas novas sabem que representam o lado certo na questão, o lado bem sucedido, apoiado por Deus, e continuarão a dar a mais ampla publicidade possível às boas novas todo-importantes.

      30 Qual é sua posição nesta questão? É um dos que crêem nas boas novas? Tem o espírito para proclamá-las a outros? Como e onde? Este será o assunto do artigo que segue.

  • Tem espírito evangelizador?
    A Sentinela — 1974 | 1.° de dezembro
    • Tem espírito evangelizador?

      1. Por que é a obra da proclamação das boas novas uma das mais importantes feitas na terra?

      A OBRA da proclamação das boas novas do Reino é uma das mais importantes já feita na terra. Por quê? Porque é a “pedra de toque” pela qual a humanidade é julgada. A aceitação das boas novas e a obediência a elas resultam em salvação; a rejeição e a desobediência significam destruição.

      2, 3. (a) Dê um exemplo de como as boas novas revelam a verdadeira atitude da pessoa. (b) Que perguntas a respeito das boas novas pode a pessoa fazer proveitosamente a si mesma?

      2 Por exemplo, alguém talvez seja muito religioso. Talvez pareça ter uma bela personalidade, ser generoso e humanitário. Mas a sua reação às boas novas revela se ele é realmente amigo de Deus. Porque Deus conhece o coração dos homens. “Todo caminho do homem é reto aos seus próprios olhos”, diz o escritor de Provérbios, “mas Jeová faz a avaliação dos corações”. (Pro. 21:2) O cristão precisa ter uma boa personalidade, mas, apesar desta característica ou de outras, se não tiver amor a Deus e ao próximo, ele não é nada. — 1 Cor. 13:1-3.

      3 Aceita as boas novas? É obediente a elas? Deseja transmiti-las a outros? É necessário que proclame as boas novas para ser obediente a elas?

      A IMPORTÂNCIA DO ESPÍRITO EVANGELIZADOR

      4. Por que devemos querer proclamar as boas novas?

      4 É natural que desejemos transmitir aos outros tudo o que recebemos como boas novas, e muitas vezes fazemos isso de pura alegria de falar sobre elas. No entanto, as boas novas do Reino nos induzem a transmiti-las a outros não só por alegria, mas também por amor ao nosso próximo. O espírito evangelizador é de amor a Deus e ao próximo. As boas novas significam vida para quem as recebe, e por isso é essencial que sejam proclamadas em toda a parte. O apóstolo Paulo escreveu, numa de suas primeiras cartas inspiradas, que na revelação de Cristo desde o céu “os que não obedecem às boas novas acerca de nosso Senhor Jesus” seriam “submetidos à punição judicial da destruição eterna”. — 2 Tes. 1:8, 9.

      5. Como mostrou o apóstolo Pedro a importância das boas novas?

      5 O apóstolo Pedro enfatizou a importância de se conhecerem as boas novas e se obedecer a elas quando falou sobre os cristãos serem julgados, dizendo: “Ora, se [o julgamento] primeiro começa conosco, qual será o fim daqueles [professos cristãos] que não são obedientes às boas novas de Deus?” Ele acrescentou: “E, se o justo está sendo salvo com dificuldade, onde aparecerá o ímpio e o pecador?” (1 Ped. 4:17, 18) Por conseguinte, o espírito que o proclamador das boas novas precisa ter não é o de apenas proclamá-las, mas o de fixá-las firmemente no coração dos ouvintes. Por quê? Porque até mesmo o homem justo entre os professos cristãos será salvo apenas “com dificuldade”.

      6. Em que sentido especial usa a Bíblia o termo “evangelizador”?

      6 A palavra grega usada na Bíblia para “boas novas” é euaggélion, ou “evangelho”. A Bíblia usa o termo “evangelizador” com respeito a certos designados, pois ela nos diz que Jesus, ao ascender ao céu, deu dádivas em homens, “alguns como apóstolos, alguns como profetas, alguns como evangelizadores, alguns como pastores e instrutores, visando o treinamento dos santos para a obra ministerial, para a edificação do corpo do Cristo”. (Efé. 4:11, 12) Parece que estes “evangelizadores” receberam o espírito de Deus de modo especialmente forte na pregação, no treinamento e na edificação de outros. Filipe era um deles. — Atos 21:8, 9.

      7. De que modo devem todos os proclamadores das boas novas, em sentido geral, ser evangelizadores?

      7 Não obstante, todos os proclamadores das boas novas, em sentido geral, são evangelizadores. Devem proclamar as boas novas, mas não parar só nisso. Devem fazer tudo o que podem para treinar e edificar outros, a fim de que estes, por sua vez, possam ter o mesmo espírito forte. Para realizar isso, precisam aproveitar toda ocasião e oportunidade para falar sobre as boas novas. Os cristãos do primeiro século nos forneceram muitos exemplos disso.

      PROCLAMAÇÃO DAS BOAS NOVAS NO PRIMEIRO SÉCULO

      8. Como e onde fez Jesus uma obra evangelizadora?

      8 O próprio Jesus “viajava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e declarando as boas novas do reino de Deus. E os doze estavam com ele”. (Luc. 8:1) Quase todas as viagens de Jesus eram a pé. Ocasionalmente, enviava os discípulos na sua frente, para que a aldeia ou cidade estivesse na expectativa e pronta para escutá-lo. (Luc. 10:1) Ele ensinava onde havia gente. Podia ser numa aldeia, no templo em Jerusalém, num lar particular, no seu próprio lugar de moradia, nas sinagogas, à beira do mar ou num monte. E falava aos que encontrava na estrada, ou enquanto descansava — em suma, em qualquer ocasião e lugar onde havia pessoas. — Mat. 5:1; 13:1, 2; 26:6-13; Mar. 2:1, 2; 3:1-5; João 4:6-10.

      9, 10. Que evangelização fez Filipe, e como pode ele ser comparado com certas testemunhas de Jeová da atualidade?

      9 Alguns dos evangelizadores do primeiro século viajavam muito. Iam aos lugares onde havia necessidade de seus serviços, segundo Deus lhes revelava. Lemos que Filipe foi enviado a Samaria. Depois de ter feito ali um bom trabalho, foi orientado pelo anjo a ir para o sul, para a estrada que levava de Jerusalém a Gaza. Ali explicou as boas novas a um eunuco etíope. O espírito de Deus o enviou dali a Asdode, e ele “declarava as boas novas a todas as cidades, até chegar a Cesaréia”. (Atos 8:4-40) Ali o encontramos mais tarde num lar, um homem com família. — Atos 21:8, 9.

      10 Filipe poderia de certo modo ser comparado com os “pioneiros”, “pioneiros especiais” e missionários entre as testemunhas de Jeová, que têm uma comissão especial de pregar. Mas, os que se mudam de seu lar para lugares onde há maior necessidade de pregadores mostram um belo espírito evangelizador. Alguns deles têm família, assim como Filipe.

      11. Como evangelizou Paulo?

      11 Paulo era um dos maiores evangelizadores. Viajava muito pela Ásia e pela Europa, proclamando as boas novas aonde quer que fosse. Procurava pregar principalmente onde as boas novas não haviam sido proclamadas. Em alguns lugares ficava por bastante tempo, a fim de estabelecer e fortalecer congregações. É de interesse notar que nessa atividade evangelizadora Paulo se sustentava financeiramente por trabalhar num ofício. — 2 Cor. 10:13-16; Atos 18:1-4; 19:8-10; 1 Cor. 9:15-18.

      A EVANGELIZAÇÃO NÃO NECESSARIAMENTE ENVOLVE VIAJAR

      12. São as viagens uma parte essencial da evangelização?

      12 Embora seja verdade que esses evangelizadores, na maior parte, viajavam muito, não é necessário viajar para outro lugar para pregar, se houver o espírito evangelizador. Porque o espírito evangelizador não é o espírito de viagens e aventuras. Quando alguém está livre de obrigações, que o impediriam de se mudar, e quando ele se oferece para isso, os encarregados da obra de pregação em certo país poderão designar-lhe um lugar específico, onde seus serviços são mais necessários. Sua viagem poderá terminar ali, porque poderá estabelecer-se ali, como Filipe fez em Cesaréia, e continuar a proclamar as boas novas, edificando a congregação naquele lugar. Poderá permanecer ali por muitos anos, mesmo a vida toda, assim como fizeram muitos missionários das testemunhas de Jeová.

      13. Que exemplo nos mostra que podemos evangelizar sem sair de nosso lugar?

      13 Mas, alguns talvez não possam mudar-se, por causa de obrigações familiares, de saúde ou de outros motivos. Não obstante, se tiverem o espírito evangelizador, poderão realizar muita coisa boa no próprio lugar onde moram. Citamos como exemplo disso uma pequena congregação no estado de Arkansas, nos Estados Unidos. Uma Testemunha ali já mora no lugar por muitos anos. Sua conduta tem sido tal, que todos, por quilômetros em volta, sabem de sua personalidade cristã, e ele goza duma boa reputação como honesto e reto. A congregação é pequena, mas se todos os que ouviram e aceitaram as boas novas por motivo da pregação e do exemplo dele tivessem permanecido naquele lugar, haveria ali uma congregação grande para aquela comunidade pequena. Mas este homem e sua esposa trabalharam tão arduamente e deram um exemplo tão bom de amor e de vida cristã, e treinaram tão bem os novos que aceitaram as boas novas, que eles incutiram o espírito evangelizador nos seus ouvintes ao ponto em que estes, por sua vez, saíram para lugares onde a necessidade era maior. Um número surpreendente desta congregação foram à escola missionária de Gileade e foram enviados a países estrangeiros para servir. Deviam este homem e sua esposa sentir-se desanimados por não poderem viajar para onde as boas novas não tinham uma publicidade tão intensa? De modo algum. Jeová os abençoou ricamente, e seu trabalho em casa teve um efeito mundial.

      14. Se tiver o espírito evangelizador, que oportunidades abundantes tem para pregar no lugar onde mora?

      14 Portanto, onde quer que esteja, tem oportunidades ilimitadas para pregar. Há pregação de porta em porta das boas novas. Depois há os que encontra raras vezes, se é que os encontra, na sua casa. Poderá encontrá-los no seu trabalho diário, no seu emprego ou nas suas viagens. Encontra-os sentados nos carros em estacionamentos, em filas e nos parques. Se tiver o espírito de querer partilhar as boas novas com outros, nem sempre precisa ter um arranjo formal ou um tempo fixo. É testemunha de Jeová todo o tempo! Fala aos outros sobre as boas novas porque estão no seu coração, e encontra-se falando sobre elas ou cria oportunidades para isso em todas as circunstâncias. — Jer. 20:9.

      A EVANGELIZAÇÃO SIGNIFICA MAIS DO QUE MERA PROCLAMAÇÃO

      15. Por que envolve o espírito evangelizador mais do que apenas falar das boas novas a outros?

      15 Ora, o espírito evangelizador envolve mais do que apenas falar a outros sobre as boas novas. Há grande profundeza no significado das boas novas, e algumas coisas são “difíceis de entender”. (2 Ped. 3:16) Requer reflexão da sua parte para saber como transmitir estas coisas ao seu estudante das boas novas. Não só isso, mas ajudar alguém a obter conhecimento mental é uma coisa, outra coisa, porém, é fazer com que tais coisas penetrem no coração. Conforme poderá notar na ilustração de Jesus a respeito do semeador, as sementes caíram onde? No coração. Você, leitor, como pregador das boas novas, desejará cultivar esta semente no coração de seu estudante. — Mat. 13:19.

      16. De que modo foi Paulo um bom exemplo de verdadeiro evangelizador?

      16 O evangelizador precisa ter afeto ao povo, assim como demonstrou o apóstolo Paulo e como descreveu, dizendo: “Tendo assim terna afeição por vós, de bom grado não só vos conferimos as boas novas de Deus, mas também as nossas próprias almas, porque viestes a ser amados por nós.” (1 Tes. 2:8) Paulo e seus companheiros empenharam toda fibra de seu ser para com os tessalonicenses que aceitaram as boas novas. O tempo e a energia de Paulo estava à disposição deles, e ele desejava e procurava de todo o coração fazê-los ter o mesmo amor exaustivo às boas novas por vivê-las em todos os aspectos da sua vida.

      17. Se tiver o verdadeiro espírito evangelizador, como encarará aqueles a quem proclama as boas novas e se empenhará a seu favor?

      17 Pensa e trabalha assim para com os a quem leva as boas novas? Neste caso, não será egoísta para com eles. Não os considerará como suas “ovelhas”, mas cuidará deles como pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, o Pastor Principal. (1 Ped. 5:1-4) Procurará incutir neles o espírito de Deus. Procurará familiarizá-los o mais possível com outros da congregação, porque reconhece que “há variedades de dons, mas há o mesmo espírito; e há variedades de ministérios, contudo há o mesmo Senhor; e há variedades de operações, contudo é o mesmo Deus quem realiza todas as operações em todas as pessoas. Mas a manifestação do espírito é dada a cada um com um objetivo proveitoso”. (1 Cor. 12:4-7) Reconhecerá que não possui todas as capacidades, nem todas as manifestações do espírito de Jeová. Mas sabe que os recém-interessados, pela associação com a congregação, estarão onde o espírito de Jeová é mais concentrado e serão levados à madureza por tal associação.

      EDIFICAÇÃO E TREINAMENTO

      18. Qual é seu objetivo ao estudar a Bíblia com alguém?

      18 O espírito evangelizador não é medido pela quantidade de tempo devotada à pregação aos outros. Inclui a eficiência em edificar e treinar outros. Aquele com quem estuda talvez compreenda algumas das doutrinas elementares, tais como a verdade a respeito dum paraíso terrestre, a falácia de doutrinas tais como a imortalidade da alma humana, do fogo do inferno de tormento e da Trindade. Talvez obtenha um bom conhecimento intelectual sobre tais assuntos. Talvez saiba responder bastante bem às perguntas do estudo. Mas você, leitor, não visa principalmente a cabeça, mas sim o coração. Então, quais são as coisas que desejará incutir no coração dele para torná-lo um cristão sólido, maduro? — Heb. 6:1-3.

      19. (a) Mencione algumas das coisas bem vitais que não deve deixar de inculcar no coração de seu estudante. (b) Como deve ele chegar a encarar a Deus?

      19 Desejará verificar constantemente e lembrar-se sempre dos seguintes pontos vitais, e cabe-lhe empenhar-se arduamente em ajudar aquele com quem estuda compreendê-los: Está seu estudante chegando a conhecer a Jeová, quer dizer, entende ele por que Jeová mandou que as boas novas fossem levadas a ele e a outros? Entende por que Deus permitiu que a iniquidade continuasse por um tempo e por que ele não age segundo o desejo humano, de eliminá-la imediatamente? Compreende claramente a questão da soberania de Jeová e a benevolência de Deus, em conceder tempo para a decisão da questão? Compreende que

  • O cristianismo e o governo romano
    A Sentinela — 1974 | 1.° de dezembro
    • O cristianismo e o governo romano

      ● “Os cristãos se mantinham alheios e distanciados do estado, como raça sacerdotal e espiritual, e o cristianismo parecia capaz de influenciar a vida civil apenas dum modo, é preciso confessar, dos mais puros, por praticamente se esforçarem a incutir mais e mais o sentimento sagrado nos cidadãos do estado.” — The History of the Christian Religion and Church, During the Three First Centuries, Dr. Augustus Neander.

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