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Circuncidados no coração e nos ouvidosA Sentinela — 1972 | 15 de janeiro
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— Sal. 113:5-7; 18:35; Isa. 65:2; Mat. 23:37.
18. Para onde nos convida Jeová, e como podemos identificar este lugar hoje?
18 Não tenha dúvidas. É convidado. Para onde? A escolha é de Jeová. “Jeová escolheu a Sião; almejou-a como morada para si mesmo.” Davi pensava na Sião terrestre, o centro da adoração pura. (Sal. 132:8, 13-18) Isto tem o seu cumprimento moderno no Monte Sião celestial, onde Jeová empossou seu Filho como rei em 1914 E. C. João viu, em visão, o Cordeiro em pé ali, “e com ele cento e quarenta e quatro mil”, a inteira congregação cristã. Ainda existe um restante desta classe de Sião na terra, representando a organização de Deus. É para lá que ele convida os que se dão conta de sua necessidade de um lugar de segurança, similar à provisão feita por Deus no tempo do Dilúvio. Ele proveu então a arca, na qual “preservou a Noé . . . junto com mais sete”. — Sal. 2:6; Rev. 14:1; Gên. 7:1; 2 Ped. 2:5.
19. (a) Desde o restabelecimento de Sião, que condições prevalecem ali? (b) Que requisito se impõe a todos os que se chegam à organização de Deus?
19 Depois de este restante do Israel espiritual ter sido novamente ajuntado, após ter sido disciplinado durante o período de 1914-1918, então se cumpriram estas grandiosas promessas, com ênfase na pureza e na humildade: “Desperta, desperta, reveste-te da tua força, ó Sião! Veste as tuas belas roupas, ó Jerusalém, cidade santa! Pois nunca mais entrará em ti o incircunciso e o impuro.” “Hei de deixar remanescer no teu meio um povo humilde e de condição humilde, e eles realmente se refugiarão no nome de Jeová.” (Isa. 52:1; Sof. 3:12) Todos os que se chegam à organização de Deus e entram em associação íntima com a classe de Sião precisam ser circuncidados no coração e nos ouvidos. Portanto, agora podemos compreender por que até mesmo os escravos na casa de Abraão tinham de ser circuncidados. Toda aquela família representava o povo organizado de Deus hoje em dia. Precisa ser mantido limpo, rolando-se de cima dele todo o “vitupério do Egito”. — Jos. 5:9.
20. Como se tornou possível a transferência permanente, e a que custo?
20 Quão gratos somos que Jeová nos convidou bondosamente a ir a Sião, não apenas em visita, mas em base duma transferência permanente. No mundo dos esportes, tais como o futebol, pagam-se enormes somas pela transferência de um jogador especialmente talentoso de um time para outro. Não importa quão alta seja a soma, nem começa a se comparar com o preço patrocinado por Jeová e voluntariamente pago pelo seu Filho, com o dispendioso sacrifício humano dele. Conforme disse Paulo: “Fostes comprados por um preço.” — 1 Cor. 6:20.
21, 22. (a) Como podemos mostrar apreço pelo convite de Jeová? (b) De que maneiras diferentes se expressa na Palavra de Deus o convite de vir, e como deve influir em nós?
21 Podemos e devemos mostrar nosso apreço pelo convite de Jeová por fazê-lo a outros. Devemos fazer assim como Lídia, a qual, depois de ter sido batizada, suplicou a Paulo e aos seus companheiros a ficarem na casa dela. Lucas diz: “Ela simplesmente nos fez ir.” Isaías predisse esta grandiosa obra, dizendo que “muitos povos certamente irão e dirão: ‘Vinde, e subamos ao monte de Jeová’ . . . Pois de Sião sairá a lei e de Jerusalém a palavra de Jeová.” Escute também este convite gratuito: “Eh! . . . vinde, comprai e comei. Sim, vinde, comprai vinho e leite mesmo sem dinheiro e sem preço.” Quando na terra, Jesus convidou: “Vinde a mim, todos os que estais labutando e que estais sobrecarregados, e eu vos reanimarei.” Ele predisse que, na sua volta, convidaria os semelhantes a ovelhas: “Vinde, vós os que tendes a bênção de meu Pai, herdai o reino preparado para vós desde a fundação do mundo.” De fato, a Palavra de Deus conclui com este apelo excelente, animando os que o aceitam a fazerem-no a outros: “E o espírito e a noiva estão dizendo: ‘Vem!’ E quem ouve, diga: ‘Vem!’ E quem tem sede, venha; quem quiser, tome de graça
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Perguntas dos LeitoresA Sentinela — 1972 | 15 de janeiro
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Perguntas dos Leitores
● O que queria o apóstolo Paulo dizer quando escreveu aos coríntios: “A vós pertencem todas as coisas”? — B. B., Inglaterra.
Essencialmente, ele queria dizer que todas as coisas feitas ou providenciadas por Deus estão à disposição dos cristãos, para o proveito deles.
As palavras em questão ocorrem duas vezes nos últimos três versículos da Primeira aos Coríntios, capítulo três. Lemos ali: “Por isso, ninguém se jacte dos homens; porque a vós pertencem todas as coisas, quer Paulo, quer Apolo, quer Cefas, quer o mundo, quer a vida, quer a morte, quer as coisas agora aqui, quer as coisas por vir, a vós pertencem todas as coisas; por sua vez, vós pertenceis a Cristo; Cristo, por sua vez, pertence a Deus.” — 1 Cor. 3:21-23.
Em 2 Coríntios 4:15, o apóstolo escreveu de modo similar: “Todas as coisas são por vossa causa.” Paulo fala ali de todos os trabalhos e sofrimentos de que ele e seus companheiros padeceram a favor da congregação coríntia.
A situação de Corinto era que alguns cristãos se haviam tornado carnais nos seus raciocínios, não espirituais. (1 Cor. 3:1-4) Haviam começado a favorecer certos homens de destaque, tais como Apolo, Cefas (Pedro) ou Paulo, e a achar que eram seguidores de tais homens, ou que pertenciam a eles. Isto causou dissensão. (1 Cor. 1:10-13) A congregação devia dar-se conta de que todos estes homens eram “um só”, quer dizer, todos trabalhavam unidamente para o mesmo fim, para edificar espiritualmente a congregação como um todo. Na realidade, todos estes homens pertenciam à congregação, como dádiva de Deus para o seu bem-estar. — 1 Cor. 3:5-8; Efé. 4:8-12.
Paulo enfatizou que a congregação constituía o templo do Deus vivente, no qual Deus habita por espírito. Portanto, gabar-se de homens de destaque era tolice e os que faziam isso degradavam a sua própria posição como membros daquele templo de Deus. — 1 Cor. 3:16-19.
Conforme Paulo escreveu à congregação em Roma: “Ora, nós sabemos que Deus faz que todas as suas obras cooperem para o bem daqueles que amam a Deus, os que são os chamados segundo o seu propósito.” (Rom. 8:28, 29) Os cristãos se devem aperceber disso e não se deixar ‘pertencer’ a qualquer homem ou grupo de homens ou ser seguidores ou servos deles, nem do mundo ou das coisas nele. — 1 Cor. 7:23.
Por conseguinte, o “mundo” pertence a estes cristãos gerados pelo espírito no sentido de que as coisas providenciadas entre a humanidade são para o uso do povo de Deus. Por exemplo, a Bíblia diz a respeito das “autoridades superiores”, os governantes políticos do mundo, que a autoridade “é ministro de Deus, vingador para expressar furor para com o que pratica o que é mau”. Elas “são servidores públicos de Deus, servindo constantemente com este mesmo objetivo”. (Rom. 13:1-4, 6) Tais autoridades servem os interesses do cristão quando mantêm a lei e a ordem, para que o cristão possa “levar uma vida calma e sossegada, com plena devoção piedosa e seriedade”. — 1 Tim. 2:1, 2.
Concordemente, os cristãos podem usar os sistemas de transportes, o serviço postal, a polícia e outras coisas lícitas como ‘pertencentes’ a eles, ao levarem uma vida correta e pregarem as boas novas. Todavia, como advertência, Paulo aconselha que “os que fazem uso do mundo, [sejam] como os que não o usam plenamente”. (1 Cor. 7:31) Todas estas coisas devem ser usadas apenas ao ponto em que sirvam os interesses cristãos.
“A vida” pertence ao cristão porque é uma dádiva de Deus que pode ser usada no serviço de Deus. Timóteo foi informado de que a “devoção piedosa . . . tem a promessa da vida agora e daquela que há de vir”. (1 Tim. 4:8) A vida que o cristão leva agora, embora haja perseguições, é muito melhor do que uma vida sem Deus e sem esperança. Não leva uma vida de vaidade, mas sim objetiva.
“A morte” pertence ao cristão, embora não procure a morte. O cristão ungido, gerado pelo espírito, com esperanças duma vida celestial, sabe que é preciso que ele morra para ser ressuscitado em espírito para o céu, para estar com Cristo. Triunfará assim sobre a morte. — 1 Cor. 15:35, 36, 42, 54-57.
“As coisas agora aqui”, os acontecimentos, as condições e as situações no atual sistema de coisas, estão sujeitas às manobras de Deus, de modo que não se permite que vençam o cristão na sua integridade. Os cristãos também podem usar para a glória de Deus o que ele permite que
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