BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • Vender sangue é um grande negócio
    Despertai! — 1990 | 22 de outubro
    • disse um aposentado dono de banco de sangue ao The Philadelphia Inquirer. “Ninguém lhes conta que o sangue deles está vindo para nós. Eles ficariam furiosos se soubessem disso.” Um alto funcionário da Cruz Vermelha expressou-se de modo suscinto: “Os donos dos bancos de sangue por muitos anos têm tapeado o público americano.”

      Somente nos Estados Unidos, os bancos de sangue coletam cerca de 13,5 milhões de pints [cerca de 6,5 milhões de litros] de sangue por ano, e eles vendem mais de 30 milhões de unidades de derivados do sangue por cerca de um bilhão de dólares. Trata-se de uma tremenda quantia. Os bancos de sangue não usam o termo “lucro”. Preferem a frase “saldo superior às despesas”. A Cruz Vermelha, por exemplo, obteve US$ 300 milhões de “saldo superior às despesas”, de 1980 a 1987.

      Os bancos de sangue alegam que são organizações não-lucrativas. Afirmam que, diferente das grandes empresas de Wall Street, seu dinheiro não vai para os acionistas. Mas, caso a Cruz Vermelha possuísse acionistas, ela seria classificada entre as empresas mais lucrativas dos Estados Unidos, tais como a “General Motors”. E os dirigentes dos bancos de sangue deveras recebem salários apreciáveis. Dentre os dirigentes de 62 bancos de sangue entrevistados pelo The Philadelphia Inquirer, 25 por cento ganhava mais de US$ 100.000 por ano. Alguns ganhavam mais do que o dobro disso.

      Os donos dos bancos de sangue também afirmam que não “vendem” o sangue que coletam — eles apenas cobram as taxas de processamento. Um dono de banco de sangue responde a tal afirmação: “Fico louco de raiva quando a Cruz Vermelha diz que não vende sangue. É como se o supermercado dissesse que está apenas cobrando a embalagem de papelão, e não o leite.”

      O Mercado Global

      Como o comércio de plasma, o comércio do sangue total envolve o globo. Como também o fazem as críticas contra ele. A Cruz Vermelha nipônica, por exemplo, provocou furor, em outubro de 1989, quando tentou penetrar a cotoveladas no mercado japonês por oferecer grandes descontos para derivados de sangue doado. Os hospitais obtinham grandes lucros por afirmarem, em seus formulários de seguro, que tinham comprado o sangue a preços normais.

      De acordo com o jornal The Nation, da Tailândia, alguns países asiáticos tiveram de frear duramente o mercado de ouro vermelho por acabarem com as doações pagas. Na Índia, até 500.000 pessoas vendem seu próprio sangue como meio de vida. Alguns, pálidos e empobrecidos, disfarçam-se, de modo a poder doar mais sangue do que é permitido. De outros, os bancos de sangue coletam deliberadamente sangue demais.

      Em seu livro Blood: Gift or Merchandise (Sangue: Dádiva ou Mercadoria), Piet J. Hagen afirma que as práticas questionáveis dos bancos de sangue manifestam-se em sua pior forma no Brasil. As centenas de bancos de sangue comerciais brasileiros operam um mercado de US$ 70 milhões que atrai os inescrupulosos. Segundo o livro Bluternte (Coleta de Sangue), os pobres e os desempregados afluem aos incontáveis bancos de sangue de Bogotá, na Colômbia. Eles vendem uma pint [cerca de meio litro] de sangue por meros 350 a 500 pesos. Os pacientes talvez paguem de 4.000 a 6.000 pesos pelo mesmo meio litro de sangue!

      É evidente que, do precedente, emerge pelo menos uma realidade global: Vender sangue é um grande negócio. ‘E daí? Por que não deveria o sangue ser um grande negócio?’, alguns talvez perguntem.

      Bem, o que deixa muitas pessoas apreensivas quanto a uma grande empresa em geral? É a ganância. A ganância se mostra, por exemplo, quando uma grande empresa persuade as pessoas a comprar coisas das quais elas realmente não necessitam; ou, o que é ainda pior, quando continua a impingir ao público alguns produtos reconhecidos como perigosos, ou quando se recusa a gastar dinheiro para tornar seus produtos mais seguros.

      Se o comércio de sangue está manchado com tal espécie de ganância, a vida de milhões de pessoas em todo o mundo corre grande perigo. Será que a ganância corrompeu o comércio de sangue?

  • Dádiva de vida ou beijo da morte?
    Despertai! — 1990 | 22 de outubro
    • Dádiva de vida ou beijo da morte?

      “Quantas pessoas têm de morrer? De quantas mortes os senhores precisam? Digam-nos de quantos mortos precisam para crerem que isto está acontecendo.”

      DON FRANCIS, um dos diretores dos CDC (sigla, em inglês, dos Centros de Controle de Moléstias), deu um murro na mesa, ao bradar as palavras acima, numa reunião com altos representantes da indústria dos bancos de sangue. Os CDC tentavam convencer os donos dos bancos de sangue de que a AIDS estava espalhando-se através dos estoques de sangue daquela nação.

      Os donos de bancos de sangue não se convenceram. Eles disseram que a evidência era muito tênue — apenas um punhado de casos — e decidiram não acelerar os testes de detecção do vírus no sangue. Isso aconteceu em 4 de janeiro de 1983. Seis meses depois, o presidente da Associação Americana de Bancos de Sangue asseverou: “Existe muito pouco ou nenhum perigo para o público em geral.”

      Para muitos peritos, já existia suficiente evidência que justificasse certas medidas. E, desde então, aquele “punhado de casos” original ampliou-se de forma alarmante. Antes de 1985, talvez 24.000 pessoas recebiam transfusões infectadas com o HIV (sigla, em inglês, do Vírus da Imunodeficiência Humana), que causa a AIDS.

      O sangue contaminado é um modo tremendamente eficaz de disseminação do vírus da AIDS. Segundo a revista The New England Journal of Medicine (4 de dezembro de 1989), uma única unidade de sangue pode transportar suficientes vírus para causar 1,75 milhão de infecções! Os CDC disseram a Despertai! que, até junho de 1990, apenas nos Estados Unidos, 3.506 pessoas já tinham manifestado a AIDS por meio de transfusões de sangue, de derivados de sangue e de transplantes de tecidos.

Publicações em Português (1950-2026)
Sair
Login
  • Português (Brasil)
  • Compartilhar
  • Preferências
  • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
  • Termos de Uso
  • Política de Privacidade
  • Configurações de Privacidade
  • JW.ORG
  • Login
Compartilhar