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  • De todo o coração a favor dos interesses do novo mundo
    A Sentinela — 1960 | 1.° de outubro
    • De todo o coração a favor dos interesses do novo mundo

      “Tens de amar a Jeová, teu Deus, de todo o teu corarão, e de toda a tua alma, e de toda a, tua mente, é dê toda a tua força.” — Mar. 12:30, NM.

      1. O que espera Jeová de suas criaturas?

      JEOVÁ enfatiza na sua Palavra que ele é um Deus que exige devoção exclusiva. Espera de suas criaturas serviço zeloso e de todo o coração. Em vista da questão que envolve seu nome e sua supremacia, ele não pode tolerar a indiferença ou tibieza da parte dos que querem falar por ele. Ele mesmo é zeloso para com o seu novo mundo, que defenderá a sua honra. Este novo mundo é um de seus assuntos pessoais e ele apóia os seus interesses de todo o coração. Empenhar todo o coração é característico de Jeová.

      2. Por que podemos dizer que Jesus Cristo se empenhava de todo o seu coração?

      2 Cristo Jesus foi um perfeito exemplo de quem empenha todo o coração no ministério, nas ações e na devoção. Causa admiração pensar no grande volume de trabalho que ele conseguiu fazer nos três anos e meio de seu ministério. Ele serviu uma nação de mais de dois milhões de habitantes; dia após dia, as multidões chegavam-se continuamente a ele, e ele as servia de todo o coração, às vezes adiando o comer ou o dormir. Muitas vezes, depois dum longo dia de serviço, ele gastou ainda tempo ensinando e treinando seus discípulos; até mesmo passando depois a noite inteira em oração. Deveras derramou a sua alma até a morte. Agia em tudo isso apenas maquinalmente? Fazia ele o seu trabalho de modo negligente? O registro em Marcos 7:37 (ARA) diz que as multidões “maravilhavam-se sobremaneira, dizendo: Tudo ele tem feito esplendidamente bem”. Que exemplo excelente de empenhar todo o coração no serviço! Bem dizia ele: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e completar a sua obra.” ele se deleitava na sua obra como quem se deleita com uma boa refeição. E a razão disso? A lei de Deus estava no seu coração. “O que for perfeitamente instruído será como seu instrutor” — pelo menos na sua diligência e devoção exclusiva aos interesses do Novo Mundo de Jeová. — João 4:34; Luc. 6:40, NM.

      3. (a) Tem o homem a capacidade de se empenhar de todo o seu coração? Por quê? (b) Que conselho deu Paulo aos que querem ser cristãos de todo o coração?

      3 O homem reflete a capacidade de dar todo o coração aos seus empreendimentos terrenos. Observe a criança que brinca. Como ela põe todo o seu coração na brincadeira, esquecendo-se até do perigo, do frio, do calor e da fadiga! Dedica a isso todo o seu interesse e atenção, e não está absolutamente interessado em parar, a menos que seja obrigada a isso. E que se pode dizer dos adultos? Quando se trata de coisas em que estão interessados, não se observa tibieza nos seus empreendimentos. Um bom exemplo é o desportista: Quer se trate de caçar, pescar ou de atletismo, é o seu coração que o dirige na ação. Sobrecarrega muitas vezes a sua capacidade física e às vezes quase não pode suportar a veemência do desejo e da atividade; mas, ansioso, e mesmo ofegante, ele se empenha no objeto do seu interesse. Certa vez, um corredor numa competição pôs tudo o que tinha na corrida e atingiu a meta como vencedor, mas caiu então morto de esgotamento. Todo o seu coração tinha sido empenhado no esforço, até mesmo às custas de sua própria vida. Paulo observou o zelo e a intensidade dos competidores nos jogos daqueles dias e aproveitou isso para ilustrar o proceder cristão. Ele disse: “Assim, pois, visto que nos cerca uma tão grande nuvem de testemunhas, dispamo-nos também de todo o peso e do pecado que tão facilmente nos enlaça, e corramos com perseverança a carreira que está posta diante de nós, ao olharmos atentamente para o líder e aperfeiçoador da nossa fé, Jesus.” Sim, ponha de lado tudo o que possa distraí-lo de dar todo o coração à corrida e de estar absorto em observar o perfeito exemplo de fé dado por Jesus. — Heb. 12:1, 2, NM.

      4. Que relação há entre empenhar-se de todo o coração e ter fé?

      4 O apóstolo Paulo chama aqui a nossa atenção ao papel desempenhado pela fé em darmos todo o nosso coração a uma coisa. Assim como a fé não é um sentimento secreto, tampouco o é dedicar todo o coração. O servo de Jeová prova a sua fé por aquilo que ele faz. A fé perseverante na ação revela que o servo empenha todo o coração a favor de seu Senhor. Se alguém tem verdadeiramente fé em Jeová e nas suas preciosas promessas, demonstrar, a sua fé pelas suas obras, pela sua atitude para com os propósitos e interesses de Jeová, assim como Jesus Cristo aperfeiçoou a nossa fé. — Tia. 2:17.

      TODO O CORAÇÃO NA AÇÃO DA FÉ

      5. Por que é Abel um exemplo para os cristãos atuais?

      5 A ‘grande nuvem de testemunhas que nos rodeia’, mencionada por Paulo aos hebreus, inclui muitas testemunhas de Jeová dos tempos antigos. A sua fé não era tíbia ou vacilante quanto às promessas do Novo Mundo de Jeová. Sem dúvida, empenhavam todo o seu coração, manifestando a sua completa fé pelo que faziam. Abel, por exemplo, com muito menos informação de Jeová do que nós temos hoje sobre o novo mundo, demonstrou a sua fé por trazer de todo o coração a melhor oferta disponível, ‘os primogênitos de seu rebanho’, em sacrifício perante Jeová. Caim trouxe tibiamente uma oferta do ‘fruto da terra’. Que oferta achou Jeová aceitável? A oferta de fé, feita de todo o coração por Abel o melhor dos seus rebanhos. A verdadeira história mostra assim desde a primeira geração da família humana que Jeová se agrada no que é de todo o coração, não do indiferente. — Gên. 4:3-5; Heb. 11:4, Al.

      6. Como serviu Enoc aos interesses do Novo Mundo?

      6 Embora seja curto o registro bíblico sobre Enoc, não há dúvida de que era servo de Jeová, que mostrou a sua fé de todo o coração pelas suas ações em servir como profeta de Jeová no meio de homens maus. Ele predisse a destruição dos ímpios, que precisa vir antes do estabelecimento do novo mundo, servindo assim aos interesses do Novo Mundo. — Gên. 5:22; Heb. 11:5; Jud. 14, 15.

      7. Por meio de que atos demonstraram Noé e sua família a fé que tinham?

      7 Muito mais se acha registrado sobre o serviço que Noé prestou de todo o coração a Jeová. Nunca houve dúvida na sua mente sobre o que Jeová predisse, e isto o moveu a expressar a sua fé pelas suas ações, mostrando ‘temor a Deus e construiu uma arca para o salvamento de sua casa’. É verdade que ninguém jamais tinha visto um dilúvio ou ouvido falar de tal arca, mas Noé e sua família nunca duvidaram nem por um momento daquilo que Jeová dissera. Devotaram-se inteiramente à construção da arca segundo as instruções de Jeová. Tinham de fazer isso, pois se tratava duma gigantesca obra de construção a ser completada num período limitado de tempo. A arca tinha 137 metros de comprimento, 23 metros de largura e 14 metros de altura, tendo por dentro três andares e muitos quartos. Precisava-se também fazer pregação, e tudo isso no meio duma população de homens perversos e de anjos materializados. Um velho mundo estava chegando ao fim; outro mundo havia de vir à existência em breve. Seu trabalho cabal foi recompensado; a gigantesca caixa flutuou por muitos meses depois de começar o dilúvio e eles sobreviveram. Outro mundo veio assim à existência, mas o tempo marcado por Jeová para a restauração de condições paradísicas na terra ainda não tinha chegado. Ainda haveria outras oportunidades para os homens porem a sua fé em ação, de todo o coração. — Gên. 6:9 a 8:5; 2 Ped. 2:5; 3:6.

      8. (a) De que modo estava Abraão de todo o coração a favor do novo mundo? (b) Por que não se envergonha Jeová de ser chamado o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó?

      8 Abraão tinha de empenhar todo o seu coração. Não era coisa insignificante ajuntar toda a sua propriedade e mudar-se para uma região estranha, com a família, os escravos, os animais domésticos e os bens, despedindo-se de seus parentes e deixando atrás uma boa herança. Sua fé foi severamente posta à prova quando Jeová ordenou a Abraão que oferecesse Isaac, seu filho muito amado, como holocausto. Abraão, sem hesitação, deu os passos para sacrificar Isaac, certo no coração de que Jeová o podia ressuscitar dentre os mortos. Esta ação aperfeiçoou a sua fé. Jeová interveio por meio dum anjo, poupando Isaac e prometendo a Abraão que os descendentes dele, por meio de Isaac, se tornariam inumeráveis, iguais aos grãos de areia à beira do mar. Abraão chegou a ver ainda os filhos de Isaac, e todos eles habitavam em tendas, esperando “a cidade que tem verdadeiros fundamentos, da qual o edificador e criador é Deus”. Embora não esperassem que o estabelecimento do novo mundo se desse em seus dias, agiam de todo o coração em harmonia com a vontade de Jeová, movidos em tudo pela sua firme fé nas promessas de Jeová. “Todos estes morreram na fé, embora não alcançassem o cumprimento das promessas, mas viram-nas de longe e as aclamaram, e declararam publicamente que eram estrangeiros e residentes temporários no país. . . . Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado seu Deus pois aprontou para eles uma cidade.” Se tivessem sido indiferentes para com as promessas de Jeová poderiam ter voltado ao lugar donde saram, mas eles não foram indiferentes. Serviam de todo o coração no lugar designado por Jeová. — Gên. 22:1-19; Heb. 11:8-20; Tia 2:21-23, NM.

      9. Explique as atitudes de Jacá e de Esaú para com os interesses do Novo Mundo, e o resultado disso.

      9 Os gêmeos mais famosos da Bíblia fornecem um contraste na atitude para com os interesses do Novo Mundo. Os filhos gêmeos de Isaac tinham tendências diferentes. Quando se tratava das promessas de Jeová, Jacó estava interessado de todo o coração, mas Esaú interessava-se mais em si próprio, na caça e na vida ao ar livre. A promessa de Jeová feita a Abraão e à semente dele, bem como da participação dum descendente dele, tinha pouco valor em comparação com o pão e o cozido de lentilhas; Esaú mostrou assim o seu desprezo pelo direito da primogenitura por vendê-lo a Jacó em troca de um pouco de comida. E, diferente de Jacó, ele tomou esposas dentre os incrédulos, trazendo com isso muita amargura para seus pais. Jacó estava de todo o coração interessado na promessa de Jeová e escolheu cuidadosamente esposas que criam em Jeová e que cooperariam em manter a instrução teocrática vigente na família. A fé moveu Jacó a servir ardentemente a Jeová e Jeová mudou-lhe o nome para Israel, tornando-se ele o chefe da nação pela qual veio a semente da promessa. Mas os descendentes de Esaú em Edom opunham-se aos propósitos e ao povo de Jeová, tomando o partido dos inimigos de Jeová e sendo assim, como povo, sentenciados à destruição. Durante o domínio guerreiro dos macabeus, antes do tempo de Cristo, eles foram completamente subjugados, nunca mais surgindo como nação. — Gên. 25:27-34; 26:34, 35; 32:28; Jer. 49:7-22.

      10. Que escolha sábia fez Moisés no Egito?

      10 O materialismo tem expulsado a adoração pura das vidas de alguns homens, porém Moisés não se encontrava entre estes. Nascido num tempo de aflição para a sua nação, numa época em que os bebês masculinos estavam condenados à morte assim que nascessem, Moisés foi preservado e Jeová o usou para os seus fins. Moisés passou os seus primeiros anos junto à sua mãe, que agia como “ama” para a princesa egípcia. Durante este tempo, Moisés recebia instrução sobre a promessa e a vontade de Jeová. Mais tarde, ele foi “instruído em toda a sabedoria dos egípcios . . . ele foi poderoso em suas palavras e atos”. Que educação teve maior efeito sobre ele? “Pela fé, Moisés, quando ficou adulto, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que usufruir o gozo temporário do pecado, porque estimava mais o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito, pois olhava atentamente para o pagamento da recompensa.” Embora não se sentisse bem habilitado para falar perante Faraó, entregou-se completamente à tarefa ligada com as dez pragas sobre o Egito, não deixando dúvida na mente dos egípcios de que estava de todo o coração do lado de Jeová. — Atos 7:22; Heb. 11:24-26, NM.

      11, 12. Que serviços prestou Moisés de todo o coração com respeito a Israel?

      11 Depois da libertação do Egito, Moisés destacou-se como líder e profeta em Israel. Ele era zeloso pela causa de Jeová. Cada vez que Israel demonstrava um espírito de contenda ou de rebelião, Moisés demonstrava quanto ele era de todo o coração a favor da justiça. Como podia deixar de ficar irado quando a nação fez o bezerro de ouro para ser adorado em vez de adorar a Jeová, ou quando Coré e seus homens se rebelavam contra as nomeações teocráticas para o serviço, feitas por Jeová? Quando Israel se juntou à adoração imoral de Baal de Peor, Moisés ordenou corretamente a matança de todos os homens envolvidos nela. Ele chefiou os exércitos de Israel nas campanhas bem sucedidas contra os reis amorreus, Seon e Og.

      12 Moisés gastava as suas energias de bom grado como juiz, para ajudar os seus companheiros israelitas. Era vigoroso e genuíno na sua lealdade a Jeová, provando a sua fé pelas suas obras. Êle deu tal exemplo de serviço prestado de todo o coração, que a nação inteira devia ter-se beneficiado só por vê-lo servir a Jeová. Que servia de todo o coração foi também provado pelas suas fortes palavras de conselho que proferiu perante a nação, conforme registrado em Deuteronômio. Sua expressão em Deuteronômio 31:1-8 prova a força de sua crença em Jeová, depois de muitos anos de serviço. Por empenhar todo o seu coração, Moisés estava qualificado para ser profeta de Jeová; até mesmo um dos Salmos (90) é atribuído a ele, e é possível que também o salmo noventa e um tenha sido escrito por ele. O que ele teria perdido se tivesse escolhido “os tesouros do Egito”!

      13. Que bênção velo sobre alguém que não era israelita, mas que agiu de todo o coração a favor de Jeová?

      13 Os requisitos de Jeová eram os mesmos para os não-israelitas. A fé aceitável foi demonstrada pelas ações feitas de todo o coração. Um exame das palavras de Raab em Josué 2:9-13 provará a todos a sua inabalável fé no poder de Jeová é na certeza da destruição de Jerico. Ela protegeu os espias, ajudou-lhes a fugir e deu-lhes informação acurada sobre os sentimentos do povo quanto à vinda da nação de Israel, mensagem que, quando transmitida a Josué, só podia ter o efeito de encorajar os exércitos de Israel. Ela cumpriu fielmente os termos de libertação conforme esboçados pelos representantes de Jeová e por isso não pereceu quando Jerico caiu. Não foi somente a sua fé que lhe salvou a vida, mas também as suas ações: “Não foi também Raab, a meretriz, declarada justa pelas obras, depois de ter acolhido hospitaleiramente os mensageiros e os ter enviado por outro caminho?” Raab ganhou mais do que a vida. Ela abandonou a prostituição, tornou-se a esposa de Salmon e foi privilegiada de ser ascendente de Cristo. — Tia. 2:25; Mat. 1:5; Heb. 11:31, NM.

      14. (a) Que eventos na vida de Gedeão mostram a atitude de Jeová para com os tíbios? (b) Como mostrou Gedeão ser teocrático?

      14 Os que servem a Jeová de todo o coração são teocráticos. Gedeão certificou-se de que Jeová estava com ele e depois passou a fazer destemidamente preparativos para a batalha com Midiã (Madiã). Jeová tornou claro que o Libertador era ele, eliminando os tíbios e os temerosos. Trinta e dois mil homens tinham sido convocados. Primeiro retiraram-se 22.000; depois, outros 9.700 ficaram desqualificados. Restaram apenas 300 homens plenamente alertas. Gedeão não vacilou. Seguindo conscienciosamente a orientação de Jeová, Gedeão e os 300 homens, com grandes jarros vazios, tochas e trombetas, cercaram por três lados o grande acampamento do inimigo de mais de 120.000 guerreiros. Não era lugar para homens indecisos ou sem fé; Jeová já os havia eliminado. A tática de Jeová orientou o pequeno exército a tocar as trombetas e a gritar: “A espada de Jehovah e de Gideão!” e isso lançou medo no coração dos inimigos, pondo-os em fuga desordenada no meio da noite. Gedeão e seus 300 encabeçaram a perseguição, e, embora estivessem cansados, não pararam até prenderem os reis de Midiã e a vitória ser total. Os que faziam isso de todo o coração não, desistiram antes do fim da batalha. O fato de Jeová dar a Gedeão esta notável vitória não mudou a disposição integral de Gedeão a favor de Jeová, nem o fez perder o equilíbrio. Ele manteve o seu conceito teocrático. Tinha sido usado por Jeová para fazer o trabalho de Jeová. Mais tarde, os homens de Israel pediram que Gedeão se tornasse seu governante, mas ele o rejeitou dizendo: “Jehovah vos dominará.” — Juí. 8:23; Heb. 11:32.

      OUTROS EXEMPLOS DE EMPENHO DE TODO O CORAÇÃO

      15. (a) De que maneira estava Barac de todo o coração a favor de Jeová? (b) Que exemplos há de mulheres fiéis nos dias de Barac?

      15 Vinte anos de opressão não desviaram de Jeová o amor de Barac e de Débora. Suportaram-nos como crentes na supremacia de Jeová, aguardando o tempo de serem libertos do Rei Jabin de Canã e do General Sísera. Barac, com dez mil israelitas, embora grandemente superado em número e enfrentando armamento superior, respondeu de todo o coração às palavras de Jeová, dadas por meio da profetisa Débora: “Levanta-te, pois este é o dia em que Jeová certamente entregará Sísera na tua mão. Não saiu Jeová diante de ti?” Jeová, pelo seu poder supremo, certamente podia ter derrotado os exércitos de Canaã sem qualquer ação da parte de Barac, mas Jeová queria ver seu povo não reter nada quando se tratava de algo que envolvia o seu nome, para que fosse um “povo que desprezou as suas almas até a morte”. Jeová lutou assim a favor dos seus servos, inundando os carros de guerra e deixando as águas levá-las embora. Esta batalha ofereceu também a outra mulher, Jael, a oportunidade de mostrar que estava de todo o coração servindo a Jeová, por ela sozinha matar a Sísera. — Juí. 4:14, 21; 5:18; Heb. 11:32, NM.

      16. Mencione eventos na vida de Sansão que provam a sua devoção exclusiva.

      16 Outro que lutava pela causa de Jeová foi Sansão. Os filisteus eram os inimigos opressores do povo de Jeová, por isso Jeová suscitou Sansão para que tomasse “a dianteira em salvar Israel da mão dos filisteus”. O espírito de Jeová orientou-o a tomar uma esposa dentre as filistéias, para que tivesse a oportunidade de destruir muitos daqueles homens perversos, o que ele fez. Mais tarde, confiando plenamente em Jeová, ele deixou-se prender e entregar nas mãos dos filisteus. Com a ajuda do espírito de Jeová, ele rompeu os seus laços e matou sozinho mil inimigos. O livro de Juízes registra as suas muitas façanhas contra os iníquos filisteus, que culminaram por ele derrubar sobre milhares deles a casa da falsa adoração de Dagão, não permitindo que os filisteus atribuíssem a captura de Sansão ao seu deus demoníaco. O sério impedimento físico da cegueira não o desanimou. Jeová usou o seu servo fiel até o fim. — Juí. 13:5; 16:30; Heb. 11:32, NM.

      17. Por que fez Jefté o seu voto?

      17 Jefté foi notável como um que guerreou de todo o coração a favor do novo mundo. Não se deixou desanimar de servir a Jeová pelo fato de ser filho duma prostituta e ser desprezado pelos outros. Esta não era a questão importante. Sua primeira preocupação foi livrar os adoradores de Jeová do domínio de Amon. Sob a orientação do espírito de Jeová, Jefté foi à batalha, mas antes de chocar-se com o inimigo, ele fez o seu famoso voto, o voto dum homem totalmente interessado na vitória, para a honra do nome de Jeová: “Se tu, sem falta, entregares na minha mão os filhos de Amon, então deve ocorrer que aquele que sair, aquele que sair das portas da minha casa ao meu encontro, quando eu voltar em paz dos filhos de Amon, tem de tornar-se de Jeová e eu tenho de oferecer aquele como oferta queimada.” — Juí. 11:30, 31, NM.

      18. De que modo são Jefté e sua filha exemplos para as atuais famílias teocráticas?

      18 Ao ganhar a vitória e voltar triunfalmente, quem lhe saiu ao encontro foi a sua filha, seu único descendente. Evidentemente Jefté criara a sua filha para empenhar todo o seu .coração, igual a ele, pois também ela mostrou primeiro interesse na vitória de Jeová e expressou o seu forte desejo de harmonizar-se com o voto feito. Ela se tornara uma coisa devotada a Jeová e por isso tinha de ser entregue aos sacerdotes no tabernáculo em Silo, onde não se lhe permitia ter marido ou família, mas onde servia ao lado dos gabaonitas na adoração de Jeová. Este espírito de abnegação da parte de Jefté e de sua única filha destaca-se na Bíblia como exemplo, para todos os pais e filhos teocráticos desde então, de alguém que empenha todo o seu coração. — Juí. 11:34-39.

      19. Por meio de que eventos na vida de Davi provou ele ser inteiramente a favor de Jeová?

      19 Davi subiu de menino pastor para rei. Será que ganhar ele destaque e autoridade o desviou de se empenhar de todo o coração a favor de Jeová Deus? Ainda jovem, ele lutou contra Golias em nome de Jeová dos exércitos, tendo fé no coração, em vez de ter na mão escudo e lança. Mais tarde ele suportou os perigos resultantes da perseguição homicida do Rei Saul e os perigos que havia no território dos filisteus. Ele chefiou a luta em muitas batalhas difíceis, vencendo os jebuseus e estabelecendo-se em Jerusalém, e depois dominando os antigos inimigos, os filisteus, estendendo as fronteiras da nação por meio de vitórias militares. No ambiente de sua própria casa levantou-se uma espada quando Absalão se revoltou; ele teve também problemas com sua esposa Mical, filha de Saul. A fé que Davi tinha de todo o coração e seu amor pela adoração e vindicação de Jeová, seu grande interesse na arca de Jeová e na preparação do material para a construção do templo em Jerusalém, que Jeová designou a Salomão, revelam que êle foi toda a sua vida um adorador verdadeiro e fervoroso. Os salmos que ele compôs refletem a sua devoção. Suas palavras finais dirigidas a Salomão, seu sucessor no trono, para que guardasse os mandamentos de Jeová, mostram que seu coração estava inteiramente a favor de Jeová. Em todas as suas experiências, Davi se mostrou exclusivamente devotado a Jeová e um firme louvador. — 1 Reis 2:3; Sal. 108:1, 3; Heb. 11:32.

      20. Quem foi um exemplo destacado de alguém que gastou a sua vida no serviço de Jeová, e que provas atravessou ele?

      20 Houve muitos profetas antes dos dias de Cristo. Entre os mais destacados encontrava-se Samuel. Ele é exemplo duma testemunha de Jeová que lhe serviu exclusivamente desde que foi desmamado até que morreu. Serviu na sua juventude junto ao sumo sacerdote Eli, no tabernáculo em Silo, mas não seguiu o mau exemplo dos filhos de Eli, que coabitavam com as mulheres que serviam na entrada da tenda de reunião. Manteve-se moralmente puro. Samuel denunciava as práticas idólatras entre o povo pactuado de Jeová, oferecia os sacrifícios corretos e julgava Israel todos os dias de sua vida, viajando regularmente através da nação como servo de circuito. Foi ele quem ficou aflito no coração quando o povo pediu um rei, rejeitando o domínio de Jeová sobre eles. Foi Samuel quem, sem temer o que o desobediente Rei Saul lhe pudesse fazer, o enfrentou com as palavras: “Tem, porventura, Jehovah tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, quanto tem em que se obedeça á sua voz? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrifício, e o attender do que a gordura de carneiros. Porque a rebellião é como o peccado da adivinhação. . . . Porquanto rejeitaste a palavra de Jehovah, elle te rejeitou também a ti, para que não sejas rei.” Mais tarde, apesar do perigo de possivelmente ser morto por Saul, Samuel fez a vontade de Jeová por ungir Davi como rei. Este profeta que se empenhava de todo o seu coração agradou a Jeová. — 1 Sam. 2:22; 7:16; 15:22, 23; Heb. 11:32.

      21. Que registro sem paralelo foi preservado para nossa consideração agora? Que efeito deve ter sobre nós lermos este registro?

      21 A fé e a devoção de todo o coração a Jeová eram necessárias nos homens da antiguidade, que se mostraram aceitáveis a Jeová. Eles, pelo espírito de Jeová, compilaram durante séculos um registro que não foi igualado por nenhum outro grupo de homens, nem pelos poderosos homens do Egito, nem pelos sacerdotes de Babilônia, nem pelos príncipes da Pérsia e da Grécia. Somente as fiéis testemunhas de Jeová podiam ser descritas como os que “derrotaram reinos em conflitos, executaram a justiça, obtiveram promessas, taparam as bocas de leões, detiveram a força do fogo, escaparam do fio da espada, dum estado fraco foram feitos poderosos, tornaram-se valentes na guerra, desbarataram os exércitos de estrangeiros. Mulheres receberam os seus mortos pela ressurreição; mas, outros homens foram torturados, porque não queriam aceitar o livramento por meio de algum resgate, a fim de que pudessem alcançar uma melhor ressurreição. Sim, outros .receberam a sua provação por zombarias e por açoites, de fato, mais do que isso, por laços e por prisões. Foram apedrejados, foram provados, foram serrados pelo meio, morreram chacinados pela espada, andaram em volta vestidos de peles de ovelhas, de peles de cabras, enquanto sofriam penúria, tribulação e maus tratos; e o mundo não era digno deles. Andaram em volta pelos desertos, pelas montanhas, pelas covas e pelas cavernas da terra.” Sim, conforme Paulo escreveu, faltaria o tempo para contar em pormenores todas as façanhas e atos de fé registrados para nós nas Escrituras Hebraicas. Mas o registro existe, e para um bom propósito: para que fôssemos movidos por estes exemplos de homens que se empenhavam de todo o coração, que há séculos atrás agiam com plena fé no estabelecimento do novo mundo justo, agora tão próximo, e para que aprendêssemos que são homens e mulheres de indivisa fé, que amam a Jeová de todo o seu coração, os que ganharão a aprovação do grande Ressuscitador e Dador de vida. — Heb. 11:32-38; 1 Cor. 10:11, NM.

  • Trabalhando de toda a alma
    A Sentinela — 1960 | 1.° de outubro
    • Trabalhando de toda a alma

      “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de toda a alma como a Jeová.” — Col. 3:23, NM.

      1. De que modo são Jeová e Cristo exemplos para o homem?

      JEOVÁ Deus e Cristo Jesus são trabalhadores. “Meu Pai tem continuado a trabalhar até agora, e eu continuo a trabalhar”, disse Jesus. As magníficas obras de criação de Jeová, de que Jesus participou antes de vir à terra, podem ser vistas diariamente. Mas, que espécie de obras fez Jesus quando estava na terra, como homem? Ele glorificou o nome de seu Pai, Jeová, perante os homens. Seu trabalho foi da melhor qualidade. A obra do Pai que o enviou recebia a sua indivisa atenção e ele estava completamente dedicado a fazê-la enquanto tivesse a oportunidade. Jesus tinha prazer na sua vida ocupada na terra porque entregava toda a sua alma ao seu trabalho. Seus interesses prendiam-se vitalmente aos interesses de Jeová. No fim, ele pôde dizer: “Tenho-te glorificado na terra, havendo terminado a obra que me deste para fazer. Portanto, agora tu, Pai, glorifica-me junto a ti com a glória que tive junto a ti antes de o mundo existir.” — João 5:17; 9:4; 17:4, 5, 26, NM.

      2. Que privilégio imerecido têm agora os que estão devotados a Jeová, e como deve o reconhecimento disso fazê-los sentir-se?

      2 Desde a morte e ressurreição de Jesus, Jeová tem tido outros servos na terra para fazer a sua obra. É uma obra que glorifica a Jeová. Quando paramos para considerar quão pequena é esta terra no universo e quão minúsculas são as criaturas sobre ela, então ficamos impressionados com a generosidade e benevolência de Jeová em conceder aos humanos insignificantes o privilégio de trabalhar com ele. “Nós somos cooperadores de Deus.” Estamos “cooperando com ele”. Por que fez Deus isso? Não é que precisasse de nós, para fazer a sua obra, mas agradou-lhe permitir que seus servos participassem nela: “Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” Ao reconhecer esta relação íntima com Jeová, como poderia qualquer verdadeiro cristão, hoje em dia, fazer a obra de Deus a não ser de toda a alma. — 1 Cor. 3:9; 2 Cor. 6:1; Fil. 2:13, NTR.

      3. Pode a pessoa empenhar-se de toda a alma sem crer completamente em Jeová?

      3 O cristão precisa crer plenamente em Jeová, senão será inconstante ou instável na sua obra e não receberá finalmente nada dele. “Pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. De fato, não suponha esse homem que receberá alguma coisa de Jeová; ele é um homem indeciso [de duas almas, margem], instável em todos os seus caminhos.” Quanta fé o servo tem mostra-se nas suas obras ou ações, se são de toda a alma ou “de duas almas”. Os constantes são genuínos na sua fé e se empenham de toda a alma. — Tia. 1:6-8, NM.

      4. Que relação há entre a fé e as obras?

      4 Por isso, o discípulo Tiago arrazoa: “De que proveito é, meus irmãos, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Será que tal fé o pode salvar? . . . Todavia, alguém dirá: ‘Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras: Tu crês que há um só Deus, não crês? Fazes muito bem. E, no entanto, os demônios crêem e estremecem. Mas importas-te em saber, ó homem vão, que a fé sem obras é inativa? . . . Vedes que o homem é declarado justo pelas obras e não apenas pela fé. . . . De fato, assim como o corpo sem fôlego está morto, assim também a fé sem obras está morta.” Em ligação com isso, Tiago menciona Abraão e Raab como exemplos daqueles que demonstraram a sua fé pelas ações e foram aprovados por Jeová. — Tia. 2:14-26, NM.

      5. Quão valiosas são as sinceras obras de fé?

      5 O valor de se trabalhar em fé perante Deus deve ser compreendido segundo as palavras da Bíblia: “Ele dará a cada um segundo as suas obras”, e: “Não o discernirá aquele que avalia os corações, e não o saberá aquele que observa a tua alma e não pagará certamente de volta ao homem terreno segundo a sua atividade?” “Pois todos nós temos de ser manifestos diante do tribunal do Cristo, para que cada um receba a sua recompensa pelas coisas feitas.” Cristo, como Juiz nomeado por Jeová, esquadrinha os corações dos homens. Ele não pode ser enganado por qualquer ostentação hipócrita de obras da parte de alguém que não tem fé em Jeová e não guarda a Sua lei, pois ele disse quando falou dos frutos produzidos pelos homens: “Muitos me dirão naquele dia: ‘Mestre, Mestre, não profetizamos nós em teu nome, e expulsamos demônios em teu nome, e fizemos muitas obras poderosas em teu nome?’ Contudo lhes confessarei então: Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós, obreiros do que é sem lei.” Os belos frutos que cada um produz no serviço do Reino são o fator que determina o coração de quem é reto para com Jeová. — Rom. 2:6; Pro. 24:12; 2 Cor. 5:10; Mat. 7:17-23, NM.

      PRODUZA AGORA BONS FRUTOS

      6, 7. (a) Explique a ilustração de Jesus contida em João 15:1-4. (b) Que efeito tem o ouvir da verdade sobre os servos de Deus que empenham todo o seu coração? (c) Que se deve fazer com a Palavra de Deus, e que proveito resulta disso para os que a usam?

      6 Assim como os ramos na vide produzem fruto, assim também os cristãos precisam ser frutíferos na glorificação de Deus. Jesus disse: “Eu sou a verdadeira videira, e meu Pai é o viticultor. Todo ramo em mim que não dá fruto, ele tira, e todo o que dá fruto, ele limpa, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos tenho falado. Permanecei em união comigo, e eu em união convosco. Assim como o ramo não pode dar fruto em si mesmo, a menos que permaneça na videira, assim tampouco podeis vós, a menos que permaneçais em união comigo.” Não há outra maneira de produzir o que é aceitável ao Viticultor, Jeová, exceto em união com Cristo Jesus, que está na chefia do arranjo de organização de Jeová. Os seus servos ungidos ouvem a sua palavra da verdade e isso deve resultar em produzirem mais frutos; senão se seguirá a poda do ramo que não produz frutos. A aceitação da verdade por parte dos discípulos de Cristo não deve ser apenas um assunto intelectual. A verdade precisa alojar-se no coração e ter um efeito correto sobre ele. É com o coração que se exerce fé para a justiça. Ao ouvir alguém palestrar sobre a Bíblia ou as publicações teocráticas, ou ao lê-las, deve sentir a mesma reação como a sentida pelos discípulos com quem o ressuscitado Cristo falou ao caminharem pela estrada: “Começando por Moisés e por todos os Profetas, interpretou-lhes o que dizia respeito a ele próprio em todas as Escrituras. E eles disseram um ao outro: ‘Não se nos abrasava o coração quando ele falava conosco na estrada, quando nos abria cabalmente as Escrituras?’” Êles se sentiram compelidos a contar a outros, inclusive aos onze apóstolos, o que tinham aprendido. — João 15:1-4; Luc. 24:27, 32, NM.

      7 Arde o seu coração em reconhecimento e puro gozo com as verdades maravilhosas que ouve? Impele-o seu coração a trabalhar de toda a alma para produzir frutos, assim como fizeram os seguidores fiéis de Cristo, para a glória de Jeová, ao passo que aprende as boas coisas de sua Palavra? Quando tem a oportunidade de receber a verdade, como quando recebe os artigos da Sentinela, regozija-se e as investiga imediatamente? Sente-se feliz ao ouvir a Palavra, porque deseja de todo o coração agir em harmonia com elas Tiago aconselhou: “Tornai-vos praticantes da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos com falso arrazoamento. Pois, se alguém é ouvinte da palavra, e não praticante, este tal é semelhante ao homem que olha para o seu rosto natural num espelho. Porque ele olha para si mesmo, e vai e esquece imediatamente que espécie de homem é. Por outro lado, aquele que examina a lei perfeita que pertence à liberdade, e nela persevera, este homem, porque se tornou, não ouvinte esquecediço, mas praticante da obra, será feliz em fazê-la.” A maneira de gravar a verdade na memória é usá-la; a maneira de esquecê-la é não a usar. Encha seu coração com a verdade e a deixe então transbordar. Será sempre feliz se visitar os lares das pessoas e lhes falar em toda a parte de Jeová, produzindo muito fruto. — Tia. 1:22-25; João 15:8; Pro. 18:4, NM.

      8. Por que são muito importantes as reuniões de congregação? Que perigo há em não se assistir regularmente às reuniões?

      8 Jeová tem hoje uma organização para ajudar-lhe a gravar a palavra da verdade profundamente no coração. Jeová fornece nutrição espiritual a todos os ramos frutíferos por meio do estudo da Bíblia e das ajudas de estudo providas por intermédio da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados nas reuniões semanais regulares. Se alguém pensa que pode obter todo o benefício necessário do estudo pessoal em casa, sem ir às reuniões e estudar em companhia de outros, ele engana a si próprio. A congregação é a linha vital de comunicação para todos os cristãos. Jesus disse: “Onde dois ou tres estão congregados em meu nome, alli estou eu no meio delles.” Que privilégio é estar presente e receber a instrução vinda de Cristo Jesus! Este é o arranjo de Jeová por meio de Cristo Jesus. Mas, quando alguém começar a pensar de modo eirado, no coração, quanto à organização de Jeová, êle começará a mostrar isso. Um dos primeiros passos errados é não se reunir regularmente com os outros servos de Jeová com o fim de estudarem. Pouco a pouco isto se tornará um hábito, e, depois dum período de tempo, surgira um sentimento de indiferença ou de independência. Ele começa a se esquecer de visitar regularmente os lares de outros no serviço de campo, para falar-lhes das boas novas e glorificar a Jeová. O que ele faz não é mais de toda a alma. — Mat. 18:20.

      9. (a) Que acontece com os que não se alimentam de toda a alma do alimento espiritual em companhia de Cristo? (b) Que esforços devem ser feitos agora pelos “que estão sendo salvos”? (c) Que farão continuamente os que trabalham de toda a alma, em relação com a congregação?

      9 Mesmo que alguém tenha por certo tempo participado do alimento espiritual em companhia de Cristo Jesus, se ele ficar tíbio, ver-se-á mais cedo ou mais tarde fora da organização de Jeová, espiritualmente fraco, e, por fim, igual a um ramo que é cortado por não produzir fruto. Será igual aos mencionados por Jesus em Lucas 13:25-27 (NM): “Uma vez que o dono da casa se tiver levantado e fechado a porta, e vós começardes a estar do lado de fora e a bater na porta, dizendo: ‘Senhor, abre-nos: Mas, em resposta ele vos dirá: ‘Não sei donde sois: Então começareis a dizer: ‘Nós comemos e bebemos na tua frente, e tu ensinaste nos nossos caminhos largos: Mas ele falará e vos dirá: ‘Não sei donde seis. Afastai-vos de mim, todos vós obreiros da injustiça!’” Onde tinham estado? Deviam ter estado dentro com o “dono da casa”. Em realidade, comparativamente “poucos” dos que uma vez ou outra assistiram às reuniões nos dias dos apóstolos continuaram a fazê-lo regularmente no decorrer dos anos. Hoje é similar com algumas pessoas. A atitude do coração revela-se com o tempo. Muitas vezes, os que têm mais empecilhos, tais como incapacidades físicas, grande distância para viajar em mau tempo, ou oposição na família, são os que estão sempre presentes nas reuniões, ao passo que outros, que talvez morem perto dum lugar de reunião ou tenham um carro para viajar, não querem absolutamente esforçar-se e vão apenas ocasionalmente. Quais deles conseguirão ganhar a vida eternal “Então, certo homem disse-lhe: ‘Senhor, são poucos os que estão sendo salvos?’ Ele lhes disse: ‘Esforçai-vos vigorosamente a entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que são muitos os que procurarão entrar, finas não serão bastante fortes.’” Os que se esforçam de toda a alma estudam regularmente e participam do alimento espiritual nas reuniões, mantendo-se assim “bastante fortes”. Êstes não deixam de se congregar regularmente para estimular outros ao amor e a obras corretas. Tudo o que tem que ver com a congregação é importante, e todos devem participar juntos em todos os pormenores, mantendo os Salões do Reino e outros locais de reunião na melhor condição para servir como centros para a adoração feliz e pura. Contribua para a sua manutenção. Acolha calorosamente os estranhos. — Luc. 13:23, 24; Heb. 10:24, 25, NM.

      O TRABALHO DOS SUPERINTENDENTES

      10. Qual é a obrigação do superintendente de congregação ao lidar com o alimento espiritual?

      10 As reuniões de estudo são o lugar onde se alimentam as ovelhas do Senhor. Os designados a ter a superintendência sobre as reuniões recebem trabalho extra que merece ser cuidado de todo o coração. O superintendente prepara cuidadosamente cada parte do trabalho. Ele sabe que leva tempo para fazer algo bem, e ele reserva deliberadamente o tempo necessário para isso. A importância de se alimentar as ovelhas foi bem enfatizada por Jesus a Simão Pedro, um que já trabalhava de toda a alma, e se acha registrada para a orientação dos atuais superintendentes nas congregações das testemunhas de Jeová. Qualquer indiferença para com as providências para a devida alimentação das ovelhas através das reuniões não só mostra falta de amor para com as ovelhas, mas também falta de amor para com o Senhor, pois, ao falar a Pedro, Jesus perguntou-lhe três vezes se Pedro o amava. O amor ao Senhor, Cristo Jesus, impele os servos no seu trabalho com as ovelhas. — João 21:15-17.

      11. Que qualidades se encontram nos superintendentes que empenham toda a sua alma?

      11 Este empenho de todo o coração se prende diretamente ao altruísmo e à boa vontade. O amor é altruísta e caloroso. O superintendente, como verdadeiro subpastor, ajuda amorosamente às ovelhas a suportar as suas fraquezas, não apenas agradando a si mesmo com o que é mais fácil. Como Paulo, dirá: “Embora eu esteja livre de todas as pessoas, fiz-me escravo de todos.” E servirá “não sob compulsão, mas espontaneamente, . . . com fervor”, “visando, não com interesse pessoal apenas os [seus] próprios assuntos, mas, também, com interesse pessoal, os dos outros”. Como servo, não porá os assuntos pessoais ou os contatos sociais acima dos deveres ministeriais, mas cuidará dos interesses de seus irmãos e mostrará a mesma atitude mental do humilde Cristo Jesus. — 1 Cor. 9:19; 1 Ped. 5:2, 3; Fil. 2:3-8; Rom. 15:1, NM.

      12. Tendo diante de si o exemplo do Grande Pastor, até onde irão os fiéis subpastores nos interesses das ovelhas?

      12 Subpastores, lembrem-se de Cristo, a quem o apóstolo Paulo identificou como “o grande pastor das ovelhas com o sangue dum pacto eterno, nosso Senhor Jesus”. O próprio sangue dele foi derramado a favor das suas ovelhas. Jesus deu assim o exemplo de ir até o fim no seu amor pelas ovelhas. O homem assalariado foge quando o perigo se aproxima das ovelhas, mas os verdadeiros subpastores imitam a Cristo Jesus e gastam seu todo, se necessário, nos interesses das ovelhas, venha o que vier. Especialmente nos países comunistas há agora grande perigo em ser superintendente, mas os subpastores dedicados não retrocederam. Compreendem a sua responsabilidade, assim como todos os verdadeiros subpastores, de continuar a vigiar sobre as almas e prestar contas ao Grande Pastor, Cristo Jesus. — Heb. 13:17, 20; João 10:11-13, NM.

      COOPERAR DE TODA A ALMA

      13. Qual deve ser a atitude de todos na congregação para com o superintendente nomeado?

      13 E qual deve ser a atitude de todos na congregação para com o superintendente nomeado? Precisa haver plena cooperação para se realizar tudo o que Jeová deu para fazer. Os servos não podem fazer todo o serviço de campo, mas podem tomar a dianteira. Na união há a força necessária para produzir frutos para a glória do nome de Jeová. O mundo atual não tem união e todos parecem querer ver quão pouco trabalho podem fazer sem conseqüências. Em contraste com isso, a obra e a cooperação das testemunhas de Jeová na realização das coisas sob a direção dos superintendentes nomeados é observada pelo mundo com espanto. A Assembléia Internacional da Vontade Divina, em 1958, foi um exemplo notável disso, mas assim se dá também com todas as outras reuniões ou atividades. As testemunhas de Jeová seguem as instruções: “Sede obedientes aos que vos governam e sede submissos.” Na sua obra de proteger as ovelhas, os superintendentes visitam e aconselham os espiritualmente mais fracos, esperando assim salvar vidas. Ninguém dos que assim são visitados deve ofender-se, mas, antes, deve reconhecer o esforço feito como ato de grande amor, e deve agir de acordo com isso. Se fosse, visitado pelo “grande pastor”, Cristo Jesus, aceitaria o conselho dele; então, por que não aceitar o dos seus subpastores representantes? Coopere calorosamente com os superintendentes na sua obra entre o rebanho, “para que o faltam com alegria e não gemendo, porque isso vos seria prejudicial”. — Heb. 13:17, NM.

      14. (a) Se a atividade de alguém prova que ele é morno, o que devia ele fazer segundo as palavras de Cristo em Apocalipse 3:15-19? (b) O que acontecerá aos mornos, aos com coração dividido?

      14 Sabendo de antemão que alguns cairiam no estado de indiferença ou tibieza, e desviariam o seu olhar de observar atentamente o “aperfeiçoador da nossa fé” para as riquezas e o materialismo, Cristo fez que João escrevesse à congregação em Laodicéia: “Conheço os teus feitos, que não estás nem frio nem quente. Eu gostaria que fosses frio ou quente. Portanto, visto que estás morno, e nem frio nem quente, eu te vomitarei da minha boca. Porque dizes: ‘Sou rico e adquiri riquezas, e não necessito de nada’, mas não sabes que és miserável, e lastimável, e pobre, e cego, e nu, eu te aconselho a comprar de mim ouro refinado por fogo, para que te tornes rico, e vestes exteriores brancas, para que estejas vestido e não se torne manifesta a vergonha da tua nudez, e pomada para passar nos teus olhos, para que vejas. Repreendo e disciplino a todos os pelos quais tenho afeição. Portanto, sê zeloso e arrepende-te.” Todos os cristãos devem estar em guarda contra tal situação, mas esta é especialmente a designação dos superintendentes. Estamos no tempo de se buscar primeiro o reino, de se estar verdadeiramente dedicado. A tibieza é repulsiva a Cristo. Se alguns ficaram mornos, é preciso mudar ràpidamente a condição do coração. Aceite a ajuda dum superintendente. Passe a pomada espiritual da verdade nos seus olhos e obtenha uma visão clara dos interesses do Novo Mundo. Encontrou o grande tesouro do Reino; não o perca agora. Arrependa-se e torne-se zeloso. Não seja igual ao antigo Israel, que teve coração dividido, sendo achado culpado e rejeitado por Jeová. “Já se tem aproximado o fim completo de todas as coisas. Tende mente sã, portanto, e vigiai no sentido de orações.” “Continuai a provar a vós mesmos se estais na fé, continuai a provar o que vós mesmos sois.” — Apo. 3:15-19; 1 Ped. 4:7; 2 Cor. 13:5, NM; Osé. 9:17; 10:2.

      15. (a) Que perguntas feitas aqui podem ajudar-lhe a ‘continuar a provar se está na fé’? (b) Como mostrará que ama a Jeová de todo o coração?

      15 O espaço não nos permite aqui relatar todas as maneiras em que o servo de Jeová prova que está de todo o coração a favor dos interesses do Novo Mundo. Poderá ‘provar a si mesmo para ver se está na fé’ por examinar o que faz. Na organização teocrática há hoje uma variedade de deveres e de privilégios de serviço. Associa-se com uma congregação? Trabalhe com ela de toda a alma. Foi designado como superintendente ou servo ministerial? Trabalhe com amor. Dirige um centro de serviço? Ponha seu coração nisso. Precisa preparar reuniões? Tem deveres designados numa assembléia? Estuda? Prega de casa em casa? Volta sempre a visitar as pessoas interessadas que encontrai Volta a procurar aquele que não estava em casa na primeira visitai Tem filhas para treinar para a vida no Novo Mundo? Cabe-lhe manter em dia os registros de serviço? Tem oportunidade para a pregação incidental? Defende a honra de Jeová em toda a ocasião? Oferece o melhor que tem no seu “sacrifício de louvor” a Jeová? Lembre-se do sacrifício de Abel. Quando há trabalho especial a fazer num prazo limitado, responde de todo o coração? Lembre-se de Noé construindo a arca. Quando se faz a chamada de ir para onde a necessidade é grande, pensa em Abraão Quando está confrontado pelos laços do materialismo, escolha sàbiamente assim como Moisés. Está a sua vida em perigo dos inimigos oponentes? Seja destemido como Gedeão. Sofre de algum impedimento físico que interfere com o seu serviço? Empenhe-se ainda assim de todo o coração como o cego Sansão. É um servo jovem de Jeová que escolhe a sua carreira na vidas Lembre-se dos exemplos de Samuel e da filha de Jefté. Já tem muitos anos no serviço? Continue zeloso como Davi. O que fará, enquanto houver lares para visitar na obra de ensinam Pregue assim como Cristo Jesus pregou. Qualquer trabalho que Jeová lhe oferecer por meio de sua organização merece a sua máxima atenção. Cada designação é um privilégio. Cada tarefa é importante. Se o amar de todo o seu coração, então não importa o que fizer, ‘faça-o de toda a alma como a Jeová’. — Heb. 13:12-15; Col. 3:23, NM.

  • Soporíficos
    A Sentinela — 1960 | 1.° de outubro
    • Soporíficos

      Na sua carta pastoral aos clérigos de sua diocese, o novo bispo de Lund, Nils Bolander, fez a pergunta: por que são relativamente tão poucas as pessoas que entram pelas portas das igrejas? E ele mesmo forneceu a resposta: “A razão principal talvez seja que nós sacerdotes ficamos ali debaixo das arcadas obscuras e falamos ali coisas sem nexo.” Sobre os sermões, ele acrescentou: “Certamente há verdade em se dizer que há sonolência na Igreja. Nossos sermões podem servir às vezes simplesmente de pílulas soporíficas”. — Svenska Daqbladet de Estocolmo, 23 de janeiro de 1959.

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