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Como a publicidade pode manipular a sua menteDespertai! — 1974 | 8 de setembro
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Assim, é útil compreender como a publicidade tenta manipular a sua mente. Ajuda-o a diferençar a informação franca e a do tipo que exagera as diferenças de produtos ou cria o desejo de itens desnecessários, às suas custas.
Sim, a publicidade pode dominá-lo — ou servi-lo. Cabe-lhe decidir isso.
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Confrontada com a ameaça de estuproDespertai! — 1974 | 8 de setembro
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Confrontada com a ameaça de estupro
“ESTUPRO: O Crime de Mais Rápido Aumento.” Este era o título de um artigo publicado por uma das principais revistas femininas dos Estados Unidos no verão setentrional de 1973.
Não pode haver dúvida da exatidão dessa declaração. A cidade de Nova Iorque presenciou um aumento de quase 40% em 1972, em comparação com 1971. Seattle, Washington, testemunhou um aumento de 400% desde 1963. E estas são as estatísticas apesar de que, segundo cálculos conservadores, de 75 a 80 por cento dos estupros não são comunicados à polícia.
O estupro é a relação sexual ilícita sem o consentimento da mulher e é efetuado à força. Muitas vezes resulta em doença venérea, gravidez indesejada ou num dano físico por toda a vida. Ademais, tem-se dito que “psicologicamente, o estupro é o mais traumático dos crimes contra as mulheres, e, para muitas vítimas, a investigação policial que se segue é ainda mais abaladora” — sem dúvida sendo esta uma das razões por que mais estupros não são comunicados à polícia. “Situa-se em primeiro lugar na lista de crimes que a mulher teme, e em último na lista de crimes sobre os quais a vítima deseja falar”, afirma certo relatório, e “jamais é esquecido pelas mulheres envolvidas”. Como disse certo oficial de polícia de Nova Iorque: “É preciso ser mulher para entender o choque que a vítima de estupro sente.” — Time, 23 de abril de 1973.
O que pode fazer a mulher se confrontada com um estuprador? O Superintendente-Auxiliar do Departamento de Polícia de Boston. J. M. Jordan, declarou que um “grito longo e alto” pode ser a melhor arma da mulher: Um artigo que ensinava às mulheres como rechaçar tais ataques concluía com similar conselho: “A técnica é simplesmente surpreender seu atacante, de modo que possa sair correndo; tente rechaçar, e não provocar, uma luta até o fim. E grite, grite, grite tão alto quanto possa.” — Revista McCall’s, julho de 1973.
Grite! Grite! Grite! Será isso bom conselho? Certamente que é. Exatamente quão bom é este conselho pode ser depreendido do que aconteceu em 12 de novembro de 1973 em um dos maiores hotéis de Brooklyn.
Ameaçadas de Estupro
O estuprador era um homem bem vestido. Tinha o físico dum jogador de futebol americano, tendo bem mais de 1,80 metros e pesando cerca de 113 quilos. Tomou o elevador até o décimo andar do hotel e ali começou a molestar uma inquilina, uma senhora de meia-idade, que conseguiu escapar de suas garras por gritar. Ela imediatamente chamou a polícia, e esta veio, mas não conseguiu localizá-lo no prédio, tendo ele fugido para os andares de baixo.
No segundo andar, viu duas vistosas jovens arrumadeiras que lhe perguntaram se poderiam servi-lo. “Sim, vocês podem”, disse e, puxando um revólver, ordenou que entrassem num dos quartos, cuja porta trancou duplamente. Assegurou-lhes que não ficariam feridas se não fizessem nenhum barulho. Disse que precisava dum lugar para esconder-se até que as coisas se acalmassem lá embaixo, e que as manteria presas ali por cerca de uma hora.
Acontecia que estas duas jovens senhoras eram ministras cristãs e começaram a conversar, de modo a aliviar a tensão. Uma delas lhe perguntou se poderiam ler algo enquanto esperavam. Ele disse que Sim, de modo que ela pegou um compêndio bíblico ao alcance das mãos, passou outro para a outra senhora e começaram a palestrar sobre o assunto de quanto tempo Noé pregou antes do dilúvio, sendo um assunto que surgira no dia anterior em seu ministério de campo cristão. Ela observou que deveria ter sido por quarenta anos, mas o homem pensava que tinha sido 200 anos. Dessa palestra, passaram a assuntos tais como o nome de Deus, Jeová, e o reino pelo qual Jesus ensinou seus seguidores a orar. Também lhe disseram que elas eram testemunhas cristãs de Jeová, e falaram sobre os altos padrões de conduta das Testemunhas. As duas senhoras não estavam especialmente atemorizadas, pois parecia como se estivessem numa palestra bíblica típica que estas jovens amiúde realizavam, em especial visto que o homem continuava a expressar suas próprias opiniões sobre tais assuntos.
Depois de quarenta e cinco minutos, porém, as coisas subitamente mudaram para um rumo inquietador. Ele olhou para o relógio e disse que teria de amarrá-las, a fim de ter tempo de fugir. Embora lhe assegurassem que isso não era necessário, ordenou que uma delas sentasse no chão dum armário, no que amarrou os pés dela com uma gravata, e as mãos nas costas. Então desligou a luz no armário e fechou a porta. Ordenou que a outra fosse para o banheiro, mas então mudou de idéia e, avisando-a que não gritasse nem berrasse, procurou abrir o fecho éclair de sua blusa. Ela exclamou: “Não! Não! Isso não!” e lhe disse que, se tocasse nela, ela berraria como ele nunca tinha ouvido ninguém berrar antes, e que, se ele quisesse atirar, era melhor que atirasse logo, porque, se ela não gritasse, seria como se já estivesse morta.
Ela lhe disse que o casamento era honroso perante Deus e que ela era casada, mas que aquilo que ele desejava fazer não era honroso. Também, se não gritasse, estragaria sua relação com Jeová Deus e a congregação cristã; que então seria desassociada ou excomungada da congregação e que isto seria pior do que ser morta, no que dizia respeito a ela. Ele parecia atônito. Não compreendia nada, de modo que pediu que ela repetisse o que dissera, o que ela fez, embora se sentisse temerosa e tremesse de medo. Como explicou mais tarde: “A situação me deixava doente e a simples idéia disso era tão repugnante que eu sabia o que teria de fazer.” Depois de tudo isso, ele tentou de novo abraçá-la, no que ela se afastou, dizendo: “Não me toque nem chegue perto de mim.”
Isto faz lembrar uma declaração feita pelo departamento de polícia de Dallas, Texas, a saber, que “as melhores defesas da mulher” são, entre outras coisas, “sua inteligência” e “um berro”.
Sim, esta jovem senhora no hotel de Brooklyn usou sua inteligência por usar seu conhecimento da Bíblia, desta forma desviando o tencionado estuprador de seu propósito. Em resultado, ele não tentou mais nada com estas duas senhoras, mas foi embora, depois de mandar que não deixassem o quarto antes de se passarem quinze minutos.
Frustrado pela segunda vez, este estuprador não desistiu. Chegando ao corredor, viu outra jovem vistosa e começou a conversar com ela, perguntando onde estavam os elevadores, como eram os quartos nesse andar, etc. Subitamente, aproximou-se dela e tentou empurrá-la para dentro de um dos quartos cuja porta estava aberta.
O que poderia fazer? Ele era bem uns 30 centímetros mais alto do que ela e pesava pelo menos o dobro. Ela fez o que a Bíblia indica que uma mulher jovem deve fazer: gritou, mais alto do que qualquer grito que dera antes. (Deu. 22:23-27) Isto era inteiramente inesperado pelo estuprador. Surpreso, correu para baixo pelas escadas no fim do corredor.
Quando as três jovens senhoras contaram sua história na delegacia, seus ouvintes, que aumentaram de três a oito homens e duas policiais, maravilharam-se com o que ouviam. Não conseguiam entender como duas destas jovens senhoras conversaram sobre a Bíblia com um pretenso estuprador. Uma das mulheres oficiais de polícia pediu mais informações sobre as crenças das testemunhas de Jeová e disse que, se mais mulheres tomassem essa posição determinada e firme, haveria menos de tais crimes.
Por Que o Aumento?
A experiência precedente num hotel de Brooklyn, em novembro passado, é apenas um dos casos deste crime social que aumenta em toda parte. E esse aumento é bem real. Como disse o editor do Campus Law Enforcement Journal (Jornal da Imposição da Lei no Campus), dos Estados Unidos, a respeito de tal aumento: “Não é apenas uma questão de mais mulheres o comunicarem. Acontece mesmo.”
Sem dúvida, uma das principais razões dos estupros sempre tem sido o extremo egoísmo dos homens que recusam a controlar seu instinto sexual. Como se expressou o Dr. Ralph Garofalo, do Centro de Diagnóstico e Tratamento de Pessoas Sexualmente Perigosas: ‘Os homens normais encontram uma saída socialmente aceitável para seus desejos, enquanto o estuprador perde de vista todas as considerações morais ou legais.’ Mas, por que o grande aumento do estupro nos tempos modernos e nos anos recentes?
Discutindo as razões, um oficial de polícia de Seattle, Washington, encarregado do departamento de investigações de crimes sexuais, declarou: “Nosso inteiro clima moral, nossas atitudes quanto ao sexo e a roupa das mulheres têm de ser causas.” Também declarou que ‘a exposição aumentada à pornografia contribui para o aumento dos estupros comunicados’.
As mulheres têm seu quinhão de culpa. Para começar, até à idade de cinco ou seis anos, o período mais vital, as personalidades dos meninos são moldadas principalmente pelas mulheres, suas mães. E, ao crescerem, usualmente é a mãe que têm mais oportunidades de inculcar em seu filho o respeito pelas mulheres, tanto por palavras como pelo exemplo. Mas, são muitas as mães que falharam neste respeito. Culpadas de forma especial, e especificamente, são as parentas, tais como uma tia ou mesmo a mãe, que usaram os garotos como brinquedos sexuais, destarte iniciando-os num caminho que os leva a nutrir sentimentos agressivos para com as mulheres.
Uma nova estrela de cinema estadunidense, que afirma ocupar o lugar da que
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