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  • É encorajador como cristão?
    A Sentinela — 1972 | 1.° de janeiro
    • É encorajador como cristão?

      POUCAS alegrias na vida dão a satisfação genuína e pura que resulta de se fazer algo de útil para os outros. Ora, é possível que não tenha muita coisa dos bens deste mundo para dar aos necessitados. É possível que também seu tempo e sua energia sejam limitados. Mas há uma coisa que certamente pode fazer para demonstrar amor aos seus conservos de Deus. Pode ser encorajador.

      Ser encorajador significa falar ou agir de modo a aumentar a confiança e a esperança de outrem. De fato, a palavra portuguesa “coragem” se deriva da latina cor, significando “coração”. Portanto, ser encorajador significa fortalecer o coração.

      Por meio do encorajamento pode ajudar outros a agüentar, a perseverar e a não desistir do serviço de Deus. Poderá assim ajudá-los a ser cristãos melhores. Conforme já se observou muito bem: “A correção faz muita coisa, porém, o encorajamento faz mais. O encorajamento após a repreensão é como o sol após a chuva.”

      A Bíblia está cheia de exemplos dos que foram encorajadores. Assim se deu que, certa noite, depois de o apóstolo Paulo ter sido socorrido pelos soldados romanos, que impediram que fosse dilacerado pelos fariseus e saduceus em conflito, o Senhor Jesus apareceu-lhe e disse: “Tem coragem! Pois assim como tens dado testemunho cabal em Jerusalém concernente às coisas a respeito de mim, terás de dar também testemunho em Roma.” (Atos 23:11) Quão fortalecedor isto deve ter sido para Paulo nesta ocasião provadora!

      O próprio Paulo encorajava os cristãos na Macedônia “com muitas palavras”. E livros inteiros da Bíblia, tais como o livro dos Hebreus e a primeira carta de Pedro, foram na maior parte escritos como “encorajamento” para concristãos. — Atos 20:2; Heb. 13:22; 1 Ped. 5:12.

      Repetidas vezes se aconselha aos servos de Deus que sejam encorajadores: “Fortalecei as mãos fracas e firmai os joelhos vacilantes. Dizei aos de coração ansioso: ‘Sede fortes. Não tenhais medo. Eis que vosso próprio Deus chegará . . . e vos salvará.’” (Isa. 35:3, 4) Um dos principais motivos por que se admoesta os cristãos a ‘se ajuntarem’ é para que estivessem “encorajando uns aos outros, e tanto mais quanto vedes chegar o dia”. — Heb. 10:25.

      O ENCORAJAMENTO SUPRE UMA NECESSIDADE VITAL

      Sim, poucas coisas são tão necessárias — e tão bem-vindas — para os servos de Deus como o encorajamento. Visto que não fazem parte do mundo, vêem-se confrontados com oposição e amiúde com ferrenha perseguição. (João 15:18-21) Ocasionalmente, tal tratamento tende a desanimá-los, assim como aconteceu com o profeta Jeremias. (Jer. 20:9) O encorajamento pode dar-lhes a força extra necessária para perseverarem apesar de tal oposição. Por este motivo, Paulo e Barnabé encorajaram seriamente seus irmãos cristãos em Listra, em Icônio e em Antioquia da Pisídia “a permanecerem na fé e dizendo: ‘Temos de entrar no reino de Deus através de muitas tribulações.’” — Atos 14:22.

      Depois há problemas pessoais que abatem alguns — dificuldades financeiras, mal-entendidos ou talvez fricções devidos à incompatibilidade das personalidades. Também a doença física ou a simples falta de vitalidade podem levar o cristão a necessitar de encorajamento. O apóstolo Paulo tinha um incômodo “espinho na carne”. Mas o encorajamento do Senhor habilitou a Paulo a sentir-se forte apesar de sua fraqueza. — 2 Cor. 12:7-10.

      Ainda outros talvez precisem de encorajamento visto que circunstâncias além de seu controle limitam sua participação no ministério cristão, tal como na proclamação da mensagem do Reino ao público. Mas, se estiverem fazendo tudo o que podem, não devem ser encorajados? Não elogiou Jesus a viúva que pôde dar apenas duas pequenas moedas de pouco valor? — Luc. 21:1-4.

      COMO SER ENCORAJADOR

      Como pode ser encorajador? Em primeiro lugar, por dar um bom exemplo. Os atos pesam muito mais do que meras palavras. Por manifestar frutos do espírito tais como o amor, a alegria, e a paz, poderá ser muito encorajador aos outros. E que dizer das oportunidades de ser encorajador por visitar um concristão doente? Não foi isto o que fizeram as “ovelhas” da parábola de Jesus? — Mat. 25:35-40.

      O mesmo se aplica quanto a manifestar zelo em outros aspectos do ministério cristão. Por exemplo, por ser ativo na pregação das boas novas do reino de Deus apesar de obstáculos tais como o tempo ruim, poderá estar encorajando outros a imitar seu bom exemplo.

      Também poderá ser encorajador com a sua mera presença nas reuniões do povo de Deus. Simplesmente ver os irmãos que haviam chegado de Roma ao encontro do apóstolo Paulo fez com que ele ‘agradecesse a Deus e tomasse coragem’. (Atos 28:15) Já um sorriso amistoso ou um cumprimento alegre podem significar muito mais para uma alma deprimida do que imagina. E ainda mais eficientes são palavras edificantes baseadas na fé na Palavra de Deus. Paulo ansiava ver seus irmãos em Roma, para que houvesse “um intercâmbio de encorajamento entre vós, cada um por intermédio da fé que o outro tem, tanto a vossa como a minha”. — Rom. 1:11, 12.

      Isto é algo em que pensar, quando os cristãos se associam uns com os outros em reuniões sociais. É nisto que todos talvez sejam encorajados só por verem que a conversa inclui uma boa parte de coisas edificantes da Palavra de Deus. Por que não contar experiências interessantes do ministério de campo ou contar como alguém se tornou testemunha de Jeová, ou considerar bons pontos doutrinais que se aprenderam recentemente? Se contribuir alguma coisa neste sentido, poderá ajudar a tornar a noitinha proveitosa.

      Outro modo em que pode ser encorajador é por ser ouvinte atento. Amiúde, a pessoa sente a necessidade de simplesmente falar a alguém, e ela se sente muito melhor se puder aliviar-se. De modo similar, poderá ser encorajador para o ministro que profere uma conferência bíblica, pública, por lhe dar atenção; quanto menos talentoso ele for, tanto mais encorajadora será a sua atenção indivisa.

      Especialmente todos os que têm privilégios de chefia têm oportunidades de ser encorajadores para com os que lhes estão sujeitos. Nem sempre é fácil sujeitar-se; às vezes pode ser bastante frustrador. Por causa disso, empregados, esposas e filhos podem às vezes sentir-se vencidos por sentimentos negativos. Quanta oportunidade há então de se estar atento a tais sentimentos e de se contrabalançá-los por freqüentes e sinceras expressões de apreço pelo que podem fazer, bem como pelo que são em si mesmos!

      AJUDAS PARA SE SER ENCORAJADOR

      Ser realmente encorajador é uma questão da mente e do coração. A empatia o ajudará a compreender como os outros pensam e se sentem, e como poderá ser encorajador para eles. Isto o habilitará a colocar-se na situação deles.

      O amor altruísta motivará esta empatia. Fará com que esteja atento às oportunidades de prestar ajuda, de dizer uma palavra encorajadora. O amor cristão o induzirá a acatar o conselho: “Persisti em consolar-vos uns aos outros e em edificar-vos uns aos outros.” — 1 Tes. 5:11.

      E qual é sua recompensa por ser encorajador? Sentir-se-á também encorajado, pois é veraz o provérbio: “Aquele que rega liberalmente os outros [com encorajamento] também será regado liberalmente [com ele].” — Pro. 11:25.

  • Monotonia e futilidade ou estabilidade?
    A Sentinela — 1972 | 1.° de janeiro
    • Monotonia e futilidade ou estabilidade?

      HÁ MUITO tempo, o Rei Salomão, grande observador da natureza e dotado de sabedoria incomum da parte de Deus, escreveu:

      “O sol raiou e o sol se pôs, e vem ofegante ao seu lugar onde vai raiar. O vento vai para o sul e faz o giro para o norte. Gira e gira continuamente em volta, e o vento retorna logo aos seus giros. Todas as torrentes hibernais correm para o mar, contudo, o próprio mar não está cheio. Ao lugar de onde correm as torrentes hibernais, para lá elas voltam a fim de sair correndo. Todas as coisas são fatigantes; ninguém pode falar disso. O olho não se farta de ver, nem o ouvido se enche de ouvir.” — Ecl. 1:5-8.

      O olho e o ouvido se vêem constantemente confrontados com esta procissão incansável de acontecimentos repetidos, e, visto que a vida do homem imperfeito é tão curta, talvez pareça que tudo isso é monotonia e acabe em vaidade. Mas, conforme Salomão passou a mostrar, a verdadeira causa da frustração é a situação que o homem criou para si mesmo, procurando muitas coisas de que realmente não precisa. Salomão provou isso para si mesmo, pela experiência, acumulando riquezas, casas, jardins, servos e até mesmo cantores para entretê-lo. Mas, conforme descobriu, era “um esforço para alcançar o vento”. — Ecl. 2:3-23.

      Uma ilustração disso, nos tempos modernos, vemos no afastamento do homem da vida natural, nesta era industrial, e no desenvolvimento de uma artificial sociedade tecnológica, que em muitos casos criou uma vida de estafa e de monotonia. Como?

      Embora uma vida de pura pobreza seja obviamente indesejável e resulte em estafa, a prosperidade da era industrial tampouco tem sido sem a sua estafa. A produção em massa prende muitas pessoas a empregos nos quais repetem uma pequena operação centenas de vezes por dia, sem qualquer melhora da condição mental ou espiritual do operário. E no mundo comercial, a pressão constante de obter maiores lucros cria uma rotina enfadonha que esgota os homens.

      A futilidade desta espécie de vida, com toda a sua repetição rotineira, sua brevidade e seu vácuo, faz com que muitos se perguntem: Será que a vida é só isso? É isso o que Deus proveu para a humanidade? Não, e a consideração dos

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