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A esperança da criação — aguardando sua realizaçãoA Sentinela — 1980 | 1.° de outubro
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A esperança da criação — aguardando sua realização
“Esperança de que a própria criação será também liberta da escravização à corrução e terá a liberdade gloriosa dos filhos de Deus.” — Rom. 8:20, 21.
1, 2. Em que somos diferentes das pessoas do mundo que “esperam desesperando” algo favorável para a criação humana?
NÃO parece haver esperança para a humanidade! E não são poucos os que pensam assim.
2 Mas, há outros que “esperam desesperando”. Quer dizer, apegam-se a uma esperança sem qualquer base para poderem aguardar seu cumprimento. Nós, porém, esperamos com base sólida a realização de nossa gloriosa esperança. Nisto nos parecemos a certo homem da antiguidade.
3. Neste respeito, a quem nos parecemos, e como se cumpriu a esperança bem fundada daquele antigo patriarca?
3 Este homem era oriental, chamando-se Abraão, que primeiro morava no que hoje é conhecido por Iraque. Crendo numa esperança especial que se lhe apresentou, mudou-se para a vizinhança da cidade chamada Berseba, ao norte da península de Sinai. No caso de Abraão, a esperança de certas nações ficou ligada ao nascimento dum menino, dado à luz pela sua esposa Sara. Ele chegara aos 99 anos de vida, e sua esposa, aos 89. Usualmente, a extrema velhice devia ter desfeito sua esperança de terem um filho. Mas Abraão recebera a promessa de Alguém que nunca deixa de cumprir suas promessas, isto é, de seu Deus, Jeová. Então, o que fez Abraão? Apegou-se à esperança que Deus lhe deu. O registro histórico, na Bíblia, diz: “Embora além de esperança, contudo, baseado na esperança, ele teve fé, para tornar-se pai de muitas nações, de acordo com o que se dissera [por Deus]: ‘Assim será o teu descendente.’” (Rom. 4:18) A esperança de Abraão não foi desapontada, pois, por um milagre, sua esposa Sara deu-lhe à luz o filho Isaque. Deste nascimento procederam nações!
4. (a) Com que está envolvida toda a criação humana, não só com respeito à população atualmente viva, mas remontando a que tempo? (b) Que perguntas surgem com respeito ao primeiro homem, quando estava sozinho no seu lar terreno?
4 Hoje, toda a criação humana está envolvida numa esperança dada por Deus! Ela não se refere apenas à atual população viva da terra, mas a toda a criação humana, remontando à descendência direta do primeiro homem na terra, Adão. Este primeiro homem, para o crédito de seu Criador, foi trazido à existência com perfeição absoluta de corpo e mente. Foi colocado num perfeito lar terreno, o jardim do Éden, com todas as provisões para sustentar a vida humana perfeita em felicidade. Seu Criador, seu Pai celestial, tornou-se seu companheiro, falando com ele regularmente desde o domínio invisível. Além disso, em vista de todos os animais terrestres, as aves e os peixes em volta dele, no jardim do Éden, Adão tinha bastante para fazer, para não se sentir solitário. Mas, por que colocou seu Pai celestial a Adão neste Paraíso de delícias? Para ser solitário guarda florestal ou jardineiro? Quanto tempo devia viver e usufruir toda esta bondade das mãos de seu Dador da vida?
5. De que pessoa dependia a resposta a estas perguntas, e que conselho pertinente podia ter em mente o Adão perfeito?
5 Deu-se a entender a Adão que tudo isso dependia dele mesmo! Adão, com sua memória perfeita, nunca se esqueceria do conselho que lhe foi dado pelo seu Pai celestial: “De toda árvore do jardim podes comer à vontade. Mas, quanto à árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau, não deves comer dela, porque no dia em que dela comeres, positivamente morrerás.” — Gên. 2:16, 17.
6. O que abriu a ordem divina para a humanidade, e como vieram a existir os descendentes de Adão?
6 Esta ordem divina abriu o caminho para Adão viver para sempre, se fosse a vontade de Deus. Conforme o registro mostra mais adiante, Adão viveu 930 anos, mas poderia ter vivido infinitamente mais tempo. Ele foi o responsável de nós morrermos hoje. Conforme todos devemos reconhecer, aquele primeiro homem na terra teve descendentes; senão, não existiríamos. Mas, não foi pelo processo inumano de reprodução que os atuais experimentalistas científicos chamam de clonagem assexual, como no caso de algumas plantas. Em vez disso, como no caso das aves e dos animais terrestres, Deus criou para ele uma fêmea equivalente, uma esposa, tirando uma costela de Adão para iniciar a criação dela. Ao casar o primeiro homem com a primeira mulher na terra, Deus apresentou-lhes a esperança de vida infindável na terra paradísica. Abençoou-os e disse-lhes que reproduzissem sua espécie para encher toda a terra, sobre a qual se estenderia seu paraíso. — Gên. 2:18-24; 1:26-28.
7. Que situação humana não esperavam Adão e Eva, e por que não se deve culpar a serpente pelo rumo da situação humana?
7 A perspectiva de toda a humanidade era então muito esperançosa. Adão e Eva nunca esperavam ver sua prole ‘junta gemer e junta estar em dores’, por causa da condição física, moral e social em que nos encontramos hoje. Comerem em desobediência do fruto da árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau talvez lhes parecesse algo de somenos importância, mas foi este ato que se tornou responsável pela condição atual. Por comerem pecaminosamente, primeiro Eva e depois Adão liquidaram sua esperança dada por Deus, enquanto ainda não tinham filhos. Se Deus não interviesse de algum modo, nós, hoje, ficaríamos totalmente sem esperança. É verdade que uma serpente, no Éden, ficou de algum modo envolvida no assunto, mas, não lancemos toda a culpa sobre aquele réptil. Antes, a Bíblia nos indica o manipulador espiritual, invisível, atrás da serpente. Quem era? Um anjo celestial, que estava decidido a desviar Adão e Eva de tornarem Jeová Deus a sua esperança.
8. Eva foi desencaminhada a fazer o que, e por que não estamos hoje no jardim do Éden original?
8 Este maquinador rebelde, que falou por meio da serpente, enganou Eva a tentar fazer-se igual a Deus. Como tal, ela desenvolveria a esperança de sua própria escolha. Até então, seu marido Adão havia sido o profeta de Deus para ela. Adão havia agido como porta-voz de Deus, ao falar-lhe sobre a ordem de Deus, de não comer do fruto proibido. Ela, depois de tomar por objetivo tornar-se deusa por comer do fruto proibido, agiu como profetisa da serpente, por usar sua bela voz para induzir Adão a juntar-se a ela na violação da lei. Finalmente, por motivos que desonravam a Deus, Adão ‘escutou a voz de sua esposa’, a falsa profetisa. (Gên. 3:17) Por isso, Jeová Deus proferiu uma sentença justa de morte sobre o Seu profeta infiel, Adão. A esposa deste, Eva, recebeu a mesma sentença. Então já como que mortos, foram expulsos do jardim do Éden, para viverem os seus dias remanescentes na terra não cultivada. Todos nós, ainda não nascidos, nos órgãos reprodutivos de Adão e Eva, fomos expulsos junto com eles.
9. Ofereceu-se aos dois pecadores humanos, deliberados alguma esperança diferente da apresentada na ordem de Deus a Adão? E como ficou o caso com respeito a nós, descendentes deles?
9 Nenhuma outra perspectiva, diferente da apresentada na ordem de Deus a Adão, foi dada àqueles deliberados violadores originais da lei, Adão e Eva. Corretamente, não se lhes apresentou nenhuma esperança, porque haviam rejeitado a esperança original, dada por Deus. Mas, deixou isso nenhuma esperança para todos nos, os descendentes não responsáveis deles? Felizmente, não!
OFERECIDA UMA ESPERANÇA DADA POR DEUS
10. Quem foi primeiro sentenciado ali no Éden, como veio a ser chamado e o que sucederia a ele no conflito predito?
10 As palavras de esperança não foram dirigidas pessoalmente a Adão e Eva; eles apenas as ouviram. As palavras de Deus, que continham a base para termos esperança, foram dirigidas ao espírito rebelde, que havia ardilosamente usado a serpente para induzir Eva a se tornar bem-sucedida profetisa dele. Este foi estigmatizado com o nome de Satanás, o Diabo. Visto que ele iniciou o proceder malicioso e manhoso com o fim de enganar, até mesmo por meio duma serpente no Éden, foi também chamado de “serpente original”. (Rev. 12:9; 20:2) Esta criatura espiritual, que deificou a si mesma, tornando-se a primeira a mentir contra Deus e à mulher, foi a primeira a receber uma decisão judicial de Deus, no Éden. Deus proferiu sobre ela sua maldição, predizendo então uma luta, na qual “a serpente original” e os que tomassem o partido dela neste conflito sofreriam uma derrota total.
11. De que maneira permitia o fraseado da sentença proferida sobre “a serpente original” alguma esperança com respeito à descendência de Adão e Eva?
11 Deus disse à “serpente original”: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre o teu descendente e o seu descendente. Ele te machucará a cabeça e tu lhe machucarás o calcanhar.” (Gên. 3:14, 15) Isto significava o aniquilamento da “serpente original” e de sua prole. Mas, oferecia esta decisão judicial de Deus qualquer motivo de esperança à futura descendência de Adão e Eva? Não, não diretamente, mas apenas por inferência ou dedução.
12. As palavras de Deus dirigidas a Satanás introduziram que espécie de “mulher” no caso, e por que é que Maria, mãe de Jesus Cristo, não podia estar à altura de ser esta “mulher”?
12 Introduziu-se uma mulher no caso. Quem havia de ser? Havia de ser alguém que demonstrasse inimizade e ódio à “serpente original” e sua prole. Eva não seria própria para isso, porque se fizera falsa profetisa da “serpente original”. Fora persuadida a crer que Jeová Deus era mentiroso. Nem mesmo Maria, mãe de Jesus Cristo, seria própria. Passar-se-iam quatro mil anos antes de esta moça judaica nascer como descendente de Abraão e sob o código da Lei judaica. Seu filho primogênito, Jesus, viveu na terra apenas por 33 anos e meio. Quando sua mãe terrestre viu no Calvário o que “a serpente original” havia mandado fazer a este filho, que lhe fora dado milagrosamente, ela já havia vivido a maior parte de sua vida. De modo que ela mesma só podia ter inimizade à “serpente original” por poucas décadas de sua vida.
13. Quem ou o que somente podia ser a “mulher” mencionada, e em que posição se agradou de ser colocada com respeito à serpente simbólica e sua prole?
13 A “mulher” da profecia de Deus seria logicamente alguém vivo e que escutou quando Deus falou à “serpente original” no Éden. A “mulher” simbólica continuaria a viver muito tempo depois da morte de Eva, sim, até o próprio tempo em que Deus faria com que a “mulher” produzisse o prometido “descendente”, o que veio a acontecer mais de 3.000 anos após a morte de Eva. Portanto, quem seria esta “mulher” simbólica senão a própria “mulher” de Deus, quer dizer, sua organização celestial de santas criaturas espirituais que se negaram a se juntar à “serpente original” na rebelião dela? Respeitaram o casamento de Deus com sua fiel organização universal e não se divorciaram Dele para se juntar à organização que se casaria com “a serpente original”. Tiveram muito prazer em que Deus pusesse inimizade entre eles e o “descendente” organizado da “serpente original”.
14. (a) Portanto, que expectativa se apresentou à “mulher” de Deus, junto com que posterior experiência peculiar das mulheres? (b) Nascemos nós na relação de filhos de Deus? Contudo, que esperança se apresenta à humanidade?
14 Portanto, no Éden, Deus apresentou uma perspectiva materna à sua organização celestial, semelhante a uma esposa. Daí em diante, ela podia esperar tornar-se mãe do “descendente” de quem seu Marido, Jeová Deus, seria Pai. Para sua “mulher”, o cumprimento desta esperança valia a espera de 4.000 anos. Estava disposta a sofrer quaisquer dores de parto que pudessem estar envolvidas nisso, assim como se deu com a mulher simbólica observada na visão descrita pelo apóstolo cristão João, em Revelação 12:1-5. A maternidade é o desejo normal de toda mulher adulta. Assim, por que não se iria apresentar a maternidade à “mulher”-organização celestial de Deus? Apropriadamente, a esperança de maternidade foi dada à “mulher” de Deus antes de Deus, em misericórdia, deixar que Eva, esposa do então pecaminoso Adão, ficasse mãe, fora do Éden. Mas não foi como bênção que Deus disse à pecadora Eva: “Aumentarei grandemente a dor da tua gravidez; em dores de parto darás à luz filhos.” (Gênesis 3:16, em contraste com Gên. 1:28) Quando Adão transmitiu à descendência deles a informação a respeito da profecia de Deus sobre o “descendente” da “mulher”, ele não atuou como profeta de Deus; nem atuou sua esposa Eva como profetisa de Deus. Quer Adão e Eva cressem na promessa de Deus, registrada em Gênesis 3:15, quer não, Deus quis que os descendentes deles baseassem a esperança nesta promessa. Embora Adão fosse criado como “filho de Deus”, nós, descendentes imperfeitos e pecaminosos dele, não nascemos como filhos de Jeová Deus. (Luc. 3:38) De modo que não temos, por natureza, o testemunho do espírito santo de Deus ao nosso espírito humano de que somos filhos de Deus. Entretanto, existe alguma esperança de retornarmos à família dos filhos de Deus? Sim, existe!
15. Com respeito ao caso da humanidade, o que indica o fato de hoje haver ainda mais de 4 bilhões de nós, humanos, vivos na terra?
15 Se o caso tivesse sido sem esperança para nós, por que teria Deus deixado que tantos de nós nascêssemos a Adão e Eva — bem mais de cem gerações de seus descendentes até agora? Hoje, depois de todas as guerras e outras catástrofes, além da doença e da morte natural, vivem mais de 4.200.000.000 de nós, e prediz-se que, por volta do ano 2000 E.C., haverá 6.000.000.000 de pessoas na terra. Será que tudo isso foi em vão? É evidente que não!
16. (a) Em vista da capacidade do próprio homem, da capacidade de quem depende a realização da esperança da criação? (b) O nascimento e a vida de quem na terra marcou um ponto decisivo na história humana?
16 Naturalmente, o homem não pode ajudar a si mesmo. Contudo, o caso da criação humana não ficou sem esperança, apesar do aspecto pouco promissor da situação. Isto não se deve a algo que o próprio homem possa fazer, mas baseia-se solidamente no que Deus já fez e ainda fará, segundo a sua inquebrantável promessa. Permitir Deus que umas 70 gerações nascessem a Adão e Eva, possibilitou que seu Filho, do céu, nascesse como o homem Jesus Cristo. Este Filho de Deus, na terra, cumpriu a vontade de Deus em benefício de toda a humanidade. Isto marcou um ponto decisivo na história para nós, humanos!
A CRIAÇÃO HUMANA “SUJEITA À FUTILIDADE” COM A ESPERANÇA DE LIBERTAÇÃO
17. O que escreveu o apóstolo Paulo em Romanos 8:19-24, sobre a sujeição da humanidade à futilidade dos esforços próprios e sobre a criação gemente aguardar o quê?
17 Cerca de 23 anos depois de Jesus Cristo ter terminado sua carreira terrestre e ter subido ao céu, o apóstolo cristão Paulo escreveu à congregação em Roma, na Itália, dizendo: “A expectativa ansiosa da criação [humana] está esperando a revelação dos filhos de Deus. Porque a criação estava sujeita à futilidade, não de sua própria vontade, mas por intermédio daquele que a sujeitou, à base da esperança de que a própria criação será também liberta da escravização à corrução e terá a liberdade gloriosa dos filhos de Deus. Pois sabemos que toda a criação junta persiste em gemer e junta está em dores até agora. Não somente isso, mas também, nós mesmos, os que temos as primícias, a saber, o espírito, sim, nós mesmos gememos em nosso íntimo, ao passo que esperamos seriamente a adoção como filhos, sermos livrados de nossos corpos por meio de resgate. Pois fomos salvos nesta esperança.” — Rom. 8:19-24.
18. (a) Quem sujeitou toda a criação humana à futilidade, e como? (b) Aonde nos levam hoje as instituições humanas, e é aquilo que parece ser iminente o mesmo que a “expectativa ansiosa” da criação gemente?
18 Aquele por meio de quem a criação humana ficou sujeita à futilidade ou frustração é Deus. Não fomos sujeitos a ela por nossa própria vontade, visto que não fomos nós que decidimos nascer. Deus quis que fôssemos trazidos à existência, apesar de ter sentenciado Adão e Eva à morte. (Gên. 3:16-24; 5:1-4) Todavia, não nascemos com a “gloriosa liberdade” que Adão e Eva tiveram no início no jardim do Éden, como “filhos de Deus”. Nascemos na “escravização à corrução”, sob a condenação à morte, de todos os descendentes de Adão. (Rom. 5:12) Por isso não podemos salvar a nós mesmos. Todos os nossos esforços de salvar a nós mesmos estão condenados à futilidade, à frustração. Aonde nos levaram todos os esforços dos governos humanos? Aonde nos levaram todos os arranjos sociais, econômicos, financeiros, médicos e científicos da almejante humanidade até agora? Todos nós ainda sofremos corrução mental, física e moral. Também, agora parece que uma guerra nuclear, com mísseis balísticos intercontinentais emergindo dos mares e mergulhando do céu, significaria o fim abrupto de todos nós. Pode-se descrever isso como sendo a “expectativa ansiosa” da criação gemente?
19. Com que objetivo sujeitou Deus o homem decaído à futilidade ou frustração, mas à base de que esperança fez isso?
19 Todavia, o próprio Criador do homem não está sujeito à futilidade ou frustração. A humanidade corruta não pode frustrar o propósito do Criador. Por isso, ele mesmo é a nossa esperança. Assim, ele quer que tenhamos confiança nele, não em nós mesmos. Sujeitou a todos nós à incapacidade humana, para que não tivéssemos nenhum motivo para depositar a esperança em nós mesmos. Como única Fonte de esperança, ele sujeitou a humanidade à futilidade, mas não sem esperança. Antes, conforme diz Romanos 8:20, 21, fez isso “à base da esperança de que a própria criação será também liberta da escravização à corrução e terá a liberdade gloriosa dos filhos de Deus”.
20. (a) Será que o chamado “mundo livre” usufrui a “liberdade gloriosa dos filhos de Deus”? (b) A “expectativa ansiosa da criação” aguarda a revelação de quê?
20 Atualmente, os governantes de certa ideologia política classificam seu domínio como sendo “o mundo livre”, em contraste com os que estão sob governos opostos. Mas, não importa quais as afirmações dos grupos políticos conflitantes, nenhum deles tem a “liberdade gloriosa dos filhos de Deus”. Somente o Deus e Pai do Senhor Jesus Cristo oferece à família humana a esperança do restabelecimento da relação que Adão e Eva tinham, quando os criou no Éden. Mas, este restabelecimento tem de aguardar uma ação futura da parte de Deus. Ficamos sabendo de que se trata das palavras do apóstolo: “A expectativa ansiosa da criação está esperando a revelação dos filhos de Deus.” (Rom. 8:19) O apóstolo Paulo, que escreveu estas palavras, classificou-se como estando entre esses “filhos de Deus”, em Romanos 8:15-17.
21. Quem é o principal dos “filhos de Deus”, como foi sarado o ferimento no seu “calcanhar”, e com que objetivo, segundo Hebreus 2:14, 15?
21 Estes específicos “filhos de Deus” constituem o descendente da “mulher” de Deus, mencionado na profecia edênica de Deus, em Gênesis 3:15. O principal deste “descendente” da organização celestial de Deus é Jesus Cristo, aquele que Deus permitiu que “a serpente original” lhe machucasse o calcanhar, quando morreu na estaca de tortura, no ano 33 E.C. Mas Deus sarou este ferimento no calcanhar por ressuscitar seu Filho fiel no terceiro dia depois de morrer. Sendo este ressuscitado como Filho espiritual, celestial, de Deus, não como Filho humano, podia ser acolhido de volta pela “mulher” celestial de Deus. Conforme diz Hebreus 2:14, 15, ele reduzirá “a nada aquele que tem os meios de causar a morte, isto é, o Diabo, . . . para que emancipasse todos os que pelo temor da morte estavam toda a sua vida sujeitos à escravidão”.
22. Quem são os membros secundários do “descendente” da “mulher” de Deus?
22 Os membros secundários do “descendente” da composta “mulher” de Deus são os discípulos de Jesus Cristo, os que recebem a geração pelo espírito de Deus, para se tornarem espirituais “filhos de Deus” e co-herdeiros de seu irmão mais velho, Jesus Cristo, no céu.
23. De acordo com 1 Pedro 1:3, 4, para que espécie de esperança gerou Deus os membros secundários do “descendente”, e ainda está viva esta esperança, nesta data tardia?
23 O apóstolo Pedro fala de sua esperança celestial como sendo “viva”, ao escrever-lhes: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, pois, segundo a sua grande misericórdia, ele nos deu um novo nascimento para uma esperança viva por intermédio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, e imaculada, e imarcescível. Ela está reservada nos céus para vós.” (1 Ped. 1:3, 4) Esta sua esperança ainda está “viva” hoje em dia. Ela não morreu em vista de qualquer aparente demora da sua realização para com os do restante deles ainda na terra. Estes esperam ver o cumprimento desta esperança dentro em breve, no tempo determinado de seu Deus e Pai, Jeová. O apóstolo Paulo faz-nos lembrar Gênesis 3:15, no que escreveu à congregação gerada pelo espírito, em Roma, dizendo: “O Deus que dá paz . . . esmagará em breve a Satanás debaixo dos vossos pés.” — Rom. 16:20.
24. Quem aguarda ansiosamente a revelação de tais ‘filhos de Deus, e depois de que evento ocorre esta revelação?
24 A “revelação” destes “filhos de Deus”, junto com o principal Filho de Deus, Jesus Cristo, no futuro próximo, é a “expectativa ansiosa da criação” humana. Mas, esperamos em breve, antes deste evento, a “grande tribulação” que o Pai celestial, Jeová Deus, lançará sobre os opositores e perseguidores que causam tribulação aos seus filhos espirituais e aos companheiros leais deles. — Rev. 7:14, 15; 2 Tes. 1:6-10.
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Por que as nossas boas esperanças se realizarão com certezaA Sentinela — 1980 | 1.° de outubro
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Por que as nossas boas esperanças se realizarão com certeza
“Deus faz que todas as suas obras cooperem para o bem daqueles que amam a Deus.” — Rom. 8:28.
1. Sobre que tem sido informado um número crescente de membros da criação gemente, no nosso século 20, e em que situação está a sua esperança depois de todas essas décadas? Por quê?
NO NOSSO século 20, um crescente número de membros da criação humana foi informado sobre a aproximação da “revelação dos filhos de Deus”, e eles sabem agora o que esperar em breve. Apesar de todos os ‘gemidos e dores’ a que a criação humana ficou sujeita até agora, estas pessoas informadas e expectantes alegram-se com a esperança. A despeito das décadas que já decorreram desde que esta “grande multidão” começou a ser formada, sua esperança também é viva. Igual a uma “árvore da vida”, ela vive no seu coração, porque se funda na promessa de Deus, escrita nas páginas da Bíblia. — Pro. 13:12; Rev. 7:9; 21:5; Rom. 8:19-22.
2. (a) Em que condição legítima oram os da “grande multidão” pela vindicação de Jeová Deus? (b) Ao orarem: “Santificado seja o teu nome”, em prol de que ação oram, e quando será cumprida?
2 Acima de tudo, esperam a breve vindicação da soberania universal de Jeová, o Criador. Reconhecem que ele é justo no exercício de sua soberania sobre todo o universo de sua criação. Por isso, são inflexivelmente contra a “serpente original”, Satanás, o Diabo, que julga mal e difama a soberania de Jeová, tendo voltado a maior parte da criação humana contra esta soberania. Dirigem a oração do Pai-Nosso a Jeová e dizem: “Santificado seja o teu nome.” (Mat. 6:9, 10) Oram assim para que o próprio Jeová santifique seu nome. Ele responderá a esta oração durante a iminente “grande tribulação”, que atingirá seu clímax na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon, seguida pela amarração e pelo lançamento no abismo da “serpente original” e de todo a seu “descendente” demoníaco. — Eze. 36:23; 38:16, 23; 39:27; Rev. 16:14, 16; 20:1, 2.
3. Segundo Revelação 7:9, 10, a “grande multidão” de esperançosos sobreviverá para presenciar que eventos?
3 A “grande multidão” de esperançosos sobreviverá para presenciar a vindicação da soberania universal de Jeová e a santificação de seu nome. Bem apropriadamente, pois, Revelação 7:9, 10, retrata-os profeticamente como depois estando em pé diante do trono do vindicado Deus e perante seu abnegado Filho, Jesus Cristo, dizendo com gratidão: “Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro.”
4. Visto que os da “grande multidão” não compartilham os temores das pessoas do mundo, o que fazem com temperamento brando e profundo respeito perante as autoridades do mundo?
4 Na situação atual, antes do irrompimento da “grande tribulação”, quando o mundo se vê paralisado de medo, os da “grande multidão” não temem aquilo de que as pessoas do mundo têm medo. Obedecem corajosamente ao que o apóstolo Pedro escreveu: “Santificai o Cristo como Senhor nos vossos corações, sempre prontos para fazer uma defesa perante todo aquele que reclamar de vós uma razão para a esperança que há em vós, fazendo-o, porém, com temperamento brando e profundo respeito.” — 1 Ped. 3:15.
5. De que modo participam no cumprimento da profecia de Jesus em Mateus 24:14, e qual é a sua atitude para com a ordem de Jesus em Mateus 28:19, 20?
5 Altruisticamente, compartilham sua gloriosa esperança com todos ao seu alcance. Participam assim no cumprimento da profecia de Jesus: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações.” Agora é mais urgente do que nunca antes acatarem a ordem de Jesus: “Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as . . ., ensinando-as.” — Mat. 24:14; 28:19, 20.
6. Por que seremos mais favorecidos do que os primitivos cristãos que tiveram uma esperança similar em séculos passados?
6 Ninguém mais tem uma esperança fundada na Bíblia tal como a nossa. É a melhor coisa que podemos compartilhar com outros. Nossa esperança é um tesouro com o qual nos alegramos. Diz-se-nos: “Alegrai-vos na esperança.” (Rom. 12:12) Confiantemente, podemos esperar sua realização em breve. Não é em vão que esperamos perseverantes a sua realização. Os primitivos cristãos apenas aguardavam aquilo que em breve se cumprirá em nós. Seremos muito favorecidos por realmente presenciarmos a sua grandiosa realização.
AS OBRAS DE DEUS CERTAMENTE COOPERARÃO PARA O BEM
7, 8. (a) Por que não esperamos demais quanto ao que será realizado? (b) Neste respeito, o que sabemos, iguais ao apóstolo Paulo, conforme apresentado em Romanos 8:28-30?
7 Não esperamos demais quanto ao que será realizado, desde que esteja escrito na Palavra de Deus. Nada escrito lhe será impossível! Ele não pode deixar de cumprir sua gloriosa promessa, visto que é o Deus Todo-poderoso. Se nós o amarmos e provarmos isso pela nossa obediência, ele não deixará de transformar toda a sua boa promessa em gloriosa realidade. Sabemos isso, assim como o apóstolo Paulo sabia no primeiro século E. C. Paulo fez a seguinte afirmação, em Romanos 8:28-30, escrita por volta de 56 E.C.:
8 “Ora, nós sabemos que Deus faz que todas as suas obras cooperem para o bem daqueles que amam a Deus,a os que são os chamados segundo o seu propósito; porque aqueles a quem deu o seu primeiro reconhecimento, a esses também predeterminou que fossem modelados segundo a imagem de seu Filho, para que este fosse primogênito entre muitos irmãos. Ademais, os que ele predeterminou são também os que chamou; e os que ele chamou são também os que declarou justos. Finalmente, os que ele declarou justos são também os que glorificou.”
9. Como é Romanos 8:28 vertido por uma edição da versão de João Ferreira de Almeida e algumas traduções modernas da Bíblia, mas como rezam outras versões modernas de modo similar à Tradução do Novo Mundo?
9 Na versão de João Ferreira de Almeida, edição atualizada, da Bíblia, Romanos 8:28 reza: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” Numerosas traduções modernas deste versículo bíblico rezam do mesmo modo. No entanto, A Bíblia de Jerusalém, Novo Testamento, reza: “E nós sabemos que Deus coopera em tudo para o bem daqueles que o amam, daqueles que são chamados segundo o seu desígnio.” A versão de Lincoln Ramos reza: “Ora, nós sabemos que Deus faz tudo concorrer para o bem daqueles que o amam.” E A Bíblia na Linguagem de Hoje reza: “Porque sabemos que em todas as coisas Deus trabalha para o bem daqueles que o amam.” — Veja também a versão do Pontifício Instituto Bíblico.
10, 11. (a) Quais são as obras que Deus faz cooperar para o bem dos chamados? (b) Que espécie de ações pessoais não devem ser incluídas entre “todas as coisas” mencionadas em Romanos 8:28?
10 Todas as coisas mencionadas em Romanos 8:28-30 são obras de Deus, não do homem. Segundo o registro, são as obras de Deus que ele faz cooperar para o bem dos chamados que o amam, porque quer que alcancem o Reino ao qual os chamou. Mas, se alguém que afirma ser cristão batizado e destinado ao reino celestial passa a agir em desacordo com a sua chamada celestial, não podemos esperar que Deus faça tal ação resultar em bem para o ofensor, ou mesmo que sua ação concorra automaticamente para o seu bem. Por exemplo, se um professo cristão com chamada celestial se empenhar demais num esporte, durante sua recreação, e quebrar a perna ou o tornozelo, será que Deus faz este ferimento concorrer para o bem do esportista? Ou se um cristão chamado, num período de fraqueza e de inclinações erradas, escolher passar por uma zona de meretrício por mera curiosidade ou para ver outros homens serem induzidos à imoralidade com prostitutas, e ele mesmo se tornar vítima das propostas duma meretriz, cometendo fornicação, pode-se esperar que Deus faça com que este acontecimento concorra para o bem do pecador? Será que pôr Deus assim à prova resulta em bem?
11 O resultado de tal prejuízo físico ou moral depende inteiramente da pessoa afetada, quanto a como reage as conseqüências de seu proceder imprudente. Talvez aprenda uma lição desta experiência dura. Mas, será que aprender ele assim uma lição torna todo este assunto uma das obras de Deus, especialmente porque Ele talvez tenha misericórdia no assunto? Certamente que não! Não deve ser incluído em “todas as coisas” mencionadas por Paulo em Romanos 8:28.
12. De que natureza são todas as obras de Deus mencionadas em Romanos 8:29, 30, e em que ordem as cita Paulo?
12 Quando passamos a ler os Rom. 8 versículos 29 e 30, e notamos as obras de Deus mencionadas neles, discernimos que, sem exceção, todas as obras de Deus para com o cristão predeterminado e chamado são boas. Também, cooperam para o bem do herdeiro do Reino em todo estágio dos assuntos manejados por Deus. Invertendo os estágios, Paulo escreveu: “Porque aqueles a quem deu o seu primeiro reconhecimento, a esses também predeterminou que fossem modelados segundo a imagem de seu Filho, para que este fosse primogênito entre muitos irmãos. Ademais, os que ele predeterminou são também os que chamou; e os que ele chamou são também os que declarou justos. Finalmente, os que ele declarou justos são também os que glorificou.”
13. (a) Quando é que Deus glorifica os que são declarados justos? (b) Em que base é alguém declarado justo?
13 Quando é que Deus faz a glorificação? Quando dá aos favorecidos o esplendor do conhecimento de seu Filho primogênito, agora enaltecido à Sua mão direita. Deus os põe assim no caminho que leva à glória celestial. Depois desta obra inicial de Deus, a seguir, ele pode declará-los justos, mas apenas se tiverem fé no Cristo glorificado, a ponto de se entregarem ou dedicarem a Deus sem nenhuma reserva.
14. (a) Como se vem a estar entre os “chamados” por Deus? (b) Como se chega a ser incluído entre os ‘predeterminados’ por Deus?
14 Então, como chama Deus o discípulo dedicado e batizado de seu Filho glorificado, para que seja ‘transferido para o reino do Filho do seu amor’? (Col. 1:13) Deus faz isso por gerá-lo com Seu espírito para se tornar filho de Deus, gerado pelo espírito. É então que Deus pode chamar ou convidar a tal filho espiritual para se tornar parte do reino celestial, que só pode ser usufruído por aqueles que finalmente são ressuscitados para a vida espiritual no céu. (1 Cor. 15:43-50) Deus predeterminou que seu Filho tivesse associado com ele um grupo de irmãos com a mesma natureza divina e modelado segundo a imagem, de seu Filho primogênito, Jesus Cristo. Assim, depois de chamado, o filho de Deus, gerado pelo espírito, torna-se membro da classe predeterminada, na qual precisa mostrar-se fiel até a sua morte terrestre. Deus predeterminou esta classe, não determinado indivíduo, por nome, que entra nesta classe. Deus predeterminou que o número dos irmãos celestiais de Cristo fosse de 144.000, não se mencionando ninguém por nome com relação a isso. — Rev. 14:1-3.
15. Quando e como deu Deus “o seu primeiro reconhecimento” aos predeterminados?
15 Em Romanos 8:29, 30, o apóstolo Paulo salienta que Deus “deu o seu primeiro reconhecimento” aos da classe de cristãos que passou a glorificar ou honrar e dignificar, declarar justos, chamar e predeterminar. Isto foi o que Deus fez lá naquele tempo, no jardim do Éden, quando fez a sua profecia sobre o “descendente” de sua própria “mulher” e a façanha vitoriosa deste “descendente”. (Gên. 3:15) Assim, milênios antes de este “descendente” vir à existência, Deus foi o primeiro a reconhecer a necessidade dele e sua tarefa específica designada. A partir de então, Deus deu “seu primeiro reconhecimento” à sua obrigação de produzir tal “descendente”. De modo que isso ocupava o primeiro lugar no programa de Deus. Por conseguinte, Deus teve em mente e no coração aquilo que ele considerava digno de seu “primeiro reconhecimento” até produzir este “descendente” na pessoa de seu Filho, Jesus Cristo, e dos discípulos fiéis deste Filho, gerados pelo espírito. Durante todo o tempo decorrido até o surgimento deste “descendente”, Deus o previu e deu reconhecimento especialmente favorável a ele.
16. (a) Como é que cada uma de “todas as suas obras” narradas em Romanos 8:28-30, desempenha o seu papel? (b) Portanto, o que é certo com respeito a todos os “chamados segundo o seu propósito”?
16 Portanto, do começo ao fim, as “obras” de quem são detalhadas para nós em Romanos 8:28-30? As “obras” de Deus. E visto que ele é um Deus coerente, em perfeita harmonia consigo mesmo em todos os seus tratos, ele “faz que todas as suas obras cooperem para o bem daqueles que amam a Deus”. Nenhuma de “todas as suas obras” está em desarmonia ou desacordo com todas as suas outras obras objetivas. Estas obras prosseguem de maneira ordeira, uma levando à outra e preparando para ela. O propósito de Deus é magnífico, e ele sabe exatamente como executá-lo com bom êxito. Portanto, “os que são chamados segundo o seu propósito” podem ter a certeza de que ele nunca falhará. Se permanecerem fiéis e cooperarem amorosamente com ele, certamente terão parte na realização do Seu propósito por participarem ativamente no Seu reino celestial com Jesus Cristo.
PREVISTA OUTRA CLASSE
17. Que propósito amoroso tem Deus em conexão com os chamados e predeterminados, e desde quando?
17 Deus tem um propósito amoroso a cumprir por meio dos “chamados”, aos quais deu seu “primeiro reconhecimento”. Isto foi tornado claro 2.083 anos após a criação de Adão, a saber, no ano 1943 A.E.C. Deus disse então ao fiel patriarca Abraão: “Todas as famílias do solo certamente abençoarão a si mesmas por meio de ti.” De maneira que esta bênção abrangia o mundo e devia ser conseguida por meio dum “descendente” de Abraão. (Gên. 12:1-3; 22:17, 18) Este “descendente” predeterminado se comporia de Jesus Cristo e seus 144.000 discípulos “chamados”. (Rev. 7:1-8; 14:1-3; Gál. 3:16, 29) A promessa simples de Deus, feita a Abraão, mostrava Sua presciência da classe dum “descendente”, sem especificar o número dos que a comporiam. Somente o último livro da Bíblia nos fornece o número.
18. Nos tempos antigos, antes de Cristo, Deus usou pessoas e grupos para tipificarem ou ilustrarem profeticamente o quê?
18 Nos tempos antigos, antes de Cristo, havia pessoas e grupos que se tornaram amigos dos descendentes naturais de Abraão, Deus usou-os como tipos ou ilustrações proféticas de pessoas dos nossos próprios tempos modernos, que se tornariam amigos do pequeno restante dos “chamados” ainda na terra e se associariam com eles.
19. Como retrata Revelação 7:9-14 os associados ativos do restante dos discípulos “chamados” de Cristo, e que privilégio hão de ter no futuro próximo?
19 O último livro da Bíblia, escrito pelo apóstolo cristão João por volta de 96 E.C., predisse e retratou esses associados ativos do restante dos “chamados” como uma inúmera “grande multidão”. Os membros desta “grande multidão” hão de ser preservados vivos durante a vindoura “grande tribulação”, sim, durante a “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon, entrando numa nova ordem, na terra purificada, sob o reinado milenar de Jesus Cristo e de seus 144.000 “chamados”. O quadro profético desta “grande multidão”, conforme registrado em Revelação 7:9-14, foi explicado verbalmente e pela página impressa no ano de 1935. — Rev. 16:14, 16.
20. Quantos tipos e profecias salientando os da “grande multidão” foram destacados nas nossas publicações desde 1935, e por que têm eles uma esperança exclusiva, mas que será realizada com certeza?
20 Nos 45 anos desde então, pelo menos 42 tipos ou quadros proféticos dessa “grande multidão” de sobreviventes do Har-Magedon foram apresentados nas publicações da Sociedade Torre de Vigia (Veja Podeis Sobreviver ao Armagedom Para o Novo Mundo de Deus, publicado em português em 1959, páginas 399, 400.) Todos esses tipos e profecias mostram que Deus objetiva apenas o bem para com os desta “grande multidão” prevista. Isto se dá porque eles também o amam. Muitos desses estiveram dispostos a provar seu inquebrantável amor a ele, mesmo numa morte de mártir. De fato, a esperança apresentada aos da “grande multidão” não tem sido apresentada à vasta maioria da criação humana. Embora tenham uma esperança exclusiva e maravilhosa, aguardam com confiança a sua breve realização. Esta esperança viva que têm nunca os desapontará, porque o Deus que dá esperança é fiel. Sua promessa a eles é fidedigna e tem cumprimento certo: “O que está sentado no trono estenderá sobre eles a sua tenda. Não terão mais fome, nem terão mais sede, nem se abaterá sobre eles o sol, nem calor abrasador, porque o Cordeiro, que está no meio do trono, os pastoreará e os guiará a fontes de águas da vida. E Deus enxugará toda lágrima dos olhos deles.” — Rev. 7:15-17.
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