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EstanhoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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tua escória como que com barrela, e vou remover todo o teu refugo [bedhíl].” A primeira referência ao estanho, logo depois do Êxodo, o inclui entre os valiosos despojos de guerra tomados dos midianitas. (Núm. 31:2, 22) Na Palestina não havia minas de estanho; o pesado óxido escuro de estanho, chamado “cassiterita”, provinha das areias dos rios em Társis e da Inglaterra. (Eze. 27:12) Dos seis produtos da fornalha do antigo metalúrgico, o estanho possuía o ponto de fusão mais baixo de todos, de apenas 232°C. (Eze. 22:18, 20) Parece que o estanho era usado para fazer prumos, pois, em Zacarias 4:10 (que menciona o “prumo”), o Texto Massorético reza “a pedra [ou, o peso], o estanho”. Em Amós 7:7, 8, a palavra hebraica traduzida “prumo” talvez signifique estanho ou chumbo. A maior utilidade do estanho, contudo, era como agente endurecedor; 2 a 18 por cento de estanho numa liga com cobre foram encontrados em espécimes antigos de bronze.
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EstáterAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ESTÁTER
Uma moeda de prata com a qual Jesus e seu apóstolo Pedro pagaram o imposto para o templo. Equivalendo a quatro dracmas, correspondia ao salário de cerca de quatro dias daquele tempo. (Mat. 17:24, 27) Muitos peritos o consideram como o tetradracma cunhado em Antioquia (Síria) ou em Tiro. O tetradracma de Tiro, tendo aproximadamente o tamanho da moeda de meio-dólar dos Estados Unidos da América, estampava a cabeça do deus Melcart no anverso e uma águia pousada no leme dum navio, no reverso, além de uma inscrição que rezava “Tiro, a Santa e Invencível”. A figura do imperador Augusto aparecia no tetradracma de Antioquia.
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EstatutoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ESTATUTO
Uma regra ou lei, divina ou humana, formalmente estabelecida e registrada. (Gên. 26:5; Sal. 89:30-32; Dan. 6:15) A Bíblia revela que Jeová Deus é o supremo Legislador. — Isa. 33:22; veja LEGISLADOR; LEI.
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EsterAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ESTER
[Heb., Hadhassáh, murta, alegria; Estér, murta fresca]. Uma jovem órfã judia da tribo de Benjamim, descendente daqueles que foram deportados de Jerusalém junto com o Rei Joaquim (Jeconias) em 617 A.E.C. (Ester 2:5-7) Ela era filha de Abiail, tio de Mordecai. (2:15) Seu tutor era seu primo mais velho, Mordecai, um dos “servos do rei que estavam no portão do rei”, no palácio de Susã, durante o reinado do rei persa, Assuero (Xerxes I, do quinto século A.E.C.). (2:7; 3:2) Depois que Assuero depôs a rainha Vasti por sua desobediência, ordenou que fossem ajuntadas todas as lindas virgens para um período de massagens e de tratamentos de beleza especiais, de modo que o rei pudesse selecionar uma delas a fim de substituir Vasti como rainha. Ester achava-se entre aquelas que foram levadas para a casa do rei, aos cuidados de Hegai, o guardião das mulheres. À direção de Mordecai, ela manteve segredo que era judia. (2:8, 10) Ester foi escolhida como rainha no sétimo ano do reinado de Assuero. (2:16, 17) Por todo esse tempo, manteve-se em contato com Mordecai, seguindo os conselhos dele. Quando Mordecai descobriu um complô contra o rei, ela falou ao rei em nome de Mordecai. — 2:20, 22.
No décimo segundo ano de Assuero, Hamã, o agagita, que era primeiro-ministro, planejou o aniquilamento de todos os judeus nos 127 distritos jurisdicionais do império. Recebeu autorização do rei para expedir um decreto de execução deste projeto. (Ester 3:7-13) Atuando à base de informações e de conselhos de Mordecai, Ester revelou ao rei as intenções iníquas do complô de Hamã. A reação de Hamã aumentou a fúria do rei, e Hamã foi enforcado. (4:7 a 7:10) O rei, a pedido de Ester, expediu um segundo decreto que autorizava os judeus a lutar pela sua vida no dia fixado para a matança deles. (7:10; 8:3-14) Graças ao edito do rei e ao temor a Mordecai, que substituiu Hamã como primeiro-ministro, os governadores e as altas autoridades do império ajudaram os judeus a obter completa vitória sobre seus inimigos. (Cap. 9) As instruções de Mordecai, confirmadas por Ester, ordenavam os judeus a celebrar a Festa de Purim anualmente, costume conservado até os dias de hoje. — 9:20, 21, 29.
Ao passo que o livro de Ester não menciona o nome de Deus, é evidente das ações de Mordecai e de Ester que ambos eram fiéis servos do verdadeiro Deus, Jeová. Ester demonstrava as qualidades de alguém que confia na lei de Deus. Ela era “bonita de figura e bela de aparência” (Ester 2:7), porém, o que era mais importante, manifestava o adorno da “pessoa secreta do coração, na vestimenta incorruptível dum espirito quieto e brando” (1 Ped. 3:4), e, assim, obtivera o favor de Hegai, o guardião das mulheres, bem como do próprio rei. Ela não considerava o adorno ostentoso como sendo o importante, e, em conformidade com isso, “não solicitou nada senão o que Hegai . . . passou a mencionar”. (Ester 2:15) Ela mostrava grande tato e autodomínio. Era submissa ao seu marido, Assuero, chegando-se a ele com jeito e com respeito, quando a sua própria vida e a vida de seu povo corriam perigo. Mantinha-se calada quando era sábio fazê-lo, mas falava de modo destemido e intrépido quando era necessário, e na hora certa. (2:10; 7:3-6) Aceitava conselhos de seu primo maduro, Mordecai, mesmo quando segui-los punha em perigo a sua própria vida. (4:12-16) O amor e a lealdade que ela sentia para com seu povo, os judeus, que também eram o povo pactuado de Deus, foram demonstrados quando ela agiu em favor deles.
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Ester, Livro DeAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ESTER, LIVRO DE
Um livro das Escrituras Hebraicas cujo título é tirado do nome de seu principal personagem, embora alguns exemplares da Vulgata latina o chamem de “Assuero”, segundo o rei persa que figura com destaque no relato. Os judeus o chamam de Meghilláth ’Estér ou simplesmente o Meghilláh, que significa “rolo; volume”, porque, para eles, constitui em si mesmo um rolo mui altamente prezado.
ESCRITOR DO LIVRO
As Escrituras não dizem quem escreveu o livro de Ester. Alguns peritos creditam o livro a Esdras, mas o peso da evidência aponta para Mordecai como sendo o escritor. Segundo a Grande Sinagoga dos Judeus, Josefo e Clemente de Alexandria, o escritor foi Mordecai. Mordecai estava em situação de conhecer todos os mínimos fatos relatados na narrativa a respeito dos assuntos pessoais dele mesmo e de Ester, os feitos da família de Hamã, e, especialmente, do que se passava no castelo de Susã. Depois de sua promoção a primeiro-ministro do governo persa, ele teria acesso aos documentos oficiais mencionados no relato, e, assim como Daniel, Esdras e Neemias detinham posições oficiais no governo persa durante outros períodos e escreveram livros bíblicos que descreviam a relação dos judeus com aquela potência mundial, assim também Mordecai, com a bênção de Jeová, era o mais provável a escrever o livro de Ester.
CIRCUNSTÂNCIAS HISTÓRICAS
O relato fixa o tempo para seus eventos durante o reinado do Assuero que regia enquanto o Império Persa se estendia da índia à Etiópia, e incluía 127 províncias ou distritos jurisdicionais. (Ester 1:1) Estes fatos e sua inclusão no cânon, por Esdras, limitam sua cobertura ao período do reinado de um dos seguintes três reis, conhecidos da história secular: Dario I, o Persa, Xerxes I e Artaxerxes Longímano. No entanto, tanto Dario I como Artaxerxes Longímano são conhecidos como favorecendo os judeus, antes do décimo segundo ano de seus respectivos reinados, o que não se enquadra no Assuero do livro, visto que este, pelo que parece, não estava muito familiarizado com os judeus e sua religião, nem tinha inclinações a favorecê-los. Também, ser Xerxes I conhecido como tendo realizado grande festa e conselho de guerra no terceiro ano de seu reinado, antes de partir para combater a Grécia, tende a confirmar a conclusão de que o Rei Assuero do livro de Ester deve ter sido Xerxes I. (Ester 1:3) Em inglês, An American Translation e a tradução do Dr. James Moffatt até mesmo substituem Assuero por Xerxes no texto. Em português, a versão do Pontifício Instituto Bíblico também o faz. (Veja nota da versão do Centro Bíblico Católico sobre Ester 1:1.) Xerxes I começou a reinar em 486 A.E.C., e, segundo os escritos de Tucídides (do quinto século A.E.C.), considerados em conexão com uma tabela cronológica de Diodoro (do primeiro século A.E.C.), seu reinado terminou por volta de 474 A.E.C. De modo que ele regeu por cerca de doze anos, provavelmente até seu décimo terceiro ano, conforme indicado por Ester 3:7; 9:1, e pelos eventos descritos em 9:15 a 10:3. Visto que os primeiros eventos relatados no livro de Ester ocorreram no terceiro ano de seu reinado, e o restante do relato abrange o remanescente de seu reinado, o livro abrange o período de cerca de 484 a 474 A.E.C., aproximadamente dez anos. — Veja ASSUERO N.° 3.
Sem dúvida, o livro de Ester foi escrito por volta de 474 A.E.C., pouco após os eventos ocorrerem. O estilo vivido de escrita do livro sugere que o escritor foi uma testemunha ocular. Ademais, a forte inferência de que o escritor tinha acesso aos documentos governamentais (Ester 10:2) torna mui provável que o livro tenha sido escrito em Susã, na província do Elão, que então fazia parte da Pérsia. Suas palavras persas e caldéias, misturadas com o hebraico, ajustam-se à supracitada época da escrita, bem como à terra da Pérsia, como o local da escrita.
Esdras poderia ter trazido o livro de Babilônia para Jerusalém, em 468 A.E.C., pois a Grande Sinagoga de Jerusalém o incluíra no cânon antes de terminar seu período, por volta de 300 A.E.C.
AUTENTICIDADE E CANONICIDADE
A autoridade canônica do livro de Ester é posta em dúvida por alguns, porque não é citado nem se faz alusão a ele nas Escrituras Gregas Cristãs. Mas esta não é uma objeção concludente, pois a mesma circunstância existe quanto a outros livros de canonicidade bem atestada, tais como Esdras e Eclesiastes. Melito de Sardes, Gregório Nazianzeno e Atanásio acham-se entre aqueles que omitiram-no de suas listas de livros canônicos. No entanto, Jerônimo, Agostinho e Orígenes se referem nominalmente a tal livro. Acha-se na coleção Chester Beatty, sendo encontrados em um só códice os livros de Ezequiel, Daniel e Ester, códice este que foi provavelmente compilado na primeira metade do terceiro século da E.C. Não parece que sua autoridade tenha sido jamais posta em dúvida pelos judeus ou pelos cristãos primitivos como um todo. Em suas Bíblias, os judeus o situam após o Pentateuco, e entre os livros de Josué e Eclesiastes, e, às vezes, nos Hagiógrafos (os Escritos), entre Eclesiastes e Daniel.
Adições apócrifas foram mais tarde inseridas no livro. Alguns peritos datam sua origem de aproximadamente 100 A.E.C., cerca de 300 anos depois de ser fixado o cânon das Escrituras Hebraicas, segundo o conceito tradicional.
Acusa-se o livro de Ester de exageros em sua menção dum banquete que durou 180 dias, no terceiro ano do reinado de Assuero. (1:3, 4) No entanto, tem sido expresso que tal festa longa poderia ter sido realizada para agradar os numerosos oficiais das muitas províncias que não podiam, devido a seus deveres, permanecer ali durante toda ela e todos ao mesmo tempo. Na verdade, o texto não afirma que o banquete durasse tanto tempo, mas sim que o rei lhes mostrou as riquezas e a glória de seu reino durante 180 dias. Um banquete é mencionado em 1:3 e 1:5. Pode ser que não se queira referir a dois banquetes, e que o banquete de sete dias para todos que estavam no castelo, no fim da grande assembléia, seja o mencionado no versículo 3. [Commentaries on the Old Testament (Comentários Sobre o Velho Testamento), de Keil e Delitzsch sobre “Ester”] Terem tal grande assembléia e festa sido realizadas concorda com uma declaração de Heródoto sobre Xerxes começar a fazer preparativos para sua expedição à Grécia.
Em vista da ausência, por parte do livro, de qualquer menção direta de Deus, tal livro é acusado de ser irreligioso. Todavia, fala do jejum e de um “clamor por socorro” por parte dos judeus, subentendendo a oração. (4:3, 16; 9:31) Também, há indícios de Deus manobrar os eventos no caso da insônia do rei no tempo oportuno (6:1), e a possível alusão ao propósito divino em ter Ester atingido a posição de rainha. (4:14) Ademais, ter Mordecai se recusado estritamente a curvar-se diante do inimigo de Deus, Hamã, que, como agagita, talvez fosse um amalequita da realeza, é evidência de que Mordecai adorava a Jeová. — 3:1-6; Êxo. 17:14.
Evidência da história e da arqueologia
Descobertas históricas e arqueológicas acrescentaram sua voz em confirmar a autenticidade do livro de Ester. Bastarão alguns exemplos. A forma de os persas honrarem a um homem é descrita com autenticidade. (Ester 6:8) As cores branca e azul (ou violeta) eram as cores reais persas. Em Ester 8:15, lemos que Mordecai trajava uma “vestimenta real de pano azul e de linho” e uma capa de tecido púrpura-avermelhado.
Ester tomou “depois sua posição no pátio interno da casa do rei, defronte da casa do rei, enquanto o rei estava sentado no seu trono real, na casa real, defronte da entrada da casa. E aconteceu que, assim que o rei viu Ester, a rainha, parada no pátio, ela obteve favor aos seus olhos”. (5:1, 2) Escavações revelaram que os pormenores da descrição são exatos. Um corredor levava da Casa das Mulheres ao pátio interno, e, ao lado do pátio, em frente ao corredor, estava a sala do trono do palácio. O trono estava colocado no centro da parede mais distante, e deste ponto de observação, o rei podia olhar além da cortina que os separava e podia ver a rainha, aguardando uma audiência. Adicionais pormenores do livro mostram o conhecimento íntimo, por parte do escritor, quanto ao palácio. Ê evidente que não têm fundamento as objeções ao livro, à base de que não é histórico e exato quanto aos modos e costumes persas.
Fortíssima evidência da autenticidade do livro é a Festa de Purim, ou “Sortes”, comemorada pelos judeus até os dias atuais, em cujo aniversário é lido nas sinagogas todo o livro. Uma inscrição cuneiforme, encontrada em Borsipa, segundo se afirma, refere-se a um oficial persa pelo nome de Mardukâ (Mordecai?) que estava em Susa (Susã) no fim do reinado de Dario I, ou no início do reinado de Xerxes I.
CONTEÚDO
Depois de breve descrição do ambiente, o capítulo 1 apresenta um cenário do pátio do jardim do palácio do rei, onde está sendo realizado um grande banquete para todo o povo do castelo de Susã. No acme da festança, o Rei Assuero ordena que a Rainha Vasti apareça e mostre sua lindeza ao povo e aos príncipes. Diante da recusa persistente dela, e segundo a recomendação de seus príncipes, ele a depõe e anuncia isto a todos os povos do império.
Segundo o capítulo 2, fazem-se arranjos para reunir no castelo todas as lindas virgens do império e lhes fazer tratamentos de beleza, antes de apresentá-las ao rei. Dentre estas, o rei deveria escolher sua nova rainha. A escolha recai sobre Ester, uma jovem judia, prima de Mordecai, seu tutor e servo no portão do rei.
O capítulo 3 fala da promoção de Hamã e de seu êxito em obter autoridade, da parte do rei, para expedir um decreto ordenando a destruição de todos os judeus do império.
A seguir, Mordecai aconselha e exorta Ester a interceder pelo povo dela, muito embora ela assim colocasse sua vida em perigo. — Ester 4:2-17.
Ester aparece sem ser convidada perante o rei, fazendo a solicitação para que ele e Hamã sejam seus convidados num banquete, naquele dia. Depois do banquete, a cena muda para a casa de Hamã, onde Hamã e um grupo de seus amigos estão reunidos. Decidem erguer uma estaca (ou madeiro) de cinqüenta côvados, para enforcar nela a Mordecai. — Ester 5:1-14.
Hamã se acerca do rei para solicitar que Mordecai seja enforcado. O rei, ao invés, faz com que Hamã honre a Mordecai pelos serviços deste em expor uma trama contra a vida do rei. Ele se vê obrigado a vestir Mordecai com a vestimenta real e conduzi-lo montado num cavalo através da praça da cidade, bradando: “Assim se faz ao homem em cuja honra o próprio rei se agradou.” O ato termina na casa de Hamã, para onde Hamã correu, depois desta experiência humilhante. — Ester 6:4-14.
Realiza-se um segundo banquete nos aposentos de Ester. Diante da irada exigência do rei, Ester expõe Hamã como o instigador do ardil para massacrar todos os judeus no império, incluindo a ela mesma. Depois disso, o rei manda enforcar a Hamã na forca preparada para Mordecai. — Ester 7:1-10.
Visto que o decreto de morte dos judeus é imutável, segundo o costume medo-persa, um contradecreto, permitindo que os judeus se defendam, é enviado. — Ester 8:1-17.
O capítulo 9 relata que os judeus destroem seus inimigos em Susã e por todas as províncias, inclusive matando e então pendurando na estaca os dez filhos de Hamã. Mordecai e Ester dão ordens para comemorar esta libertação anualmente, no décimo quarto e décimo quinto dias de adar, chamados de dias de Purim, por causa da Pur, ou sorte, usada por Hamã como uma forma de adivinhação, para escolher o tempo auspicioso para destruir os judeus.
O capítulo 10 conclui o relato, mencionando brevemente a grandeza de Mordecai e seu trabalho profícuo em favor de seu povo.
Veja o livro “Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa”, pp. 88-91.
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EstêvãoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ESTÊVÃO
[coroa, grinalda]. O primeiro mártir cristão. Embora seu nome seja grego, era um dentre o fiel restante judeu que aceitou e seguiu o Messias. — Atos 7:2.
SUA DESIGNAÇÃO PARA UM MINISTÉRIO ESPECIAL
O nome de Estêvão aparece inicialmente no registro bíblico em relação com a designação de homens para responsabilidades especiais de serviço na congregação cristã em Jerusalém. (Atos 6:1-4) Talvez já fosse um “ancião” ou “superintendente”, junto com os outros seis designados a fazer a distribuição de alimentos. Tais homens eram homens “cheios de espírito e de sabedoria”, exigidos por essa situação especial de emergência, pois se tratava, não duma simples questão de distribuir manualmente gêneros alimentícios (possivelmente em forma de cereais e outros itens básicos), mas duma questão administrativa. Tais deveres talvez exigissem que estes homens cuidassem de compras, da manutenção de registros, etc. Assim, embora tal obra, se realizada numa escala menor ou sob outras circunstâncias, pudesse ser encarada como uma que normalmente seria cuidada por um diákonos, um “servo ministerial”, e não por um “superintendente” ou “ancião”, a situação que ali se apresentava era sensível, já havendo dificuldades e diferenças na congregação. Por conseguinte, exigia homens dotados de notório bom critério, discrição, entendimento e experiência. A defesa de Estêvão perante o Sinédrio indica suas habilitações.
Enquanto cuidava destes deveres ministeriais designados, Estêvão continuava vigorosamente a fazer sua pregação cristã. O cronista Lucas relata que “Estêvão, cheio de graça e de poder” e ‘realizando grandes portentos e sinais entre o povo’, sofreu amarga oposição dos judeus da chamada Sinagoga dos Libertos e de outros da Ásia e da África. Mas Estêvão falava com tamanha sabedoria e espírito que eles não podiam fazer-lhe face. Como já havia acontecido no caso de Jesus, estes inimigos arranjaram secretamente falsas testemunhas para acusar Estêvão de blasfêmia perante o Sinédrio.
SUA DEFESA PERANTE O SINEDRIO
Estêvão relembrou galhardamente os modos como Deus lidou com os hebreus desde o tempo de Abraão, seu antepassado, e concluiu com forte acusação contra sua própria audiência de líderes religiosos. Sendo que ficaram com o coração ferido pela veracidade das acusações, e começaram a ranger os dentes contra ele, Estêvão foi favorecido por Deus com uma visão da glória de Deus e de Jesus em pé, à direita de Deus. Quando ele descrevia sua visão, a assembléia gritou e se arremeteu à uma sobre ele, lançando-o para fora da cidade. Daí, lançando suas roupas aos pés de Saulo, apedrejaram Estêvão até matá-lo. Pouco antes de ‘adormecer na morte’, Estêvão orou: “Jeová, não lhes imputes este pecado.” Certos homens reverentes vieram e o sepultaram, lamentando a morte dele. Grande perseguição irrompeu então contra os cristãos, espalhando-os (embora os apóstolos permanecessem em Jerusalém), e resultando na disseminação das boas novas. — Atos 6:8 a 8:2; 11:19; 22:20.
O relato de Estêvão, proferido perante o Sinédrio, inclui certo número de dados sobre a história judia que não são encontrados nas Escrituras Hebraicas: A educação egípcia de Moisés, sua idade de quarenta anos quando fugiu do Egito, a duração de quarenta anos de sua permanência em Midiã, antes de voltar ao Egito, e o papel dos anjos em fornecer a Lei mosaica. — Atos 7:22, 23, 30, 32, 38.
Estêvão foi o primeiro a dar testemunho de que tinha visto, numa visão especial, a Jesus já de volta ao céu e situado à direita de Deus, conforme profetizado no Salmo 110:1. — Atos 7:55, 56.
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EstiloAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ESTILO
Instrumento de escrita usado para fazer impressões em materiais tais como argila ou cera. (Sal. 45:1; Isa. 8:1; Jer. 8:8) O estilo usado para a escrita cuneiforme era dotado duma ponta seja quadrada seja em forma de cunha, e era comumente feito de cana ou de madeira de lei.
Um estilo ou cinzel de metal ou de algum outro material duro era necessário para talhar ou esculpir letras em pedra ou em metal. O patriarca Jó declarou: “Quem dera agora que as minhas palavras fossem assentadas por escrito! Quem dera fossem inscritas num livro! Com um estilo de ferro e com chumbo, que fossem talhadas na rocha para sempre!” (Jó 19:23, 24) Pelo que parece, o desejo de Jó era que suas palavras fossem talhadas na rocha e as letras inscritas fossem enchidas de chumbo para torná-las mais duradouras. Séculos mais tarde, Jeová mencionou os pecados de Judá como sendo anotados com um estilo de ferro, isto é, indelevelmente registrados. — Jer. 17:1.
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EstóicosAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ESTÓICOS
Filósofos, alguns dos quais, junto com certos epicureus, conversaram com Paulo de forma controversial na praça do mercado de Atenas. Ele lhes declarava as boas novas
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