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Persista em aguardar, persista em avançar com JeováA Sentinela — 1975 | 1.° de agosto
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pendurado numa estaca ao lado de Jesus e ao qual Jesus disse: “Deveras, eu te digo hoje: Estarás comigo no Paraíso.” (Atos 24:15; João 5:28, 29; Rev. 20:13; Luc. 23:42, 43) Visto que evidentemente serão designados para ser representantes terrestres do Reino, homens fiéis desde Abel até João Batista estarão provavelmente entre os primeiros a serem ressuscitados. (Sal. 45:16) Quaisquer dos que tiverem satisfeito os requisitos de Deus para sobreviver à “grande tribulação”, mas que tiverem morrido ou talvez ainda morram antes deste acontecimento, sem dúvida, também serão ressuscitados à vida logo cedo no reinado milenar. Isto seria razoável, visto que tais pessoas poderiam ser muito úteis em educar os muitos injustos que hão de ser ressuscitados.
13. Com que caraterísticas será ressuscitada a humanidade morta?
13 Que dizer dos que voltarem a viver na terra? Que espécie de corpo terão? Que aspecto terão? Conforme ilustrado pelas ressurreições no passado, especialmente a de Lázaro, sem dúvida parecer-se-ão ao que eram antes de morrer, de modo a serem reconhecíveis a si mesmos e a outros. (João 11:39-44) Quem tiver sido alto, não voltará como baixo, nem voltará a pessoa idosa com aspecto de adolescente. Homens serão homens e mulheres, mulheres. Terão a mesma personalidade e a mesma memória. Assim como evidentemente se dava com os ressuscitados no passado, os ressuscitados terão corpos sadios e completos. Não voltarão na condição doentia que levou à sua morte. Mas isto não significa que tenham corpo perfeito, porque este não se ajustaria à personalidade imperfeita. Antes, sairão com corpos imperfeitos, e, ao passo que fizerem progresso espiritual, vencendo suas fraquezas e imperfeições pela obediência ao governo do Reino e receberem os benefícios expiatórios do sacrifício de Jesus, seu corpo se aproximará cada vez mais da perfeição.
14, 15. (a) Que expressão da parte de Deus é a ressurreição dos mortos, segundo as palavras de quem? (b) O que achará Jesus a respeito de ressuscitar os mortos?
14 A provisão da ressurreição é uma expressão de amor da parte de Jeová Deus, conforme se vê nas palavras do paciente e fiel Jó: “Morrendo o varão vigoroso, pode ele viver novamente? . . . Tu chamarás e eu mesmo te responderei. Pois terás saudades do trabalho das tuas mãos.” Sim, Jeová Deus tem saudades dos no Seol ou Hades, especialmente daqueles que, iguais a Jó, provaram sua integridade a ele em severas provações. — Jó 14:14, 15.
15 E, certamente, a ressurreição de incontáveis milhões também dará grande alegria a Jesus Cristo. Indicando a disposição de Jesus e o prazer que terá em fazer isso para a humanidade, há a sua resposta a um leproso, que certa vez veio a Jesus, dizendo-lhe em fé: “Senhor, se apenas quiseres, podes tornar-me limpo.” E o que lhe disse Jesus? “‘Eu quero. Torna-te limpo.’ E a lepra desapareceu dele imediatamente.” — Luc. 5:12, 13.
16. Como pode nossa expectativa da ressurreição em fé ajudar-nos mesmo já agora?
16 Deveras, a ressurreição é também algo que devemos aguardar com viva expectativa e alegria. Fazermos isso em fé, pode ser verdadeiro motivo de encorajamento e bênção para nós e para nosso próximo, mesmo já agora. Quando a morte reivindica um ente querido, não nos entregaremos ao extremo pesar e tristeza dos que não têm esperança. (1 Tes. 4:13, 14) Poderemos dar genuíno consolo aos enlutados. (2 Cor. 1:3, 4) Por termos tornado nossa a esperança da ressurreição, temos a confiança em que, mesmo que homens nos tirem a vida, não podem eliminar-nos da memória de Deus, nem impedir que sejamos ressuscitados dentre os mortos. (Mat. 10:28) Isso serve para nos fortalecer a permanecermos leais a Jeová Deus, não importa o que os homens nos possam fazer. — Rev. 2:10; 12:11.
17. Que efeito deve ter sobre nós a possibilidade de perdermos a recompensa da vida?
17 Incentivo adicional à fidelidade é haver a possibilidade de que percamos a recompensa da vida. (Compare isso com 2 Timóteo 4:8.) A Bíblia revela que os praticantes deliberados do pecado — os que pecam contra o espírito de Deus — não serão ressuscitados dentre os mortos. (Mat. 12:31, 32; Heb. 10:26, 27) Isto certamente deve estimular-nos a imitar o exemplo do apóstolo Paulo, no esforço de manter a fidelidade. O próprio Paulo disse: “Amofino o meu corpo e o conduzo como escravo, para que, depois de ter pregado a outros, eu mesmo não venha a ser de algum modo reprovado.” (1 Cor. 9:27) Sim, nunca percamos de vista a recompensa da vida, nem deixemos de nos esforçar em nos apegar lealmente a Jeová Deus.
PERSISTA EM AGUARDAR, PERSISTA EM AVANÇAR
18. Visto que estamos numa corrida, como nos devemos comportar?
18 Temos realmente muito a aguardar. Quão brilhantes são as perspectivas, não só do futuro imediato, mas também de mil anos à frente! Nosso proceder tem sido comparado a uma corrida, e pode-se dizer que estamos na reta final. O que sugere uma corrida? Não sugere intenso esforço e concentração na meta, de ganhar a corrida? De fato, é isto mesmo que somos exortados a fazer: “Ponhamos também de lado todo peso [quer materialismo, quer tendências pecaminosas da carne] e o pecado que facilmente nos enlaça [a perda de fé], e corramos com perseverança a carreira que se nos apresenta, olhando atentamente para . . . Jesus.” — Heb. 12:1, 2.
19. Que conselho deu Jesus aos seus seguidores para ajudá-los a evitarem ser enlaçados e perderem a recompensa?
19 Sim, Jesus deu-nos o exemplo e aconselha-nos a ‘persistir, pois, em buscar primeiro o reino e a Sua justiça’. (Mat. 6:33) Jesus advertiu também, na sua grande profecia, a respeito deste tempo do fim: “Prestai atenção a vós mesmos, para que os vossos corações nunca fiquem sobrecarregados com o excesso no comer, e com a imoderação no beber, e com as ansiedades da vida, e aquele dia venha sobre vós instantaneamente como um laço. . . . Mantende-vos despertos.” — Luc. 21:34-36.
20. Qual deve ser nossa atitude para com o mundo?
20 Deveras, o proceder sábio é concentrarmo-nos naquilo pelo qual vivemos. Sabemos que estes são os “últimos dias”, e, por isso, o conselho de Paulo é ainda mais aplicável a nós do que quando o deu primeiro: “O tempo que resta é reduzido. Doravante, os que . . . fazem uso do mundo [sejam] como os que não o usam plenamente; porque está mudando a cena deste mundo.” (1 Cor. 7:29-31) Por que usar o mundo plenamente, deixando-o ser algo todo-absorvente na nossa vida, como se não pudéssemos dar ao luxo de perder algo que tenha a oferecer, fazendo-o ao custo de nossa espiritualidade? Antes, lembremo-nos de que “o mundo está passando, e assim também o seu desejo, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”. Quão grandiosa é esta promessa! Mostramos que realmente cremos nela por agirmos plenamente em harmonia com ela, desenvolvendo toda a nossa vida em torno de nossa relação com Deus, sem deixar qualquer outra relação ou prazer assumir importância indevida? — 1 João 2:17.
21. Qual deve ser nossa atitude para com o usufruto de coisas materiais agora, e por quê?
21 Por que ficar absorto nos empenhos materiais? Jesus advertiu numa de suas parábolas contra tal atitude mental, dizendo: “Assim é com o homem que acumula para si tesouro, mas não é rico para com Deus.” (Luc. 12:16-21) Além disso, não prometeu Jesus que, se persistirmos em buscar primeiro o reino de Deus e a justiça de Deus, este cuidará de nossas necessidades materiais? (Mat. 6:33) Tampouco precisamos preocupar-nos indevidamente sobre o que teremos em sentido material no novo sistema de coisas. Se essas coisas fossem importantes, Jeová as teria mandar registrar na sua Palavra. Sabemos que não são as coisas materiais, nem mesmo a abundância de luxo, que hoje tornam as pessoas felizes. Os mais felizes na terra são os do povo de Jeová, e estes são principalmente dos pobres no que se refere às coisas que o mundo preza muito. Podemos ter a certeza de que, no novo sistema de coisas, não nos faltará nada em sentido material. E o mais importante de tudo, teremos uma abundância de bênçãos espirituais e as riquezas da amizade e companhia de co-adoradores do único Deus verdadeiro, Jeová, que todos demonstrarão os frutos do Seu espírito. — Sal. 133:1; Gál. 5:22, 23; 1 Tim. 6:17.
22. Como e em que pontos podemos individualmente avançar com Jeová?
22 Até então, temos excelentes oportunidades de persistir em progredir no aprofundamento de nossa relação com Jeová, aumentando em amor aos aparentados conosco na fé e harmonizando nossa vida ainda mais com a vontade de Deus. Nosso estudo pessoal e nossa oração, freqüência às reuniões e aplicação diligente do que aprendemos desempenham um papel vital no nosso progresso espiritual. Se nos aproveitarmos das provisões de Jeová para contínuo desenvolvimento espiritual, não só manteremos forte a nossa esperança, mas seremos também impelidos a aproveitar bem nossas oportunidades de ajudar outros a obter a esperança dada por Deus e a aprender a viver em harmonia com ela. O progresso que fizermos agora nos dará uma dianteira em cultivar a atitude necessária para crescermos até a perfeição durante o reinado milenar de Cristo e sua noiva. Portanto, continuemos a avançar.
23. Que garantia deu Paulo em Hebreus 6:10, 11, em vista de que fatos?
23 Jeová cumprirá o que se propôs e o que prometeu. Sua palavra não voltará a ele sem obter resultados. Sobre isso não pode haver dúvida. Assim como o apóstolo Paulo nos assegura, Deus não é injusto, e por isso não se esquecerá de tudo o que ‘fizemos por amor ao seu nome’. Portanto, persistamos em mostrar ‘a mesma solicitude ávida, até que nossa esperança finalmente se realize’. — Heb. 6:10, 11, Nova Bíblia Inglesa.
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Há ocasião para julgar?A Sentinela — 1975 | 1.° de agosto
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Há ocasião para julgar?
“PARAI de julgar, para que não sejais julgados”, disse Jesus Cristo a uma multidão de ouvintes. (Mat. 7:1) Queria com isso excluir toda espécie de julgamentos? Ou há ocasiões em que é inteiramente correto julgar, sem se cair sob o julgamento adverso de Deus?
A Bíblia indica definitivamente que dentro da congregação do povo devoto de Deus surgem situações que exigem que se faça um julgamento. Por exemplo, talvez se requeira que os anciãos julguem concrentes que ficaram envolvidos em séria transgressão. (1 Cor. 6:1-6) Precisam decidir se tais transgressores estão realmente arrependidos e desejosos de viver em harmonia com os princípios bíblicos. No caso dos impenitentes, os anciãos precisam acatar a ordem bíblica: “Removei o homem iníquo de entre vós.” — 1 Cor. 5:13.
Pode-se notar, porém, que os anciãos ao julgarem alguém como transgressor impenitente, agem em harmonia com um julgamento já expresso na Palavra de Deus. Não fazem um julgamento pessoal, baseado nas suas próprias opiniões. Fazerem isso seria perigoso, abrindo o
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