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Que espécie de pão para um mundo faminto?A Sentinela — 1972 | 15 de janeiro
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desvio do verdadeiro cristianismo, mas evidentemente não encaram a plena conseqüência deste conhecimento.
Um deles, o metodista Colin Morris, compreende que tal desvio possivelmente ocorreu algum tempo atrás na história, quando “comunidades inteiras [podiam] ser batizadas em o nome de Jesus”. A Igreja tornou-se então “uma instituição poderosa, em vez de permanecer uma pequena minoria de testemunhas pessoais, nas quais as palavras e os atos se conjugassem perfeitamente”. Mas ele não aceita a conseqüência deste raciocínio, a saber: que as igrejas da cristandade não são o mesmo que a congregação cristã.
A tentativa destes teólogos, de renovar e despertar as igrejas da cristandade, baseia-se assim num alicerce errado. O grande grupo passivo dos leigos que procuram ativar não são verdadeiros cristãos. Portanto, não se trata apenas da questão de ativá-los. É preciso fazer deles verdadeiros cristãos.
NÃO COM PÃO
Anteriormente, as igrejas da cristandade tornavam nações inteiras “cristãs” mediante meios políticos. Mas não faziam das pessoas verdadeiros cristãos, pois o verdadeiro conhecimento bíblico e o genuíno apreço do que o cristianismo realmente significa costumava faltar. Tais pessoas se tornavam cristãs apenas de nome. Muitos hoje são membros de igrejas porque foram batizados como bebês e não porque tomaram uma atitude pessoal a favor dos ensinos da Bíblia. São cristãos apenas de nome. Outros se tornaram membros de igrejas por causa das vantagens sociais relacionadas com isso. Estes também são cristãos apenas de nome.
Quando os esforços dos missionários da cristandade, consistiam em prover ajuda médica, distribuir alimentos e dar conselhos sobre a agricultura, seus conversos amiúde tornavam-se “cristãos por arroz”, quer dizer, pessoas que pretendiam interesse no cristianismo para poderem conseguir arroz ou outra ajuda. Um bem-conhecido semanário religioso, The Christian Century, escreveu em 1960: “Novas igrejas católico-romanas, edificadas em locais [em Formosa (Taiuã)] onde não há população católica, foram equipadas para depósito e distribuição de suprimentos de ajuda aos desamparados. . . . Os sacerdotes usaram os bens excedentes dos EUA, que tão pouco lhes custaram, como atrativos para converter pessoas e como meios de retê-las.”
O mesmo semanário religioso escreveu em 20 de fevereiro de 1960 que naquele tempo não havia mais “cristãos por arroz” na China continental. A julgar por esta informação, pode-se concluir que, visto que agora é Mao Tse-tung quem dá ao povo arroz, este crê agora nele. Os “cristãos por arroz” não são verdadeiros cristãos. Estes e outros métodos similares não produzem verdadeiros cristãos.
EXEMPLO DE JESUS
Apenas por seguirem o exemplo de Jesus podem os cristãos ajudar outros a se tornar verdadeiros cristãos. Jesus foi principalmente pregador e instrutor. Ele disse: “Para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade.” (João 18:37) Seus milagres, suas curas de doentes, alimentar ele os famintos e ressuscitar os mortos, devia servir de sinal de que ele era o Messias, o Enviado por Deus, cujas palavras o povo devia escutar. Os milagres foram ao mesmo tempo evidência do que ele fará no tempo devido como Rei no reino de Deus, para o bem eterno da humanidade.
Mas, além de ele oferecer sua vida em resgate, a parte mais importante do ministério de Jesus, há dezenove séculos atrás, era o que ele dizia, as palavras que falava. Proferia palavras vitalizadoras que havia ouvido de Deus, palavras que, se acatadas, podiam conduzir a pessoa não apenas a ter pão por uma ou duas refeições, mas ao maior de todos os objetivos — a vida eterna. Jesus disse a alguns, aos quais havia dado milagrosamente pão no dia anterior: “Trabalhai, não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que permanece para a vida eterna.” — João 6:27.
Quando Jesus enviava os seus discípulos, não os enviava com pão material, mas com alimento espiritual, com a palavra da vida. Ele disse: “As declarações que eu vos tenho feito são espírito e são vida.” (João 6:63) Tornar-se-ia conhecido que eles constituíam a verdadeira congregação cristã porque seguiam o exemplo de Jesus. A congregação dos verdadeiros discípulos de Jesus ainda existe e ainda constitui “uma minoria de testemunhas pessoais”. A tarefa deles, a sua designação, com respeito ao mundo da humanidade, é a seguinte: “Em todas as nações têm de ser pregadas primeiro as boas novas”, e “fazei discípulos de pessoas de todas as nações, . . . ensinando-as a observar todas as coisas que vos ordenei”. — Mar. 13:10; Mat. 28:19, 20.
Somente esta congregação pode transformar as pessoas em cristãos genuínos, e somente ela pode ativá-las no verdadeiro ministério cristão. Somente em cooperação com esta congregação poderá a pessoa praticar atos corretos de amor, em harmonia com a vontade de Deus e para o bem eterno dos necessitados do mundo. A coisa mais importante para cada pessoa é achar a verdadeira congregação cristã, tomar uma atitude pessoal a favor do verdadeiro cristianismo e associar-se com esta congregação.
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Modo de ajudar da verdadeira igrejaA Sentinela — 1972 | 15 de janeiro
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Modo de ajudar da verdadeira igreja
O VERDADEIRO cristianismo sobreviveu numa “minoria de testemunhas pessoais”, na verdadeira congregação cristã que se manteve cônscia do significado de sua comissão de trabalho. Pôde assim fazer das pessoas verdadeiros discípulos de Cristo, em vez de constituí-las apenas em “cristãos por arroz” ou em cristãos apenas em nome.
A verdadeira congregação cristã não é uma “Igreja rica”. E visto que cada um de seus membros é testemunha, servindo pessoalmente por ir direto às pessoas nos seus lares, assim como fizeram Jesus e seus apóstolos, pode tocar o coração das pessoas com a sua mensagem, mesmo as que sofrem fome e pobreza.
As testemunhas cristãs costumam estar na mesma situação do povo entre o qual servem. Ainda assim, gastam os seus recursos muito limitados para levar a Palavra de Deus ao povo comum. A afirmação popular: “Não se pode pregar a um homem faminto; ele quer pão, não palavras”, não é universalmente veraz. O próprio Jesus Cristo declarou: “Todo aquele que está do lado da verdade escuta a minha voz.” — João 18:37.
Em qualquer situação de emergência, naturalmente, a testemunha cristã prestará ajuda, se puder fazer isso pessoalmente, conforme Jesus ensinou na parábola do samaritano prestimoso. (Luc. 10:29-37) Mas o verdadeiro cristão não se esquecerá de que tem a comissão de pregar o reino de Deus.
A SOLUÇÃO REAL
Portanto, o que deve fazer se quiser seguir o exemplo do Filho de Deus? Precisa ser misericordioso e compassivo, isto é verdade. Mas qual é o melhor modo em que pode mostrar esta misericórdia
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