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João, As Cartas DeAjuda ao Entendimento da Bíblia
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C. Deus é amor; os que conhecem a Deus amam a Ele e aos seus próprios irmãos (4:7-21)
VI. Amor de Deus significa observar seus mandamentos (5:1-21)
A. Mandamentos de Deus não são pesados; segui-los conduz à conquista do (ou vitória sobre o) mundo (5:1-4)
B. Fé em Jesus Cristo faz da pessoa um conquistador (5:5-12)
1. Três coisas — espírito, água e sangue — dão testemunho de Jesus Cristo como Filho de Deus (5:5-8)
2. O testemunho que Deus dá é o de que sua dádiva de vida eterna para seus ungidos está em seu Filho; portanto, é essencial ter fé no Filho (5:9-13)
C. Devemos ter fé de que, seja o que for que pedirmos, segundo a vontade de Deus, ele nos concederá (5:14, 15)
D. Podemos orar em favor dum irmão que pecou, exceto se for um pecado que incorra em morte (5:16, 17)
E. Quem é nascido de Deus não pratica o pecado; o mundo, contudo, jaz no poder do iníquo (5:18, 19)
F. O Filho de Deus forneceu aos fiéis a capacidade intelectual de obter conhecimento de Deus (5:20)
G. Os em união com Deus, “filhinhos”, devem evitar a idolatria (5:21)
SEGUNDA JOÃO
A segunda carta de João começa com as seguintes palavras: “O ancião, à senhora escolhida e aos filhos dela.” Assim, com jeito, João indicou que é o escritor. Era deveras um “ancião”, já tendo, por volta dessa época, cerca de 100 anos. Era também ancião no sentido do crescimento cristão, e era uma ‘coluna’ da congregação. (Gál. 2:9) Pedro usou uma expressão similar, referindo-se a si mesmo como “ancião”, em 1 Pedro 5:1.
Alguns imaginam que esta carta “à senhora escolhida” seja dirigida a uma das congregações cristãs, e que os filhos sejam filhos espirituais, os filhos da “irmã” (V. 13) sendo membros de outra congregação. Por outro lado, alguns sustentam a idéia de que a carta foi dirigida realmente a uma pessoa, talvez chamada Cyria (palavra grega para “senhora”).
Muitos dos pontos abordados por João em sua segunda carta são sínteses de idéias de sua primeira carta. Ele fala da verdade que permanece naqueles que realmente a conhecem, e da benignidade imerecida e da paz de Deus. Regozija-se de que alguns continuam a ‘andar na verdade’. Mostram amor uns aos outros e observam os mandamentos de Deus. No entanto, enganadores saíram pelo mundo afora, o anticristo negando que o Filho de Deus veio na carne. (Compare 2 João 7 com 1 João 4:3.) Nos versículos 10 e 11, amplia as instruções dadas em sua primeira carta, mostrando que medidas os membros da congregação devem tomar para com aqueles que se adiantam ao ensino do Cristo, e que surgem com seus próprios ensinamentos ou os de homens. João ordena que o cristão não deve cumprimentá-los, nem recebê-los em seu lar.
ESBOÇO DO CONTEÚDO
I. Introdução: O “ancião” escreve, expressando o amor de todos os crentes pela “senhora escolhida” e os filhos dela (1-3)
II. Ande na verdade, mostrando amor, por obedecer os mandamentos de Deus (4-11)
A. João se regozija de que alguns dos filhos da senhora escolhida estejam andando na verdade e nos incentiva a mostrar amor uns aos outros (4-6)
B. Cuidado com enganadores, aqueles que se adiantam, não permanecendo no ensino do Cristo (7-9)
C. Não se deve receber em casa a tal enganador, nem cumprimentá-lo, destarte evitando-se ter parte nas obras iníquas dele (10, 11)
III. Conclusão: O escritor espera visitá-los pessoalmente, e envia cumprimentos dos filhos de uma “irmã” da “senhora” (12, 13)
TERCEIRA JOÃO
A terceira carta do “ancião” era para Gaio, contendo saudações para outros da congregação. Foi escrita no estilo costumeiro de cartas. É tão semelhante, no estilo e na matéria, à primeira e à segunda cartas, que foi evidentemente escrita pela mesma pessoa, a saber, o apóstolo João. Não se tem certeza sobre quem era exatamente Gaio. Ao passo que há várias pessoas com este nome que são mencionadas nas Escrituras, este pode ter sido ainda um outro Gaio, visto que a carta foi escrita trinta anos ou mais depois das cartas de Paulo, de Pedro, de Tiago e de Judas.
João incentiva a hospitalidade cristã, e afirma que certo Diótrefes, que gostava de ocupar o primeiro lugar na congregação, não recebia com respeito as mensagens de João e de outras pessoas de responsabilidade, nem demonstrava qualquer respeito por outros representantes viajantes da primitiva congregação cristã. Ele até mesmo queria expulsar da congregação os que recebiam hospitaleiramente a tais irmãos. Assim sendo, João mencionou que, caso lá fosse pessoalmente, como esperava fazê-lo, ele corrigiria tais assuntos. (Vv. 9, 10) Recomenda a Gaio um certo irmão fiel, chamado Demétrio, que talvez tenha sido o portador da carta, instando com Gaio a que receba de forma hospitaleira aqueles que foram enviados para edificar as congregações cristãs.
ESBOÇO DO CONTEÚDO
I. Introdução: O ancião a Gaio, que anda na verdade (1-4)
II. Elogiado Gaio por mostrar hospitalidade aos irmãos que visitavam a congregação numa missão cristã (5-8)
A. Aconselhado a encaminhá-los em sua jornada com a mesma hospitalidade (6, 7)
B. Tal hospitalidade é uma obrigação cristã (8)
III. Diótrefes, ambicioso de ter uma posição, mostra desrespeito pela autoridade teocrática, e tenta expulsar aqueles que recebem com respeito os irmãos viajantes; o escritor mostra-se confiante de poder corrigir esses assuntos por meio duma visita pessoal (9, 10)
IV. Aconselhado Gaio a ser imitador do que é bom; mencionado Demétrio como alguém que obteve bom testemunho (11, 12)
V. Palavras finais de paz, e cumprimentos (13, 14)
Por todas as três cartas, vemos enfatizados a união cristã, o amor a Deus pela observância de seus mandamentos, o evitar as trevas e andar na luz, o mostrar amor aos irmãos e o continuar a andar na verdade. Mesmo em sua velhice, este “ancião”, João, foi assim uma grande fonte de encorajamento e de fortalecimento para as congregações na Ásia Menor, como é para todos os cristãos que lêem suas cartas. — Veja o livro “Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa”, pp. 245-249.
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JoaquimAjuda ao Entendimento da Bíblia
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JOAQUIM
[Jeová estabelece firmemente]. Filho do Rei Jeoiaquim, de Judá, e de Neusta. (2 Reis 24:6, 8; 2 Crô. 36:8) É também chamado de Jeconias (variante de Joaquim), e de Conias (contração de Jeconias). — Ester 2:6; Jer. 28:4; 37:1.
Aos 18 anos, Joaquim tornou-se rei e deu continuidade às práticas erradas de seu pai. (2 Reis 24:8, 9; 2 Crô. 36:9 [veja nota da NM, ed. 1955, em inglês: “Dezoito”, LXX (Ms. Alexandrino, Edição Lagardiana), Sy e 2 Reis 24:8; “oito”, M (Texto Massorético), Vp.]) O pai de Joaquim, Jeoiaquim, tinha estado sujeito ao rei babilônico, Nabucodonosor, mas rebelou-se em seu terceiro ano de vassalagem (618 AEC). (2 Reis 24:1) Isto resultou num sitio de Jerusalém. A expressão “durante esse tempo” (2 Reis 24:10) talvez não se refira necessariamente ao breve reinado de Joaquim, mas pode referir-se ao período geral em que se enquadra, permitindo destarte que o sítio se tenha iniciado no reinado do seu pai, Jeoiaquim, conforme Daniel 1:1, 2 parece indicar. Jeoiaquim morreu, pelo que parece, durante este sítio, e Joaquim ascendeu ao trono de Judá. Sua regência terminou, contudo, apenas três meses e dez dias depois, quando se rendeu a Nabucodonosor (617 AEC, no mês de adar, de acordo com as Crônicas Babilônicas). (2 Reis 24:11, 12; 2 Crô. 36:9) Em cumprimento da palavra de Jeová mediante Jeremias, ele foi levado para o exílio babilônico. (Jer. 22:24-27; 24:1; 27:19, 20; 29:1, 2) Outros membros da casa real, oficiais da corte, artífices e guerreiros, foram também exilados. — 2 Reis 24:14-16.
O registro em 2 Reis 24:12-16 declara que Nabucodonosor levou estes cativos para o exílio, junto com “todos os tesouros da casa de Jeová e os tesouros da casa do rei”. O relato em Daniel 1:1, 2 se refere apenas a uma “parte dos utensílios” como tendo sido levada para Babilônia. A explicação pode ser que os tesouros mencionados em Segundo Reis envolviam especialmente os utensílios de ouro, que recebem destaque nesse relato, deixando-se permanecer os demais utensílios. Outra possibilidade é a de que, quando Jerusalém cedeu diante do sítio babilônio (o que aconteceu em resultado da rebelião de Jeoiaquim contra o rei de Babilônia), “alguns dos utensílios da casa de Jeová” foram levados para Babilônia, e que, pouco tempo depois, quando o próprio Joaquim foi transferido para Babilônia, outros “objetos desejáveis da casa de Jeová” foram levados junto com ele. Tal possibilidade é sugerida pelo relato de 2 Crônicas 36:6-10. Pelo relato de Crônicas, parece que Nabucodonosor, depois de conquistar com êxito Jerusalém, voltou a Babilônia e, dali, ‘mandou trazer [Joaquim] a Babilônia, junto com os objetos desejáveis da casa de Jeová’. De modo similar, dez anos depois, na conquista e na destruição finais de Jerusalém (607 AEC), Nabucodonosor retirou-se para Ribla, “na terra de Hamate”, deixando os pormenores depois da conquista para o chefe de sua guarda pessoal, Nebuzaradã. — 2 Reis 25:8-21.
Enquanto em Babilônia, Joaquim gerou sete filhos. (1 Crô. 3:16-18) Desta forma, a linhagem real que conduzia ao Messias foi preservada. (Mat. 1:11, 12) Mas, conforme a profecia indicara, nenhum dos descendentes de Joaquim chegou a reinar na Jerusalém terrestre. Por conseguinte, foi como se Joaquim não tivesse filhos, não tendo nenhum descendente que o sucedesse qual rei. — Jer. 22:28-30.
No quinto ano do exílio de Joaquim, Ezequiel iniciou sua obra profética. (Eze. 1:2) Cerca de trinta e dois anos depois, em 580 AEC, Joaquim foi liberto da prisão pelo sucessor de Nabucodonosor, Evil-Merodaque, e foi-lhe dada uma posição de favor acima da de todos os demais reis cativos. Depois disso, ele comia à mesa de Evil-Merodaque e
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