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JubileuAjuda ao Entendimento da Bíblia
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que Deus objetivara e estabelecera de início. O governo tinha uma base sólida. A economia nacional seria sempre estável e a nação não teria nenhum débito esmagador. (Deut. 15:6) O Jubileu resultava num padrão estável de valores fundiários e também impedia que houvesse grande dívida interna e sua resultante falsa prosperidade, produzindo a inflação, a deflação e a depressão econômica.
A lei do Jubileu, quando obedecida, preservava a nação de cair na triste situação que observamos atualmente em muitos países, em que só existem virtualmente duas classes — os proprietários de terra extremamente ricos, e os extremamente pobres, “escravos”, “meeiros” e outros semelhantes. Os benefícios derivados pelos indivíduos fortaleciam a nação, pois ninguém seria desprivilegiado e esmagado a uma condição improdutiva por uma péssima situação econômica, mas todos podiam contribuir com seus talentos e suas habilidades para o bem-estar nacional. Israel, recebendo as bênçãos de Jeová para a produtividade do solo, e beneficiando-se da instrução que lhe era provida, enquanto obediente, usufruiria o governo perfeito e a prosperidade que apenas a verdadeira teocracia lhe poderia prover.— Isa. 33:22.
A Lei era lida ao povo nos anos sabáticos, especialmente durante a Festividade das Barracas ou do Recolhimento. (Deut. 31:10-12) Desta forma, deviam sentir-se atraídos mais de perto a Jeová e deviam ter mantido sua liberdade. Jeová avisou os israelitas de que eles sofreriam a tragédia caso fossem desobedientes e repetidamente ignorassem Suas leis (que incluíam as pertinentes aos anos sabáticos e aos de Jubileu). — Lev. 26:27-45.
Iniciando a contagem dos anos com a entrada dos israelitas na Terra Prometida, seu primeiro ano de Jubileu começou em tisri de 1424 AEC. (Lev. 25:2-4, 8-10) Entre a época de sua entrada na Terra Prometida, em 1473 AEC, e a queda de Jerusalém, em 607 AEC, os israelitas tinham por obrigação celebrar dezessete Jubileus. Mas, é uma página triste de sua História não terem eles apreciado a Jeová como seu Rei. Por fim, violaram Suas ordens, incluindo as leis sabáticas, e sofreram a perda das bênçãos que ele lhes reservava. Tal falha deles trouxe vitupério sobre Deus diante das nações do mundo, e impediu-os de atingir a excelência de Seu governo teocrático.— 2 Crô. 36:20, 21.
Nas Escrituras Gregas Cristãs, fazem-se alusões a um significado simbólico do arranjo do Jubileu. Jesus Cristo disse que veio “pregar [um] livramento aos cativos”. Disse ele: “Senhor do sábado é o que é o Filho do homem”, e, pouco depois, num sábado, restaurou a mão ressequida dum homem a uma condição salutar. O apóstolo Paulo aponta o tempo adiante, em que “a própria criação será também liberta da escravização à corrupção e terá a liberdade gloriosa dos filhos de Deus”.— Luc. 4:16-18; Mat. 12:8-13; Rom. 8:20, 21; veja Ano Sabático.
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JudáAjuda ao Entendimento da Bíblia
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JUDÁ
[louvado; (objeto de) louvor].
1. O quarto filho de Jacó com Léia, uma de suas esposas. (Gên. 29:35; 1 Crô. 2:1) Depois de passar cerca de nove anos de sua vida em Harã, em Padã-Arã, Judá foi levado, junto com toda a casa de Jacó, para Canaã. (Compare com Gênesis 29:4, 5, 32-35; 30:9-12, 16-28; 31:17, 18, 41.) Depois disso, morou com seu pai em Sucote, e daí, em Siquém. Depois de sua irmã, Diná, ser violada pelo filho de Hamor, e de Simeão e Levi a terem vingado por matar a todos os varões de Siquém, Judá evidentemente compartilhou do saque àquela cidade. — Gên. 33:17, 18; 34:1, 2, 25-29.
RELACIONAMENTO COM JOSÉ
No decorrer do tempo, Judá e os outros meios-irmãos de José vieram a odiá-lo, porque Jacó o favorecia. O ódio deles se intensificou depois que José narrou dois sonhos que indicavam que se tornaria o superior deles. Assim sendo, quando Jacó mandou José verificar como iam seus meios-irmãos, ao cuidarem dos rebanhos, estes irmãos unilaterais, ao verem-no vindo à distância, tramaram matá-lo. Mas, segundo a sugestão de Rubem, que tinha presente salvar a vida de José, lançaram-no num poço seco. — Gên. 37:2-24.
Depois disso, ao ser avistada uma caravana de ismaelitas, Judá, pelo que parece na ausência de Rubem, convenceu os outros de que, em vez de matarem José, seria melhor vendê-lo a mercadores em trânsito. (Gên. 37:25-27) Apesar do apelo de José, pedindo-lhes compaixão, eles o venderam por vinte moedas de prata. (Gên. 37:28; 42:21) Embora os indícios sejam de que a principal preocupação de Judá fosse salvar a vida de José, e esta própria venda resultasse ser, para todos os envolvidos, uma bênção, Judá, como os demais, tornou-se culpado de grave crime, que por muito tempo pesou em sua consciência. (Gên. 42:21, 22; 44:16; 45:4, 5; 50:15-21) (Sob a Lei mosaica, dada mais tarde aos israelitas, esta transgressão era punida com a morte. [Êxo. 21:16]) Depois disso Judá também se juntou aos demais em enganar Jacó, fazendo-o crer que José fora morto por um animal selvagem. (Gên. 37:31-33) Judá tinha então cerca de 20 anos.
A FAMÍLIA DE JUDÁ
Parece que, depois deste incidente, Judá se afastou de seus irmãos. Passou a morar numa tenda perto de Hira, o adulamita, e, pelo que parece, desenvolveu-se entre eles uma relação amigável. Nessa época, Judá se casou com a filha do cananeu Sua. Teve três filhos dela: Er, Onã e Selá. O mais moço, Selá, nasceu em Aczibe. — Gên. 38:1-5.
Mais tarde, Judá escolheu Tamar como esposa para seu primogênito, Er. Mas, por causa
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