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Marcos, As Boas Novas SegundoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ESBOÇO DO CONTEÚDO
I. Ministério de João, o Batizador (1:1-11)
II. Atividade de Jesus desde a ocasião da tentação por parte do Diabo até enviar os doze apóstolos (1:12–6:6)
A. Tentado pelo Diabo; inicia ministério na Galiléia, depois da prisão de João (1:12-15)
B. Convoca primeiros discípulos; expulsa demônios e cura doentes (1:16-45)
C. Ações questionadas por fariseus e outros; trama-se contra ele (2:1–3:6)
D. Curou muitos e expulsou demônios; selecionou doze apóstolos (3:7-19)
E. Refutada acusação de expulsar demônios por meio do governante dos demônios (3:20-30)
F. Seguidores igualados a irmão, irmã e mãe (3:31-35)
G. Ensino: várias ilustrações, inclusive do semeador e da semente de mostarda; explicação particular para discípulos (4:1-34)
H. Vários milagres: acalmou tempestade; curou homem possesso de demônio; curou mulher de fluxo sanguíneo; ressuscitou filha de Jairo (4:35–5:43)
I. Pregou no território natal (6:1-6)
III. Ministério de Jesus, desde o envio dos doze apóstolos até que deixou região de Tiro e Sídon (6:7–7:30)
A. Enviados os doze apóstolos (6:7-13)
B. Novas das obras poderosas de Jesus chegam a Herodes (6:14-29)
C. Apóstolos retornam com relato sobre atividades (6:30-32)
D. Ensino e milagres de Jesus, inclusive alimentação de 5.000, andou sobre mar e fez curas (6:33-56)
E. Questão sobre lavagem tradicional de mãos (7:1-23)
F. Filha, possessa de demônios, duma mulher siro-fenícia é curada na região de Tiro e Sídon (7:24-30)
IV. Desde que Jesus partiu da região de Tiro e Sídon até o início de seu ministério na Peréia (7:31–9:50)
A. Milagres: cura do surdo; alimentação de cerca de 4.000 homens (7:31–8:9)
B. Disputa com fariseus sobre sinal; aviso sobre fermento dos fariseus e o de Herodes (8:10-21)
C. Restauração progressiva da visão ao cego em Betsaida (8:22-26)
D. Identificação de Jesus como Cristo, por Pedro; sua objeção às coisas que sobreviriam a Jesus; repreendido (8:27-33)
E. Requisitos para ser seguidor de Jesus (8:34-38)
F. Visão da transfiguração (9:1-13)
G. Cura dum menino possesso de demônio, ao qual os discípulos de Jesus não conseguiram curar (9:14-29)
H. Jesus prediz morte e ressurreição; corrige e ensina discípulos (9:30-50)
V. Ministério de Jesus na Peréia e ao redor de Jericó (10:1-52)
A. Provado Jesus na questão do divórcio (10:1-12)
B. Reino pertence a pessoas semelhantes a criancinhas (10:13-16)
C. Diz-se ao rico os requisitos para se obter vida eterna; bênçãos resultantes de se ser seguidor de Jesus (10:17-31)
D. Futuros sofrimentos de Jesus; pedido de Tiago e João de sentarem-se à direita de Jesus (10:32-45)
E. Cura do cego Bartimeu, perto de Jericó (10:46-52)
VI. Últimos dias do ministério público de Jesus (11:1–14:16)
A. Entrada triunfal de Jesus em Jerusalém (11:1-11)
B. Amaldiçoada a figueira (11:12-14)
C. Purificado o templo (11:15-18)
D. Ensina-se aos discípulos sobre fé e oração (11:19-25)
E. Principais sacerdotes e outros questionam a autoridade de Jesus; resposta dele e ilustração da vinha e dos viticultores iníquos (11:27–12:12)
F. Esforços de enredar Jesus na questão do imposto e da ressurreição; maior mandamento da Lei (12:13-40)
G. Jesus observa aqueles que fazem contribuições no templo; dádiva da viúva pobre (12:41-44)
H. Prediz destruição do templo; mais tarde provê “sinal”, em resposta à pergunta dos discípulos (13:1-36)
I. Trama contra Jesus; Judas concorda em traí-lo (14:1-11)
J. Preparativos para a Páscoa (14:12-16)
VII. Último 14 de nisã de Jesus na terra (14:17–15:41)
A. Celebração da Páscoa seguida pela instituição da Refeição Noturna do Senhor (14:12-26)
B. Palestra sobre todos tropeçarem e Pedro negar três vezes a Jesus (14:27-31)
C. Eventos no jardim de Getsêmani (14:32-52)
1. Jesus ora; Pedro, Tiago e João adormecem (14:32-42)
2. Judas trai Jesus com beijo; turba leva Jesus em custódia; todos abandonam Jesus e fogem (14:43-52)
D. Jesus é julgado e considerado culpado de blasfêmia; negação de Pedro (14:53-72)
E. Reunião consultiva do Sinédrio, de manhã cedo; Jesus perante Pilatos, que cede às demandas de pregar Jesus na estaca (15:1-15)
F. Soldados zombam de Jesus, é levado e pregado na estaca; expira (15:16-41)
VIII. Enterro, ressurreição de Jesus (15:42 a 16:8); aparecimentos pós-ressurreição (conclusão longa; 16:9-20)
CONCLUSÕES LONGA E CURTA
Alguns imaginam que Marcos 16:8, que termina com as palavras “e não disseram nada a ninguém, pois estavam tomadas de temor” é abrupta demais para ter sido a conclusão original deste Evangelho. No entanto, não e preciso tirar tal conclusão, em vista do estilo geral de Marcos. Também, os peritos do quarto século, Jerônimo e Eusébio, concordam que o registro autêntico termina com as palavras “estavam tomadas de temor”.
Há vários manuscritos e versões que acrescentam uma conclusão longa ou uma curta, depois de tais palavras. A conclusão longa (que consiste em doze versículos) é encontrada no Ms. Alexandrino, no Códice Ephraemi rescriptus (Cópia de Efraim) e no Manuscrito de Cambridge. Aparece também na Vulgata latina, na Versão Siríaca curetoniana e na Versão Pesito, siríaca. Mas é omitida no Ms. Sinaítico, no Ms. Vaticano N.° 1209, no códice Sinaítico (em siríaco antigo) e na Versão Armênia. Certos manuscritos e versões posteriores apresentam a conclusão curta. O Códice Regius, do século VIII EC, inclui ambas as conclusões, dando primeiro a conclusão curta. Prefixa uma nota a cada conclusão, afirmando que estes trechos são correntes em alguns quadrantes, embora, evidentemente, não reconhecesse a nenhuma delas como sendo de peso.
Ao comentar as conclusões longa e curta do Evangelho de Marcos, o tradutor bíblico, Edgar J. Goodspeed, comentou: “A Conclusão Curta se liga muito melhor com Marcos 16:8 do que a Longa, mas nenhuma delas pode ser considerada como parte original do Evangelho de Marcos.” — The Goodspeed Parallel New Testament (O Novo Testamento Paralelo, de Goodspeed), p. 127.
Veja o livro “Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa”, pp. 174-179.
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Mar De Fundição (Ou, Mar De Cobre)Ajuda ao Entendimento da Bíblia
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MAR DE FUNDIÇÃO (ou, Mar de Cobre)
Quando o templo foi construído, no reinado de Salomão, um “mar de fundição” ou “mar de bronze” (CBC; LEB; MC) substituía a bacia portátil de cobre usada em conexão com o anterior tabernáculo. (Êxo. 30:17-21; 1 Reis 7:23, 40, 44) Construído por Hirão, hebreu-fenício, era evidentemente chamado de “mar” por causa da grande quantidade de água que podia conter. Este vaso, também de cobre, media “dez côvados [c. 4,40 m] de uma borda à sua outra borda, circular em volta; e tinha a altura de cinco côvados [c. 2,20 m], e requeria um cordel de trinta côvados [13,40 m] para circundá-lo em toda a volta”. — 1 Reis 7:23.
CIRCUNFERÊNCIA
A circunferência de trinta côvados é, evidentemente, um número redondo, pois deveria ter, mais precisamente, 31,4 côvados. Neste respeito, certo comentário bíblico contém as seguintes informações: “Até o tempo de Arquimedes [século III AEC], a circunferência dum círculo era sempre medida em linhas retas pelo raio; e Hirão descreveria naturalmente o mar como tendo trinta côvados de circunferência, medindo-o, como era então invariavelmente costumeiro, pelo seu raio, ou semidiâmetro, de cinco côvados, que, sendo aplicado seis vezes em volta do perímetro, ou ‘borda’, daria os trinta côvados declarados. Não havia, evidentemente, nenhuma intenção no trecho senão a de dar as dimensões do Mar na linguagem costumeira que todos entendessem, medindo a circunferência do modo como todos os trabalhadores peritos, como Hirão, costumavam medir os círculos naquele tempo. Ele, naturalmente, devia saber perfeitamente bem, contudo, que, visto que o hexágono poligonal assim circunscrito pelo seu raio tinha trinta côvados, a verdadeira circunferência curva seria um pouco maior.” Assim, parece que a relação de três por um (isto é, a circunferência tendo o triplo do diâmetro) era a forma costumeira de expressar as coisas, visando-se que fosse entendida como sendo apenas aproximativa.
DE COBRE
O mar de cobre era adornado com ‘ornamentos em forma de colocíntidas’, e possuía, como sua base, doze figuras de touros, voltados para o N, o S, o E e o O, em grupos de três. A borda do mar se assemelhava a a uma flor de lírio. Visto que a espessura deste grande vaso era da “largura da mão [c. 7,4 cm]”, é bem possível que pesasse por volta de 27 toneladas métricas. (1 Reis 7:24-26) Esta enorme quantidade de cobre provinha das reservas que o Rei Davi tinha obtido em suas conquistas da Síria. (1 Crô. 18:6-8) A fundição foi feita num molde de argila, na região do Jordão, e era, realmente, um feito notável. — 1 Reis 7:44-46.
CAPACIDADE
O relato em 1 Reis 7:26 se refere ao mar como ‘contendo a medida de dois mil batos’, ao passo que o relato paralelo em 2 Crônicas 4:5 menciona-o como ‘contendo a medida de três mil batos’. Alguns afirmam que tal diferença resulta dum erro de cópia no relato de Crônicas. No entanto, ao passo que o verbo hebraico que significa “conter” é o mesmo em cada caso, há certa amplitude permissível de tradução do mesmo. Assim, alguns tradutores vertem 1 Reis 7:26 de modo a rezar que o vaso “levava” (Al; IBB) ou “continha” (NM) 2.000 batos, e traduzem 2 Crônicas 4:5 para rezar que tinha a “capacidade” (Al), “cabiam nele” (IBB) e “podia conter” (NM) 3.000 batos. Isto permite que se
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