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O Messias — o que realizaria? E quando?Despertai! — 1976 | 22 de outubro
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que o “Messias, o Líder, apareceria 69 semanas (7 + 62) “desde a saída da palavra para se restaurar e reconstruir Jerusalém”. (Dan. 9:25) Quando saiu aquela “palavra”?
As Escrituras Hebraicas, em Neemias 2:1-6, relatam que o Rei persa, Artaxerxes, o Longímano, expediu tal “palavra” ou decreto, para a restauração e reconstrução de Jerusalém, em seu vigésimo ano, que foi 455 A. E. C. Muitos peritos judeus e outros concordam que as “semanas” mencionadas aqui são “semanas de anos”, isto é, cada semana tendo sete anos de duração. Contando-se as 69 semanas de anos, ou 483 anos, de 455 A. E. C., isso nos leva ao ano 29 E. C. Será que alguém que afirmava ser o Messias apareceu naquele ano?a
Que Dizer de Jesus de Nazaré?
Talvez pense em Jesus de Nazaré, que vivia naquele tempo. Apresentava Jesus as credenciais do prometido Messias? O relato do Evangelho de Lucas, que tem granjeado louvor por sua exatidão histórica, declara que João Batista, precursor de Jesus, iniciou sua pregação pública na primavera setentrional do “décimo quinto ano do reinado de Tibério César”, que foi até 29 E. C. (Luc. 3:1, 2) Jesus foi batizado e iniciou sua pregação pública e atividade de ensino como o “ungido” de Deus cerca de seis meses mais tarde, no outono setentrional de 29 E. C. — Luc. 3:21-23; 4:16-21.
Conforme indicado no artigo precedente desta revista, o método e o conteúdo do ensino de Jesus, bem como seus notáveis milagres, moveram muitos a concluir que era o Messias prometido. Até mesmo as circunstâncias do nascimento e da morte de Jesus foram coisas que as Escrituras Hebraicas predisseram a respeito do Messias prometido. Como assim?
Primeiro de tudo, Jesus nasceu em Belém, a respeito da qual lemos em Miquéias 5:2: “E tu, Belém Efrata, pequena demais para chegar a estar entre os milhares de Judá, de ti me sairá aquele que há de tornar-se governante em Israel, cuja origem é desde os tempos primitivos, desde os dias do tempo indefinido.” Declara a paráfrase aramaica judia, ou Targum, deste versículo: “De ti o Messias sairá diante de mim.” — Veja Mateus 2:1.
O modo em que Jesus nasceu também merece atenção. O relato evangélico menciona:
“O anjo Gabriel foi enviado da parte de Deus a uma cidade da Galiléia, de nome Nazaré, a uma virgem prometida em casamento a um homem de nome José, da casa de Davi; . . . De modo que o anjo lhe disse: . . . ‘eis que conceberás na tua madre e darás à luz um filho, e deves dar-lhe o nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; . . . Maria, porém, disse ao anjo: ‘Como se há de dar isso, visto que não tenho relações [sexuais] com um homem?’ O anjo disse-lhe, em resposta: ‘Espírito santo virá sobre ti e poder do Altíssimo te encobrirá. Por esta razão, também, o nascido será chamado santo, Filho de Deus.’” — Luc. 1:26, 27, 30-32, 34, 35.
A concepção miraculosa de Jesus e o ‘encobrimento’ divino de seu desenvolvimento no útero de Maria asseguraria que ele estaria livre do pecado adâmico, tornando-o um homem perfeito. O Messias estaria assim em condições de pagar o custoso resgate para redimir a humanidade do pecado e da morte. — Sal. 49:7; Mat. 20:28.
Segundo Daniel 9:25-27, o “Messias, o Líder”, seria “decepado” “na metade da [septuagésima] semana”. Em estrita conformidade, Jesus morreu no Dia da Páscoa na primavera setentrional de 33 E. C., exatamente na metade duma ‘semana de anos’ ou três anos e meio depois de seu batismo. — Mat. 26:2; João 13:1, 2.
Era Jesus o Messias prometido? Os fatos expostos acima claramente apontam para essa conclusão. Mas a evidência deste tipo talvez não baste para convencer muitas pessoas. Algo mais é necessário. E acha-se disponível. Em que sentido?
‘Espírito de Gênio’
É importante ter presente que a vida de Jesus significava muito mais do que simples concordância com datas e lugares predeterminados na profecia bíblica. Seus ensinos e suas atividades não são simplesmente palavras impressas. Jesus era uma pessoa. Para determinar se ele era o Messias, é preciso considerar o “espírito” ou atitude motivadora de coração que fazia com que Jesus fosse o que era e que motivava as coisas que ele disse e fez. Neste respeito, o perito judaico Claude Montefiore observa em The Synoptic Gospels (Os Evangelhos Sinópticos):
“Há um certo espírito e brilho ligados ao ensino de Jesus que a pessoa aprecia ou deixa de apreciar. . . . O ensino de Jesus, que teve tão gigantescos efeitos sobre o mundo, significa mais e difere, de uma lista dissecada de injunções. Não é simplesmente a soma de suas partes; é um todo, um espírito. Tal espírito tem as caraterísticas dum gênio. É grande, estimulante, heróico. . . .
“Até mesmo se pudesse encontrar paralelos, separados, para 970 dentre, digamos, 1.000 versículos do Evangelho, em que Jesus é o interlocutor, e mesmo que os pusesse juntos e fizesse deles um ótimo livrinho, não produziria um substituto de igual valor religioso. A união, o aroma, o espírito, o gênio, teriam todos sumido. Ou, antes, não os poderia infundir em sua coleção elegante de fragmentos e partes seletas.”
Já fez pessoalmente o esforço de captar o “espírito” dos ensinos de Jesus por meio de cuidadoso estudo dos quatro relatos evangélicos de Mateus, Marcos, Lucas e João à luz das Escrituras Hebraicas? Fazer isso o ajudará a discernir o papel preliminar do Messias e por que Jesus de Nazaré não cumpriu, em seus dias, muitas das expectativas populares a respeito do “ungido” de Deus. O que realizou, contudo, lançou a base para que toda a humanidade obtivesse maravilhosas bênçãos no futuro próximo. Que espécie de bênçãos serão? Viverá para vê-las tornar-se realidades?
Consecuções Finais Começam em Nossos Dias
As Escrituras Hebraicas também contêm profecias relativas ao “filho do homem”, ou Messias, como glorioso rei celeste que receberia de Deus “domínio [regência], e dignidade, e um reino, para que todos os povos, grupos nacionais e línguas o servissem”. (Dan. 7:13, 14) Sob essa regência do Reino, a humanidade gozará a vida eterna em perfeita saúde no paraíso restaurado em toda a terra. (Sal. 133:3; compare com Isaías 33:24; 35:5, 6.) Até os mortos voltarão à vida numa ressurreição. (Jó 14:13-15; Dan. 12:13; João 5:28, 29) O sacrifício voluntário da perfeita vida humana do Messias torna tudo isso possível. Mas, quando virão tais bênçãos?
Contrário às expectativas populares de seus dias, Jesus explicou: “O reino de Deus não vem de modo impressionantemente observável.” (Luc. 17:20) Como, então, podemos determinar quando está próximo o Reino?
Como “sinal . . . da terminação do sistema de coisas”, Jesus predisse entre outras coisas a guerra em ampla escala, significativa escassez de víveres, terremotos, o aumento do que é contra a lei e outras “dores de aflição”. (Mat. 24:3, 6-8, 12; compare com Revelação 6:1-8.) Não afligem tais coisas a humanidade numa escala sem precedentes desde o ano de 1914, que marcou época? Segundo a profecia de Jesus, a geração que sentisse isso veria as bênçãos da regência do Messias começar a espalhar-se por toda a terra. (Mat. 24:34; Zac. 9:10) Não são estas as melhores notícias para as pessoas que vivem hoje?
As Escrituras Hebraicas esboçam um papel preliminar de expiação de pecados para o “Messias, o Líder” e assinalam 29 E. C. como o ano de seu aparecimento. (Dan. 9:25) Sua morte sacrificial deveria ocorrer na metade duma ‘semana de anos’, ou três anos e meio depois. (Dan. 9:26, 27; Isa. 52:13-53:12) A vida de Jesus de Nazaré corresponde exatamente a estas e a outras profecias sobre as atividades preliminares do Messias. Em vista disso, não merecem os relatos dos Evangelhos o estudo mais sério e cuidadoso? Está disposto a fazer tal estudo? Seu desejo de partilhar das bênçãos globais da regência do Messias torna imperativo que o faça.
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Fim da guerra?Despertai! — 1976 | 22 de outubro
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Fim da guerra?
Nos anos recentes, o público tem recebido avisos de muitas partes a respeito do problema da poluição e da destruição da ecologia da terra. O Dr. Oscar W. Johnson, professor de biologia da Faculdade Estadual Moorhead, considerou alguns dos passos necessários para isso em seu ensaio: “O Impacto da Indústria Sobre Nosso Meio Ambiente.”
Observou o Professor Johnson: “Não é mais herético sugerir que nosso conceito tradicional de ‘progresso’ tem de mudar. Nosso planeta é finito.” Quanto aos passos que ele julga necessários, mencionou a estabilização do crescimento demográfico, nova tecnologia para reciclagem, ao invés de exploração, e programas maciços de redução da poluição. Por fim, apontou: “A guerra terá de tornar-se obsoleta se a espécie humana tenciona satisfazer as demandas econômicas ligadas a se tornar membro dum sistema ecológico que sustente a si mesmo. Talvez esta última exigência seja a mais difícil de todas.”
Ao passo que a recapitulação da história humana parece apontar para a improbabilidade de a guerra ter fim, a Bíblia descreve Jeová Deus como sendo Aquele que “faz cessar as guerras até a extremidade da terra.” (Sal. 46:9) Essa é uma das bênçãos que existirão em toda a terra quando Seu reino celeste agir para substituir a regência humana pela regência divina. — Dan. 2:44.
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