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As nações vêm à casa de Jeová para orarA Sentinela — 1965 | 15 de março
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As nações vêm à casa de Jeová para orar
“Porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos.” — Isa. 56:7, ALA.
1. Como deveria servir o templo em Jerusalém, em relação com a oração?
ALGUNS dias antes de ser pendurado numa estaca, em 33 E. C., Jesus Cristo expressou claramente que o templo real de Jeová, em Jerusalém, deveria servir como “casa de oração para todas as nações”. (Mar. 11:17) Sim, aquele templo típico deveria ter sido uma via de aproximação ao Deus Soberano e Vivo para muitos estrangeiros, bem como para os próprios israelitas. Assim, o privilégio da oração não se deveria limitar aos israelitas, unidos a Jeová pelo pacto da lei, mas o templo também era provisão para que dedicados residentes temporários e estrangeiros visitantes fossem ouvidos por Jeová Deus. De modo correto, então, Jesus acusou os judeus dos seus dias de terem comercializado o templo. Acusou-os pelas palavras: “Mas vós fazeis dela [do templo] um covil de salteadores.” (Mat. 21:13) Ao macularem o templo típico de Jeová, os judeus efetivamente desanimaram os povos estrangeiros e dedicados das nações de se aproximarem de Jeová por meio do seu templo ou “casa de oração”.
2. Como foi que Jeová veio a aceitar e confirmar o templo como “casa de oração”?
2 Mil anos antes dos dias de Jesus, na dedicação do santo templo de Jerusalém (1027 A. E. C.), o Rei Salomão dirigiu especial petição a Jeová Deus. Implorou a Jeová que reconhecesse oficialmente as orações que seriam feitas neste novo templo, tanto pelos israelitas como pelos não-israelitas. “Toda oração, e súplica, que qualquer homem, ou todo o teu povo Israel fizer, . . . ouve tu nos céus . . . Também ao estrangeiro, que não for do teu povo Israel, porém vier de terras remotas, por amor do teu nome (porque ouvirão do teu grande nome, e da tua mão poderosa e do teu braço estendido), e orar, voltado para esta casa, ouve tu nos céus, lugar da tua habitação, e faze tudo o que o estrangeiro te pedir, a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome, para te temerem como o teu povo Israel, e para saberem que esta casa, que eu edifiquei, é chamada pelo teu nome.” (1 Reis 8:38, 39, 41-43, ALA) “Durante a noite o Senhor [Jeová] lhe apareceu: ‘Ouvi, disse ele, tua oração; escolhi este lugar para que seja o templo no qual me oferecerão sacrifícios. Doravante meus olhos estarão abertos e meus ouvidos atentos às preces feitas neste lugar.”‘ (2 Crô. 7:12, 15, CBC) Assim, Jeová Deus confirmou que ouviria oficialmente as orações por este meio e, assim, o templo de Jerusalém veio a ser conhecido como “casa de oração”.
O TEMPLO ESPIRITUAL NOVO E DURADOURO
3. Descrevam o templo novo e espiritual. Foi padronizado segundo o quê? Desde quando tem estado em construção?
3 Mas, esta “casa de oração” em Jerusalém veio a ser apenas um tipo ou projeto dum templo espiritual muito mais grandioso, novo e duradouro, provido por Jeová qual meio de ele ouvir orações. Fiel à profecia de Jesus (Mat. 24:1, 2), o último templo literal de Jerusalém foi destruído para sempre pelos romanos em 70 E. C. Trinta e sete anos antes da destruição deste templo de pedras maciças, deu-se início à construção do templo novo e espiritual, a partir de 33 E. C. Ao passo que era padronizado segundo o templo típico, quanto a certas modalidades, todavia, o templo novo e espiritual era construído de “pedras viventes”, tendo a Jesus Cristo como a pedra “de alicerce”. (Heb. 9:8, 9) Falando aos ungidos, ou aos cristãos de seus dias, Paulo escreve: “Cada casa, naturalmente, é construída por alguém, mas quem construiu todas as coisas é Deus. E Moisés, como assistente, foi fiel em toda a casa Daquele, como testemunho das coisas de que se havia de falar depois, mas Cristo foi fiel como Filho sobre a casa Daquele. Nós somos a casa Daquele.” (Heb. 3:4-6) Pedro ainda acrescenta: “Chegando-vos a ele, como a uma pedra vivente, rejeitada, é verdade, pelos homens, mas escolhida e preciosa para Deus, vós mesmos também, como pedras viventes, estais sendo edificados como casa espiritual, tendo por objetivo um sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus, por intermédio de Jesus Cristo. Pois isso está contido na Escritura:‘Eis que ponho em Sião uma pedra escolhida, uma pedra angular de alicerce, preciosa; e ninguém que nela exercer fé de modo algum ficará desapontado.” (1 Ped. 2:4-6) Por fim, na Revelação, João mostra que o número completo dos escolhidos ou “selados” para tal nova organização do templo, chega a 144.000 membros, além de Jesus Cristo. — Rev. 7:4, 15.
AS ORAÇÕES, COMO INCENSO FUMEGANTE, SOBEM ATÉ JEOVÁ
4. Quando e por que razão foi usado incenso em relação ao templo literal?
4 Uma das modalidades do tabernáculo típico e dos templos representativos que o sucederam, foi a de os sacerdotes se aproximarem dele por meio de incenso. A lei mosaica exigia que se queimasse incenso perfumado sobre o altar de incenso, no lugar santo do santuário, duas vezes por dia, ou sempre que alguma aproximação oficial fosse feita perante Jeová. “Aarão queimará sobre o altar incenso aromático cada manhã, quando preparar suas lâmpadas; queimá-lo-á também ao cair da tarde, quando acender as lâmpadas. Haverá desse modo incenso diante do Senhor [Jeová] perpetuamente nas gerações futuras.” (Êxo. 30:7, 8, CBC) Por lei, apenas os sacerdotes podiam oferecer esta fumaça, que ascendia em espiral, de custoso incenso aromático. Este servia qual evidência de que os sacerdotes prestavam homenagem e louvor, inspirados pelo temor, ao virem ministrar diante do Deus Vivo, a Soberana Majestade do universo. (Êxo. 30:36, 37) No Dia da Expiação, o sumo sacerdote tinha que preparar primeiro a sua entrada no Santíssimo do santuário por apresentar uma “nuvem de incenso” perante o trono típico de Jeová, a cobertura da arca, do testemunho, “para que não morra”. — Lev. 16:12, 13, ALA.
5. Como é que as orações subiam como o incenso, e o que dizer sobre a sua preparação?
5 Ao passo que os sacerdotes apresentavam o incenso que diariamente subia dentro do santuário, os adoradores não-sacerdotais de Jeová, que se reuniam do lado de fora do templo, no seu átrio, ofereciam ao mesmo tempo orações que se deviam elevar até Jeová para que as ouvisse. “Ora, atuando ele [Zacarias, pai de João, o Batista] perante Deus como sacerdote na designação de sua divisão, segundo a prática solene do cargo sacerdotal, chegou a sua vez para oferecer incenso ao entrar no santuário de Jeová; e toda a multidão do povo orava do lado de fora, na hora de se oferecer incenso.” (Luc. 1:8-10) Tais orações feitas por estes adoradores no templo devem ter evitado as vãs repetições, e, portanto, devem ter sido cuidadosamente preparadas, assim como a queima de incenso tinha sido cuidadosamente preparada com custosos ingredientes. (Êxo. 30:34-38) Neste respeito, está escrito: “Que a minha oração seja preparada como incenso diante de ti.” — Sal. 141:2.
6, 7. (a) Em relação com o templo espiritual, como é que o incenso está associado com a oração? (b) Qual é a via de aproximação para os que oram atualmente?
6 O apóstolo João, em Revelação, mostra que o “incenso” está associado com orações também em relação com o templo novo e espiritual de Jeová, com seu Santíssimo no céu: “E chegou outro anjo e parou junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dada uma grande quantidade de incenso para oferecer, junto com as orações de todos os santos, no altar de ouro que estava diante do trono. E a fumaça do incenso ascendeu da mão do anjo com as orações dos santos perante Deus.” (Rev. 8:3, 4) Visto que Jesus Cristo é a principal “pedra vivente” deste novo templo, ele é a única via de aproximação a Jeová e todas as orações têm agora de subir mediante ele. (João 10:9; 14:6; 16:23) Atualmente, Jeová está no seu santo templo de ungidos, e para os que se aproximam dele de forma correta, ele ouve e responde as suas orações. Portanto, nestes dias, as orações do povo de Jeová sobem continuamente até Jeová, junto com a ‘fumaça do incenso da mão do anjo’.
7 Paulo confirma o que constitui a aproximação correta a Deus e o que é o templo em que Jeová habita pelo espírito, para receber as orações de seus adoradores: “Por intermédio dele [Jesus Cristo], nós, ambos os povos, temos a aproximação ao Pai, por um só espírito. . . . fostes edificados [os ungidos] sobre o alicerce dos apóstolos e profetas, ao passo que o próprio Cristo Jesus é a pedra angular de alicerce. Em união com ele, o edifício inteiro, sendo harmoniosamente conjuntado, desenvolve-se num templo santo para Jeová. Em união com ele, também vós estais sendo edificados juntamente como lugar para Deus habitar por espírito.” (Efé. 2:18, 20-22) Parte restante desse templo novo e espiritual ainda opera na terra, até os dias atuais. Tal restante dos ungidos serve como canal através do qual “grande multidão” de todas as nações presta a Jeová Deus “serviço sagrado, dia e noite, no seu templo”. — Rev. 7:9, 15.
ISAÍAS PREDIZ GRANDE FLUXO DE SERVIÇO SAGRADO
8. O que previu Isaías quanto à casa do templo de Jeová nestes últimos dias?
8 Para estes dias finais do iníquo mundo da humanidade de Satanás, o profeta Isaías predisse um fluxo mundial de adoradores que viriam a ter associação com a casa espiritual de Jeová, da qual muitos membros estão agora em pé sobre a Sião celeste. (Rev. 14:1) O restante ungido, que compõe a parte visível do templo de Jeová, é assim visto como tendo alta posição no favor de Jeová, desde o ano de 1919 (Rev. 11:12) e eleva a adoração de Jeová, colocando-a bem acima de todas as outras considerações na terra. Isto se dá conforme foi predito há muito: “No fim dos tempos acontecerá que o monte da casa do Senhor [Jeová] estará colocado no cume das montanhas, e dominará as colinas. Para aí acorrerão todas as gentes, e os povos virão em multidão: ‘Vinde, dirão eles, subamos à montanha do Senhor [Jeová], à casa do Deus de Jacó; ele nos ensinará seus caminhos, e nós trilharemos pelas suas veredas’; porque de Sião deve sair a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor [Jeová].” — Isa. 2:2, 3, CBC.
9. (a) O que mais é necessário para os que se aproximam de Jeová? (b) Como é que a pessoa se habilita a se aproximar da casa de oração de Jeová?
9 Toda a ampla multidão de adoradores, acima descrita, vem como pessoas dedicadas, bem instruídas nos requisitos teocráticos de Jeová. Não vêm com as mãos abanando, sem dádivas para seu amoroso Deus. Ao invés disso, vêm cheias de agradáveis ‘sacrifícios de louvor’, cheias de corretas declarações públicas que têm aprendido a fazer por meio dos ungidos de Jeová ainda na terra. (Heb. 13:15) Sim, estes “estrangeiros” das nações se têm ‘unido a Jeová’ por se dedicarem em associação com o restante ungido do Israel espiritual. (Zac. 8:23; Gál. 6:16) Todos estes da “grande multidão” das nações vêm também para fazer suas orações mediante o arranjo de templo de Jeová. A respeito disto, Isaías predisse mais: “Quanto aos estrangeiros que desejam unir-se ao Senhor [Jeová] para servi-lo e amar seu nome, para ser seus servos, . . . eu os conduzirei ao meu monte santo e os cumularei de alegria na minha casa de oração; seus . . . sacrifícios serão aceitos sobre meu altar. Pois minha casa chamar-se-á Casa de Orações para todos os povos.” (Isa. 56:6, 7, CBC) Na verdade, esta grande multidão de adoradores estrangeiros têm-se tornado, hoje em dia, ministros dedicados, batizados e ordenados de Jeová, e assim têm posição oficial reconhecida perante o trono celeste de Deus. (Rev. 7:15) Como os do restante ungido, estes estrangeiros que não são membros, que não são do novo pacto, consideram inestimável privilégio levar o nome ímpar de Jeová, como testemunhas de Jeová. — Jer. 31:31-34.
AS ORAÇÕES DE QUEM SERÃO RESPONDIDAS?
10. Dêem diversas evidências bíblicas quanto a quem deve esperar que suas orações sejam respondidas.
10 Jeová Deus é o grande “Escutador de oração” e faz arranjos de ‘cobrir as transgressões’ dos que ele escolhe e faz aproximarem-se dele. (Sal. 65:2-4) Presta atenção e responde às orações que são feitas corretamente a ele. (Sal. 66:19; 102:17; 1 Reis 18:37; 2 Crô. 33:13; Jer. 29:12, 13; Dan. 9:17, 18; Luc. 11:9, 10; 1 João 5:14, 15) Jeová não ouve aos iníquos, “mas atende à oração dos justos”. (Pro. 15:8, 29, CBC) ‘Os ouvidos’, de Jeová, ‘voltam-se para os pedidos de socorro dos justos’. (Sal. 34:15; 145:18, 19; Isa. 58:8, 9) “Sabemos que Deus não escuta pecadores, mas, se alguém é temente a Deus e faz a sua vontade, ele escuta a este.” (João 9:31) Antes que as pessoas das nações possam receber a atenção de Jeová, precisam começar a desviar-se do seu mau caminho anterior, se tornarem tementes a Deus e buscarem a paz de Jeová. Então Jeová começa a ouvir a tais pessoas, cujos corações se inclinam no sentido da dedicação ou que se estão ‘unindo a Jeová’. O apóstolo Pedro confirmou isto quando escreveu: “Porque os olhos de Jeová estão sobre os justos e os seus ouvidos estão atentos às súplicas deles; mas o rosto de Jeová é contra os que fazem coisas más.” — 1 Ped. 3:12.
11, 12. (a) Como é que “estrangeiros” chegam a usufruir o privilégio de orar? (b) O que se demonstra no caso de Cornélio?
11 Para os “estrangeiros”, fora da associação ativa com o arranjo de templo de Jeová para a oração, a anotação ou “memória” é feita por Jeová das suas fervorosas orações, ao passo que procuram a correta aproximação a ele. No devido tempo, Jeová faz com que a mensagem bíblica, levada por um dos servos de Jeová, justamente reconhecido, alcance a tais buscadores estrangeiros, de modo que se associem ativamente com o arranjo de templo de Jeová para que todas as suas futuras orações sejam regularmente ouvidas. Assim, a via reconhecida para a oração se torna disponível a eles, daquele tempo em diante.
12 Tomem, por exemplo, o italiano Cornélio, oficial do exército. Embora vivesse em Cesaréia da Palestina, aparentemente não era dedicado e circuncidado prosélito judeu. Todavia, porque era “homem devoto e que temia a Deus, junto com toda a sua família”, suas orações feitas fora do arranjo do templo de Jeová ‘ascendiam como memória perante Deus’. (Atos 10:1-4) No devido tempo, Jeová, por meio dum anjo fez arranjos para que Pedro, uma das “pedras viventes” do templo novo e espiritual, pregasse a Cornélio, para que ele e sua família pudessem dedicar-se e batizar-se. (Atos 10:31, 44-48) Dali em diante, Cornélio, a quem ‘foi concedido o arrependimento’, tornou-se ativamente associado com o arranjo de templo de Jeová para que suas orações pudessem ser regularmente ouvidas para serem respondidas. Quando Pedro, mais tarde, relatou este incidente ao corpo governante em Jerusalém, “assentiram, e glorificaram a Deus, dizendo: ‘Pois bem, Deus tem concedido também a pessoas das nações o arrependimento com a vida por objetivo.” — Atos 11:18.
13, 14. (a) Que parte têm os anjos em reunir os adoradores estrangeiros? (b) Citem uma experiência dos dias atuais sobre este ajuntamento de adoradores.
13 Atualmente os anjos, ao passo que permanecem invisíveis, estão muito ativos em notar os corações inclinados para a justiça de pessoas semelhantes a ovelhas, as quais oferecem sinceras orações a Deus, pedindo ajuda. (Mat. 25:31-33) Com o tempo, Jeová faz com que os anjos dirijam os ministros visíveis de Deus, na terra, a entrarem em contato com tais buscadores da verdade, para que se lhes mostre como se tornarem justos, daí, dedicando-se a Deus e seguindo por esta trilha, por manterem feliz associação com o arranjo de templo de Jeová para serviço sagrado. Relata-se a seguir uma experiência dos dias atuais que tem sido repetida milhares de vezes, em todas as partes da terra, para comprovar o assunto.
14 Uma, senhora que é ministro das testemunhas de Jeová, na Califórnia, relata que lhe restavam apenas alguns minutos para completar seu programa de pregação de três horas, certo domingo. Estando um tanto cansada, ela se inclinava a voltar para casa, tencionando completar os poucos minutos que ainda precisava em outra ocasião. No entanto, o endereço vizinho de uma pessoa que não estava em casa, na sua primeira visita, continuava a lhe chegar à mente. Portanto, ela por fim sentiu-se compelida a fazer tal visita. Na visita, a senhora dona de casa foi encontrada em casa. A senhora manifestou grande interesse na Bíblia, tanto assim que ela desejou receber imediatamente um estudo bíblico domiciliar. Ao terminar este primeiro estudo bíblico domiciliar, a dona de casa contou ao ministro que na noite anterior ela orara a Deus que lhe ajudasse a entender a Bíblia. Ela estava então certa de que a sua oração fora respondida. Nos meses que seguiram, progrediu rapidamente em conhecimento dos propósitos de Jeová. Por fim, ela se dedicou e foi batizada e é agora, ela própria, ativa testemunha de Jeová, em feliz associação com a sociedade das testemunhas cristãs de Jeová. Como o dedicado Cornélio, ela agora goza plenamente do privilégio de orar a Jeová e pode esperar confiantemente ser ouvida com regularidade.
A NECESSIDADE DE ORAR
15, 16. (a) Por que é que as pessoas se dirigem à Bíblia em busca de conselho sobre a oração? (b) Quem demonstrou a nossa necessidade de orar, e sobre que assuntos?
15 A que melhor lugar pode a pessoa se dirigir em busca de conselho sobre a oração do que à Bíblia? A Bíblia é o maior dos compêndios sobre a oração. Contém registro de 159 orações nas Escrituras Hebraicas. Vinte das orações magistrais de Jesus acham-se registradas nos quatro Evangelhos. A oração, como assunto, é mencionada 98 vezes mais no restante das Escrituras Gregas Cristãs. Pelas muitas orações de Jesus, observamos a sua grande necessidade de manter comunicação com seu Pai, durante seu curso de vida terrestre. Está escrito: “Cristo, nos dias da sua carne, ofereceu súplicas e também petições àquele que era capaz de salvá-lo da morte, com fortes clamores e lágrimas, e ele foi ouvido favoravelmente pelo seu temor piedoso.” — Heb. 5:7.
16 Nós, também, temos necessidade constante de orar, como teve Jesus. Por experiência própria, Jesus vem a ser nosso instrutor magistral sobre a oração. Na oração modelar, destaca os assuntos corretos pelos quais orar, tais como, para que o nome de Deus seja santificado, para que venha o reino de Deus, para que a vontade de Deus seja feita na terra e, por fim, para as necessidades básicas da vida. (Mat. 6:9-13) Conforme prèviamente indicado, Jesus veio a ser e agora é a única via de aproximação ao Deus vivo por meio da oração. João escreve: “Jesus disse-lhe [a Tomé]: ‘Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.’” “Se pedirdes algo em meu nome, eu o farei.” — João 14:6, 14.
O QUE É A ORAÇÃO?
17. O que é a oração, e como opera tal arranjo?
17 A oração é realmente uma comunicação de via única com o verdadeiro Deus no céu. Não são necessárias linhas telefônicas ou ondas de rádio para estabelecer tais comunicações com Jeová, no céu. Desde o tempo antigo até o atual, Jeová tem tornado disponível um meio de transmissão muito mais eficaz do que o telefone ou o rádio. Esse meio disponível ao homem não é outro senão o espírito santo de Deus. Espírito santo não conhece limites de tempo ou espaço em captar as mensagens a serem transmitidas ao arranjo de recepção de Jeová. Tal recepção é mencionada na Bíblia como ‘os ouvidos que ouvem’ de Deus. (Sal. 18:6) Jeová não responde audivelmente na outra extremidade. Não há uma palestra de duas direções com Deus no arranjo da oração. Ao invés, Deus responde na forma de orientação espiritual e por conceder a realização eventual dos pedidos corretos que sejam feitos.
EXPRESSÕES APROPRIADAS
18. Dêem algumas expressões apropriadas para orações a Jeová.
18 Quais são algumas das expressões que o verdadeiro adorador pode usar em sua comunicação de direção única com Jeová? Primeiro, talvez expresse palavras de devoção, nas quais o seu coração se extravasa de correspondência de amor a Deus. (Sal. 18:1, 2) Daí, talvez use palavras de louvor, expressas por causa das muitas manifestações da grandeza e das obras de misericórdia de Deus. (Atos 4:24-30) A pessoa que ora talvez deseje proferir palavras de apreciação pelas muitas oportunidades e privilégios de serviço que chegam ao seu alcance. (2 Sam. 7:27) Expressões de gratidão sempre são apropriadas, ao se dar graças a Jeová pelo fluxo de bondades e dádivas que temos recebido. (Col. 1:3) Visto que todos nós somos imperfeitos e continuamente cometemos enganos, parece que sempre é apropriado pedir o perdão de Deus. (Luc. 11:4) Tal pedido indica a atitude arrependida da pessoa para que mereça mais misericórdia de Deus. (Luc. 18:11-13) Palavras de preocupação quanto ao bem-estar de nossos irmãos, e pedidos de bênçãos sobre a sua execução do serviço do Reino, são sempre apropriadas de expressar. (1 Tes. 5:25) Por fim, pedidos verbais podem ser apresentados das coisas corretas necessitadas. — Sal. 33:18, 19; Pro. 30:7-9; Mat. 6:11.
POSIÇÕES
19. O que dizer sobre a posição enquanto se ora?
19 Junto com o proferimento de estas diversas expressões, será que há quaisquer posições prescritas como necessárias para à oração? Em geral, é necessária alguma posição que permita a concentração. Há exemplos bíblicos e modernos de o povo de Jeová apresentar as suas orações em posição curvada, ou com os olhos erguidos para o alto, ou ajoelhado. (Nee. 8:6; João 11:41; Luc. 22:41; Dan. 6:10) Seja qual for a posição assumida, deve ser tal que habilite a pessoa a lançar fora todas as idéias que a distraiam. Por quê? Porque as idéias a serem expressas devem ser oferecidas com sinceridade, efetivamente e no espírito de amor a Deus. As palavras bem pensadas devem estar em harmonia com o espírito santo de Deus, visto que o espírito de Deus não pode agir contrário à vontade de Jeová. Ademais, as mensagens transmitidas devem concordar com a verdade bíblica. Ao fazer a oração correta, a pessoa deve sempre avaliar que “Deus é Espírito, e os que o adoram têm de adorá-lo com espírito e verdade”. — João 4:24.
O USO DO AMÉM
20, 21. (a) Por que se usa “amém” na oração? (b) O que se pode dizer sobre as testemunhas de Jeová no que toca à oração?
20 A oração da pessoa deve ter uma conclusão apropriada e adequada. O cristão não só conclui por mencionar o nome de Jesus, mas também termina a oração com um “amém”. Amém é uma palavra hebraica que essencialmente significa “certamente”. Amém indica, a certeza, que assim seja. Por usar o “amém”, a pessoa confirma que todas as expressões feitas na oração foram feitas com toda sinceridade. Nas orações congregacionais, os que ouvem a oração, podem também desejar expressar audivelmente um “amém”. — 1 Cor. 14:16.
21 As testemunhas de Jeová são atualmente um povo que ora. Sabem que precisam orar. Sabem como orar e obtêm resultados. As testemunhas de Jeová estão intimamente associadas com a “casa de oração” de Jeová. O artigo seguinte considerará algumas de suas notáveis experiências, atualmente, no campo da oração.
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Em todas as ocasiões faça orações em espíritoA Sentinela — 1965 | 15 de março
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Em todas as ocasiões faça orações em espírito
“Aceitai . . . a espada do espírito, isto é, a palavra de Deus, ao passo que com toda forma de oração o súplica, em todas as ocasiões, fazeis orações em espírito.” — Efé. 6:17, 18.
1. Quanto à oração, o que diferencia o povo de Jeová de todos os demais?
OS SERVOS de Jeová não só são peritos em usar a Bíblia como “espada do espírito” em sua pregação pública, mas também sentem a constante necessidade de ‘em todas as ocasiões, fazerem orações em espírito’. Por esta razão, as testemunhas de Jeová são um povo que ora. A oração é característica proeminente de sua verdadeira adoração a Jeová na atualidade. Por meio da oração, mantêm direta relação pessoal com Deus, em todas as ocasiões. Em todo o período da história, tem sido este apelo caloroso e pessoal a Jeová, por meio da oração, que distinguiu os verdadeiros adoradores de Jeová dos apóstatas e pagãos que, em suas orações de imitação, apresentam formalismo e palavras vãs. (Mat. 6:7) Ademais, as orações dos verdadeiros adoradores são feitas diretamente do coração, ao invés de serem lidas de livros de oração ou com a ajuda de contas de oração ou rodas de oração.
2. Citem alguns conceitos que existem sobre a oração, bem como o das testemunhas de Jeová.
2 Os irreverentes zombam da oração como sendo desperdício de tempo. Dizem: ‘Tais comunicações jamais sobem acima da cabeça dos que as fazem.’ Outros, que seguem a ‘religião da natureza’ que eles mesmos imaginaram, pretendem que ‘o único valor da oração reside em sua influência subjetiva’. Querem dizer com isso que a oração ‘ajuda a pessoa a responder às suas próprias orações, a se tornar e ser o que ela ora para ser’. Daí, há os que pretendem ser cristãos e que fazem orações longas e públicas “com os lábios, mas o seu coração está muito longe de [Deus]”. (Mat. 15:8) Certo jornal em Boston mencionou: “O Rev. ——— proferiu a mais bela oração que já foi feita a uma assistência em Boston.”a Sim, é exatamente isso. Tais orações são feitas a uma assistência, não a Deus no céu. A oração não é ocasião de pregar publicamente para captar a admiração dos homens. (Mar. 12:40) Francamente, a oração é comunicação que tem de ser oferecida com adequada modéstia e razoável brevidade. (Mat. 6:5, 6) Para os cristãos sinceros, como as testemunhas de Jeová, a oração não é assunto de imaginação, fantasia ou ilusão. A oração é prática, é funcional, traz resultados favoráveis. Isto exige que o povo de Jeová viva de modo coerente com suas orações para que seja feita a vontade de Deus. Note as seguintes experiências de testemunhas de Jeová, antigas e modernas, que mostram que as suas orações são respondidas por Deus no céu.
PARA A DEDICAÇÃO E O BATISMO
3, 4. Dêem exemplos de oração para o batismo.
3 A oração é necessária em relação com a dedicação e o batismo em água. Observamos que Jesus achou necessário orar em relação ao seu batismo. Está escrito: “Então, quando todo o povo fora batizado, Jesus também foi batizado, e, enquanto orava, abriu-se o céu.” — Luc. 3:21.
4 Em 1961, nos Estados Unidos, após um estudo bíblico de um ano, uma senhora casada com marido opositor decidiu simbolizar sua dedicação pelo batismo em água. Em oração, mencionou que desejava fazer um voto solene de servir a Jeová, incondicionalmente. Ela compreendia que tal voto de dedicação exigia a devoção exclusiva, apesar da oposição do marido. Orou para que, quando fosse realizada a próxima assembléia de circuito, com seu arranjo para o batismo em água, fosse possível ela simbolizar sua dedicação. Em resposta à sua oração, a sua situação doméstica ficou suficientemente esclarecida de forma a possibilitar que ela assistisse à assembléia e fosse batizada. Quando estava sendo batizada, orou ainda mais, em gratidão. Sim, a oração trouxe resultados favoráveis para esta senhora, inclusive incrementado vigor espiritual para cumprir seu voto de dedicação.
AGRADECER AS REFEIÇÕES
5, 6. Por meio de exemplos, indiquem os resultados obtidos por orações feitas na hora das refeições.
5 A oração feita na hora das refeições não deve ser considerada como legado das falsas tradições religiosas. Este costume correto está profundamente arraigado nos precedentes bíblicos. Em realidade, Jesus proferiu uma bênção, em forma de oração, quando alimentou as cinco mil pessoas, partindo os cinco pães e dois peixes. (Mar. 6:41) Não só havia ali a necessidade de Jesus dar graças a Jeová por tal milagre, mas também isso resultou em trazer a paz de Jeová sobre a multidão reunida, durante a sua alimentação.
6 Há o relatório de uma família de cinco pessoas, todas as quais se dedicaram a Jeová no ano retrasado. Depois do seu batismo, o pai decidiu aplicar-se a fazer uma oração em cada refeição, assim como é feito em todos os lares de Betel do pessoal dos escritórios das testemunhas de Jeová em várias partes da terra: A apreciação desta família pelo que Jeová provê se tornara mais aguçada. Assim, com corações amolecidos, a família sentiu a necessidade de dar graças por toda refeição, como evidência da promessa cumprida de Jeová de prover a seus servos as suas necessidades diárias. (Mat. 6:11) Não mais é a hora das refeições uma coisa atrapalhada, cada um pegando o alimento a ser comido tão ràpidamente quanto possível e então saindo às carreiras, como se o lar fosse apenas um posto para se encher ràpidamente de gasolina.:.Agora, a hora das refeições se tornou uma feliz reunião familiar, cada um serve-se da comida em ordem e com bons modos, há interessante palestra cristã e a bênção da paz de Jeová descansa sobre a família. Na verdade, tais orações produzem resultados.
IMPEDIDAS AS ORAÇÕES POR CAUSA DE PECADO
7, 8. (a) O que queria dizer Pedro ao citar “a fim de que as vossas orações não sejam impedidas”? (b) Citem um exemplo moderno.
7 Pedro, no primeiro século da E. C., aconselhou os maridos de se portarem de maneira correta para com as esposas “a fim de que as vossas orações não sejam impedidas”. (1 Ped. 3:7) Desta forma, Pedro destaca que, ao orar a pessoa, ela tem de estar sempre espiritualmente bem com seu Deus. A pessoa tem de estar limpa moralmente e livre de culpa de voluntária má ação: Quando a pessoa for culpada ou inaceitável perante Deus, há um ‘empecilho’ à oração. Em outras palavras, a pessoa está impedida de orar corretamente por ter consciência culpada e o ouvido que ouve de Jeová não se estende de modo favorável. Portanto, não há resposta à oração. Jeová faz ouvidos de mercador à petição. Por tal razão, a maioria das orações dos injustos do mundo jamais são respondidas. — Sal. 66:18, 19; Pro. 15:29.
8 Por exemplo, recentemente foi observado numa congregação das testemunhas de Jeová que, quando se solicitava a certo membro varão que fizesse a oração pela congregação, em suas reuniões, ele repetidas vezes deixava de pedir o perdão dos pecados. Tornou-se um tanto evidente como ‘empecilho’ à oração. Mais tarde, o proceder deste homem foi posto em dúvida. Descobriu-se que este ministro, na realidade, era moralmente impuro, todo esse tempo. Embora casado, e a esposa sendo membro ativo da congregação, ele tivera relações imorais com outra mulher de fora. A sua oração “impedida” realmente o levou a ser exposto e finalmente desassociado.
ORAÇÕES DE CONFISSÃO DE PECADO
9, 10. (a) Por que são necessárias as orações de confissão? (b) Dêem um exemplo antigo e um moderno de tais orações de confissão.
9 Quem dentre nós não comete erros? (Sal. 51:5) Os pecados e os erros cometidos causam tensões nas relações com nosso Deus e com nossos irmãos na congregação. Note uma das orações de confissão feitas por Davi: “Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: Confessarei ao SENHOR [Jeová] as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado.” (Sal. 32:5, ALA; 2 Sam. 12:13, 14) Na verdade, com a sua confissão ardorosa, com o perdão de Jeová, a consciência de Davi tornou-se limpa de novo. Durante estes dias pré-armagedônicos, cada um precisa ter a consciência livre de peso, de modo que possa levantar-se contra toda a oposição crescente. Se alguém estiver levando muito peso de culpa na consciência, então, será bom que confesse tão logo possa a Jeová e a seus irmãos, de modo que mais uma vez possa erguer a cabeça como puro e reto. Não mais haverá um ‘empecilho’ para as suas orações. — 1 Tim. 1:18, 19.
10 Há três anos atrás, um ministro pioneiro especial das testemunhas de Jeová adoeceu durante a parte final do mês. Ainda lhe faltavam trinta horas para o seu relatório mensal, a fim de habilitar-se à sua mesada, que então era especialmente necessitada. Desonestamente, ele relatou o completo total de horas, esperando recuperar as trinta horas que faltavam de serviço ministerial no mês seguinte. Mas, continuaram as dificuldades e ele não pôde recuperar o tempo. Parecia que a bênção de Jeová não estava sobre as suas atividades de pregação no campo. Em oração, ele confessou seu erro a Jeová. Escreveu também à Sociedade, pedindo seu perdão e ofereceu fazer um acerto. A sede da Sociedade misericordiosamente concordou em considerar a mesada como tendo sido paga, mas disse que o ministro deveria recuperar as trinta horas que faltavam durante as férias no verão seguinte. Sim, tal oração de confissão trouxe alívio a uma consciência aflita e restaurou a agradável relação com Jeová e seu povo. Não é verdade que tal oração trouxe resultados? — Heb. 13:18.
EM TEMPOS DE TENTAÇÃO
11, 12. Por que se deve orar em ocasiões de tentação?
11 A oração é vital em épocas de tentação. Jesus aconselhou: “Mantende-vos vigilantes e orai continuamente, para que não entreis em tentação.” — Mat. 26:41.
12 Uma das testemunhas de Jeová que é engenheiro civil tem usufruído estável emprego secular em uma firma construtora na parte ocidental dos Estados Unidos. Este homem é também ministro presidente duma das congregações das testemunhas de Jeová e compreende que seu serviço secular é apenas secundário em relação à sua vocação primária do ministério cristão. Como no caso de Paulo, é meramente ‘a profissão de fazer tendas’. (Atos 18:1-4) O salário do serviço secular deste superintendente é bom e adequado. Ele dedica quarenta horas por semana ao lugar de negócios e, depois disso, tem a mente livre para as suas atividades ministeriais. No ano passado, os donos da firma fizeram a ele a oferta tentadora de se tornar o superintendente da fábrica. Ofereceram-lhe salário maior e outros dos chamados benefícios. Mas, havia também maiores responsabilidades que talvez resultassem em muitas noites em claro e atividades extras, além das atuais quarenta horas por semana. Esta oferta tentadora foi levada a Jeová em oração. O resultado foi que ele se sentiu fortalecido a rejeitar a oferta. Atualmente, ele continua a gozar de liberdade para a sua tabela ministerial muitíssimo ocupada.
ORAÇÕES QUANDO DOENTE FISICAMENTE
13, 14. (a) Qual é a finalidade de se orar quando a pessoa está fisicamente doente? (b) Relatem uma experiência moderna quanto a isto.
13 Quem há que não tenha adoecido fisicamente alguma vez ou outra em sua vida? Sim, Davi, certa vez doente, escreveu a respeito dos tratos de Jeová com os doentes: “O próprio Jeová o susterá num divã de doença; toda a sua cama tu certamente mudarás durante a sua enfermidade.” (Sal. 41:3) O povo de Jeová não ora para a cura pela fé. Ao invés, ora para que sejam dados passos sábios para resolver seu determinado problema de saúde. Além disso, a oração traz à pessoa a consolação da parte de Jeová, que a habilita a ter paciência e longanimidade para suportar a doença até que as forças curativas do corpo físico possam produzir a restauração da saúde.
14 Uma senhora que é ministro de Jeová, há algum tempo atrás, encarou sério problema de ter de ser operada por causa, dum tumor maligno. Nenhum dos médicos locais concordariam de realizar a operação sem uma transfusão de sangue. Em harmonia com a oração dela pedindo orientação, diligente verificação foi feita em outras partes do país em busca de um cirurgião que realizasse a operação sem sangue. Tal cirurgião foi achado. Ele operou-a com êxito, sem transfusão de sangue. A irmã ficou com a saúde restaurada para mais serviço ministerial. Foi pela oração que a fé da irmã ficou fortalecida para não tomar de jeito nenhum uma transfusão de sangue. Semelhantemente, achou-se uma saída para o problema dela. — 1 Cor. 10:13.
ORAÇÕES QUANTO A DOENÇA ESPIRITUAL
15, 16. (a) O que diz Tiago a respeito de orar a favor dos espiritualmente doentes? (b) É útil tal costume?
15 Outra forma de enfermidade é a chamada “doença espiritual”. Trata-se duma condição em que a fé da pessoa em Deus está em nível bem baixo. A oração é vitalmente necessária a fim de sair desta perigosa condição em que a pessoa veio a escorregar. Tiago aconselha sobre este assunto: “Há alguém doente entre vós? Chame a si os homens mais maduros da congregação, e orem sobre ele, untando-o com óleo em nome de Jeová. E a oração de fé fará que o indisposto fique bom, e Jeová o levantará.” — Tia. 5:14, 15.
16 Há alguns anos atrás, um dos ministros ungidos de Jeová se tornara espiritualmente enfermo. Dois dos irmãos mais idosos foram solicitados a visitá-lo. Verificaram que o irmão ungido tinha perdido sua confiança e que não orava a Jeová já por três meses. Não é de admirar que ele estivesse espiritualmente enfermo! Como óleo suavizante, a Bíblia, como a Palavra de Deus, foi usada por estes ministros visitantes para restaurar a percepção quanto aos propósitos de Jeová na mente e no coração deste enfermo. Oraram junto com o irmão doente, em sua própria casa, para que se desse esta restauração dele à melhor saúde espiritual. Tal visita produziu resultados. Neste respeito, Tiago prossegue no registro: “A súplica do justo, quando em operação, tem muita força.” — Tia. 5:16.
ORAÇÕES DURANTE A PERSEGUIÇÃO
17, 18. (a) O que se ganha ao orar durante épocas de perseguição? (b) Citem exemplos.
17 Assim como Jesus foi perseguido durante seus dias na terra, assim também o povo de Jeová na atualidade está sujeito a muitas formas diferentes de perseguição. (João 15:20) Algumas pessoas sofrem em prisões literais por causa de sua posição fiel como ministros de Deus. Outras passam por severo sofrimento do mal em suas próprias casas ou em sua própria comunidade ao redor por causa de sua posição como uma das testemunhas de Jeová. A oração é coisa essencial para suportar tais perseguições. Os profetas da antiguidade, sim, Jó também, são exemplos de suportar a perseguição, quando a necessária oração trouxe resultados. “Irmãos, tomai por modelo do sofrimento do mal e do exercício da paciência os profetas, que falaram em nome de Jeová. . . . Ouvistes falar da perseverança de Jó . . . Há entre vós alguém que sofre o mal? Faça orações.” — Tia. 5:10, 11, 13.
18 Em 1958, Harold King, um missionário britânico de Gilead, das testemunhas de Jeová, foi sentenciado a cinco anos de prisão em Xangai, China comunista, por pregar as boas novas do reino de Deus. Foi finalmente posto em liberdade na parte final de maio de 1963, depois de quatro anos e sete meses de encarceramento. Enquanto estava na prisão, King orava regularmente, sobre o que escreve: “Eu orava três vezes por dia na frente de todos que passassem pela minha cela.” As orações do irmão King produziram resultados, não só em ter permanecido em segurança durante todos esses anos de prisão, mas, muito mais importante, sobreviveu espiritualmente sadio.
ORE PARA FAZER DECISÕES ACERTADAS
19, 20. Como é que a oração ajuda a pessoa a lazer decisões acertadas?
19 Jovens e idosos, todos nós temos constantemente de exercer sabedoria para fazer decisões corretas. Tiago de novo nos aconselha: “Se alguém de vós tiver falta de sabedoria, persista ele em pedi-la a Deus, pois ele dá generosamente a todos, e sem censurar; e ser-lhe-á dada. Mas, persista ele em pedir com fé, em nada duvidando.” — Tia. 1:5, 6.
20 Há o caso do jovem ministro ordenado de Jeová, nos Estados Unidos da América. Durante os seus dias de ginásio, obteve boas notas nos esportes bem como nas letras. Próximo da época de sua formatura, ofereceram-lhe uma bolsa de estudos futebolística para cursar a faculdade. Notáveis líderes esportivos o visitaram, animando-o para aceitá-la. Este rapaz tinha agora que fazer uma decisão vital. Durante dias, a batalha continuou na mente dele; num dia ele resolvia aceitar a bolsa de estudos, no dia seguinte ele se decidia a favor do serviço ministerial de tempo integral. Por fim, fez disto uma questão de oração a Jeová em busca de sabedoria. Junto com seus apelos diários, gastou as horas depois das aulas na obra de pregação pública. Em resposta às suas orações, foi fortalecido a se decidir pelo serviço de pioneiro de tempo integral e a rejeitar a oferta da bolsa de estudos. Fez a decisão correta.
ORAÇÕES DE INTERCESSÃO
21, 22. (a) Expliquem as orações de intercessão. (b) Quais foram algumas ocasiões no passado e no presente para tais orações?
21 Orações de intercessão para os nossos irmãos fiéis em dificuldades, quando estão presos ou num tribunal para serem julgados, são sempre corretas e necessárias. Antes de Paulo ser preso pela segunda vez e levado perante o tribunal romano, escreveu a Timóteo: “Exorto, portanto, em primeiro lugar, a que se façam súplicas, orações, intercessões e se dêem agradecimentos com respeito a toda sorte de homens, com respeito a reis e a todos os em altos postos, a fim de que continuemos a levar uma vida calma e sossegada, com plena devoção piedosa.” — 1 Tim. 2:1, 2.
22 Semelhantemente, hoje em dia, de vez em quando há importantes questões legais que envolvem o ministério das testemunhas de Jeová e que exigem solução das altas cortes. Tais têm aparecido no Canadá, nos Estados Unidos, Grã-Bretanha, África do Sul, Suíça, Austrália, República das Filipinas e em outros países. Em tais ocasiões, nesses países, as testemunhas de Jeová fazem orações de intercessão a Jeová. Pedem a Deus que, se for a sua vontade, interceda, concedendo a estes altos juízes sabedoria especial para fazer o julgamento em seu favor, para que a sua obra de pregação, dada por Deus, possa prosseguir em paz. Muitas vitórias no Supremo Tribunal têm sido obtidas pelo povo de Jeová em resposta a tais orações de intercessão.
ORE PARA RECEBER ENCORAJAMENTO
23, 24. Citem exemplos de orações que resultaram em se receber encorajamento.
23 Nestes dias de crescentes pressões, todos nós precisamos de encorajamento. Criam-se situações em que a pessoa fica desanimada. Neemias estava abatido por causa das notícias da falta de uma muralha protetora para Jerusalém. Orou sobre o assunto. “Ouvindo tais palavras, sentei-me para chorar e fiquei vários dias desconsolado; jejuei e orei diante do Deus do céu.” (Nee. 1:4, CBC) A oração de Neemias trouxe resultados. O rei persa o comissionou a ir a Jerusalém superintender a construção de sua muralha.
24 Na Califórnia, E. U. A., um pai e o filho entraram na verdade e se dedicaram, mas isto não se deu com a mãe. Com o tempo, a mãe ficou doente do coração, e deram-lhe pouco tempo de vida. O pai e o filho ficaram muito desconsolados. Por fim, em sua aflição oraram a Jeová para ajudar a mãe a se tornar crente. Pouco depois a mãe começou a fazer perguntas sobre a Bíblia. Nos dias que lhe restaram, abraçou a verdade, deu testemunho por meio do telefone, e morreu com a esperança de viver na nova ordem de coisas. Sim, as fervorosas orações do pai e do filho produziram resultados. Tanto o pai como o filho são agora ministros pioneiros de tempo integral.
ORAÇÃO EM ÉPOCAS DE PERIGO
25, 26. Como têm sido respondidas as orações feitas em ocasiões de perigo?
25 As épocas de extremo perigo tornam necessária a urgente oração. Jonas estava em tal extremo perigo, no ventre do grande peixe, de onde orou. Está escrito: “Do fundo das entranhas do peixe, Jonas fez esta prece ao Senhor [Jeová], seu Deus.” (Jon. 2:1, CBC) A libertação de Jonas foi a resposta a tal oração.
26 Em 8 de abril de 1963, em South Dakota, E. U. A., uma dedicada testemunha de Jeová e suas duas filhas estavam bem arrumadas, prontas para assistir à reunião da congregação local para o serviço anual do Memorial, em relação com a morte de Cristo. De repente, o marido opositor dela se pôs nos umbrais da porta com uma espingarda carregada apontando para ela, para impedir que ela saísse de casa. Nesta situação desesperadora, ela imediatamente orou em silencio a Jeová. Depois de alguns minutos, o marido dela começou a acalmar-se. Deu ouvidos ao apelo fervoroso dela e finalmente deixou que ela assistisse à parte final do serviço do Memorial. A oração dela produziu maiores resultados ainda, no sentido de que o marido agora é mais tolerante e ouve a explicações da Bíblia.
PROBLEMAS DA ORGANIZAÇÃO
27, 28. Por que são necessárias as orações quanto aos problemas da organização?
27 Até mesmo Jesus achou necessário orar para resolver problemas da organização. Está escrito que Jesus orou na noite anterior à ocasião em que fez a designação, para a organização, de seus doze apóstolos, a fim de assegurar-se da vontade divina. (Luc. 6:12, 13) Jesus assim recebeu o conceito de Jeová sobre o assunto antes de anunciar as doze designações.
28 Um ministro das testemunhas de Jeová foi enviado para servir onde há mais necessidade, como superintendente congregacional numa pequena cidade da Califórnia, E. U. A. O servo de circuito disse a ele que esta congregação era conhecida como “congregação problemática”, mas ninguém sabia dizer a razão. Depois de logo a primeira reunião a que ele assistiu, a frieza deles confirmou que existiam dificuldades. O novo servo de congregação repetidas vezes orou a respeito deste problema congregacional. Em poucas semanas, foi revelada a evidência de imoralidade que tornava necessária a desassociação duma irmã e colocar-se duas outras em provação. Não só foram estas orações respondidas, em se produzir uma congregação purificada, mas também, no segundo ano, a congregação obteve 40 por cento de aumento nos ministros que pregavam de casa em casa.
OUTRAS VANTAGENS E BÊNÇÃOS
29-31. (a) Apresentem algumas vantagens e bênçãos adicionais resultantes da oração. (b) O que deve se seguir à oração?
29 As acima são apenas algumas das muitas diferentes ocasiões e situações em que as testemunhas de Jeová atualmente se aproximam da “casa de oração” de Jeová, em busca de ajuda. Junto com todas estas petições, também têm subido, como incenso, ardorosas expressões de amor e louvor, junto com ações de graças a Jeová, Aquele que ouve às orações. Há ainda outras vantagens de adorar a Jeová por meio da oração? Há, sim. A oração continuamente atrai a pessoa mais perto de Jeová. (Tia. 4:8) Assim, a pessoa goza de íntima associação com o Pai, nossa grande fonte de vida. A oração mantém limpo e forte o coração da pessoa. Não há nada que a pessoa oculte de seu grande Amigo no céu. Com coração aberto e consciência limpa, mantém-se a verdadeira comunicação com nosso Deus.
30 A oração traz sobre a pessoa a paz duradoura de Jeová. Sem esta paz, nenhum êxito permanente é possível. O apoio de Jeová é assegurado pela oração. A oração também resulta em crescente fluxo do espírito de Jeová sobre a pessoa. Estes são dias em que a força física ou a capacidade cerebral não garantem a segurança no Har-Magedon. Ao invés, são os que são guiados pelo espírito de Jeová que serão os vitoriosos. (Zac. 4:6) É a oração que traz verdadeira coragem. Traz, semelhantemente, perspectiva otimista. A oração é o meio pelo qual a pessoa mantém forte vínculo de dedicação a Jeová. Deus ouve a invocação diária de seus servos dedicados. Concede respostas a tais orações que estejam em harmonia com a sua vontade e Palavra.
31 Lembre-se, não é a abundância de palavras que conta ao dizer: “Senhor, Senhor.” (Mat. 7:21-23) Mas, é seguir à oração com ação positiva em fazer a vontade de Deus é o que vale. Quer sejamos pessoas dedicadas do restante ungido ou das “outras ovelhas”, que todos nós, jovens e idosos, homens e mulheres, ‘em todas as ocasiões, façamos orações em espírito’. Como povo que ora, deleitemo-nos sempre de vir para adorar a Jeová, nosso Deus, em sua “casa de oração”.
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