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  • Tito: bom conselho para ‘continuar são na fé’
    A Sentinela — 1977 | 1.° de maio
    • Tito: bom conselho para ‘continuar são na fé’

      TODOS os verdadeiros cristãos sabem que, para agradar seu Criador, Jeová Deus, precisam ser sólidos, equilibrados, fortes e “sãos na fé”. Por isso, preocupam-se com que o ensino que recebem de seus superintendentes seja “ensino salutar”. O apóstolo Paulo, apropriadamente, na sua carta a Tito, expressou sua preocupação de que Tito e outros superintendentes ensinassem o que era salutar e que aqueles a quem ministravam fossem “sãos na fé”. — Tito 1:9, 13; 2:1, 2, 6.

      Quando escreveu o apóstolo Paulo esta carta a Tito? Mui provavelmente foi escrita por Paulo entre o seu primeiro e o seu segundo encarceramento, a saber, entre 61 e 64 E. C. Igual às suas cartas a Timóteo, a carta de Paulo a Tito relaciona-se com atividade que não é mencionada no livro de Atos. A segunda carta de Paulo a Timóteo, escrita enquanto estava na prisão ou sob prisão domiciliar, indica que Paulo havia sido solto por um tempo, de seu encarceramento anterior, e que aquele era seu segundo encarceramento. Portanto, deve ter sido durante este tempo de liberdade que Tito o acompanhou na pregação aos cretenses. Quando Paulo achou necessário partir de Creta, comissionou Tito a cuidar do ‘negócio inacabado’ que ainda restava, dentre o qual não era nada pequeno o de refutar os judaizantes entre os associados com as congregações cretenses.

      Dar Paulo esta comissão a Tito indica que tinha muita confiança nele, como se pode ver também nas suas cartas a outros. Assim, ele escreveu aos coríntios que, “se, porém, houver qualquer pergunta sobre Tito, ele é parceiro meu e colaborador nos vossos interesses”. Sim, Tito tinha a mesma disposição altruísta que Paulo. — 2 Cor. 7:6; 8:6, 16, 17, 23.

      A carta de Paulo a Tito tem muito em comum com a primeira carta dele a Timóteo. Entre outras coisas, em ambas as cartas Paulo dá instruções explícitas sobre as qualificações de superintendentes e como as mulheres cristãs devem comportar-se. No entanto, parece que Tito não tinha tanta intimidade com Paulo como Timóteo, porque a carta a Tito contém o mínimo de referências pessoais, ao passo que as cartas de Paulo a Timóteo estão cheias de referências pessoais, tanto a si mesmo como a Timóteo.

      Notamos também uma ligeira diferença de tom na carta de Paulo a Tito, em comparação com suas cartas a Timóteo. Sem dúvida, isto se deve ao tipo de pessoas com quem Tito tinha de lidar. Paulo citou um profeta cretense, que acusou seu próprio povo de mentirosos, preguiçosos, prejudiciais e glutões. De fato, naquele tempo, em alguns lugares, chamar alguém de cretense era chamá-lo de mentiroso. É evidente que os cristãos procedentes de tal ambiente teriam mais dificuldades em transformar sua personalidade. Verificamos assim que, embora as qualificações alistadas por Paulo para superintendentes sejam praticamente iguais em cada carta, Tito é instruído adicionalmente de que os superintendentes precisam ter autodomínio e ser capazes de “repreender os que contradizem”. Mais adiante, Tito é exortado a “repreendê-los com severidade” e a persistir em “exortar e repreender com plena autoridade”. Quanto ao homem que “promove uma seita”, quer dizer, que causa divisões, Tito devia ‘rejeitá-lo depois da primeira e da segunda admoestação’. — Tito 1:9, 13; 2:15; 3:10.

      Comparando as relações de Paulo com Timóteo e com Tito, alguns se perguntaram por que Paulo tratou do assunto da circuncisão de modo tão diferente nos dois casos. Atos 16:3 conta que Paulo fez Timóteo ser circuncidado. Mas, em Gálatas 2:3, Paulo declara: “Nem mesmo Tito, que estava comigo, foi compelido a ser circuncidado, embora fosse grego.” Qual é a explicação disso?

      Visto ser conhecido que Timóteo tinha mãe judaica, as pessoas talvez esperassem que fosse circuncidado. A circuncisão seria de grande valor em torná-lo aceitável aos judeus. Mas, no caso de Tito, era mais uma questão de princípio. Ele era grego; sem dúvida, seus pais não eram judeus. Além disso, Paulo salientou que nem mesmo Tito foi “compelido” a ser circuncidado. Isto sugere que tinha havido pressão, por parte dos cristãos judaizantes, de que Tito fosse circuncidado. Sem dúvida, a fim de tornar o seu argumento o mais forte possível, Paulo levou o incircunciso Tito consigo à reunião em Jerusalém, onde, depois de muita disputa, os apóstolos e outros anciãos decidiram que os cristãos gentios não precisavam ser circuncidados, nem guardar todos os requisitos da Lei.

      Cuidando da saúde espiritual de todos na congregação, Paulo trata da conduta dos diversos grupos nela. Deseja especialmente que os anciãos sejam “sãos na fé, no amor, na perseverança”. Precisam também ser “moderados nos hábitos, sérios, ajuizados”. Este é deveras bom conselho; alguns anciãos tendem a encarar levianamente assuntos que deviam tomar a sério. Também os homens mais jovens devem ser “ajuizados”. — Tito 2:2, 6.

      Naturalmente, tanto as mulheres cristãs mais idosas como as mais jovens também devem ser “ajuizadas”. Neste respeito, o que se requer delas? “As mulheres idosas sejam reverentes no comportamento, não caluniadoras, nem escravizadas a muito vinho, instrutoras do que é bom, a fim de fazerem as mulheres jovens recobrar o bom senso para amarem seus maridos, para amarem seus filhos, para serem ajuizadas, castas, operosas em casa, boas, sujeitando-se aos seus próprios maridos, para que não se fale da palavra de Deus de modo ultrajante.” Quão oportuno tal conselho é para os nossos dias, quando a grande ênfase na ‘libertação’ das mulheres produz frutos tão maus, tais como o aumento vertiginoso da deserção das mães, abandonando sua família, e o grande aumento nos crimes entre as mulheres! — Tito 2:3-5.

      A seguir, Paulo aconselha Tito a exortar os escravos a cooperarem plenamente com seus amos e a serem honestos, para que sua conduta não traga reflexos desfavoráveis sobre a sua religião cristã, mas, em vez disso, a recomende. Este conselho se aplica bem apropriadamente a todos os empregados, hoje em dia.

      Todos os que querem ser “sãos na fé” certamente precisam acatar a admoestação adicional de Paulo, de “repudiar a impiedade e os desejos mundanos, e a viver com bom juízo, e justiça, e devoção piedosa”. Requer também que nos sujeitemos aos governos mundanos, a estar ‘prontos para toda boa obra, e a não ultrajar a ninguém’. Quão apropriado é este último conselho! Pois, a natureza humana, decaída, está muito inclinada a ultrajar ou a falar mal dos outros, especialmente quando estes nos ofenderam. Em vez de sermos beligerantes, queremos ser razoáveis e brandos para com todos, embora as pessoas em volta de nós sejam extremamente egoístas. Mas o espírito santo de Deus e seu amor à humanidade, conforme vistos na dádiva de seu Filho, livraram-nos dos modos do mundo e deram-nos a esperança da vida eterna. — Tito 2:12; 3:1, 2, 4-8.

      Deveras, há muito bom conselho na carta de Paulo a Tito, para todos os da congregação cristã; conselho para todos os anciãos, para que apresentem “ensino salutar’, e para todos os crentes, a fim de que sejam “sãos na fé”.

  • Filêmon: amor fraternal, cristão — não um “evangelho social”
    A Sentinela — 1977 | 1.° de maio
    • Filêmon: amor fraternal, cristão — não um “evangelho social”

      OS CRISTÃOS que têm conhecimento bíblico, exato, sabem que não são comissionados para mudar o mundo. Estão no mundo, mas não fazem parte dele. (João 16:19; 17:16) Por isso, não se concentram em tentar melhorar as condições do mundo, porque tanto a Bíblia como a experiência humana mostram que tentar fazer isso é uma tarefa fútil. Em vez disso, os cristãos imitam hoje a Jesus e seus apóstolos, por pregar as boas novas do reino de Deus e a necessidade de aceitar Jesus Cristo como salvador, para obter a vida eterna. Os desfavorecidos que aceitam as boas novas chegam a ter uma situação muito melhor do que qualquer que obtenha vantagens econômicas e civis, mas sem ter fé em Jeová Deus e sem a esperança do Reino. — Mat. 24:14; João 3:16

      Reconhecendo este princípio, podemos entender por que Paulo, na sua carta ao dono de escravos, Filêmon, expressou amor cristão, embora não pregasse um “evangelho social”. Podemos também entender por que Paulo enviou o escravo fugitivo Onésimo (que Paulo ajudou a converter) de volta ao seu amo cristão, em vez de aconselhá-lo a usufruir a sua ilegal liberdade da escravidão.

      Falou-se muito bem que a carta de Paulo a Filêmon é obra-prima de afeto e tato. Foi Paulo quem primeiro levou as boas novas sobre o cristianismo a Filêmon, libertando-o assim da servidão ao paganismo e ao pecado. Portanto, tinha Filêmon grande dívida para com o apóstolo? É compreensível que Filêmon mui provavelmente estivesse irado com Onésimo, e isso por mais de um motivo. Não só havia a fuga de Onésimo privado seu amo de muito serviço essencial mas também a implicação de que ele havia tirado alguns bens ou dinheiro de seu amo, talvez para custear sua viagem a Roma. A fim de que Filêmon recebesse seu escravo de volta de modo bondoso, Paulo escreveu esta carta.

      Ele começa por enviar saudações a certas pessoas, inclusive à congregação que se reunia na casa de Filêmon. A seguir, Paulo elogia Filêmon pelo seu amor, pela sua fé e sua atenção, conforme demonstrados tanto a Paulo como a outros. Depois desta introdução jeitosa, o apóstolo lembra a Filêmon que, embora lhe pudesse ordenar “a fazer o que é correto”, ele, em vez disso, o exorta. A fazer o quê? A receber de volta seu escravo Onésimo — naturalmente, de modo bondoso. Paulo, na realidade, teria gostado reter os serviços de Onésimo, visto que este era muito útil a Paulo, mas não faria isso sem o consentimento de Filêmon.

      De fato, a fuga de Onésimo resultou em bem, porque agora Filêmon o podia ter de volta, não mais como escravo relutante e possivelmente desonesto mas como irmão cristão, disposto e honesto. Paulo torna seu pedido ainda mais forte por solicitar que Filêmon, recebendo de volta seu escravo, o acolhesse assim como acolheria o próprio Paulo, se viesse a ele. Se Onésimo tiver prejudicado seu amo de alguma maneira, Filêmon deve lançar isso na conta de Paulo; por que este o pagaria de volta. A fim de tornar Filêmon ainda mais disposto a concordar com isso, lembra-lhe a dívida que tem para com Paulo, por se tornar cristão, em primeiro lugar. Sendo assim, Paulo tem a certeza de que Filêmon fará ainda mais do que Paulo lhe pediu.

      Paulo escreveu esta carta enquanto estava na prisão ou em prisão domiciliar, em Roma, mais ou menos ao mesmo tempo em que escreveu suas cartas às congregações dos efésios, dos filipenses e dos colossenses, ou entre 60 e 61 E. C. Encerrando sua carta, expressa a esperança de que, pelas orações feitas a seu favor por concristãos, será em breve solto de seu encarceramento em Roma, e por isso pede que Filêmon lhe apronte hospedagem. Da sua segunda carta a Timóteo sabemos que essas orações foram deveras respondidas e que Paulo foi liberto, para continuar suas atividades missionárias.

      Pode-se dizer que a carta de Paulo a Filêmon salienta um bom princípio, que todos os cristãos dedicados, que sofrem por causa de injustiças, ou discriminações econômicas ou civis, fariam bem em ter em mente. Qual é? Que eles, por motivo de conhecerem a Jeová Deus e a Jesus Cristo, e terem a esperança do reino de Deus, têm uma sorte muito melhor do que aqueles que sofrem tais coisas, mas não têm as verdades e a esperança da Bíblia.

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