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PresençaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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a “presença daquele que é contra a lei”, como sendo “segundo a operação de Satanás, com toda obra poderosa, e sinais e portentos mentirosos, e com todo engano injusto”. Isto, também, ilustra o ponto que parousia significa mais do que uma vinda ou chegada momentânea, pois a realização de todas essas obras, sinais e portentos, e deste engano, exige um período de tempo de considerável duração.
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PresentesAjuda ao Entendimento da Bíblia
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PRESENTES
Veja, DÁDIVAS, PRESENTES.
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PresságioAjuda ao Entendimento da Bíblia
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PRESSÁGIO
Qualquer coisa considerada como fornecendo algum indicio do futuro; uma situação ou uma ocorrência que se considera como pressagiando o bem ou o mal. (Gên. 30:27; Núm. 24:1) A Lei de Deus, dada a Israel, proibia especificamente a procura de presságios, como uma forma de adivinhação. (Lev. 19:26; Deut. 18:10) Mas, apóstatas, tais como o rei judeu, Manassés, deveras procuravam presságios. (2 Reis 17:17; 21:6) Visto que tal prática é condenada nas Escrituras, evidentemente o comentário do fiel José sobre a utilização de seu cálice de prata para ler presságios era, simplesmente, parte dum estratagema. (Gên. 44:5, 15) Por suscitá-lo, José se apresentava, não como alguém que tinha fé em Jeová, mas como um administrador duma terra em que campeava a adoração falsa. Assim, ele não forneceu nenhum indício de ter algo em comum com seus irmãos, e manteve oculta deles a sua verdadeira identidade. — Veja ADIVINHAÇÃO.
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PresunçãoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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PRESUNÇÃO
O arrogar-se mais do que o seu direito ou aquilo que é próprio permitiría, ou sem autoridade; a ousadia impertinente de conduta ou de pensamento; o tomar liberdades indevidas; o empreender algo em atrevido desafio. Esta palavra se relaciona com a soberba, a arrogância, o orgulho e a petulância. Seus antônimos são a mansidão e a modéstia.
O ORGULHO E A IRA TRAZEM PRESUNÇÃO
A palavra hebraica zadhóhn se deriva do verbo zidh ou zudh, “ferver, fervilhar”, assim, “arder de orgulho, agir orgulhosamente para com”. O calor da ira ou orgulho pode fazer com que uma pessoa aja precipitadamente, torne-se injustificadamente ousada e ultrapasse os seus direitos. Diz o provérbio: “Fanfarrão presunçoso, pretensioso, é o nome daquele que age numa fúria de presunção.” (Pro. 21: 24) Em Deuteronômio 1:43, usa-se a forma verbal para descrever a ação tomada pelo povo de Israel em desobedecer à ordem de Deus, e correr à frente, sem autorização. Moisés lhes disse: “De modo que vos falei e vós não escutastes, mas começastes a comportar-vos rebeldemente contra a ordem de Jeová e a ficar todos exaltados, e tentastes subir ao monte.” Outra palavra hebraica, ‘aphál, significa “inchar ou intumecer-se“. Emprega-se esta palavra no relato, sobre o mesmo incidente, em Números 14:40-44: “Moisés . . . disse: . . . Não subais, porque Jeová não está no vosso meio’ . . . No entanto, subiram presunçosamente ao cume do monte”, onde sofreram derrota às mãos dos habitantes. Estavam ‘inchados’ de falsa confiança.
A ordem dada por Deus a Israel também demonstrava que a ira pode resultar em destrutiva presunção e em crassa violação da lei de Deus: “Caso um homem se exalte [forma de zidh] com o seu próximo a ponto de matá-lo com ardileza, deves tomá-lo mesmo que esteja junto ao meu altar, para que morra.” — Êxo. 21:14.
É MISTER EVITÁ-LA CUIDADOSAMENTE
O Rei Davi, a quem foram concedidos por Deus muitos favores e grande autoridade, compreendia que, mesmo assim, podería ser culpado de presunção. Orou: “Enganos — quem pode discernir? Declara-me inocente de pecados escondidos. Refreia também teu servo de atos presunçosos; e não deixes que me dominem. Neste caso serei completo e terei permanecido inocente de muita transgressão.” (Sal. 19:12, 13) Portanto, é grande o perigo, e é algo que se deve vigiar de perto. Um ato presunçoso é um pecado muito mais grave do que um erro. Quer a pessoa esteja numa posição elevada, quer numa baixa, tomar liberdades é algo detestável aos olhos de Deus. Uzias, embora fosse poderoso rei, que havia provado as bênçãos de Deus, foi afligido de lepra por presunçosamente assumir por conta própria deveres sacerdotais. (2 Crô. 26:16-21) A presunção moveu o Rei Saul a rebelar-se contra Jeová. Não estando disposto a esperar a chegada de Samuel, Saul resolveu que ele mesmo oferecería os sacrifícios. (1 Sam. 13: 8-14) Também usou seu critério de julgamento pessoal ao poupar o rei amalequita, Agague, e o melhor dos despojos, quando a ordem de Jeová tinha sido de devotar os amalequitas à destruição. Por causa desta presunção, Saul foi rejeitado qual rei. — 1 Sam. 15:8, 9, 11, 18, 19.
Notável exemplo de presunção da parte de um israelita que não fazia parte da realeza, é o de Uzá. A Arca do pacto estava sendo transportada para Jerusalém numa carroça puxada a bois. Quando o gado quase fez com que houvesse um transtorno, Uzá, que não era um levita coatita, e, assim sendo, não tinha nenhum direito de tocar na Arca (Núm. 4:15), estendeu a mão e segurou-a, para endireitá-la. Por tal presunção resultante da falta de fé, Jeová o golpeou, e Uzá morreu. — 2 Sam. 6:6, 7.
A pessoa que não está segura de que ação deve tomar num assunto, ou não está certa se está no âmbito de sua autoridade, deve sem dúvida consultar primeiro outros que tenham conhecimento e discernimento. As Escrituras aconselham: “Pela presunção só se causa rixa, mas há sabedoria com os que se
consultam mutuamente.” (Pro. 13:10) A presunção leva a resultados desastrosos; a modéstia pode salvar uma pessoa. O sábio afirma: “Chegou a presunção? Então chegará a desonra; mas a sabedoria está com os modestos.” — Pro. 11:2.
DESRESPEITO PELA SOBERANIA DE DEUS, E DESAFIO A ELA
Quando uma pessoa age presunçosamente para com Deus, ela está revelando desrespeito pela soberania e Divindade de Jeová. Os que afirmam ser servos dele e ainda assim o apresentam numa luz falsa, são muito repreensíveis. Sobre os falsos profetas, Jeová disse: “O profeta que presumir de falar em meu nome alguma palavra que não lhe mandei falar . . . tal profeta terá de morrer. . . . Quando o profeta falar em nome de Jeová e a palavra não suceder nem se cumprir, . . . o profeta proferiu-a presunçosamente.” — Deut. 18:20-22.
Também, mostra-se desrespeito para com Jeová ao se desrespeitar seus servos designados, o que pode ser causado pela presunção. Em Israel, casos difíceis eram levados ao ‘lugar que Jeová escolheu’ (que, desde os dias de Davi, era Jerusalém). Qualquer pessoa que desrespeitasse o julgamento proferido devia ser morta, pois, ao colocar-se contra os representantes de Deus, ela agia em desafio contra Deus. A lei rezava: “Deves proceder de acordo com a lei que te indicarão e segundo a decisão judicial que te disserem. . . . E o homem que se comportar presunçosamente, não escutando o sacerdote que ali está de pé para ministrar a Jeová, teu Deus, ou o juiz, tal homem tem de morrer; e tens de eliminar o mal de Israel. E todo o povo ouvirá e ficará com medo, e não mais agirão presunçosamente.” (Deut. 17:8-13; compare com Números 15:30.) O apóstolo Pedro menciona alguns que mostram grande desrespeito a Deus e a seus servos ungidos, descrevendo-os como “atrevidos [do grego tolmetés, “presunçosos”, AP], obstinados, não tremem diante dos gloriosos, mas falam de modo ultrajante”. Tais homens, afirma Pedro, “sofrerão a destruição até mesmo no seu próprio proceder de destruição”. — 2 Ped. 2:10, 12.
A presunção baseada em vínculos carnais pode ser um laço. João, o Batizador, discerniu o modo de pensar dos judeus quando estes se dirigiram a ele. Ele os avisou: “Não presumais dizer a vós mesmos: ‘Temos por pai a Abraão.’ Pois eu vos digo que Deus é capaz de suscitar destas pedras filhos a Abraão.” (Mat. 3:9) A palavra grega aqui usada é dóxete, de dokéo, que, basicamente, significa “pensar; formar uma opinião (certa ou errada)”.
A PRESUNÇÃO ACABARÁ
A antiga cidade de Babilônia era um protótipo da presunção contra Deus, razão pela qual a inimizade eterna de Deus se voltava contra ela. O profeta Jeremias disse a ela: “‘Eis que sou contra ti, ó Presunção’, é a pronunciação do Soberano Senhor. . . . a Presunção há de tropeçar e cair.” (Jer. 50:29, 31, 32) A simbólica Babilônia, a Grande, tem-se revelado a inimiga mais amarga e mais presunçosa de Deus na terra, fazendo com que os habitantes da terra fiquem embriagados “com o vinho da fornícação dela”, e sendo responsável pelo “sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra”. Devido a isto, ela sofrerá a destruição eterna. (Rev. 17:2, 5; 18:7, 8, 20, 24) Isto se coaduna com a promessa de Jeová de pôr fim a toda a presunção babilônica: “E farei realmente cessar o orgulho dos presunçosos e rebaixarei a altivez dos tiranos.” — Isa. 13:11.
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Primeiro NascidoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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PRIMEIRO NASCIDO
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PrimíciasAjuda ao Entendimento da Bíblia
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PRIMÍCIAS
Jeová exigia da nação de Israel que as primícias, ou primeiros frutos, lhe fossem oferecidos, quer fossem do homem, quer do animal, quer dos frutos do solo. (Êxo. 22:29, 30; 23:19; Pro. 3:9) Devotar as primícias a Jeová seria evidência do apreço dos israelitas pela bênção de Jeová, e pela sua terra e suas colheitas. Seria expressão de agradecimento para com o Dador de “toda boa dádiva”. — Deut. 8:6-10; Tia. 1:17.
Jeová ordenou à nação, de forma representativa, que lhe oferecesse as primícias, em especial por ocasião da Festividade dos Pães Não-Fermentados. Daí, em 16 de nisã, o sumo sacerdote movia, perante Jeová, no santuário, algumas primícias da colheita de cereal, um molho de cevada, a primeira safra do ano, baseado no calendário sagrado. (Lev. 23:5-12) De novo, em Pentecostes, cinquenta dias depois, as primícias da colheita de trigo, em forma de dois pães fermentados, feitos de flor de farinha, eram apresentados como oferta movida. — Lev. 23:15-17.
Além destas ofertas de cereais, feitas pelo sumo sacerdote a favor da nação, exigia-se que os israelitas trouxessem as primícias de todos os seus produtos, como ofertas. Todo primogênito varão, dos homens e dos animais, era santificado para Jeová, sendo oferecido ou redimido. As primícias da massa de farinha deveriam ser oferecidas como bolos de forma anular. (Núm. 15:20, 21) Os frutos do solo também eram colocados em cestos e levados pelos israelitas para o santuário (Deut. 26:1, 2), onde eles então recitavam certas palavras registradas em Deuteronômio 26:3-10. As palavras eram, em realidade, um esboço da história daquela nação, desde sua entrada no Egito até sua libertação e a sua entrada na Terra Prometida.
Diz-se que surgiu o costume de cada localidade enviar um representante com as primícias contribuídas pelos habitantes daquele distrito, a fim de não ser preciso que todos sofressem as inconveniências de ter de subir a Jerusalém cada vez que as primícias ficavam maduras. A Lei não fixava a quantidade destas primícias a serem oferecidas, isto, pelo que parece, sendo deixado a critério da generosidade e do espírito de apreço do dador. Não obstante, as porções mais seletas, o melhor das primícias, deviam ser oferecidas. — Núm. 18:12; Êxo. 23:19; 34:26.
No caso de uma árvore recém-plantada, nos três primeiros anos ela era julgada impura, como se fosse incircuncisa. No quarto ano, todos os seus frutos se tornavam santos para Jeová. Daí, no quinto ano, o dono podia juntar os frutos dela para ele próprio. — Lev. 19:23-25.
As contribuições das primícias para Jeová, por parte das doze tribos não-levíticas de Israel, eram utilizadas pelos sacerdotes e levitas, uma vez que não obtiveram nenhuma herança naquela terra. (Núm. 18:8-13) O oferecimento fiel das primícias trazia prazer a Jeová e uma bênção para todos os envolvidos. (Eze. 44:30) Deus considerava a omissão de trazê-las como um roubo cometido contra Ele, daquilo que lhe era devido, e, isto traria assim seu desagrado. (Mal. 3:8) Na história de Israel, houve épocas em que tal costume foi negligenciado, sendo restaurado, em certos períodos, por governantes zelosos a favor da adoração verdadeira.
EMPREGO FIGURADO E SIMBÓLICO
Jesus Cristo foi espiritualmente gerado por ocasião de seu batismo, sendo ressuscitado dentre os mortos, para a vida espiritual, em 16 de nisã de 33 EC, o dia do ano em que as primícias da primeira colheita de cereal eram apresentadas perante Jeová, no santuário. Ele é, por conseguinte, chamado de primícias, sendo, realmente, as primeiras primícias para Deus. (1 Cor. 15:20, 23; 1 Ped. 3:18) Os seguidores fiéis de Jesus Cristo, seus irmãos espirituais, são também um tipo de primícias para Deus, mas não as primícias primárias, sendo similares à segunda colheita de cereal — a de trigo — que era apresentada a Jeová no dia de Pentecostes. Totalizam 144.000 e são chamados de os “comprados dentre a humanidade como primícias para Deus e para o Cordeiro“ e de “certas primícias das suas criaturas”. — Rev. 14:1-4; Tia. 1:18.
Visto que os cristãos ungidos são gerados pelo espírito como filhos de Deus, tendo a esperança de ressurreição à imortalidade nos céus, diz-se que, durante seu período de vida na terra, eles ‘têm as primícias, a saber, o espírito . . . ao passo que esperam seriamente a adoção como filhos, serem livrados de seus corpos por meio de resgate’. (Rom. 8:23, 24) Paulo afirma que ele e seus co-cristãos com esperanças de vida no espírito dispõem do “penhor daquilo que há de vir, isto é, o espírito”, que ele também diz que é “penhor
antecipado da nossa herança”. — 2 Cor. 5:5; Efé. 1:13, 14; veja Festividade; Ofertas.
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