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“Acolhei-vos uns aos outros”A Sentinela — 1982 | 1.° de maio
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“Acolhei-vos uns aos outros”
“Por isso, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo vos acolheu para glória de Deus”. — Romanos 15:7, Matos Soares; A Bíblia de Jerusalém.
1. (a) Quantos membros foram acolhidos na organização das Nações Unidas? (b) O que deixou ela de produzir, de modo que se teme constantemente o quê?
ATÉ agora, 154 nações foram acolhidas na organização das Nações Unidas. Suas nações-membros não têm todas a mesma ideologia política. Têm até mesmo atitudes hostis, mas na O.N.U. procuram ser “inimigos amigáveis”. Parecem compreender a verdade do que disse certo jornalista-poeta norte-americano: “Unidos — continuamos de pé. Divididos — caímos.” A O.N.U. afirma ser uma organização de paz e segurança mundiais. Todavia, após todos esses anos desde a Segunda Guerra Mundial, em 1945, ela não produziu o que disse o político estadunidense Wendell Wilkie: “Um só mundo, um só governo.“ Por isso se teme cada vez mais o irrompimento duma Terceira Guerra Mundial com armas nucleares.
2. Mesmo dentro de uma nação, o que pode prevalecer contra um cidadão quanto a ser acolhido pelos concidadãos?
2 Mesmo dentro duma nação que pertence à O.N.U., os cidadãos dela talvez não acolham todos os outros concidadãos no seu grupo social. A questão é controlada por preconceitos. Os ricos não aceitam os pobres. Os membros de uma religião não acolhem os de outra religião. Os adeptos de um partido político negam-se a acolher os dum partido político oposto. Os bem instruídos acham que os de pouca ou nenhuma instrução nem merecem ser notados. A própria cor da pele de alguém poderá prevalecer contra ele no caso dos de outra cor de pele. As origens raciais talvez façam uma diferença. Não há aceitação geral, uniforme, de alguém à base de ser também membro da única grande família humana. Portanto, as aversões e as hostilidades pessoais decidem onde a pessoa é admitida.
3. (a) Em que não é exceção a cristandade quanto a essas coisas? (b) Mostrou-se a O.N.U. melhor do que a Liga das Nações como expressão do reino de Deus por Cristo?
3 A cristandade não é exceção a tudo isso, embora ela supostamente seja uma sociedade de nações cristãs. Por serem cristãs apenas de nome, violaram repetidas vezes o que foi profetizado em Isaías 2:4: “Terão de forjar das suas espadas relhas de arado, e das suas lanças, podadeiras. Não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerra.” Na cristandade, os que são cristãos apenas de nome lutam patrioticamente pelos seus próprios vínculos nacionais, mesmo até a própria morte deles ou de seus opositores. Não encontram nenhum motivo válido para se alegrar com a organização das Nações Unidas, embora em dezembro de 1918 o Conselho Federal das Igrejas de Cristo na América chamasse a então proposta Liga das Nações de “expressão política do reino de Deus na terra”. A organização das Nações Unidas certamente não mostrou ser uma expressão do reino de Deus por meio de Cristo.
4. O que disse Paulo, como alguém que citava as profecias de Isaías, a respeito das “coisas escritas outrora”?
4 Entretanto, as palavras citadas, a respeito de as nações não levantarem a espada umas contra as outras e de não aprenderem mais a guerra, cumprem-se naqueles que são verdadeiros imitadores de Jesus Cristo. Este pacífico Filho de Deus citou muitas vezes as profecias de Isaías, escritas muito tempo antes. Fez isso para a instrução de seus seguidores. Um de tais seguidores, o apóstolo Paulo, escreveu aos discípulos de Cristo em Roma, no primeiro século, e lembrou-lhes: “Porque todas as coisas escritas outrora foram escritas para a nossa instrução, para que, por intermédio da nossa perseverança e por intermédio do consolo das Escrituras, tivéssemos esperança.” — Romanos 15:4.
5. Com respeito à perseverança, quem deu o melhor exemplo para Paulo e seus co-cristãos?
5 Em cumprimento das coisas escritas de antemão nas Escrituras Sagradas, Jesus Cristo suportou vitupério e perseguição até a morte vergonhosa numa estaca, como se fosse criminoso político. Na sua perseverança até esse extremo, ele se tornou um exemplo perfeito para os seus discípulos, o qual os fortaleceria para perseverarem fielmente até o fim.
6. (a) O que mostra que Jesus, na estaca, apegou-se à sua esperança, e como foi fortalecido para perseverar? (b) Como no caso de Jesus, o que se dá também com os seus seguidores quanto à esperança e à perseverança?
6 Por Jesus perseverar firmemente até o fim de sua carreira terrestre, ele se apegou à sua esperança dada por Deus. Portanto, podia dizer ao ladrão compassivo, pendurado numa estaca ao seu lado: “Deveras, eu te digo hoje: Estarás comigo no Paraíso.” (Lucas 23:43) Durante aquelas horas extenuantes na estaca de tortura, Jesus sentiu-se muito consolado pela lembrança das coisas “escritas outrora” referentes a ele, e ficou assim grandemente fortalecido. Seus seguidores devotos, que sofrem os vitupérios lançados sobre Jeová Deus e Jesus Cristo, não se apegam menos firmemente à sua esperança inspirada pelas Escrituras quanto ao futuro. Eles também se sentem enormemente consolados pelas Escrituras “escritas outrora”. Sua esperança, baseada nas Escrituras mais fidedignas, “não conduz a desapontamento”. — Romanos 5:5.
7. A atitude mental de quem deve ter toda a congregação, e como influi isso em ela glorificar a Deus?
7 O que nos cabe fazer é ter a disposição mental que Jesus Cristo teve durante todos os seus sofrimentos no meio dum mundo inimigo. Em harmonia com isso, o apóstolo Paulo formulou a seguinte oração: “Ora, o Deus que provê perseverança e consolo vos conceda terdes entre vós próprios a mesma atitude mental que Cristo Jesus teve, para que, de comum acordo, com uma só boca, glorifiqueis o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Romanos 15:5, 6) Por desenvolvermos tal atitude mental imitando o nosso Exemplo, Jesus Cristo, conservaremos a união como congregação de seus discípulos. A mesma atitude mental existente num grupo resulta em expressões similares. Assim parece que “uma só boca” está falando pela congregação inteira, com maior força e impressão. Isto é bem apropriado. Nunca é demais dar destaque à glorificação do Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo de forma unida. Deve haver harmonia em nossas vozes com respeito Àquele que deve ser glorificado. Senão, o ouvinte ficaria confuso quanto à mensagem transmitida.
Acolhida Cristã
8. O que talvez afetasse a união da congregação em Roma, à qual Paulo escreveu a sua carta?
8 Em muitas organizações ou sociedades deste sistema de coisas talvez haja falta de disposição da parte de muitos quanto a acolher novatos, por causa de preconceitos nacionais ou raciais. As diferenças de nível de educação talvez desempenhem um papel, ou poderá haver diferenças religiosas. Lá na antiga Roma do primeiro século E.C. talvez houvesse motivos naturais para tais coisas divisórias.
9. De quem se compunha a congregação romana, e o que talvez causasse diferenças nas preferências individuais quanto às associações?
9 O apóstolo Paulo ainda não havia chegado a Roma, aquela cidade imperial, cosmopolita, mas na esperança de chegar lá em breve escreveu sua carta inspirada à congregação que havia ali. Trazendo à atenção a acessibilidade de Jesus Cristo como exemplo perfeito, Paulo prosseguiu: “Portanto, acolhei-vos uns aos outros, assim como também o Cristo nos acolheu, visando glória para Deus.” (Romanos 15:7) Em primeiro lugar, “todos os que estão em Roma, como amados de Deus, chamados para serem santos”, incluíam judeus naturais, circuncisos, e gentios ou não-judeus incircuncisos, livres e escravos. (Romanos 1:7; 3:1-6; Filipenses 4:22) De modo que entre esses cristãos romanos havia diferenças quanto à formação religiosa e posição social, produzindo tudo isso variedades de conceitos e sentimentos conscienciosos. Isto também pode ter resultado em preferências quanto às associações mantidas.
10. Que modelo proveu Jesus quanto ao modo em que devemos acolher uns aos outros, e o que visava com isso?
10 Relegando tudo isso a segundo plano, Paulo exortou a todos a que se ‘acolhessem uns aos outros’ calorosa, cordial e sinceramente, em genuíno apreço pelos co-cristãos, os co-crentes. Neste respeito, havia um modelo perfeito a seguir, porque Paulo mandou que fizessem isso “assim como também o Cristo nos acolheu”. Não disse Jesus, quando esteve na terra: “Aquele que vem a mim, eu de modo algum enxotarei”? (João 6:37) Sim! Ele, como homem perfeito, podia ter-nos mantido à distância, por causa de nossas imperfeições e de nossa pecaminosidade. Mas não fez isso. Por que não? Paulo apresenta o motivo por acrescentar as palavras: “Visando glória para Deus.” Acolhendo todos os que criam nele, Cristo dava glória a Deus, porque isso enaltecia a magnanimidade de Deus e seu desejo de que todos os humanos fossem salvos por meio do sacrifício resgatador de seu Filho, Jesus Cristo. Era como o próprio Jesus disse: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, a fim de que todo aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna.” — João 3:16.
11. Por que faz tal calorosa acolhida de novatos com que se glorifique a Deus, e, por isso, o que mandou o ressuscitado Jesus, na Galiléia, que seus discípulos fizessem?
11 Assim, também, quando nós, como imitadores de Jesus Cristo, acolhemos na congregação todos os que a buscam, sem considerar raça, cor, anterior afiliação religiosa, posição social ou instrução secular, isso dá glória a Deus. Provê a todos os assim acolhidos um conceito correto sobre Jeová Deus. Mostrando a sua disposição de acolher todos os verdadeiros crentes, na congregação da qual ele era Cabeça espiritual, o ressuscitado Jesus disse aos seus discípulos na “Galiléia das nações” o que deviam fazer: “Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai, e do Filho, e do espírito santo, ensinando-as a observar todas as coisas que vos ordenei.” — Isaías 9:1; Mateus 28:16-20.
12. (a) O que resulta para nós quando visamos a glória de Deus ao acolher outros? (b) Como serve irmos de porta em porta para refutar qualquer acusação contra Deus, de ele ter culpa de sangue?
12 Quando acolhemos a todos, sem distinção, recebemos um estímulo bastante grande quando nos lembramos que fazemos isso “visando glória para Deus”. Isso induz os acolhidos a apreciarem a cordial generosidade de Deus e a lhe darem glória. Quando saímos para fora das paredes de nossos locais de reunião e vamos de porta em porta para proclamar as boas novas do reino de Deus a todos os que encontramos, demonstramos que ‘acolhemos uns aos outros, assim como também o Cristo nos acolheu, visando glória para Deus’. Este proceder resulta em glória para o Deus de quem somos testemunhas, sem tomar em conta se aqueles que visitamos apreciam a mensagem do Reino, ou não. Os que acolhem a mensagem do Reino participarão finalmente em glorificar o Deus que lhes envia os seus mensageiros do Reino. Aqueles que não acolhem nossa mensagem de salvação dada por Deus dar-se-ão futuramente conta de que Jeová Deus pensou neles e lhes enviou suas testemunhas fiéis, não lhes dando nenhum motivo para criticar a Deus. (Ezequiel 33:33) Deus fica assim livre de acusação com respeito ao sangue deles.
De Carpinteiro Para “Ministro”
13. Por que não pode Deus ser acusado de parcialidade por ter concedido as primeiras oportunidades a um povo menos populoso do que os demais no mundo?
13 No entanto, quem teve a primeira oportunidade de se beneficiar com a provisão de Deus? Foi o povo por intermédio de quem recebemos a Bíblia Sagrada. Foram os judeus naturais. Pois bem, não mostrou Deus parcialidade, especialmente quando nos lembramos de que os não-judeus excediam em muito o número dos judeus circuncisos mesmo já há 1.900 anos? À primeira vista pareceria que sim. Mas Deus tinha de começar com alguém, e ele começou com aqueles a quem fizera promessas especiais por intermédio de seus antepassados, a saber, os judeus circuncisos. Mas os benefícios derradeiros da adoção deste proceder por Deus não se limitariam estritamente aos judeus ou hebreus naturais. Há assim algum motivo justo de queixa? Nenhum!
14. Portanto, o Filho de Deus, do céu, era obrigado a se tornar que espécie de homem, e que acolhida recebeu dos do seu próprio povo?
14 Nunca devemos esquecer que Deus fizera promessas inquebrantáveis a homens merecedores com respeito aos descendentes naturais deles, os judeus. Por conseguinte, o Filho de Deus tinha de descer do céu para cumprir essas promessas de seu Pai celestial. Isto tornou necessário que nascesse como membro duma raça internacionalmente odiada, de um povo com quem Deus fizera um pacto nacional. Todavia, mesmo como judeu, o Filho de Deus não foi bem acolhido pela maioria dos outros judeus, exatamente como dissera um escritor da história terrestre do Filho de Deus: “Veio ao seu próprio lar, mas os seus não o acolheram.” — João 1:11.
15. Que espécie de trabalho fez Jesus em Nazaré, e, ao se empenhar nele, será que estava servindo como “ministro dos circuncisos”?
15 De modo que o apóstolo judeu Paulo escreveu à congregação cristã em Roma, que não era toda constituída de judeus naturais: “Pois eu digo que Cristo se tornou realmente ministro dos circuncisos em favor da veracidade de Deus, a fim de confirmar as promessas que Ele fez aos antepassados deles, e para que as nações glorificassem a Deus pela sua misericórdia.” (Romanos 15:8, 9a) Em Nazaré, na Galiléia, no lar de seu pai adotivo, o judeu circunciso José, Jesus, enquanto crescia, aprendeu o ofício de carpinteiro. Tendo nascido na tribo de Judá, Jesus não pertencia à família sacerdotal ou à tribo dos levitas do templo. Naturalmente, não podia ingressar nas fileiras dos servos no templo em Jerusalém. Mas veio Jesus, o Filho de Deus, à terra apenas para servir e morrer como carpinteiro? Não! Portanto, ao se tornar “ministro dos circuncisos”, há muito mais envolvido do que ele se tornar carpinteiro igual a seu pai adotivo, José.
16. A fim de servir mais do que apenas como carpinteiro para os cidadãos de Nazaré, o que passou Jesus a fazer?
16 Se Jesus não tivesse ido mais além na vida do que seu trabalho de carpinteiro em Nazaré, ele certamente não teria cumprido seu predito ministério. De modo que seu Pai celestial, Jeová Deus, o fez iniciar algo diferente, para que fosse “ministro dos circuncisos”, não apenas dos cidadãos de Nazaré, mas da nação inteira. Por conseguinte, à idade de 30 anos, abandonou para sempre o ofício de carpinteiro.
17. Como se compara a obra de Jesus depois de ter sido batizado e ungido, com o serviço prestado pelo sumo sacerdote judaico no templo?
17 Que espécie de trabalho empreendeu Jesus depois de ser batizado por João, o Batizador, que era levita, sendo também batizado com o espírito santo de Deus? Tratava-se dum serviço inferior ao dos sacerdotes e levitas no templo, que eram verdadeiros “ministros” de Deus em Jerusalém? Todos os que conhecem os fatos certamente admitirão que ele empreendeu um serviço oficial, um “ministério”, e não meramente uma profissão religiosa. É como o fraseia a Versão Almeida na edição da Imprensa Bíblica Brasileira: “Cristo foi feito ministro da circuncisão, por causa da verdade de Deus, para confirmar as promessas feitas aos pais.” (Romanos 15:8; também na edição atualizada, e na revista e corrigida.) Inegavelmente, ele realizava um serviço nacional, ocupando um cargo ministerial, não por nomeação humana, mas pela de Deus, o Soberano Universal. O que Jesus fez após esta mudança de ocupação na terra foi muitíssimo mais importante do que o ofício religioso do sumo sacerdote judaico em Jerusalém.
18. Embora não fosse reconhecido por nenhuma nação terrestre como “ministro”, porque se tornou Jesus “ministro dos circuncisos”?
18 Assim como Jesus Cristo não podia realizar um ofício religioso no templo de Jerusalém, competindo desta maneira com os sacerdotes e os levitas que havia ali, naturalmente, ele tampouco podia ou iria realizar ofícios religiosos em qualquer templo das nações não-judaicas, quer em Roma, quer em Atenas ou em outra parte. No entanto, era obrigado a tornar-se “ministro dos circuncisos” pela causa da veracidade de Deus. Por quê? Porque tinha de “confirmar as promessas que [Deus] fez aos antepassados deles”, os hebreus, não os gentios. Por exemplo, seu ‘antepassado’ Abraão teve muitos filhos por meio de três mulheres, mas Deus escolheu o único filho que Abraão teve de sua primeira esposa, Sara, para receber a promessa abraâmica, a saber, Isaque. Isaque, por sua vez, teve filhos gêmeos, mas Deus escolheu o gêmeo mais moço, Jacó, mais tarde chamado Israel, para transmitir a promessa abraâmica a respeito do “descendente”, por meio de quem todas as nações da terra seriam abençoadas. Com o tempo, os 12 filhos de Jacó produziram as 12 tribos de Israel, com as quais, como nação, Deus fez o seu pacto nacional por meio do profeta Moisés qual mediador.
19. Por que não nasceu Jesus na tribo de Levi, quem o aclamou na terra, e onde?
19 Posteriormente, depois que a nação de Israel escolheu ter um filho humano como representante visível de Jeová, Este fez a Sua promessa régia ao Rei Davi, da tribo de Judá. De modo que o Messias prometido, o Cristo, tinha de proceder da família de Davi. Isto explica por que Jesus nasceu na cidade natal de Davi, Belém, como herdeiro de Davi por meio da virgem judia, Maria. Os anjos celestiais aclamaram-no na terra. Portanto, o Filho de Deus, do céu, não podia deixar de nascer como judeu. As inquebrantáveis promessas de Deus, seu Pai, tinham de ser confirmadas ou vindicadas. Deus não ia permitir ser mostrado mentiroso.
20. Embora Jesus se tornasse um “dos circuncisos”, o que aguardava as nações não-judaicas e por quê?
20 Jesus tinha muito prazer de cooperar com o seu Pai celestial. Portanto, ele “se tornou realmente ministro dos circuncisos”. Foi circuncidado como um deles. Durante três anos e meio após a morte e a ressurreição de Jesus mostrou-se favor especial para com os judeus circuncisos. Todavia, aos gentios ou não judeus incircuncisos aguardava a acolhida na organização teocrática de Jeová. Isto havia de ocorrer em confirmação das promessas invioláveis que Jeová fez aos homens.
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“Regozijai-vos, ó nações, com o seu povo”A Sentinela — 1982 | 1.° de maio
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“Regozijai-vos, ó nações, com o seu povo”
1. Por que é que os judeus, que ainda guardam a lei de Moisés, não mostraram ser o “seu povo”, com que as nações são exortadas a se ‘regozijarem’?
QUEM é “seu povo”, com que todas as nações são exortadas a se ‘regozijarem’? (Romanos 15:10) Não mostrou ser o povo judeu. Os judeus naturais, que ainda procuram guardar a lei de Moisés, têm sido odiados e perseguidos durante o período de 1.900 anos desde o ano 70 E.C., ano da destruição da antiga Jerusalém pelas legiões romanas, sob o General Tito. Estranho como pareça, nem mesmo os próprios judeus naturais se regozijam com o “seu povo”, o povo de Jeová. No término dum cântico inspirado, entoado no ano 1473 A.E.C., o profeta judeu Moisés foi quem cantou: “Alegrai-vos, ó nações, com o seu povo, pois vingará o sangue dos seus servos, e pagará de volta vingança aos seus adversários, e fará deveras expiação pelo solo do seu povo.” — Deuteronômio 32:43.
2. Quando começou a ocorrer a transferência dos seguidores de Jesus da “autoridade da escuridão . . . para o reino do Filho do seu amor”?
2 Quando Paulo citou e aplicou essas palavras de Moisés, por volta de 56 E.C., Jesus há muito já tinha morrido, havia sido ressuscitado e tinha ascendido ao céu, em 33 E.C. Portanto, a partir de Pentecostes desse ano, “seu povo”, o povo de Jeová, eram os discípulos de Jesus Cristo, dedicados, batizados e gerados pelo espírito. Alguns anos mais tarde, por volta de 60-61 EC., Paulo escreveu aos membros do “povo” de Jeová em Colossos e disse: “Agradecendo ao Pai [Jeová], que vos tornou idôneos para a vossa participação na herança dos santos na luz. Ele nos livrou da autoridade da escuridão e nos transferiu para o reino do Filho do seu amor.” (Colossenses 1:12, 13) Tal transferência começou no dia judaico de Pentecostes (6 de sivã) de 33 E.C., depois de Jesus ter voltado para o céu.
3. O que se tornaram eles para com o Rei por meio desta transferência para o reino espiritual do Filho amado de Deus?
3 Naquele dia, o Pai celestial, por meio de seu glorificado filho real, Jesus Cristo, derramou seu espírito santo primeiro sobre os discípulos, que esperavam em Jerusalém, cerca de 120 deles. Eles foram assim transferidos da autoridade da escuridão mundana para o reino espiritual do amado Filho de Deus, Jesus Cristo, “a luz do mundo”. (João 8:12) Este reino espiritual foi estabelecido por Jeová Deus, e Jesus Cristo, como o Rei espiritual, serve nele como ministro de estado de Jeová. Na execução deste ministério, ele usa na terra seus discípulos gerados pelo espírito como “embaixadores, substituindo a Cristo”. (2 Coríntios 5:20) Segundo a Versão Almeida, revista e corrigida, são “embaixadores da parte de Cristo”. Esses “embaixadores” têm realmente um ministério, um serviço governamental.
4. (a) Portanto, quem constitui o “povo” de Deus, com quem as nações devem “regozijar-se”? (b) Por causa de que devem as nações gentias glorificar a Deus?
4 É com tais embaixadores que todas as nações não compostas de israelitas espirituais devem ‘regozijar-se’. Regozijar-se de quê? O ministro-embaixador cristão Paulo respondeu a isso ao escrever à congregação de Roma e dizer: “Cristo se tornou realmente ministro dos circuncisos [os judeus naturais] em favor da veracidade de Deus, a fim de confirmar as promessas que Ele fez aos antepassados deles, e para que as nações glorificassem a Deus pela sua misericórdia.” (Romanos 15:8, 9a) Qual era a misericórdia de Deus para com as “nações” gentias?
5. (a) Qual era aquela “misericórdia” que Deus tinha para com os gentios incircuncisos? (b) Quando e com quem começou essa “misericórdia”, sendo admitidos em quê?
5 Lá no primeiro século E.C., a “misericórdia” de Deus era esta: Jeová Deus permitiu que gentios incircuncisos (ou: pessoas das nações) viessem a ser incluídos nas “promessas” que ele havia feito aos antepassados dos judeus circuncisos. No caso dos não-judeus incircuncisos, isto começou no ano 36 E.C., quando o centurião romano Cornélio, sua família e seus amigos em Cesaréia aceitaram o ministério do apóstolo Pedro e foram ungidos com o espírito santo de Deus, sendo batizados. (Atos, cap. 10) Não sabemos se Cornélio e sua família saíram de Cesaréia e voltaram para a Itália, para se tornarem membros da congregação de Roma, que se compunha até então de crentes judaicos circuncisos e possivelmente de “prosélitos” judaicos. (Atos 2:1-10) Mas, a partir de então, Deus mostrou “misericórdia” para com os gentios crentes e batizados por admiti-los no “reino” espiritual de seu amado Filho, apesar da incircuncisão deles.
6. (a) Nos dias de Paulo, a “misericórdia” de Deus consistia em deixar as nações se tornarem membros de quê? (b) Por que motivo não podem os beneficiados com a “misericórdia” de Deus participar nos ministérios dos governos do mundo?
6 Desta maneira, as “nações”, quer samaritanos circuncisos, quer egípcios circuncisos ou não-judeus incircuncisos, foram favorecidas por se tornarem membros do ‘descendente de Abraão’, por meio de quem todas as famílias da terra terão de abençoar a si mesmas. (Gênesis 12:3; 22:15-18; Gálatas 3:3-29) Embora estes estejam atualmente no reino espiritual do Filho do amor de Deus, todos os que se mostrarem fiéis até a sua morte terrestre serão ressuscitados para o reino celestial de Deus. Reinarão ali com Cristo por 1.000 anos, para abençoar todas as famílias da terra. (Revelação 20:4-6) No ínterim, enquanto ainda em carne aqui na terra, eles têm o “ministério” que lhes incumbe como “embaixadores, substituindo a Cristo”, empenhados no “ministério da palavra” sobre o reino de Jeová por Cristo. Por este motivo, não seria coerente tornarem-se ministros de governos políticos deste mundo controlado pelo Diabo. — Atos 6:4.
Reconhecimento Público Entre as Nações
7. Que posição adotam esses “embaixadores” para com os conflitos do mundo, e por que continuam a regozijar-se e a convidar outros a participarem nisso com eles?
7 Os “embaixadores” do Reino adotam uma posição estritamente neutra para com os conflitos do mundo. Sabem que os “tempos dos gentios”, ou “tempos designados das nações”, terminaram em meados do segundo semestre do ano de 1914, durante o terceiro mês da Primeira Guerra Mundial. (Lucas 21:24; veja Almeida.) Naquele tempo esgotou-se a concessão dada às nações gentias quanto ao domínio mundial. Essas nações do mundo, inclusive as da cristandade, negam-se obstinadamente a reconhecer isso. De modo que se opõem e perseguem as testemunhas cristãs de Jeová que trazem isso à sua atenção. Toda esta perseguição ocorre exatamente assim como predita nas profecias bíblicas. Apesar de tudo isso, os “embaixadores” do reino estabelecido de Deus continuam a regozijar-se. Convidam as pessoas de todas as nações a se regozijarem com eles e a se juntarem a eles na proclamação do reino, o qual Deus colocou sobre os ombros de Jesus Cristo.
8. (a) Desde quando está sendo ajuntada para o lado do reino estabelecido de Deus uma “grande multidão” procedente de todas as nacionalidades? (b) O que discernem claramente e que experiência misericordiosa gostariam de ter?
8 A partir de maio de 1935, uma “grande multidão” de pessoas de todas as nações começou a alegrar-se com os do “povo” de Jeová, ungidos com o espírito, que são herdeiros do reino celestial dele. As pessoas alegres que constituem esta “grande multidão” de todas as nacionalidades estão vivamente interessadas em se tornarem súditos terrestres do reino milenar de Deus por Cristo. (Revelação 7:9-17; 22:17) Discernem claramente que, no fim dos tempos dos gentios em 1914, “o reino do mundo tornou-se o reino de nosso Senhor [Jeová] e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre”. (Revelação 11:15) Reconhecem que estão vivendo no tempo da passagem dos governos políticos, condenados, deste mundo para o reino milenar do Messias ou Cristo de Deus. Gostariam muito de viver através deste período de transição e entrar, sem morrer, naquela nova ordem na terra, sob esse reino messiânico. Isto seria uma grande “misericórdia” da parte de Jeová Deus para com eles.
9. (a) Os que constituem a “grande multidão” internacional aceitaram que convite, e como simbolizaram isso? (b) Como pessoas semelhantes a ovelhas, de que modo fazem o bem aos “irmãos” espirituais de Cristo durante esta terminação do sistema de coisas?
9 Sim, tem sido uma “misericórdia” incomum da parte de Jeová que “estas boas novas do reino” estão sendo “pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações”, e que chegaram a conhecê-las. (Mateus 24:14) Desde maio de 1935, os que constituem a “grande multidão” aproveitam-se da “misericórdia” de Deus e aceitam o convite de se dedicarem a Jeová Deus por meio de Cristo, simbolizando sua dedicação pelo batismo em água. A parábola de Jesus a respeito das ovelhas e dos cabritos, registrada em Mateus 25:31-46, mostra que precisam fazer o bem aos escolhidos dele, aos irmãos espirituais dele, agora, durante esta “terminação do sistema de coisas”. (Mateus 24:3, 31) Isto inclui ajudarem os “irmãos” espirituais de Cristo na pregação destas “boas novas do reino” até a iminente “grande tribulação”, tal como nunca houve até agora. (Mateus 24:14-22) Por cooperarem com o restante dos ‘embaixadores que substituem a Cristo’ eles entram numa nova condição.
10. Em que condição nova entraram os da “grande multidão”, e que serviço prestam junto com os ‘embaixadores que substituem a Cristo’?
10 A “grande multidão” de pessoas semelhantes a ovelhas, que estão sendo ajuntadas para o lado direito de Cristo, o lado de aprovação, servem na qualidade de enviados de Cristo no serviço sagrado do seu reino. São incumbidos dum “ministério”, para servirem nos interesses dum governo régio, “o reino dos céus”. Por meio do serviço magnífico que prestam junto com os “embaixadores” do Reino, elas mostram sua gratidão a Jeová Deus.
O Regozijo das Nações Foi Predito
11. Para o nome de Quem disse Davi que faria melodia, e como o descreve?
11 O apóstolo Paulo citou o salmista, o Rei Davi, que falou sobre como as nações passariam a ‘glorificar a Deus pela sua misericórdia’, quando Paulo prosseguiu, dizendo: “Assim como está escrito: ‘É por isso que eu te reconhecerei abertamente entre as nações e farei melodia para o teu nome.’” (Salmo 18:49; 2 Samuel 22:50; Romanos 15:9b) O salmista inspirado descreveu para o nome de Quem faria melodia, acrescentando as palavras finais: “Aquele que faz grandes atos de salvação para o seu rei e usa de benevolência para com o seu ungido, para com Davi e para com a sua descendência por tempo indefinido.” — 2 Samuel 22:51.
12. (a) Como foi que Jesus, quando era homem na terra, ‘reconheceu abertamente’ a Jeová entre as nações? (b) Em que província disse o ressuscitado Jesus aos seus discípulos o que deviam fazer como seus “embaixadores”?
12 O Davi Maior, a saber, Jesus Cristo, não fez muitas expressões de agradecimento e de louvor de Jeová Deus entre as nações gentias, quando esteve aqui na terra como homem perfeito. Fez alguma pregação entre os samaritanos e a uma mulher sirofenícia, cuja filha ele livrou dum demônio. Também, grande parte de sua pregação foi feita no que Isaías 9:1 chama de “Galiléia das nações”. Estabeleceu por lá, em Cafarnaum, à beira do Mar da Galiléia, a sede para a sua campanha de pregação do Reino. (Mateus 4:12-15) Depois de sua ressurreição dentre os mortos, foi na “Galiléia das nações” que ele disse aos seus discípulos quais “embaixadores, substituindo a Cristo”: “Ide, portanto, e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai, e do Filho, e do espírito santo, ensinando-as a observar todas as coisas que vos ordenei.” — Mateus 28:19, 20.
13. (a) Em que dia e como foram os discípulos que esperavam em Jerusalém comissionados para o seu ministério de embaixador? (b) Onde começaram a ‘reconhecer’ publicamente a Jeová entre as nações?
13 Alguns dias depois de o ressuscitado Jesus ter dado aos seus discípulos batizados esta comissão, ocorreu o dia de Pentecostes de 33 E.C. De manhã cedo, naquele dia, o glorificado Jesus canalizou o espírito santo de Jeová Deus sobre cerca de 120 discípulos em Jerusalém. Em resultado da pregação deles naquele dia, cerca de 3.000 judeus e prosélitos judaicos aceitaram as novas do Reino e foram batizados em água. Depois disso, os que haviam recebido o espírito santo participaram na obra de embaixador como substitutos de Cristo. Após o irrompimento duma perseguição em Jerusalém, alguns começaram a ‘reconhecer abertamente’ a Jeová entre os samaritanos, e, mais tarde, entre gentios incircuncisos de nacionalidade romana e outras. As pessoas de todas as nacionalidades, ouvindo Jeová ser abertamente reconhecido e louvado entre elas, podiam invocar o nome dele por meio de Cristo para receber uma salvação misericordiosa.
14. O que citou o apóstolo Paulo a seguir de Deuteronômio 32:43, e o que tinham de fazer neste respeito os que pertenciam ao povo de Jeová?
14 O apóstolo Paulo citou mais profecias em apoio do seu argumento, dizendo: “E novamente ele diz: ‘Regozijai-vos, ó nações com o seu povo.’” (Romanos 15:10; Deuteronômio 32:43) No entanto, como podiam as pessoas de todas as nações regozijar-se com o “povo” de Jeová a menos que tivessem ouvido falar sobre ele? Portanto, os que pertenciam ao “seu povo” tinham de pregar-lhes o seu reino messiânico. — Romanos 10:13-15.
15. Por meio de que ação e por parte de quem tem de cumprir-se a citação que Paulo fez do Salmo 117:1 para que as nações possam acatar isso?
15 O apóstolo Paulo forneceu mais apoio bíblico por mencionar o que Jeová disse por meio de Seu porta-voz inspirado: “E novamente: ‘Louvai a Jeová, ó todas as nações, e louvem-no todos os povos.’” (Romanos 15:11; Salmo 117:1) Sim, é fácil dizer isso, mas como podem todas as nações, povos e clãs fazer isso, a menos que lhes falemos sobre Jeová e lhes expliquemos por que ele deve ser louvado? Por conseguinte, a pregação internacional sobre o reino dele por Cristo precisa ser feita. Este é o “ministério” designado ao restante dos herdeiros do Reino e à “grande multidão” de seus companheiros na obra. — Revelação 7:9-17
16. Como se deve cumprir a citação que Paulo fez de Isaías 11:10, a respeito da “raiz de Jessé”?
16 O apóstolo Paulo cita um quarto testemunho em apoio de seu argumento, dizendo: “E, novamente, Isaías diz: ‘Haverá a raiz de Jessé, e haverá um surgindo para governar as nações; nele é que as nações basearão a sua esperança.’” (Romanos 15:12; Isaías 11:10) Jessé, de Belém, era o pai de Davi, a quem Deus designou para ser rei das 12 tribos de Israel. O próprio Davi não podia ser “raiz” de vida para seu pai carnal. De modo que a verdadeira “raiz de Jessé” tinha de ser Jesus Cristo, que nasceu em Belém e na tribo real de Judá, a tribo do próprio Jessé. Jesus tornar-se-á uma “raiz” vitalizadora para seu antepassado terrestre, Jessé, por ressuscitar a ele e ao filho dele, Davi, dentre os mortos, durante o seu reinado milenar. — Revelação 22:16.
17. Então, quem é a “raiz de Jessé” em quem as nações podem basear a sua esperança?
17 Davi ‘governou nações’, depois de subjugar as nações não-judaicas que haviam ficado na Terra da Promessa. Todavia, Davi já está agora morto desde 1037 A.E.C., e as pessoas das nações não podem basear nele a sua esperança. Felizmente, podem basear sua esperança no atualmente reinante Davi Maior, Jesus Cristo, “a raiz e a descendência de Davi”. (Revelação 22:16) Basearem a sua esperança nele, no antitípico Davi, não se mostrará vão ou fútil.
18. Quem, dentre todas as nações, já baseou sua esperança nesse prometido Governador, e a quem governa ele desde já?
18 Desde 1935, centenas de milhares dos da “grande multidão” saem de todas as nações, tribos, povos e línguas, baseando sua esperança no Governante que não os desapontará. Provam isso por obedecerem à ordem dele, de pregar “estas boas novas do reino . . . em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações”. (Mateus 24:14) A esperança de todas as pessoas das nações, que faleceram desde a invasão do pecado mortífero na humanidade baseia-se no agora já reinante Rei celestial, Jesus Cristo. Já desde a entronização dele no fim dos tempos dos gentios em 1914, ele governa pessoas crentes e esperançosas de todas as nações. Ainda governará muitíssimas outras depois de ressuscitar a todos os resgatados da humanidade.
19. Portanto, há motivo para os crentes de todas as nacionalidades estarem cheios de esperança com o passar do tempo? e para se alegrarem?
19 Portanto, há motivo para pessoas de todas as nações se ‘regozijarem’ com o “povo” de Jeová, os israelitas espirituais? Sim, todo o motivo no mundo! Quão apropriada é nisso a bênção amorosa com que Paulo encerrou suas citações de profecia! Pois ele disse: “Que o Deus que dá esperança vos encha de toda alegria e paz pela vossa crença, para que abundeis em esperança com poder de espírito santo.” (Romanos 15:13) Não se pode negar que esta oração inspirada está sendo cumprida em todas as testemunhas cristãs de Jeová, em todas as partes do globo. O cumprimento das profecias bíblicas indica que nossa tão gloriosa esperança está prestes a realizar-se. ‘Regozije-se’!
[Foto na página 23]
O centurião romano Cornélio, sua família e seus amigos, em Cesaréia, tiraram proveito do ministério de Pedro.
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Sabe distinguir o certo do errado?A Sentinela — 1982 | 1.° de maio
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Sabe distinguir o certo do errado?
SABE a diferença entre o certo e o errado? ‘Naturalmente que sim’, talvez diga. Contudo, as hodiernas normas morais, em rápida deterioração, indicam que nem sempre é tão fácil assim.
Até mesmo as igrejas não mais provêem clara liderança. Salientando os problemas de muitos neste respeito, o sacerdote católico romano Kevin Madigan disse: “Os pecados não são mais tão bem definidos. As coisas mudam bem rapidamente. O que consta hoje na lista de pecados pode não constar na de amanhã.” Há algum lugar onde podemos buscar ajuda em decidir o que é certo e o que é errado?
Uma obra conceituada que tem satisfeito a ânsia de milhões de pessoas por orientação moral de confiança é a Bíblia. Este livro não modificou seus princípios básicos de moral durante 2.000 anos. É estável, prático, e, o que é mais importante para a década de 1980, funciona.
Entretanto, apesar de a Bíblia ser o livro de maior circulação mundial de todos os tempos, e, em certos países, quase cada lar possuir um exemplar dela, ainda há ampla confusão moral. Isto indica que simplesmente possuir a Bíblia — e até mesmo lê-la — não garante que tenhamos aprendido a distinguir o certo do errado. Algo mais é necessário.
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