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IsmaelAjuda ao Entendimento da Bíblia
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seu primogênito: “Se Ismael tão-somente vivesse diante de ti!” A resposta de Deus, depois de declarar que o futuro filho dele, Isaque, seria o herdeiro do pacto, foi a seguinte: “Quanto a Ismael, eu te ouvi. Eis que vou abençoá-lo e fazê-lo fecundo, e vou multiplicá-lo muitíssimo. Ele produzirá certamente doze maiorais, e eu vou fazer dele uma grande nação.” (Gên. 17:16, 18-20) Ismael foi então circuncidado, com treze anos, junto com seu pai e os servos de seu pai. — Gên. 17:23-27.
Um ano depois, nasceu Isaque; Ismael tinha então quatorze anos. (Gên. 16:16; 21:5) Cinco anos depois, em 1913 A.E.C., no dia em que Isaque foi desmamado, Ismael foi pego ‘caçoando’ de seu meio-irmão mais jovem. (Gên. 21:8, 9) Não se tratava duma inocente brincadeira de criança por parte de Ismael. Antes, conforme subentendido pelo versículo seguinte do relato, poderia estar envolvida uma zombaria para com Isaque a respeito da herança. O apóstolo Paulo diz que tais eventos eram um “drama simbólico” e mostra que os maus-tratos impingidos a Isaque pelo meio-egípcio Ismael eram uma perseguição. Assim sendo, isto era o começo dos preditos 400 anos da aflição de Israel, que terminou com a sua libertação da escravidão egípcia em 1513 A.E.C. — Gál. 4:22-31; Gên. 15:13; Atos 7:6; veja ISAQUE.
A zombaria demonstrada por Ismael para com Isaque levou à despedida dele próprio e de sua mãe da casa de Abraão, mas não sem provisões para a jornada empreendida por eles. Abraão “tomou pão e um odre de água, e deu-o a Agar, pondo-o nos ombros dela, e o menino, e então a despediu”. (Gên. 21:14) Alguns têm interpretado isto como significando que Ismael, já então com 19 anos, também foi colocado sobre as costas de Agar, e, deveras, é assim que rezam algumas traduções. (BJ; LXX de Bagster) Certos peritos, contudo, consideram a frase “pondo-o nos ombros dela” como sendo apenas parentética, inserida para mostrar como o pão e a água foram transportados, e, sendo assim, se esta frase for colocada entre parênteses, ou separada por vírgulas, remove-se tal dificuldade. O professor Keil assevera que a expressão “e o menino” depende do verbo principal da sentença, “tomou”, e não do verbo “deu”, ou da palavra “pondo”. Esta ligação de “menino” com “tomou” é feita pela conjunção “e”. A idéia, portanto, é a seguinte: Abraão tomou pão e água, e os deu a Agar (colocando-os sobre os ombros dela), e tomou o menino e também o deu a ela. — Biblical Commentary on the Old Testament (Comentário Bíblico Sobre o Velho Testamento), de C. F. Keil e F. Delitzsch, Vol. I, “O Pentateuco”, pp. 244, 245.
Agar, pelo que parece, perdeu-se no deserto de Berseba, e, assim, quando a água acabou e Ismael ficou exausto, “ela lançou o menino [ou, jovem] debaixo de um dos arbustos”, — Gên. 21:14, 15; veja AGAR.
Em harmonia com o significado do nome de Ismael, “Deus ouviu” seu clamor por ajuda, forneceu-lhe a água necessária e permitiu que vivesse e se tornasse um arqueiro. Como habitante nômade do deserto de Parã, ele cumpriu a profecia que dizia a seu respeito: “Tornar-se-á uma zebra de homem. Sua mão será contra todos e a mão de todos será contra ele; e residirá diante da face de todos os seus irmãos.” (Gên. 21:17-21; 16:12) Agar encontrou uma esposa egípcia para seu filho e este, com o tempo, gerou doze filhos, maiorais e chefes de família da prometida “grande nação” de ismaelitas. Ismael também tinha, pelo menos, uma filha, Maalate, que se casou com Esaú. — Gên. 17:20; 21:21; 25:13-16; 28:9.
Com 89 anos, Ismael ajudou Isaque a enterrar Abraão, pai deles. Depois disso, viveu por outros quarenta e oito anos, morrendo em 1795 A.E.C., com 137 anos. (Gên. 25:9, 10, 17) Não há registro de Ismael ter sido sepultado na caverna de Macpela, onde Abraão e Isaque, junto com suas esposas, achavam-se então sepultados. — Gên. 49:29-31.
2. Cabeça daqueles que mataram o governador Gedalias apenas três meses depois da queda de Jerusalém, em 607 A.E.C.; filho de Netanias, da linhagem real. Por ocasião da designação do governador por parte de Nabucodonosor, Ismael, filho de Netanias, achava-se no campo, como um dos chefes militares. Mais tarde, ele se dirigiu a Gedalias e, aparentemente, firmou um pacto juramentado de paz e de apoio com o governador. Secretamente, contudo, Ismael conspirava com Baalis, rei dos amonitas, para matar Gedalias. Outros comandantes militares, inclusive Joanã, avisaram Gedalias sobre o complô de Ismael, mas o governador, não acreditando no informe, recusou-se a conceder permissão a Joanã para abater Ismael. — 2 Reis 25:22-24; Jer. 40:7-16.
Em resultado disso, quando Gedalias recebia Ismael e seu grupo de dez homens para uma refeição, estes se levantaram e mataram seu anfitrião, bem como os judeus e os caldeus que estavam com ele. No dia seguinte, estes assassinos se apoderaram de oitenta homens que tinham vindo de Siquém, de Silo e de Samaria, matando a todos eles, exceto dez, e lançando os corpos deles na grande cisterna construída pelo Rei Asa. Ismael e seus homens então se apoderaram dos remanescentes que moravam em Mispá, e dirigiram-se para o território amonita. A caminho, Joanã e suas forças conseguiram alcançar e reaver os cativos, mas Ismael e oito de seus homens fugiram para seu santuário amonita. — 2 Reis 25:25; Jer. 41:1-18.
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ISMAELITA
Descendente de Ismael, primogênito de Abraão por meio de Agar, a escrava egípcia de Sara. (Gên. 16:1-4, 11) Ismael, por sua vez, casou-se com uma egípcia com quem teve doze filhos (Nebaiote, Quedar, Adbeel, Mibsão, Misma, Dumá, Massa, Hadade, Tema,
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