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  • RELACIONAMENTO COM JOSÉ
  • A FAMÍLIA DE JUDÁ
  • FOI AO EGITO EM BUSCA DE ALIMENTO
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  • DOS JUÍZES ATÉ SAUL
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    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 2
  • Judá — aquele que provou ser superior
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1961
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    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1963
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JUDÁ

[louvado; (objeto de) louvor].

1. O quarto filho de Jacó com Léia, uma de suas esposas. (Gên. 29:35; 1 Crô. 2:1) Depois de passar cerca de nove anos de sua vida em Harã, em Padã-Arã, Judá foi levado, junto com toda a casa de Jacó, para Canaã. (Compare com Gênesis 29:4, 5, 32-35; 30:9-12, 16-28; 31:17, 18, 41.) Depois disso, morou com seu pai em Sucote, e daí, em Siquém. Depois de sua irmã, Diná, ser violada pelo filho de Hamor, e de Simeão e Levi a terem vingado por matar a todos os varões de Siquém, Judá evidentemente compartilhou do saque àquela cidade. — Gên. 33:17, 18; 34:1, 2, 25-29.

RELACIONAMENTO COM JOSÉ

No decorrer do tempo, Judá e os outros meios-irmãos de José vieram a odiá-lo, porque Jacó o favorecia. O ódio deles se intensificou depois que José narrou dois sonhos que indicavam que se tornaria o superior deles. Assim sendo, quando Jacó mandou José verificar como iam seus meios-irmãos, ao cuidarem dos rebanhos, estes irmãos unilaterais, ao verem-no vindo à distância, tramaram matá-lo. Mas, segundo a sugestão de Rubem, que tinha presente salvar a vida de José, lançaram-no num poço seco. — Gên. 37:2-24.

Depois disso, ao ser avistada uma caravana de ismaelitas, Judá, pelo que parece na ausência de Rubem, convenceu os outros de que, em vez de matarem José, seria melhor vendê-lo a mercadores em trânsito. (Gên. 37:25-27) Apesar do apelo de José, pedindo-lhes compaixão, eles o venderam por vinte moedas de prata. (Gên. 37:28; 42:21) Embora os indícios sejam de que a principal preocupação de Judá fosse salvar a vida de José, e esta própria venda resultasse ser, para todos os envolvidos, uma bênção, Judá, como os demais, tornou-se culpado de grave crime, que por muito tempo pesou em sua consciência. (Gên. 42:21, 22; 44:16; 45:4, 5; 50:15-21) (Sob a Lei mosaica, dada mais tarde aos israelitas, esta transgressão era punida com a morte. [Êxo. 21:16]) Depois disso Judá também se juntou aos demais em enganar Jacó, fazendo-o crer que José fora morto por um animal selvagem. (Gên. 37:31-33) Judá tinha então cerca de 20 anos.

A FAMÍLIA DE JUDÁ

Parece que, depois deste incidente, Judá se afastou de seus irmãos. Passou a morar numa tenda perto de Hira, o adulamita, e, pelo que parece, desenvolveu-se entre eles uma relação amigável. Nessa época, Judá se casou com a filha do cananeu Sua. Teve três filhos dela: Er, Onã e Selá. O mais moço, Selá, nasceu em Aczibe. — Gên. 38:1-5.

Mais tarde, Judá escolheu Tamar como esposa para seu primogênito, Er. Mas, por causa da maldade dele, Er foi executado por Jeová. Judá então instruiu seu segundo filho, Onã, a realizar o casamento levirato. Onã, porém, embora tivesse relações sexuais com Tamar, ‘desperdiçava o seu sêmen na terra, para não dar descendência a seu irmão’. Por causa disto, Jeová também o matou. Judá então recomendou que Tamar voltasse para a casa de seu pai e esperasse até que Selá se tornasse homem maduro. Todavia, mesmo depois de Selá ter-se tornado adulto, Judá, pelo que parece raciocinando que seu filho mais moço também poderia morrer, não o deu em casamento a Tamar. — Gên. 38:6-11, 14.

Por conseguinte, depois de Judá enviuvar, Tamar, ao ficar sabendo que seu sogro iria a Timná, disfarçou-se como prostituta e se sentou à entrada de Enaim, na estrada que Judá percorreria. Não reconhecendo sua nora, e presumindo tratar-se duma prostituta, Judá teve relações com ela. Quando, mais tarde, veio a lume que Tamar estava grávida, Judá mandou que fosse queimada como meretriz. Mas, ao ser apresentada a evidência de que ele mesmo a engravidara, Judá exclamou: “Ela é mais justa do que eu, visto que não a dei a Selá, meu filho.” Assim, sem o saber, Judá tinha tomado o lugar de Selá em gerar uma descendência legal. Cerca de seis meses depois, Tamar deu à luz os gêmeos, Peres e Zerá. Judá não mais teve relações sexuais com ela. — Gên. 38:12-30.

FOI AO EGITO EM BUSCA DE ALIMENTO

Algum tempo depois, chegaram notícias a Canaã, assolada pela fome, de que havia alimento disponível no Egito. Por conseguinte, mandados por Jacó, dez de seus filhos, incluindo Judá, dirigiram-se para lá em busca de alimentos. Nessa época, José, seu meio-irmão, servia como administrador de alimentos do Egito. Ao passo que José imediatamente os reconheceu, eles não o identificaram. José os acusou de serem espias, e avisou-os para não voltarem ali sem Benjamim, a quem mencionaram ao protestarem sua inocência da acusação de serem espias. José também fez com que um de seus meios-irmãos, Simeão, fosse preso e retido como refém. — Gên. 42:1-25.

Compreensivelmente Jacó, imaginando ter perdido tanto a José como a Simeão, não se dispôs a deixar que Benjamim acompanhasse seus outros filhos até o Egito. Nem mesmo bastou a declaração emocional de Rubem, de que Jacó poderia matar os dois filhos do próprio Rubem caso ele não voltasse com Benjamim, talvez porque Rubem já se tinha provado indigno de confiança ao violar a concubina de seu pai. (Gên. 35:22) Por fim, Judá teve êxito em obter o consentimento do pai por prometer servir de garantia por Benjamim. — Gên. 42:36-38; 43:8-14.

Indo em direção de casa, depois de terem comprado cereais no Egito, os filhos de Jacó foram alcançados pelo ecônomo de José e acusados de roubo (o que era realmente um ardil montado por José). Quando o item supostamente roubado foi achado na saca de Benjamim, os homens voltaram e entraram na casa de José. Foi Judá quem respondeu então à acusação, e, de modo eloqüente e fervoroso, suplicou a favor de Benjamim, e para o bem do seu pai, solicitando que fosse feito escravo em lugar de Benjamim. Tão comovido ficou José com o apelo sincero de Judá que não mais conseguiu controlar suas emoções. Depois disso, a sós com seus irmãos, José se identificou. Depois de os perdoar por terem-no vendido como escravo, José instruiu seus meios-irmãos que fossem buscar Jacó e então retornassem para o Egito, visto que a fome deveria continuar por outros cinco anos. — Gên. 44:1 a 45:13.

Mais tarde, à medida que Jacó e toda a sua casa aproximavam-se do Egito, Jacó “enviou Judá na sua frente a José, para mandar informações na sua frente a Gósen”. — Gên. 46:28.

SUPERIOR ENTRE OS IRMÃOS

Pela sua preocupação com seu pai idoso e seu esforço nobre de preservar a liberdade de Benjamim, ao custo de sua própria liberdade, Judá mostrou-se superior entre seus irmãos. (1 Crô. 5:2) Não mais era o Judá que, em sua juventude, tinha partilhado no saque aos siquemitas e que fora partícipe no erro cometido contra seu meio-irmão, José, daí enganando seu próprio pai. Suas excelentes qualidades de liderança levaram Judá a fazer jus, como um dos cabeças das doze tribos de Israel, a obter uma bênção profética superior da parte de seu pai moribundo. (Gên. 49:8-12) Seu cumprimento é considerado logo abaixo.

2. A tribo que surgiu de Judá. Cerca de 216 anos depois que Judá chegou ao Egito, junto com a casa de Jacó, o número de homens robustos dessa tribo, com 20 anos ou mais, tinha aumentado para 74.600, número maior do que o de qualquer outra das doze tribos. (Núm. 1:26, 27) No fim dos quarenta anos de peregrinação pelo deserto, os varões registrados de Judá tinham aumentado em 1.900. — Núm. 26:22.

Foi sob a direção de Bezalel, de Judá, e de seu assistente danita, Ooliabe, que foram construídos o tabernáculo e seus móveis e utensílios. (Êxo. 35:30-35) Depois de erguido o tabernáculo, Judá, junto com as tribos de Issacar e de Zebulão, acampava do lado E do santuário. — Núm. 2:3-8.

EVIDÊNCIA INICIAL DE LIDERANÇA

A bênção profética de Jacó atribuía um papel de liderança a Judá (Gên. 49:8; compare com 1 Crônicas 5:2), e seu cumprimento é confirmado até mesmo nos primórdios históricos daquela tribo. Sob a liderança de seu chefe, Nasom, Judá liderou a marcha através do deserto. (Núm. 2:3-9; 10:12-14) Esta tribo também produziu Calebe, um dos dois espias fiéis que tiveram o privilégio de reentrar na Terra Prometida. Embora longevo, Calebe teve parte ativa na conquista da terra consignada a Judá. A própria tribo foi divinamente designada para liderar a luta contra os cananeus, e o fez em associação com os simeonitas. (Núm. 13:6, 30; 14:6-10, 38; Jos. 14:6-14; 15:13-20; Juí. 1:1-20; compare com Deuteronômio 33:7.) Mais tarde, Judá, novamente com base na autorização divina, liderou a ação militar punitiva contra Benjamim. — Juí. 20:18.

A HERANÇA DE JUDÁ

O território consignado à tribo de Judá se limitava com o território de Benjamim, ao N (Jos. 18:11), com o mar Salgado (mar Morto), a E (Jos. 15:5), e com o grande Mar (Mediterrâneo), a O. (Jos. 15:12) A fronteira S parece ter-se estendido na direção sudoeste desde o extremo S do mar Morto até a subida de Acrabim; partindo dali, continuava até Zim, ia em direção N, perto de Cades-Barnéia, e, por fim, se estendia até o Mediterrâneo, passando por Esrom, Adar, Carca, Azmom e o vale da torrente do Egito. (Jos. 15:1-4) A parte deste território que se centralizava mormente em torno de Berseba era consignada aos simeonitas. (Jos. 19:1-9) Os queneus, uma família não-israelita, parentes de Moisés por afinidade, também passaram a residir no território de Judá. — Juí. 1:16.

Várias regiões naturais distintas se achavam dentro dos limites designados da antiga Judá. O Negebe, grande parte do qual é um platô situado entre c. 450 e 600 m acima do nível do mar, situa-se ao S. Ao longo do Mediterrâneo se estende a planície da Filístia, com suas dunas de areia que, às vezes, adentram a costa até 6 km. Nos tempos primitivos, esta planície ondulante era uma região de vinhedos, de olivais e de campos de cereais. (Juí. 15:5) Logo a E dela começa uma região colinosa, fendida por numerosos vales, que atinge uma altitude de c. 450 m acima do nível do mar no S. Trata-se da Sefelá (“baixada”), região que antigamente era coberta de sicômoros. (1 Reis 10:27) É uma baixada quando comparada com a região montanhosa de Judá, situada mais a E, e tendo elevações que variam de c. 600 a mais de 1.000 m acima do nível do mar. As colinas desnudas que ocupam a encosta oriental das montanhas de Judá constituem o deserto de Judá.

Sob a liderança de Josué, o poder dos cananeus foi aparentemente rompido no território concedido a Judá. No entanto, visto que, evidentemente, não se estabeleceram guarnições ali, os habitantes originais parecem ter voltado para cidades tais como Hébron e Debir, provavelmente enquanto os israelitas travavam guerras em outras partes. Por conseguinte, estes lugares tiveram de ser recapturados. (Compare com Josué 12:7, 10, 13; Juí. 1:10-15.) Mas, os habitantes da baixada, com seus carros bem-equipados, não foram desapossados. Isto sem dúvida incluía os filisteus de Gate e de Asdode. — Jos. 13:2, 3; Juí. 1:18, 19.

DOS JUÍZES ATÉ SAUL

No turbulento período dos Juízes, a tribo de Judá, como as demais tribos, repetidas vezes se tornou vítima da idolatria. Por essa razão, Jeová permitiu que as nações circunvizinhas, em especial os amonitas e os filisteus, fizessem incursões ao território de Judá. (Juí. 10:6-9) Nos dias de Sansão, não só os judeus perderam o controle sobre as cidades filistéias de Gaza, Ecrom e Ascalom, mas os filisteus se tornaram, realmente, seus senhores. (Juí. 15:9-12) Pelo que parece, não foi senão no tempo de Samuel que parte do território de Judá foi recuperada dos filisteus. — 1 Sam. 7:10-14.

Depois que Saul, da tribo de Benjamim, foi ungido por Samuel como o primeiro rei de Israel, os judeus (de Judá) lutaram lealmente sob sua liderança. (1 Sam. 11:5-11; 15:3, 4) Mui freqüentes eram as batalhas travadas contra os filisteus (1 Sam. 14:52), que de novo parecem ter conseguido dominar os israelitas. (1 Sam. 13:19-22) Gradualmente, contudo, seu poder foi reduzido. Com a ajuda de Jeová, Saul e seu filho, Jonatã, obtiveram vitórias sobre eles na área que se estendia de Micmás até Aijalom. (1 Sam. 13:23 a 14:23, 31) Quando os filisteus mais tarde invadiram Judá, novamente sofreram derrota, depois que Davi, o jovem pastor judeu, matou o campeão deles, Golias. (1 Sam. 17:4, 48-53) Em seguida, o Rei Saul alçou Davi, que já tinha sido ungido como o futuro rei de Israel, à testa dos guerreiros israelitas. Nesta posição, Davi apoiou lealmente a Saul, e obteve outras vitórias sobre os filisteus. (1 Sam. 18:5-7) Nessa época, a tribo de Judá era como um “leãozinho”, não tendo ainda alcançado o poder régio na pessoa de Davi. — Gên. 49:9.

Quando Saul passou e encarar Davi como uma ameaça à sua realeza, e o proscreveu, Davi ainda permaneceu leal a Saul, como sendo o ungido de Jeová. Jamais Davi se aliou aos inimigos de Israel, nem causou pessoalmente qualquer dano a Saul, nem permitiu que outros o fizessem. (1 Sam. 20:30, 31; 24:4-22; 26:8-11; 27:8-11; 30:26-31) Pelo contrário, Davi combateu os inimigos de Israel. Em certa ocasião, Davi salvou a cidade de Queila, de Judá, das mãos dos filisteus. — 1 Sam. 23:2-5.

CUMPRE-SE EM DAVI A BÊNÇÃO PROFÉTICA DE JACÓ

Por fim surgiu o tempo devido de Deus para que o poder régio fosse transferido da tribo de Benjamim para a tribo de Judá. Em Hébron, depois da morte de Saul, os homens de Judá ungiram Davi como rei. Mas, as outras tribos se apegaram à casa de Saul e fizeram Is-Bosete, filho de Saul, rei sobre elas. Repetidos choques ocorreram entre estes dois reinos até que Abner, o mais forte apoiador de Is-Bosete, se bandeou para o lado de Davi. Não muito depois, Is-Bosete foi assassinado. — 2 Sam. 2:1-4, 8, 9; 3:1 a 4:12.

Quando Davi, depois disso, obteve a realeza sobre todo o Israel, os ‘filhos de Jacó’, isto é, todas as tribos de Israel, louvaram a Judá e se prostraram diante de seu representante como governante. Assim sendo, Davi conseguiu também avançar contra Jerusalém, embora estivesse basicamente no território de Benjamim, e, depois de capturar a fortaleza de Sião, tornou-a sua capital. Na maior parte, Davi se portou de maneira elogiável. Assim, mediante ele, a tribo de Judá foi louvada por qualidades tais como a justiça e a retidão, e também pelos bons serviços prestados à nação, inclusive a manutenção da segurança nacional, como Jacó predissera em sua bênção do leito de morte. A mão de Judá estava realmente nas costas de seus inimigos, à medida que Davi subjugava os filisteus (que por duas vezes tentaram derrubá-lo qual rei em Sião), bem como os moabitas, os sírios, os edomitas, os amalequitas e os amonitas. Assim, sob Davi, as fronteiras de Israel se estenderam, finalmente, até seus limites ordenados por Deus. — Gên. 49:8-12; 2 Sam. 5:1-10, 17-25; 8:1-15; 12:29-31.

HISTÓRIA DO REINO

Por motivo do pacto eterno para um reino, feito com Davi, a tribo de Judá reteve a posse do cetro e do bastão de comandante por quase 500 anos. (Gên. 49:10; 2 Sam. 7:16) Mas somente nos reinados de Davi e de Salomão é que houve um reino unificado, todas as tribos de Israel se prostrando perante Judá. Por causa da apostasia de Salomão, perto do fim do seu reinado, Jeová removeu dez tribos do seguinte rei de Judá — Roboão — dando-as a Jeroboão. (1 Reis 11:31-35; 12:15-20) Apenas os levitas e as tribos de Benjamim e de Judá permaneceram leais à casa de Davi. (1 Reis 12:21; 2 Crô. 13:9, 10) Portanto, a designação de Judá como um reino também veio a incluir a tribo de Benjamim. (2 Crô. 25:5) As outras dez tribos constituíram um reino independente, sob o efraimita Jeroboão. Não muito depois disso, no quinto ano de Roboão, o Rei Sisaque, do Egito, invadiu o reino de Judá, chegando até Jerusalém, e capturou algumas cidades fortificadas neste trajeto. — 1 Reis 14:25, 26; 2 Crô. 12:2-9.

Por um período de cerca de quarenta anos, durante os reinados dos reis Roboão, Abijão (Abias) e Asa, de Judá, ocorreram repetidos conflitos entre os reinos de Judá e de Israel. (1 Reis 14:30; 15:7, 16) Mas Jeosafá, sucessor de Asa, fez uma aliança matrimonial com o iníquo Rei Acabe, de Israel. Embora isto significasse a paz entre os dois reinos, o casamento de Jeorão, filho de Jeosafá, com Atalia, filha de Acabe, provou-se desastroso para Judá. Sob a influência de Atalia, Jeorão se tornou culpado de crassa apostasia. No seu reinado, os filisteus e os árabes invadiram Judá e levaram cativos e mataram todos os filhos dele, exceto Jeoacaz (Acazias), o caçula. Quando Acazias se tornou rei, ele igualmente seguiu as orientações da iníqua Atalia. Depois da morte violenta de Acazias, Atalia matou todos os descendentes reais. Mas, sem dúvida pela providência divina, o bebezinho Jeoás foi escondido, e conseguiu sobreviver como o legítimo herdeiro do trono de Davi. No ínterim, a usurpadora Atalia governou como rainha até que foi executada, às ordens do sumo sacerdote Jeoiada. — 2 Crô. 18:1; 21:1, 5, 6, 16, 17; 22:1-3, 9-12; 23:13-15.

Jeoás, embora iniciasse bem seu reinado, afastou-se da adoração verdadeira depois da morte do sumo sacerdote Jeoiada. (2 Crô. 24:2, 17, 18) Amazias, filho de Jeoás, igualmente deixou de prosseguir trilhando um proceder justo. No seu reinado, depois de anos de coexistência pacífica, novamente o reino das dez tribos e o de Judá se confrontaram em batalha, sendo que o último sofreu humilhante derrota. (2 Crô. 25:1, 2, 12-14) Com a exceção de sua invasão do santuário, o seguinte rei de Judá, Uzias (Azarias), fez o que era correto aos olhos de Jeová. Jotão, sucessor de Uzias, igualmente provou-se um rei fiel. Mas Acaz, filho de Jotão, notabilizou-se por praticar a idolatria em ampla escala. — 2 Crô. 26:3, 4, 16-20; 27:1, 2; 28:1-4.

No reinado de Acaz, Judá sofreu invasões da parte dos edomitas e dos filisteus, bem como da parte do reino setentrional e da Síria. A coligação siro-israelita chegou até a ameaçar destronar Acaz e constituir como rei de Judá um homem que não era da linhagem de Davi. Embora o profeta Isaías lhe garantisse que isto não iria acontecer, o infiel Acaz subornou o rei assírio, Tiglate-Pileser III, a vir em seu socorro. Este passo insensato trouxe o pesado jugo da Assíria sobre Judá. — 2 Crô. 28:5-21; Isa. 7:1-12.

Ezequias, filho de Acaz, restaurou a adoração verdadeira e rebelou-se contra o rei da Assíria. (2 Reis 18:1-7) Por conseguinte, Senaqueribe invadiu Judá e capturou muitas cidades fortificadas. Mas Jerusalém jamais foi tomada, pois, em uma só noite, o anjo de Jeová matou 185.000 homens no acampamento dos assírios. Humilhado, Senaqueribe retornou para Nínive. (2 Reis 18:13; 19:32-36) Cerca de oito anos antes, em 740 AEC, o reino de dez tribos chegou ao fim, com a queda de Samaria, sua capital, diante dos assírios. — 2 Reis 17:4-6.

O próximo rei de Judá, Manassés, filho de Ezequias, reviveu a idolatria. Entretanto, ao ser levado cativo para a cidade de Babilônia pelo rei da Assíria, ele se arrependeu e, depois de retornar a Jerusalém, empreendeu reformas religiosas. (2 Crô. 33:10-16) Mas seu filho, Amom, voltou à idolatria. — 2 Crô. 33:21-24.

A última campanha arrasadora contra a idolatria ocorreu no reinado de Josias, filho de Amom. No entanto, já era tarde demais para que o povo em geral se arrependesse genuinamente. Assim sendo, Jeová decretou a completa desolação de Judá e de Jerusalém. Por fim, o próprio Josias foi morto, numa tentativa de desviar as forças egípcias em Megido, ao se dirigirem elas para combater os babilônios em Carquemis. — 2 Reis 22:1 a 23:30; 2 Crô. 35:20.

Os últimos quatro reis de Judá — Jeoacaz, Jeoiaquim, Joaquim e Zedequias — provaram-se governantes maus. O faraó Neco depôs Jeoacaz, impondo pesado tributo à terra de Judá, e fez de Jeoiaquim, irmão de Jeoacaz, o rei. (2 Reis 23:31-35) Mais tarde, pelo que parece depois de oito anos de reinado, Jeoiaquim se tornou vassalo de Nabucodonosor, rei de Babilônia, que havia antes derrotado os egípcios, em Carquemis. Durante três anos, Jeoiaquim serviu ao rei de Babilônia, mas então se rebelou. (2 Reis 24:1; Jer. 46:2) Depois disso, Nabucodonosor, evidentemente visando levar o rei rebelde como prisioneiro para Babilônia, subiu contra Jerusalém. (2 Crô. 36:6) No entanto, Jeoiaquim jamais foi levado para Babilônia, pois morreu dum modo que a Bíblia não esclarece. Subseqüentemente, Joaquim se tornou rei. Depois de governar apenas três meses e dez dias, entregou-se voluntariamente a Nabucodonosor e, junto com outros membros da família real e milhares de súditos, foi para o exílio em Babilônia. Daí, Nabucodonosor colocou a Zedequias, tio de Joaquim, no trono de Judá. — 2 Reis 24:6, 8-17; 2 Crô. 36:9, 10.

Em seu nono ano qual rei vassalo, Zedequias se rebelou e se voltou para o poderio militar do Egito em busca de apoio contra Babilônia. (2 Reis 24:18 a 25:1; 2 Crô. 36:11-13; Eze. 17:15-21) Nabucodonosor, portanto, fez marchar seus exércitos contra Judá. Durante dezoito meses, Jerusalém foi submetida a um cerco, até que seus muros finalmente foram rompidos. Embora Zedequias fugisse, foi capturado, seus filhos foram mortos diante dele, e ele foi então cegado. No mês seguinte, a maioria dos sobreviventes foi levada para o exílio. Gedalias foi designado governador das poucas pessoas humildes que restaram em Judá. Mas, depois de ele ter sido assassinado, o povo fugiu para o Egito. Assim, no sétimo mês de 607 AEC, a terra de Judá ficou inteiramente desolada. — 2 Reis 25:1-26; para obter pormenores, veja os verbetes sob os reis singulares.

NÃO PERDEU A REGÊNCIA

Este fim calamitoso do reino de Judá, contudo, não significou que o cetro e o bastão de comandante se tivessem afastado da tribo para sempre. Segundo a profecia de Jacó em seu leito de morte, a tribo de Judá deveria produzir o herdeiro régio permanente, Siló (“Aquele de Quem É”, ou: “Aquele a Quem Pertence”). (Gên. 49:10) Apropriadamente, portanto, antes da derrubada do reino de Judá, Jeová, por meio de Ezequiel, dirigiu as seguintes palavras a Zedequias: “Remove o turbante e retira a coroa. Esta não será a mesma. Põe no alto o rebaixado e rebaixa o que estiver no alto. Uma ruína, uma ruína, uma ruína a farei. Também, quanto a esta, certamente não virá a ser de ninguém, até que venha aquele que tem o direito legal, e a ele é que terei de dá-lo.” (Eze. 21:26, 27) Aquele que possuía o direito legal, conforme indicado pelo anúncio do anjo Gabriel à virgem judia Maria, cerca de 600 anos depois, não é outro senão Jesus, o Filho de Deus. (Luc. 1:31-33) Por este motivo, é apropriado que Jesus Cristo porte o título de “o Leão que é da tribo de Judá”. — Rev. 5:5.

O REINO DE DUAS TRIBOS, COMPARADO COM O REINO SETENTRIONAL

O reino de Judá gozou de muito maior estabilidade e também durou uns 133 anos mais do que o reino setentrional. Vários fatores contribuíram para isto: (1) Por causa do pacto de Deus com Davi, a linhagem real permaneceu ininterrupta, ao passo que, no reino setentrional, menos da metade dos reis tiveram como sucessores os seus próprios filhos. (2) A continuidade do sacerdócio arônico no templo em Jerusalém gozava da bênção de Jeová, e tornava mais fácil que a infiel nação retornasse a seu Deus. (2 Crô. 13:8-20) Por outro lado, no reino setentrional, a instituição e a continuidade da adoração do bezerro foi considerada necessária para se preservar a independência para com Judá, e, pelo que parece, por este motivo, jamais se fizeram esforços de erradicá-la. (1 Reis 12:27-33) (3) Quatro dentre os dezenove reis de Judá — Asa, Jeosafá, Ezequias e Josias — se notabilizaram pelo seu devotamento à adoração verdadeira, e instituíram grandes reformas religiosas.

No entanto, a história de ambos os reinos ilustra a tolice de se desconsiderar as ordens de Jeová e de confiar nas alianças militares para se obter segurança. Também, destaca-se a longanimidade de Jeová para com seu povo desobediente. Vez após vez, ele mandou seus profetas para encorajar o povo à penitência, mas, amiúde, os avisos deles não foram acatados. (Jer. 25:4-7) Entre os profetas que serviram em Judá achavam-se Semaías, Ido, Azarias, Hanani, Jeú, Eliézer, Jaaziel, Zacarias, Amós, Oséias, Joel, Miquéias, Isaías, Sofonias, Habacuque e Jeremias. — Veja ISRAEL N.° 2 e 3.

DEPOIS DO EXÍLIO

Em 537 AEC, quando entrou em vigor o decreto de Ciro que permitia a volta dos israelitas para a terra de Judá, para ali reconstruírem o templo, parece que representantes das várias tribos retornaram à sua terra natal. (Esd. 1:1-4; Isa. 11:11, 12) Em cumprimento de Ezequiel 21:27, jamais um rei da linhagem de Davi administrou os assuntos do povo repatriado. É digno de nota que não se faz menção alguma de ciúmes ou rivalidades tribais, indicando que Efraim e Judá haviam, deveras, se tornado um. — Isa. 11:13.

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