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Terremotos são causados por Deus?A Sentinela — 1983 | 15 de novembro
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Terremotos são causados por Deus?
“O solo firme vira geléia sob os seus pés. Você dá três ou quatro passos para frente e é arrastado para trás, como se estivesse sobre um tapete em movimento. Você cai e tem dificuldade em levantar-se, porque está sendo puxado em todas as direções. As árvores são puxadas com violência, o topo delas tocando o chão para um lado, e depois para o outro — algumas se partem ao meio. Você tenta a rua para fugir; esta se movimenta como uma serpente, retorcendo-se diante de você. No solo — por toda a parte — você vê fendas se abrirem e se fecharem novamente. O terror se apodera de você. Não há lugar seguro. Você pensa: É o fim do mundo!’”— Sarah Burn Plunkett, sobrevivente dum terremoto no Alasca, em 1964.
JÁ VIVEU a experiência do tremor dum terremoto? Mesmo que sua resposta seja Não, os terremotos afetam a sua vida. Como? Pelo menos de duas maneiras.
Primeiramente, eles indicam que, não importa onde esteja vivendo, o próprio solo sob os seus pés está em constante movimento. Em segundo lugar, e o que é mais importante, os terremotos da atualidade são sintomas do “fim” do presente “sistema de coisas” global. Nesse respeito, uma famosa profecia declara: “E haverá grandes terremotos.” (Lucas 21:9-11; Mateus 24:3-8) A Bíblia predisse que terremotos literais fariam parte dum “sinal” que indicaria o tempo em que o Reino celestial de Deus acabaria com o que é mau e estabeleceria um pacífico Paraíso na terra. (Salmo 37:10, 11; Mateus 6:10) Isso talvez induza alguns a perguntar: É Deus responsável por tais terremotos?”
TERREMOTOS NOS TEMPOS BÍBLICOS
São todos os terremotos causados por Deus? Em uma palavra: Não! Os terremotos constituem um processo natural da terra, assim como o são o vento e a chuva. Já por milênios, os tremores têm abalado a terra. Em média, a terra sofre um tremor a cada 30 segundos.
Em alguns casos específicos, os terremotos foram provocados por Jeová Deus. Por que motivo? Tais terremotos serviram a um propósito definido e foram seletivos na destruição — nunca extravagantes. Considere os seguintes exemplos:
Trinta e quatro séculos atrás, durante a celebração de um dos pactos de Deus, o povo de Israel se reuniu ao sopé do monte Sinai, e “todo o monte tremia muitíssimo”. Como demonstração do seu inigualável poder, Jeová usou assim um terremoto para enfatizar a seriedade do pacto. O tremor da montanha serviu também de lembrança para os israelitas. Não se esqueceriam facilmente de seu compromisso, pois Jeová ligou esse importante acordo com acontecimentos que inspiram temor, inclusive um terremoto. — Êxodo 19:7-19.
Ocorreu outro terremoto pouco tempo depois. Surgiu entre as famílias de Datã, Abirão e Corá uma rebelião contra o líder designado de Jeová. Depois de muito conselho ser dado e desconsiderado, Jeová usou um terremoto para eliminar tais rebeldes dentre o Seu povo. “Começou a partir-se o solo debaixo deles. E a terra passou a abrir a sua boca e a tragar tanto a eles como os da sua casa, e todo o gênero humano que pertencia a Corá, e todos os bens.” — Números 16:31, 32.
Entretanto, Deus não tem sido o causador dos terremotos da atualidade. Por que, então, a Bíblia os inclui como parte do sinal do “fim”? E, vivemos realmente na “terminação do sistema de coisas”?
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Terremotos — sinal do fim?A Sentinela — 1983 | 15 de novembro
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Terremotos — sinal do fim?
A SÓS com Jesus num monte elevado, cercados de oliveiras nodosas, estando a cidade de Jerusalém logo abaixo, quatro homens estavam perplexos. Mais cedo, naquele dia, haviam ouvido seu Líder, Jesus Cristo, predizer que Jerusalém e seu templo seriam destruídos, ‘não ficando pedra sobre pedra’. Surpresos, perguntaram: “Quando sucederão estas coisas?” A resposta de Jesus interessava-lhes muitíssimo. Mas, a resposta dele deve ser de maior interesse hoje. — Mateus 24:1-3.
A iminente destruição de Jerusalém era a preocupação imediata dos apóstolos. Contudo, a curiosidade deles não se limitava a essa única questão, pois queriam saber também a ocasião da futura presença de Jesus na glória do Reino e quando esperar o fim duma ordem má. Perguntaram: “Qual será o sinal da tua presença e da terminação do sistema de coisas?” A resposta que Jesus deu satisfez seus seguidores do primeiro século. Sua resposta concernente ao “sinal” também pode satisfazer seus seguidores da atualidade que anseiam ver o fim da iniqüidade, pois o cumprimento do sinal se dá nos nossos dias.
O sinal dado por Jesus tem aspectos óbvios, facilmente observáveis em toda a parte. Não são obscuros ou abstratos. Note uma parte da resposta de Jesus em Mateus 24:7: “Porque nação se levantará contra nação e reino contra reino, e haverá escassez de víveres e terremotos num lugar após outro.” Quando irrompem guerras, as nações se apercebem disso. Quando as pessoas passam fome — morrem de inanição — elas se apercebem disso. E, quando um terremoto abala o solo sob os seus pés, você se apercebe disso, pois o terremoto é um dos eventos naturais mais atemorizantes por que alguém pode passar. Essas e outras particularidades bem visíveis, que afetam toda a humanidade numa só geração, compõem “o sinal”. (Mateus 24:3, 34) Examinemos apenas uma parte deste “sinal” — os terremotos.
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