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  • ‘Não deves inclinar-te diante duma imagem esculpida’

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  • ‘Não deves inclinar-te diante duma imagem esculpida’
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1960
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1960
w60 1/7 pp. 405-408

‘Não deves inclinar-te diante duma imagem esculpida’

MUITAS igrejas estão cheias de imagens de Jesus, de Maria e dos “santos”. Cada dia pode-se ver centenas de pessoas inclinar-se diante destas imagens, especialmente em países católicos romanos.

As pessoas que assim se curvam professam ser governadas pelos Dez Mandamentos, no entanto, um destes reza: “Não deves fazer para ti uma imagem esculpida ou uma forma que se assemelhe a qualquer coisa que haja nos céus acima, ou que haja na terra embaixo, ou que haja nas águas debaixo da terra. Não deves inclinar-te diante delas, nem ser induzido a servi-las, porque eu, Jeová, teu Deus, sou um Deus que exige devoção exclusiva.” — Êxo. 20:4, 5, NM.

Ora, já que é evidente que as imagens são semelhantes a algo quer nos céus, quer na terra ou nas águas do mar, e visto que as pessoas se inclinam diante delas, seria de concluir, naturalmente, que há uma violação de um dos Dez Mandamentos. Mas não é assim, diz o Cardeal Gibbons no livro A Fé de Nossos Pais, publicado em inglês. Segundo ele: “Cada criança católica compreende claramente a diferença essencial que existe entre um ídolo pagão e uma imagem cristã. Os pagãos consideram o ídolo como um deus dotado de inteligência e de outros atributos da Divindade. Eram, portanto, idólatras, ou adoradores de imagens. Os cristãos católicos sabem que uma santa imagem não tem nem inteligência nem o poder de ouvir e de ajudar-lhes. Prestam-lhe uma homenagem relativa — isto é, sua reverência pela cópia é proporcional à veneração que têm pelo original celestial ao qual se refere.” Mas, é verdade que se presta apenas adoração relativa às imagens? Não, não é verdade, conforme mostrará o seguinte.

Por exemplo, diz o guia para a famosa catedral de Chartres, na França, que “Maria é adorada por meio duma imagem chamada de ‘Nossa Senhora da Cripta’”? Não, mas reza: “Durante muitos séculos, Nossa Senhora da Cripta [uma imagem que há ali] tem aceito a homenagem dos seus devotos.”

Outrossim, se fosse verdade que a imagem serve apenas para lembrar ao adorador o “santo” específico a quem está orando, então qualquer imagem daquele a quem se ora serviria para o mesmo fim. Mas, é um fato bem conhecido que algumas imagens recebem mais veneração do que outras, que algumas são consideradas muito mais eficazes, que certas imagens atraem multidões muito maiores e que certas estátuas específicas são muitas vezes invocadas para coisas específicas.

Neste respeito, o guia de Chartres diz também: “Nossa Senhora de Belle Verrière foi certa vez objeto de veneração, e costumava ser invocada especialmente pelas mulheres antes do parto.” Outro caso que poderia ser citado é o destaque que se dá à imagem de “Jesus de Medinaceli” nas procissões da semana santa, por parte dos católicos devotos da Espanha.

O Cardeal Gibbons pode fazer distinção entre uma imagem e um ídolo, e pode insistir que a imagem é apenas uma ajuda no culto, mas, quando se fazem peregrinações a certa imagem, então esta imagem assumiu um valor todo seu, em violação direta do mandamento de Deus proibindo que se dê honra a uma coisa esculpida. Que se fazem peregrinações a imagens específicas é demonstrado pela obra Grand Dictionnaire Universal du XIXe Siècle (Larousse), Tomo 12, página 519: “Certo dia, cento e dez deputados realizaram uma peregrinação à Virgem Negra de Chartres.”

De fato, este mesmo dicionário enciclopédico diz verazmente, no Tomo 9, página 574: “A idolatria, falando-se etimologicamente, não significa nada mais do que a adoração de imagens. Os mais antigos Padres da Igreja proibiram formalmente representações esculpidas ou pintadas nos templos e em todos os lugares onde se ofereciam orações. Foi por volta do terceiro ou do quarto século que a Igreja começou a afrouxar a sua severidade neste respeito. . . . Estas representações de pessoas, de mistérios e de fatos religiosos tornaram-se prontamente objetos de adoração, verdadeiros ídolos, especialmente no Ocidente.”

MAIS DO QUE HOMENAGEM RELATIVA

Se se prestasse às imagens apenas homenagem relativa, então todas as imagens de Jesus seriam homenageadas do mesmo modo, e as imagens dele deveriam receber mais homenagem do que as de qualquer outro. Mas isso não se dá. A certas imagens atribuem-se poderes milagrosos. Neste respeito, o livro Pèlerinages célèbres aux Principaux Sanctuaires de Notre-Dame, publicado ela Sociedade de Santo Agostinho, fala, não dos “santos”, mas das próprias imagens como sendo milagrosas. Diz que S. Luís deu à basílica de Puy “uma estátua que trouxe de volta da terra santa”. E chama de “milagrosas” as imagens de NotreDame de Grâce em Lille.

Mostrando além disso que as imagens não serviam apenas para fazer as pessoas lembrar-se daquele a quem oravam, mas que eram consideradas como tendo valor próprio, o livro diz da Mater Boni Consilii (Santa Mãe do Bom Conselho) em Gensano, perto de Roma: “Cópias milagrosas da santa imagem são encontradas na Espanha, na Bélgica, na Boêmia, na Áustria e na América. Os Agostinhos e os Redentoristas trabalham com o desejo de difundir o culto de Nossa Senhora do Bom Conselho; e em todo lugar onde lhe erguem altares, ajuntam-se as multidões e multiplicam-se os favores celestes.”

As autoridades católicas admitem que, no oitavo século da nossa Era Cristã, alguns católicos rendiam às imagens mais do que homenagem relativa por beijarem as imagens e esperarem que estas curassem os doentes e impedissem, por alguma espécie de magia, a propagação dum incêndio ou duma inundação. Mas, doze séculos depois, verificamos que ainda se rende às imagens esta homenagem mais que relativa. Todo aquele que já visitou a catedral de São Pedro, em Roma, sabe que os católicos devotos ainda beijam estátuas; especialmente o dedo do pé de certa imagem de Pedro. Incidentalmente, há razão para se crer que esta estátua específica de Pedro foi tirada dum antigo templo romano, o Panteão, e era originalmente uma estátua de Júpiter, erguida pelos romanos pagãos!

Que ainda nestes tempos modernos se atribui a estas estátuas uma espécie de magia é evidenciado pela obra aprovada pela Igreja e intitulada Mille Pèlerinages de Notre-Dame (Mil Peregrinações à Nossa Senhora), publicado em Paris tão recentemente como em 18 de dezembro de 1953, sob o Imprimatur de Petrus Brot. No terceiro volume, na página 108, fala da imagem de Notre-Dame de la Garde: “Quando a cólera desceu com fúria sobre Marselha, em 1832, o clero e o povo subiram ao santuário e trouxeram de lá a estátua, carregando-a pela cidade, e a terrível peste desapareceu.”

“O CRISTO DA PIEDADE”

Uma das evidências mais notáveis de que se atribui valor às próprias imagens é o fato de que se diz que orações proferidas perante certas imagens têm mais valor do que as orações proferidas perante outras imagens. Em corroboração disso existe a história incomum do famoso “Cristo da Piedade”, do Jesus sofredor. Esta imagem é provavelmente responsável por grande parte da tristeza excessiva da arte religiosa do século quinze, em vivo contraste com a grande alegria demonstrada pelos apóstolos e os outros cristãos do primeiro século. — Luc. 1:46-49; 1 Ped. 1:8.

Há várias de tais imagens, mostrando Cristo morto nos braços de Maria. Mas, é a respeito duma imagem relacionada, mostrando Cristo sozinho, morto e com os braços cruzados sobre o peito, que Emile Male, destacada autoridade francesa sobre a arte religiosa, faz a seguinte pergunta na página 100 de l’Art Religieux da la fin du Moyen Age en France:

“Como se pode explicar o sucesso desta imagem? Por que se difundiu através de toda a Europa no século quinze? A razão é muito simples: Por causa das enormes indulgências que se ligavam a ela. Se alguém, depois de se ter confessado, recitasse diante da representação do ‘Cristo da Piedade’ sete Paters, sete Aves e sete orações curtas chamadas de ‘Orações de S. Gregório’, obtinha seis mil anos de ‘perdão real’.”

Mas, este foi apenas o princípio! Ele continua: “No decorrer do século quinze, o papa aumentou as já notáveis indulgências, e o número de anos tornou-se prodigioso. Um manuscrito existente na Biblioteca Sainte Genevieve [em Paris] fala de quatorze mil anos, um retábuloa de Aachen [o retábulo da Missa de S. Gregório na capela da catedral de Aachen, na Alemanha] fala de vinte mil anos; e, finalmente, os manuscritos e os Livros das Horas, no fim do século quinze, anunciam nada menos de quarenta e seis mil anos de indulgência.” “Mas”, relembra Male, “em cada caso, conforme se vê, era necessário ter os olhos fixos na imagem do Cristo da Piedade”.

Sem nos desviarmos do assunto para perguntar que base há para o algarismo de 46.000 anos, e por que estas poucas orações deviam ser consideradas oito vezes mais valiosas no fim do século quinze do que no princípio daquele século, resta o fato de que todo o precedente refuta a alegação de que a homenagem prestada às imagens seja relativa e que não se creia que tenham em si mesmas qualquer poder. Há, portanto, evidência histórica de que o mandamento específico de Deus, proibindo que se dê honra a imagens, tem sido e está sendo violado pelos adoradores na comunhão católica romana.

DESCONHECIDA AOS PRIMITIVOS CRISTÃOS

Os cristãos do primeiro século conheciam bem as suas Bíblias. Sabemos isso por causa das muitas citações que fizeram das Escrituras Hebraicas nos seus escritos. É delas que sabiam que a aprovação ou rejeição da nação de Israel por parte de Deus se prendia diretamente à atitude tomada por aquela nação com respeito aos ídolos e à adoração de imagens. Sabiam muito bem que, quando Israel rejeitava todas as formas da adoração de imagens, Deus o abençoava, ao passo que, quando erguiam imagens em violação direta do mandamento de Deus, curvando-se diante delas, ele os rejeitava. — Deu. 4:23-28; Jer. 22:8, 9.

Os cristãos do primeiro século cuidavam-se para que não fossem rejeitados por causa da adoração de imagens ou idolatria, assim como os judeus. Deste modo foi que nem Jesus, nem qualquer dos seus discípulos imediatos, tiveram nada que ver com ela. Paulo avisou claramente: “Amados, fugi da idolatria.” E, muitos anos depois, o apóstolo João escreveu: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.” — 1 Cor. 10:14; 1 João 5:21.

Esta atitude não foi abandonada quando os apóstolos morreram. O Dr. Augustus Neander, judeu que se converteu ao cristianismo, homem que, segundo a Cyclopædia de McClintock & Strong, não tem igual no que se refere à história dos primitivos cristãos, diz o seguinte no seu livro inglês, A História da Religião e Igreja Cristã, Durante os Primeiros Três Séculos: “O uso de imagens era originalmente bastante alheio à adoração e às igrejas cristãs, e permaneceu assim durante todo este período. A mistura entre arte e religião, e o uso de imagens para a última, parecia aos primeiros cristãos como prática pagã.”

Quão alheios estes primitivos cristãos eram da adoração de imagens é visto, das palavras de Clemente de Alexandria, conforme citado por Neander: “Não nos devemos apegar àquilo que é sensual, mas precisamos elevar-nos àquilo que é espiritual; o hábito de olhar diariamente para a natureza divina profana a sua dignidade; e querer honrar um ser espiritual por meio de matéria terrestre não é nada mais que desonrá-lo pela sensualidade.” Neander mostra também que foram os pagãos que primeiro fizeram uma semelhança de Jesus Cristo e dos apóstolos: “Eusébio diz assim (H. E. vii. 18) que os pagãos foram os primeiros a fazer retratos de Cristo, de S. Pedro e de S. Paulo, a quem consideravam, nas suas idéias pagãs, como benfeitores da humanidade. Isto é facilmente explicável em vista do espírito de ecletismo religioso [seletividade] que então existia.”

No entanto, não devemos ficar surpresos de ver que gradualmente prevaleceu esta sensualidade, pois não apela isso ao egoísmo? É mais fácil expressar um sentimento para com um objeto visível do que para um invisível. Além disso, não avisaram Jesus e os apóstolos que haveria um desvio da fé verdadeira, depois da morte dos apóstolos? Avisaram, e os fatos mostram que suas palavras proféticas se cumpriram realmente. — Mat. 13:25; Atos 20:29, 30.

Deveras, Deus ordenou que se fizessem imagens, imagens de querubins no propiciatório e representações de querubins em certas cortinas do tabernáculo. Mas, note-se que estas se achavam ocultas da vista dos israelitas, e não há nenhuma indicação de que os sacerdotes que as viam jamais dirigissem orações a elas. Quando certa vez um sacerdócio apóstata presumiu usar a arca do pacto com os seus querubins esculpidos como uma espécie de encantamento, Jeová Deus permitiu que os filisteus a capturassem, para o grande desalento dos israelitas e especialmente do idoso sumo sacerdote Eli. — Êxo. 25:19-21; Núm. 4:5; 1 Sam. 4:3, 4, 11, 17, 18.

Jeová Deus conhece o coração do homem, que é traiçoeiro e desesperado. Sabe que está inclinado a adorar a criatura mais do que ao Criador; um exemplo flagrante disso foi dado pelos israelitas quando adoraram a serpente de cobre que Moisés fizera no deserto. Foi por isso que Jeová proibiu tão explícita e repetidamente a fabricação de imagens e curvar-se diante delas. O Cardeal Gibbons pode afirmar que cada criança católica sabe a diferença entre uma imagem religiosa e um ídolo pagão, mas o que se fez com as imagens no tempo da cólera, na França, mencionado acima, mostra que nem mesmo a Hierarquia da Igreja Católica Romana sabe a diferença, pois atribuiu e ainda atribui poder a estas imagens. Por isso, os que querem agradar a Jeová Deus se afastam de todas as imagens como ajudas na adoração e se curvam apenas diante de Jeová Deus. — 2 Reis 18:4; Jer. 17:9.

[Nota(s) de rodapé]

a O retábulo é “uma prateleira ou estante elevada acima da mesa do altar, em que se colocam as luzes do altar, flores, etc.”, e inscrições. — Webster.

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