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Assar (Cozer), PadeiroAjuda ao Entendimento da Bíblia
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(comparável a uma moderna chapa de ferro de grill para waffles), embora assadeiras de ferro também fossem usadas. — Eze. 4:3.
Os padeiros profissionais tinham seu comércio nas cidades. Enquanto Jeremias estava em custódia no Pátio da Guarda, em Jerusalém, durante o tempo de escassez, antes da derrubada daquela cidade em 607 A.E.C., foi-lhe dada uma ração diária de um pão redondo “da rua dos padeiros”, enquanto o suprimento durou. (Jer. 37:21) Assim, padeiros comerciais evidentemente ocupavam determinada rua de Jerusalém. Anos depois, quando as muralhas de Jerusalém foram restauradas, sob a supervisão de Neemias, também foi consertada a “Torre dos Fornos”. (Nee. 3:11; 12:38) Exatamente como a torre veio a ser assim chamada é incerto, mas é possível que este nome incomum lhe tenha sido dado porque os fornos dos padeiros comerciais estavam localizados ali.
Nos tempos modernos, o padeiro profissional oriental não prepara costumeiramente a massa. Antes, ela é feita pelo padeiro doméstico, e então é levada ao padeiro público. Assim, não é incomum observar o filho do padeiro andando com bandejas de pão fresco equilibradas na cabeça, entregando o pão nas casas dos fregueses. Nos tempos bíblicos, também, o padeiro profissional talvez assasse a massa (e até mesmo a carne e as hortaliças) que lhe traziam. Depois de remover o pão ou os “discos” de pão de seu forno com uma longa pá, o padeiro, às vezes, os untava. A excelente qualidade do pão assado no forno maior do padeiro comercial, oriental, parece ser indicado por este provérbio dos árabes: “Mande seu pão ao forno do padeiro, embora ele coma a metade dele.”
O padeiro real era, evidentemente, um homem de certa importância no antigo Egito. Uma pintura mural do túmulo de Ramsés III no vale dos Reis, em Tebas, ilustra uma padaria real egípcia em plena operação, mostrando passos tais como trabalhar a massa com os pés, a fabricação de “discos” de pão e a preparação do forno.
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Assassínio (Homicídio)Ajuda ao Entendimento da Bíblia
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ASSASSÍNIO (HOMICÍDIO)
As palavras da língua original traduzidas variavelmente matar e assassinar referem-se a tirar uma vida, o contexto ou outros textos determinando se está envolvido o tirar deliberado e não-autorizado, ou ilícito, da vida de outra pessoa. Por exemplo, no mandamento: “Não deves assassinar” (Êxo. 20:13), a palavra hebraica para “assassinar” (ratsáhh, que significa literalmente “quebrar” ou “reduzir a pedaços”) aqui se refere claramente à matança deliberada e ilícita. Mas, em Números 35:27, o mesmo termo denota um ato que um vingador de sangue estava autorizado a realizar. Por conseguinte, a ordem “Não deves assassinar” tem de ser entendida no arcabouço da inteira Lei mosaica, que autorizava que, sob certas circunstâncias, como no caso da execução de criminosos, se tirasse a vida humana.
PRIMÓRDIOS HISTÓRICOS
Quase que desde o início da história humana se conhece o assassínio ou homicídio qualificado. Por meio de sua desobediência, o primeiro homem, Adão, transmitiu o pecado e a morte à sua descendência, assim, efetivamente, provando-se assassino. (Rom. 5:12; 6:23) Visto que foi o Diabo quem deliberadamente contribuiu para tal resultado por induzir Eva, a esposa de Adão, a pecar, o termo grego anthropoktónos, “assassino” ou “homicida” é corretamente aplicado a Satanás. — Gên. 3:13; João 8:44.
Menos de 130 anos depois do primeiro assassínio violento, ocorreu um fratricídio. Caim, primogênito de Adão, motivado por invejoso ódio, assassinou o seu irmão justo, Abel. (Gên. 4:1-8, 25; 5:3) Por tal ato, Caim foi amaldiçoado com o banimento, e a ser um errante e fugitivo na terra. (Gên. 4:11, 12) Não foi senão depois do dilúvio dos dias de Noé que Deus autorizou os humanos a administrar a pena capital no caso de assassínio ou homicídio qualificado. — Gên. 9:6.
SOB A LEI
Séculos mais tarde, a Lei mosaica foi dada aos israelitas, e ela incluía extensiva legislação sobre o tirar a vida humana. Estabelecia diferença entre a matança deliberada e a acidental. Fatores considerados como tendo peso contra a pessoa que afirmava ser um homicida acidental eram: Se ela (1) já odiava antes a pessoa morta (Deut. 19:11, 12; compare com Josué 20:5), (2) tinha ficado à espreita da vítima (Núm. 35:20, 21), ou (3) tinha usado um objeto ou implemento capaz de infligir um ferimento mortal. (Núm. 35:16-18) Até mesmo os escravos, se mortos quando estavam apanhando de seus amos, deveriam ser vingados. (Êxo. 21:20) Ao passo que se prescreveu a pena capital para os assassinos deliberados, e não se permitia resgate em seu caso, os homicidas desintencionais podiam preservar sua vida por se aproveitarem da segurança concedida a eles nas cidades de refúgio. — Êxo. 21:12, 13; Núm. 35:30, 31; Jos. 20:2, 3; veja CIDADES DE REFÚGIO.
Certos atos deliberados que indiretamente causavam ou que poderiam resultar na morte de outra pessoa, eram considerados equivalentes ao assassínio deliberado. À guisa de exemplo, o dono de um touro escornador que desconsiderasse anteriores avisos para manter tal animal sob guarda podia ser morto se seu touro matasse a outrem. Em alguns casos, porém, podia-se aceitar um resgate em lugar da vida do dono. Sem dúvida, em tal caso, os juízes levariam em conta as circunstâncias. (Êxo. 21:29, 30) Também, a pessoa que maquinasse fazer com que outrem fosse morto por apresentar falso testemunho deveria, ela mesma, ser morta. — Deut. 19:18-21.
A Lei permitia a autodefesa, mas restringia o direito de um indivíduo lutar por sua propriedade. Era culpado de sangue aquele que,
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