-
Causa Jurídica (Processo Legal)Ajuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
Jesus foi então levado primeiro à casa de Anás, o ex-sumo sacerdote, que ainda exercia grande autoridade, pois seu genro, Caifás, era o sumo sacerdote naquele tempo. (João 18:13) Ali Jesus foi interrogado e esbofeteado. (João 18:22) Em seguida, foi conduzido amarrado até Caifás, o sumo sacerdote. Os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuraram falsas testemunhas. Muitas se apresentaram contra Jesus, mas não podiam concordar em seu testemunho, exceto duas que torceram as palavras dele, registradas em João 2:19. (Mat. 26:59-61; Mar. 14:56-59) Por fim, Jesus foi colocado sob juramento pelo sumo sacerdote, e interrogado quanto a se era o Cristo, o Filho de Deus. Quando Jesus respondeu afirmativamente, e fez alusão à profecia de Daniel 7:13, o sumo sacerdote rasgou suas vestes e concitou o tribunal a declarar Jesus culpado de blasfêmia. Proferiu-se este veredicto e ele foi condenado à morte. Depois disso, cuspiram-lhe na face e o golpearam com os punhos, zombando dele, o que era contrário à Lei. — Mat. 26:57-68; Luc. 22:66-71; Atos 23:3; compare com Deuteronômio 25:1, 2 e João 7:51.
Depois deste julgamento noturno ilegal, o Sinédrio se reuniu bem cedo de manhã para confirmar seu julgamento e para uma consulta entre si. (Mar. 15:1) Jesus foi então conduzido, novamente amarrado, ao palácio do governador, até Pilatos, visto que disseram: “Não nos é ilícito matar alguém.” (João 18:31) Aí foi acusado de proibir o pagamento de impostos a César e de afirmar que ele mesmo era Cristo, um rei. Aos olhos dos romanos, a acusação de blasfêmia contra o Deus dos judeus não seria tão grave como seria a de sedição. Pilatos, depois de tentativas inúteis de conseguir que Jesus testificasse contra si mesmo, disse aos judeus que não encontrou nenhum crime nele. Descobrindo, contudo, que Jesus era galileu, Pilatos ficou feliz de enviá-lo a Herodes, que tinha jurisdição sobre a Galiléia. Herodes interrogou Jesus, esperando vê-lo realizar algum sinal, mas Jesus se recusou. Herodes então menosprezou Jesus, zombando dele, e o mandou de volta a Pilatos. — Luc. 23:1-11.
Pilatos então tentou libertar Jesus, em harmonia com o costume daquela época, mas os judeus se recusaram a isso, clamando, ao invés, pela libertação dum sedicioso e homicida. (João 18:38-40) Assim, Pilatos mandou açoitar Jesus, e os soldados novamente o maltrataram. Depois disso, Pilatos trouxe Jesus para o lado de fora do palácio e tentou conseguir sua libertação, mas os judeus insistiram: “Para a estaca com ele! Para a estaca com ele!” Por fim, expediu a ordem para que Jesus fosse pendurado numa estaca. — Mat. 27:15-26; Luc. 23:13-25; João 19:1-16.
As seguintes são algumas das leis de Deus que foram flagrantemente violadas pelos judeus no julgamento de Cristo: suborno (Deut. 16:19; 27:25); quadrilha ou bando, e perversão do julgamento e da justiça (Êxo. 23:1, 2, 6, 7; Lev. 19:15, 35); dar falso testemunho, com o conluio dos juízes nessa questão (Êxo. 20:16); permitir que fosse solto um homicida (Barrabás), desta forma trazendo culpa de sangue sobre eles próprios e sobre a terra (Núm. 35:31-34; Deut. 19:11-13); agir como gentalha, ou ‘acompanhar a multidão para fazer o mal’ (Êxo. 23:2, 3); ao clamar para que Jesus fosse pendurado numa estaca, violavam a lei que proibia que se seguisse os estatutos de outras nações, e também a que prescrevia que não houvesse nenhuma tortura, mas instituía que o criminoso fosse apedrejado até morrer ou fosse morto de outra forma, antes de ser pendurado numa estaca (Lev. 18:3-5; Deut. 21:22); aceitaram como rei alguém que não era de sua própria nação, mas um pagão (César), e rejeitaram o Rei a quem Deus havia escolhido (Deut. 17:14, 15); e, por último, foram culpados de assassínio. — Êxo. 20:13.
-
-
CavaloAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
CAVALO
Este quadrúpede bem-conhecido, com seus cascos duros (Isa. 5:28), de crina e cauda abundantes (Jó 39:19) tem sido, desde tempos antigos, intimamente ligado ao homem, que tem usado o freio e o chicote para controlá-lo. (Sal. 32:9; Pro. 26:3; Tia. 3:3) Jeová, o Criador deste animal, ao repreender Jó, descreveu algumas das principais características do cavalo: sua grande força, seu resfolegar através de suas grandes narinas, seu escarvar o chão com impaciência, sua excitação diante da perspectiva de batalha, e não ficar aterrorizado diante do choque das armas. — Jó 39:19-25.
UTILIZAÇÃO MILITAR
Nos tempos antigos, usava-se o cavalo principalmente na guerra (Pro. 21:31; Isa. 5:28; Jer. 4:13; 8:16; 46:4, 9), embora fosse também utilizado para o transporte e para a caça. O emprego do cavalo para outros fins que não o de batalha é geralmente mencionado nas Escrituras com relação aos reis, príncipes e oficiais do Estado, ou a sistemas rápidos de comunicação. — 2 Sam. 15:1; Ecl. 10:7; Ester 6:7, 8; 8:14; Jer. 17:25; 22:4.
O cavalo representava uma parte tão formidável duma força eficaz de combate que o simples som dum grande número de cavalos e carros bastava para inspirar temor, e fazer com que um exército que se considerava inferiorizado em número recorresse à fuga em completo pânico. (2 Reis 7:6, 7) O poderio militar do Egito, da Assíria, de Babilônia, da Medo-Pérsia e de outras nações, dependia mormente de cavalos. (Isa. 31:1, 3; Jer. 6:22, 23; 50:35, 37, 41, 42; 51:27, 28; Eze. 23:5, 6, 23; 26:7, 10, 11; Naum 3:1, 2; Hab. 1:6, 8) Repetidas vezes, cavalos equipados de freios, rédeas, ornamentos para a cabeça, xairéis, e outros arreios ornamentais, são representados em monumentos antigos.
Os israelitas, o povo escolhido de Deus dos tempos antigos, contudo, não deviam ser semelhantes
-