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  • O estabelecimento do antigo Estado de Israel

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  • O estabelecimento do antigo Estado de Israel
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1961
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1961
w61 1/2 pp. 73-76

O estabelecimento do antigo Estado de Israel

OS TRATOS de Jeová com o antigo “estado de Israel” foram apontados por Paulo como sendo “sombra de coisas vindouras”. Agora, em nossos dias, quando está tomando rapidamente forma o governo teocrático do novo mundo, os cristãos hodiernos estão vivamente interessados nas medidas legais tomadas pela Majestade Soberana para o estabelecimento do antigo governo típico. — Efé. 2:12; Col. 2:17, NM.

Conforme sabemos agora, Deus usou na produção deste novo estado, há uns trinta e quatro séculos, os processos legais aceitos sob os costumes patriarcais e de acordo com a justiça divina. Tomou-se uma medida “preliminar para produzir uma pessoa juridicamente aceitável aos olhos de Deus, com quem Jeová pudesse entrar num pacto básico, válido. Esta pessoa foi o patriarca Abraão. Depois de Jeová ter submetido Abraão a uma prova por dizer-lhe que abandonasse a sua terra natal de Ur, Jeová verificou que ele era fiel, e assim o reconheceu como “amigo” de Deus, declarando-o justo pela fé. — Tia. 2:23.

A promessa pactuada feita a Abraão começou quando Abraão completou o seu êxodo da Mesopotâmia por cruzar o rio Eufrates para a terra de Canaã, em 14 de Nisan de 1943 A. C. Mais tarde, em Canaã, este pacto foi ratificado segundo a lei patriarcal, quando tanto Abraão como Jeová passaram entre as metades de animais cortados ao meio para estabelecer a necessária base sacrificial, a fim de que este pacto fosse legalmente válido. Jeová tornou-se, então, legalmente o poderoso protetor e benfeitor de Abraão. A resultante sociedade patriarcal, desenvolvida em volta de Abraão, permaneceu nômade, não ficando sujeita a nenhuma das cidades-estados pagãs de Canaã. Por quê? Porque Abraão “esperava a cidade que tem verdadeiros fundamentos, da qual o edificador e criador é Deus”. — Gên. 12:1-5; 15:9-18; Heb. 11:10, NM.

Foi 215 anos depois que os descendentes de Abraão foram ao Egito para se tornarem servos de Faraó, em vista da falta de víveres na Palestina. No Egito, durante mais 215 anos, tornaram-se uma grande sociedade escrava. Antes de terminar este período, Jeová comissionou Moisés, na ‘sarça ardente’, a dar aviso a Faraó, no sentido de que Jeová estava para “remir” Israel de acordo com a lei patriarcal, a qual estabelecia que um parente chegado podia remir ou recuperar parentes que se tinham tornado escravos. “Dirás a Pharaó: Assim diz Jehovah: Israel é meu filho, meu primogenito. Eu te disse: Deixa ir meu filho, para que elle me sirva; mas tu recusaste deixai-o ir: eis que eu matarei a teu filho, teu primogenito.” Este aviso indicava que Jeová, como o remidor legítimo, usaria de força punitiva se Faraó recusasse deixar ir a Israel, “filho” legal de Deus sob o pacto abraâmico. — Gên. 46:1-7; Êxo. 6:2-7; 4:22, 23.

Visto que Faraó endureceu o seu coração contra Jeová, tornou-se necessário que o verdadeiro Deus usasse sua onipotência para libertar Israel pela força e assim fazer valer a sua reivindicação legal. Por meio da cobertura de sangue dos cordeiros pascoais, pouparam-se os primogênitos de Israel na noite de 14 de Nisan de 1513 A. C., exatamente 430 anos depois de Abraão ter completado seu êxodo da, Mesopotâmia, até no mesmo dia, e assim os israelitas começaram o seu próprio êxodo como povo liberto do Egito. Assim como Faraó tinha sido avisado, naquela mesma noite o Egito sofreu a perda dos seus primogênitos, tanto dos homens como dos animais. No choque final no Mar Vermelho, o Egito perdeu o seu exército numa derrota total e Israel continuou com seu êxodo como povo liberto de uns dois milhões de pessoas, pertencente ao Deus de Abraão. — Êxo. 12:13, 29, 40, 41; 14:27, 28.

FORMANDO O ESTADO

Segundo todo o direito, o povo de Israel tinha-se assim tornado a propriedade exclusiva de Jeová. Não era mais uma sociedade de escravos no Egito. Era numeroso demais para ser eficientemente organizado como sociedade patriarcal. Tomaram-se então medidas para formar o estado de Israel, com um governo teocrático. Jeová, através do mediador Moisés, propôs a seguir um pacto nacional, ao qual o povo disse unanimemente: “Tudo o que Jeová tem falado estamos dispostos a fazer.” No Monte Sinai, no meio duma inauguração espetacular, no terceiro mês depois da saída do Egito, em 1513 A. C., entrou em vigor o pacto da Lei, entre Jeová, o Teocrata, e o povo de Israel. Usou-se o sangue de touros e de bodes para aspergir o “livro do pacto”, representando o lado de Jeová, e daí se aspergiu o povo, como o outro partícipe, colocando assim uma base sacrificial para validar legalmente o pacto nacional. O pacto continha uma série básica de mandamentos, as Dez Palavras, e mais um código detalhado de cerca de seiscentas leis, estatutos, regulamentos e decisões judiciais. — Êxo. 19:8; 24:6-8; Deu. 5:22; 6:1, NM.

Houve um forte som de trombeta, sobrenatural, no Monte Sinai, indicando que se tornara efetivo o controle governamental por parte do Poder Soberano. O antigo estado de Israel tornou-se assim realidade, em 1513 A. C. Jeová foi o Governante Soberano direto sobre a nação, tendo o povo como súditos juramentados. Jeová foi seu Legislador, seu Juiz e seu Rei. O pacto da Lei, como constituição, não concedeu autoridade a nenhum homem ou corpo parlamentar de homens, nem mesmo a toda a nação reunida, quanto a fazer quaisquer novas leis ou alterar as antigas. O Soberano governante reservou exclusivamente para si o poder legislativo. Do mesmo modo, o Soberano reservou-se o derradeiro poder judicial. Jeová tornou-se a Corte Suprema, fazendo todas as decisões judiciais derradeiras e infalíveis. A constituição teocrática tampouco reconheceu a qualquer sumo magistrado hereditário, nem deu poder a alguém, nem mesmo à nação inteira, para eleger um governador supremo. Foi a prerrogativa especial de Jeová nomear a quem quisesse para guiar o povo como juiz, como seu administrador direto. Durante os primeiros quinhentos anos deste governo suscitaram-se muitos homens fiéis para guiar a nação conforme as circunstâncias do estado o exigiam, e eles realizaram muitas notáveis libertações para seus patrícios. — Êxo. 19:19; Isa. 33:22; Atos 7:35; 13:20.

O pacto da Lei como constituição, porém, continha provisões para uma futura dinastia de reis israelitas a ser escolhida no tempo devido de Jeová. Esta linhagem de reis começou com Davi, em 1077 A. C. Não se tratava de monarcas absolutos, assim como eram os reis pagãos vizinhos, nem deviam ser deificados e nem deviam reunir em si o cargo do sumo sacerdote com o de rei. A dinastia de reis constitucionais havia de ser mantida separada da dinastia de sumos sacerdotes. Outrossim, sua situação era a de reis associados, pois se sentavam no ‘trono de Jeová’, e não no seu próprio trono, e estavam em sujeição â vontade e direção governamental superior do verdadeiro Soberano do estado, o Rei Jeová. — Deu. 17:14, 15; 1 Crô. 29:23.

Debaixo deste novo governo teocrático, a idolatria não só se tornava uma grave ofensa moral, mas também um ato de traição contra o estado. A idolatria era a virtual rejeição da autoridade do seu reconhecido Soberano e Deus-Rei Significava cometer lesa-majestade. Era uma violação do pacto nacional, flagrante rebelião contra Deus. Portanto, segundo os princípios estabelecidos de todos os governos terrenos, tal lesa-majestade merecia a pena capital. O estado de Israel, por intermédio de suas autoridades e da comunidade, tinha o poder de aplicar a pena de vários modos aos violadores da lei, depois de terem sido achados culpados pelos tribunais. — Êxo. 20:2-5.

A fim de se lembrarem constantemente da sua relação com seu Deus, o Altíssimo; seu Rei, mandou que se erigisse uma tenda real no meio do acampamento deles. Posteriormente foi o suntuoso palácio real ou templo na capital, Jerusalém. Estas residências régias do Soberano Jeová estavam equipadas com todo o esplendor da realeza, ultrapassando os de qualquer potentado gentio terrestre. O palácio estava dividido em dois compartimentos. No quarto mais recôndito, o Santíssimo, havia o trono real, adornado com querubins de ouro. O trono era a tampa da arca do pacto, a qual, como arquivo real, continha os lembretes governamentais das duas tábuas de pedra das Dez Palavras, a vara de Aarão que brotara e a tigela de maná. O segundo compartimento era o equivalente ao salão de banquetes de gala, conhecido como o Santo. Nesta antecâmara havia uma mesa dourada com o pão da presença, servindo de mesa real, e se queimava diariamente incenso precioso. O pátio externo poderia ser considerado como cozinha real ao ar livre, onde se preparavam e queimavam os sacrifícios. Ali se tocava também música e se cantava, usando-se instrumentos e coros, parecido aos concertos durante as refeições dos monarcas orientais. — Heb. 9:1-5.

SACERDOTES E LEVITAS

O estado de Israel tinha também um sacerdócio oficial, que cabia de direito à casa paternal de Aarão, a cuja família se limitava a linhagem dos sumos sacerdotes. O Sumo Sacerdote Aarão e seus sucessores serviam como magistrados principais do tribunal e como primeiros-ministros do estado debaixo de Jeová, o Rei. Era o sumo sacerdote quem usava nas solenidades do estado, as suntuosas vestes oficiais e a coroa estatal de ouro, em cuja faixa brilhante se lia: “Santidade pertence a Jeová:” Ele usava também o peitoral que continha o Urim e o Tumim numa bolsa, para que pudesse receber o “sim” ou o “não” de Jeová com relação aos problemas estatais apresentados à Majestade divina no seu palácio. — Êxo. 28:4, 29, 30, 36, NM.

Os ministros ajudantes do sacerdócio eram os homens da tribo de Levi, separados por Jeová para os deveres do templo e outros serviços do estado. Estes levitas serviam como cortesãos, autoridades estatais e guardas do palácio. Eles cuidavam também das vestes e dos utensílios sagrados, eram os padeiros reais do pão da presença, ajudavam na preparação das ofertas de farinha e de cereais, cuidavam do tesouro e serviam como músicos e cantores do templo. Quando não serviam no palácio sagrado no seu turno semestral por uma semana nos deveres do templo, os subsacerdotes e levitas achavam-se espalhados pelo país como instrutores da lei; supervisionavam o recolhimento dos dízimos dos produtos aos diversos armazéns, ‘servindo como juízes locais nas muitas cidades e se encarregavam das seis cidades de refúgio. Este departamento do governo estatal de Israel era também responsável por impor a quarentena aos que tinham doenças contagiosas, para se preservar a saúde nacional. — Núm. 3:9, 10.

Finalmente, o pacto da Lei exigia que todos os hebreus masculinos, de certa idade, se apresentassem no palácio de Jeová cada ano, nas três grandes festas anuais. Tinham de trazer presentes (sacrifícios e dádivas) para render homenagem ao seu Deus-Rei. Outrossim, estes dias de renovação de seu compromisso de lealdade a Jeová deviam ser celebrados com festejos e alegria. A lei estipulava que o segundo dízimo fosse gasto nas despesas necessárias para estas celebrações felizes. — Deu. 16:16, 17; 14:22-26.

Havia também um grupo conselheiro de funcionários do estado composto dos príncipes da nação. Cada uma das doze tribos tinha o seu príncipe hereditário (sar). O sumo sacerdote servia às vezes como porta-voz deles, sendo considerado príncipe da décima terceira tribo de Levi. Também outros serviam como príncipes, tais como os governantes das divisões tribais de mil e de grupos menores do exército. Este grupo de príncipes não agia como parlamento, para promulgar ou cancelar leis. Eram apenas os servos administrativos que cumpriam as ordens e obedeciam às decisões já tomadas pelo Soberano divino. Os príncipes traziam as ofertas tribais a Jeová, proviam liderança militar, confirmavam os tratados já negociados, tais como o tratado feito com os gabaonitas, ouviram o caso judicial das filhas de Zelofeade, e, como comissão sob a chefia do sumo sacerdote, repreenderam a tribo de Rubem pela construção dum altar separado. Em tempos posteriores, o grupo dos príncipes dava conselho aos reis que se assentavam como administradores no trono de Jeová. — Núm. 1:16; Jos. 9:15; 17:4; 22:13-16.

Uma última particularidade destacada do antigo estado de Israel era que possuía um invisível príncipe angélico que lhe foi designado. A obediência à direção deste príncipe angélico fora ordenada pelo Soberano na constituição do pacto da Lei. “Eis que eu envio um anjo diante de ti, para que te guarde neste caminho, e te leve ao lugar que te tenho aparelhado. Guarda-te diante dele, e ouve a sua voz, e não o provoques à ira: porque não perdoará a vossa rebelião; porque o meu nome está nele.” A Bíblia identifica este príncipe como Miguel. Este anjo foi mais tarde transferido para a terra como humano, tornando-se Jesus Cristo, o prometido Messias. A história confirma que a sua liderança perita como príncipe angélico e como Messias foi rejeitada por Israel como um todo. — Êxo. 23:20, 21; Dan. 10:21, Al.

Durante os primeiros quarenta anos de sua existência, o estado de Israel governou uma sociedade nômade em movimento, no deserto de Sinai. Daí, em 1473 A. C., os israelitas entraram na terra de Canaã, prometida a Abraão, e a conquistaram de acordo com as ordens de seu Soberano e com a Sua ajuda.

Depois da morte de Josué, o povo de Israel desviou-se vez após vez de seu Deus-Rei, e partes de sua terra eram entregues aos seus inimigos; daí, depois do devido arrependimento, Jeová os libertava e fortalecia as operações do estado. Com o decorrer dos séculos, a sua iniqüidade tornou-se tão grande, que Jeová permitiu que os últimos vestígios do estado teocrático fossem totalmente destruídos em 607 A. C. Foi depois de 906 anos de sua existência contínua como estado que o governo teocrático deixou de existir na terra. Durou cinco vezes mais do que os Estados Unidos desde a sua independência, e mais do que as potências mundiais de Babilônia, Assíria, Medo-Pérsia e Grécia sob os seus respectivos príncipes demoníacos. O estado soberano independente não foi restabelecido em 537 A. C. Antes, estabeleceu-se uma comunidade hebraica debaixo duma suserania gentia, permitindo-se o funcionamento do pacto da Lei como estrutura legal secundária, subordinada às potências dominantes, não-israelitas. Todos os vestígios do funcionamento da inigualável lei antiga de Israel terminaram com a segunda queda de Jerusalém, no ano 70 E. C. — 2 Crô. 36:15-17.

Resta então a pergunta: Era este antigo estado de Israel “a cidade que tem verdadeiros fundamentos”, aguardada por Abraão? Não. O estado teocrático de Israel foi apenas “sombra” ou tipo da verdadeira “cidade”, da “Nova Jerusalém” celestial, do governo teocrático do novo mundo. Informe-se sobre este notável novo governo que terá de abranger a terra inteira com o seu governo e que durará para sempre. — Heb. 11:10, NM.

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