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Palavra, AAjuda ao Entendimento da Bíblia
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céu, João afirma que viu um cavalo branco, cujo cavaleiro era chamado “Fiel e Verdadeiro”, “A Palavra de Deus”, e “sobre sua roupa exterior, sim, sobre a sua coxa, ele tem um nome escrito: Rei dos reis e Senhor dos senhores”.
Por que o Filho de Deus é intitulado “A Palavra”
Um título amiúde descreve a função exercida ou o dever realizado pelo seu portador. Assim acontecia com o título Kal Hatze, que significava “a voz ou palavra do rei”, que era dado a um oficial abissínio. Com base em suas viagens de 1768 a 1773, James Bruce descreve os deveres do Kal Hatze como segue: Ele ficava em pé junto a uma janela coberta por uma cortina, através da qual, sem ser visto do lado de fora, o rei falava a este oficial. Ele então transmitia a mensagem às pessoas ou à parte interessada. Assim, o Kal Hatze atuava como a palavra ou voz do rei abissínio.
Lembre-se, também, de que Deus fez de Arão a palavra ou “boca” de Moisés, dizendo: “Ele tem de falar por ti ao povo; e tem de dar-se que ele te servirá de boca e tu lhe servirás de Deus.” — Êxo. 4:16.
De modo similar, o Filho primogênito de Deus sem dúvida atuava como a Boca ou Porta-voz de seu Pai, o grande Rei da Eternidade. Ele era a Palavra de comunicação de Deus para transmitir informações e instruções aos outros filhos espirituais e humanos do Criador. Antes da vinda de Jesus à terra, em muitas das ocasiões em que Deus falou com humanos, é razoável pensar-se que Ele utilizou a Palavra como seu porta-voz angélico. (Gên. 16:7-11; 22:11; 31:11; Êxo. 3:2-5; Juí. 2:1-4; 6:11, 12; 13:3) Visto que o anjo que guiava os israelitas pelo deserto tinha o ‘nome de Jeová dentro dele’, pode ter sido o Filho de Deus, a Palavra. — Êxo. 23:20-23.
Mostrando que Jesus continuava a servir como o Porta-voz ou Palavra de seu Pai durante seu ministério terrestre, ele disse a seus ouvintes: “Não falei de meu próprio impulso, mas o próprio Pai que me enviou tem-me dado um mandamento quanto a que dizer e que falar. . . . Portanto, as coisas que eu falo, assim como o Pai mas disse, assim as falo.” — João 12:49, 50; 14:10; 7:16, 17.
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PalestinaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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PALESTINA
Aquela terra situada no extremo oriental do Mediterrâneo, que certa vez foi ocupada pela antiga nação de Israel. Este nome se deriva do latim Palaestina, e do grego Palaistíne. Esta última palavra, por sua vez, se deriva do hebraico Pelésheth. Nas Escrituras Hebraicas, Pelésheth (traduzida em português como “Filístia”) só ocorre com referência ao limitado território costeiro ocupado pelos filisteus. (Êxo. 15:14; Sal. 60:8; 83:7; 87:4; 108:9; Isa. 14:29, 31; Joel 3:4) Heródoto, contudo, no século V AEC, e, mais tarde, outros escritores seculares (Filo, Ovídio, Plínio, Josefo, Jerônimo) empregaram os termos grego e latino para designar todo aquele território anteriormente conhecido como a “terra de Canaã” ou a “terra de Israel”. (Núm. 34:2; 1 Sam. 13:19) O imperador Vespasiano também descreveu este território como “Palestina”, em moedas que cunhou em comemoração da queda de Jerusalém em 70 EC. Uma vez que Jeová tinha prometido esta terra a Abraão e a seus descendentes (Gên. 15: 18; Deut. 9:27, 28), ela era também chamada apropriadamente de Terra Prometida ou a Terra da Promessa. (Heb. 11:9) Desde a Idade Média, tem sido chamada com freqüência de Terra Santa.
LOCALIZAÇÃO E LIMITES
Em certo sentido, a Palestina é o elo de conexão entre os continentes da Europa, da Ásia e da África. Isto a situava no centro de um círculo em torno do qual se localizavam as antigas potências mundiais do Egito, da Assíria, da Babilônia, da Pérsia, da Grécia e de Roma. (Eze. 5:5) Cercada por grandes desertos a E e ao S, e pelo Grande Mar ou Mediterrâneo, a O, a Palestina servia como uma ponte terrestre entre o Nilo e o rio Eufrates, ponte esta sobre a qual passavam caravanas que seguiam pelas rotas mundiais de comércio.
Os limites da Terra Prometida foram estabelecidos pelo próprio Jeová. Em seu sentido mais amplo, abrangia um território que se estendia “desde o rio do Egito até o grande rio, o rio Eufrates” (Gên. 15:18; Êxo. 23: 31; Núm. 34:1-12; Jos. 1:3, 4; 15:4), dimensões que só foram alcançadas durante os reinados de Davi e Salomão. Na maior parte da história de Israel estava envolvida uma área de controle muito menor.
Ao S, podia-se traçar uma linha imaginária desde a ponta S do mar Morto até o canto SE do Mediterrâneo, e, ao N, outra linha que ia das encostas S do monte Hermom até um ponto perto da cidade de Tiro. Entre estes limites de N a S, “desde Dã até Berseba” (1 Sam. 3:20; 2 Sam. 3:10), o país tinha c. 240 km de extensão. A latitude de sua capital, Jerusalém, era um pouco abaixo dos 32° N, aproximadamente a mesma latitude de Savannah, Geórgia, e Waco, Texas, FUA; Xangai, China, e Laore, Paquistão. Longitudinalmente, e com respeito aos fusos horários do mundo, Jerusalém se situava a 3.334 km, ou a duas horas e vinte e um minutos a E do meridiano de Greenwich, Inglaterra.
A largura da Palestina, de menos de um terço de seu comprimento, era um tanto indefinida, visto que não havia nenhuma fronteira fixa a E; os distritos de Gileade e de Basã gradualmente se fundiam com as estepes desoladas, pelas quais perambulavam tribos árabes nômades mais ou menos à vontade. Este território a E do Jordão tem sido calculado
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