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Abre-se o caminho para aumento em GibraltarA Sentinela — 1987 | 15 de outubro
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língua inglesa, e contribuíram para a formação de um grupo de estudo entre eles.
Um dos estudos bíblicos que iniciaram foi com Tim e Tracy, um jovem casal que morava numa dependência militar. Embora Tim tocasse trombone na banda, do regimento, ele decidiu devotar-se plenamente aos pacíficos interesses do Reino de Jeová. Os parentes fizeram pressão sobre o casal, instando-os a deixarem de se associar com as Testemunhas. Contudo, eles continuaram seu estudo bíblico e ficaram mais firmes na fé.
Tim pediu desligamento do serviço, embora tivesse originalmente se alistado para um período de seis anos. Quando o exame de seu caso parecia demorar desnecessariamente, Tim tomou a iniciativa de falar com o médico do exército e explicou a ele que a incerteza do futuro deles estava prejudicando a sua esposa. O médico cooperou e usou a sua influência para acelerar o processo. Dentro de pouco tempo Tim foi transferido de volta para a Inglaterra, junto com o seu regimento, onde finalmente conseguiu dar baixa. Agora, ambos servem como Testemunhas dedicadas.
Perspectivas Futuras
Com a fronteira aberta, as Testemunhas em Gibraltar também têm podido dar uma ajuda a congregações espanholas vizinhas. Elas pregam na famosa Costa del Sol, onde há muitas pessoas de língua inglesa.
Embora a “questão do Gibraltar” ainda não esteja resolvida do ponto de vista político, as Testemunhas de Jeová em Gibraltar e na Espanha estão totalmente unidas espiritualmente, como se dá em toda a terra. Elas depositam a sua confiança no ‘Rochedo’ cuja força é eterna, ecoando as palavras do salmista: “Vinde, gritemos de jubilo a Jeová! Brademos em triunfo à nossa Rocha de salvação.” — Salmo 95:1.
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Perguntas dos LeitoresA Sentinela — 1987 | 15 de outubro
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Perguntas dos Leitores
◼ Qual foi o erro de Moisés que lhe custou o privilégio de entrar na Terra da Promessa? Foi golpear a rocha, em vez de simplesmente falar a ela, ou foi ter ele deixado de glorificar a Jeová Deus?
Parece que o erro de Moisés envolvia mais do que simplesmente golpear a rocha em vez de falar a ela, conforme Deus ordenara.
Perto do fim de 40 anos de peregrinação, os israelitas acamparam em Cades-Barnéia, no ermo de Zim (ou Parã). Eles haviam acampado ali décadas antes, provavelmente porque três nascentes na região produzem um oásis verdejante, conforme visto na foto acompanhante. Nessa ocasião, contudo, a água era escassa, o que talvez significasse que o povo não podia encontrar muito alimento. Assim, eles altercaram com Moisés, o representante de Jeová, dizendo: “Por que nos conduzistes para fora do Egito, introduzindo-nos neste lugar mau? Não é lugar de semente, nem de figos, nem de videiras, nem de romãs, e não há água para se beber.” — Números 20:5.
Daí Deus disse a Moisés e a Arão: “Toma o bastão e congrega a assembléia, . . . e tendes de falar ao rochedo diante dos seus olhos para que deveras dê a sua água; e tens de fazer-lhes sair água do rochedo e dar de beber à assembléia e aos seus animais de carga.” (Números 20:8) O que aconteceu em seguida?
“Moisés e Arão convocaram a congregação diante do rochedo, e ele passou a dizer-lhes: ‘Ouvi, agora, rebeldes! É deste rochedo que faremos sair água para vós?’ Nisso Moisés ergueu sua mão e golpeou o rochedo duas vezes com o seu bastão; e começou a sair muita água.” — Números 20:10, 11.
Alguns notaram que Deus ordenara a Moisés e Arão que ‘falassem ao rochedo’, mas eles ‘golpearam o rochedo’. Será que essa diferença desagradou tanto a Jeová que ele disse a Moisés e a Arão que Ele não os permitiria conduzir Israel para a Terra da Promessa?
Parece que não. A verdade é que apenas alguns meses depois do Êxodo o povo já se queixara de falta de água. Isto foi perto do Monte Sinai (Horebe), num lugar que veio a ser chamado de Meribá (na área vista abaixo). Note o que Deus disse a Moisés naquela ocasião: “Estou em pé diante de ti ali na rocha em Horebe. E tens de golpear a rocha, e dela tem de sair água e o povo tem de beber dela.” (Êxodo 17:2-7; 33:6) Assim, quando em Cades Moisés foi mandado falar ao rochedo, ele talvez estivesse inclinado a fazer o que ele fizera antes sob a direção de Deus, mesmo que Deus intencionasse que falar ao rochedo seria suficiente.
Parece que algo mais levou ao julgamento de Deus contra Moisés e Arão. O que poderia ter sido? Moisés disse ao povo rixoso: “É deste rochedo que faremos sair água para vós?” O Salmo 106:33 nos dá algum esclarecimento sobre isso, pois mostra que Moisés agiu com espírito amargurado e que ‘falou precipitadamente com os seus lábios’. Com palavras iradas, ele chamou atenção a si mesmo e a Arão, em vez de Àquele que realmente poderia milagrosamente prover água. Assim, pouco antes de Moisés falecer na fronteira da Terra da Promessa, Deus referiu-se ao incidente em Cades-Barnéia e indicou que o erro de Moisés foi que ele deixara de ‘santificar a Deus diante dos olhos do povo’ — Números 27:12-14.
Podemos aprender uma lição disto. Ao passo que certamente é importante nos refrearmos de atos irados, é igualmente importante controlar o nosso temperamento, especialmente quando outros falham. Se nos permitirmos ficar excessivamente perturbados, podemos passar a encarar os servos de Deus em base humana, em vez de reconhecermos que ainda são “ovelhas” de Deus. Eles são imperfeitos e talvez façam coisas irritantes, é verdade, mas eles são “seu povo e ovelhas do seu pasto”. (Salmo 100:3) Deus permitiu que seu Filho morresse por estes, portanto, não devemos nós procurar ser pacientes com eles, entretendo-nos menos em como nos sentimos ou somos afetados e mais na posição deles para com Deus?
[Fotos na página 31]
Primavera num oásis ao redor duma das fontes na área de Cades-Barnéia.
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