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  • O emprestar dinheiro e o amor cristão

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  • O emprestar dinheiro e o amor cristão
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1983
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1983
w83 1/2 pp. 28-31

O emprestar dinheiro e o amor cristão

ALGUM tempo atrás, a filha de certo lavrador estava gravemente doente. Necessitava desesperadamente de tratamento, mas o homem era pobre e não tinha condições de levá-la a um médico. Na cidade onde moravam — como na maioria das cidades daquele país — havia um prestamista que emprestava dinheiro à razão de seis para cinco. A pessoa toma emprestado cinco mil cruzeiros e devolve no mês seguinte seis mil. O prestamista arrumou prontamente o dinheiro para o lavrador, mas, naturalmente, no mês seguinte o lavrador teve de começar a pagar os juros.

Como encararia esse arranjo? Seria próprio o cristão emprestar dinheiro a juros sob tais circunstâncias?

O apóstolo João disse a seus co-cristãos que eles não deviam “fechar a porta das suas ternas compaixões” para com seus irmãos necessitados. (1 João 3:17) E a lei que Deus deu aos israelitas dizia especificamente: “Não deves endurecer teu coração, nem fechar a mão para com o teu irmão pobre. Pois deves abrir generosamente tua mão para com ele e deves terminantemente emprestar-lhe sob caução tanto quanto ele necessita, de que carece.” — Deuteronômio 15:7, 8.

Assim, o prestamista fez bem em arranjar o dinheiro para o tratamento da menina doente. Pelo menos ela recebeu a medicação de que necessitava. Mas, havia outro aspecto da lei dada a Israel. Ela dizia: “Se emprestares dinheiro ao meu povo, ao atribulado ao teu lado, não deves tornar-te como agiota para ele. Não lhe deves impor juros.” (Êxodo 22:25) Por que os judeus não podiam emprestar dinheiro a juros uns aos outros?

Lembre-se de que originalmente a maioria dos judeus eram lavradores, não negociantes. Se um lavrador que estivesse cultivando as terras de seus ancestrais pedisse um empréstimo, isso se daria mui provavelmente por ele padecer necessidade. A lei presumia que aquele que pedia emprestado estaria “atribulado”. Talvez se acidentara, sua colheita fracassara, ou por alguma razão necessitava de dinheiro para sobreviver até a próxima colheita. Exigir juros sob tais circunstâncias seria tirar proveito do infortúnio dum irmão. Não mostraria amor, e os israelitas receberam o mandamento: “Tens de amar o teu próximo como a ti mesmo.” — Levítico 19:18.

Embora os cristãos não estejam mais sob essa lei antiga, ainda têm a obrigação de amar uns aos outros. Jesus disse: “Tens de amar o teu próximo como a ti mesmo.” (Mateus 22:39) Assim, o cristão, também, não deve querer tirar vantagem do infortúnio do seu irmão por exigir juros, quando este padece necessidade e pede um empréstimo.

O fato é que em tempos de necessidade os cristãos se ajudam mutuamente com mais do que empréstimos. Fazem donativos. No primeiro século, Paulo e Barnabé foram comissionados a levar donativos dos cristãos da Ásia Menor a seus irmãos da Judéia, que sofriam por causa duma fome. (Atos 11:29, 30) De modo similar, hoje, sempre que ocorre uma calamidade, os cristãos enviam donativos para ajudar seus irmãos.

Nesse mesmo espírito, Jesus instou: “Não te desvies daquele que deseja tomar emprestado de ti sem juros.” (Mateus 5:42) Assim, o cristão encara as dificuldades temporárias de seu irmão como oportunidade para demonstrar amor. Deve ajudá-lo no que estiver a seu alcance, até o ponto de dar coisas ou emprestar sem juros. Sem dúvida, se o prestamista mencionado no início aplicasse os princípios cristãos, teria encarado a coisa desse modo também.

RESTITUIÇÃO

Neste respeito, aquele que toma emprestado não está desobrigado. Paulo admoestou os cristãos: “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto que vos ameis uns aos outros.” (Romanos 13:8) Portanto, quem toma emprestado deve estar cônscio de sua obrigação de pagar a dívida tão logo seja possível. Não deve raciocinar que, em virtude do fato de que aquele que lhe emprestou o dinheiro é mais rico do que ele, não há necessidade de restituí-lo. Do mesmo modo, não deve esperar que um co-cristão, tal como um médico ou advogado, execute algum serviço pessoal sem reembolso.

Jesus disse: “Deixai simplesmente que a vossa palavra Sim signifique Sim, e o vosso Não, Não.” (Mateus 5:37) Em outras palavras, o cristão deve manter a palavra. Se tomar dinheiro emprestado e prometer devolvê-lo, ou de outra forma incorrer em dívida, deve fazer tudo que estiver ao seu alcance para pagar a dívida. Para ajudá-lo nisso, e para certificar-se de que não haja nenhum mal-entendido da parte de qualquer dos envolvidos, é sábio ter algo por escrito, que indique a quantia, o plano de pagamento, e assim por diante.

EMPRÉSTIMO A JUROS

É sempre desamoroso pedir juros? Não necessariamente. É digno de nota que, ao passo que os judeus não deviam cobrar juros de co-israelitas, era diferente com estrangeiros. “Podes fazer o estrangeiro pagar juros”, dizia a lei. (Deuteronômio 23:20) Por que a diferença? Porque um estrangeiro em Israel seria provavelmente um negociante, e o empréstimo seria presumivelmente para fins comerciais. Assim, era só razoável que aquele que emprestava o dinheiro participasse de quaisquer lucros resultantes, e podia fazê-lo por cobrar juros.

Jesus não objetava ao princípio de emprestar dinheiro a juros. Indicou isso numa de suas parábolas. Contou sobre um homem de nobre estirpe que se ausentou por algum tempo e confiou dinheiro aos seus escravos. Quando retornou, ajustou contas e verificou que a maioria dos escravos haviam investido o dinheiro e obtido lucro. Estes foram elogiados. Certo escravo, porém, não investira o dinheiro; portanto, não tinha nenhum rendimento para mostrar. Não o havia nem mesmo colocado num banco — emprestando-o na realidade a um banco para uso comercial — e cobrado juros. Esse escravo foi repreendido pelo amo. — Lucas 19:11-24.

Que dizer de hoje? Duas mulheres cristãs tinham um arranjo de negócios. Uma emprestava à outra o equivalente a Cr$ 5 mil todo dia. A que tomava o dinheiro emprestado comprava então alimento e o vendia na feira. No fim do dia, ela tinha cerca de Cr$ 6.250,00, dos quais dava Cr$ 5.250,00 àquela que lhe emprestara, e ficava com Cr$ 1 mil para si. Naquele país, Cr$ 1 mil não é salário incomum para um dia de trabalho.

Noutra parte do mundo, certo cristão operava um negócio de família. Devido ao avanço tecnológico, sabia que seu negócio em pouco tempo ficaria obsoleto. Mas, havia uma oportunidade de partir para outro campo. O único problema era que precisava de mais dinheiro. Portanto, tomou-o emprestado de um co-cristão e prometeu pagar certos juros sobre o empréstimo cada mês.

Será que qualquer desses arranjos contradiz o espírito da lei de Deus dada aos israelitas, de que não deviam cobrar juros uns dos outros? De modo algum! Quando a pessoa não padece de necessidade urgente, mas deseja obter um empréstimo — talvez para fins comerciais — não há motivo para que aquele que empresta não cobre juros. Quanto de juros? Isso dependerá, entre outras coisas, do tipo do empréstimo que estiver sendo feito, do que ambas as partes concordarem, e da lei do país. No primeiro arranjo mencionado há pouco, 5 por cento de juros por dia talvez pareça muito alto. Todavia, a pessoa que tomava o dinheiro emprestado lucrava 25 por cento e tinha prazer em partilhar parte disso com aquela que lhe emprestava.

Naturalmente, se mais tarde surgirem problemas, não parece razoável que a devedora se queixe de que os juros são muito altos, caso tenha concordado livre e espontaneamente com tal porcentagem no início. Mais uma razão para mostrar que é sábio ter os termos do empréstimo por escrito, a fim de evitar posteriores mal-entendidos.

OPORTUNIDADES DE MOSTRAR AMOR

Quando tais transações correm suavemente, podem ser benéficas para todos os envolvidos. Mas, vivemos num mundo incerto, e as coisas muitas vezes saem erradas. Por exemplo, que aconteceria se a senhora anteriormente mencionada, que emprestava Cr$ 5 mil todo dia, fosse roubada? Ou, suponhamos que na transação entre os dois homens o empreendimento não saísse como esperado e o devedor não tivesse condições de pagar os juros prometidos?

A Bíblia não fornece regras quanto a como se deve tratar tais problemas, mas a obrigação ainda se aplica: “Tens de amar o teu próximo como a ti mesmo.” (Mateus 22:39) Se ambas as partes contrabalançarem uma genuína preocupação para com os interesses uma da outra, com espírito de sabedoria prática, encarando a situação realisticamente e aceitando recomendações razoáveis, geralmente o assunto pode ser resolvido de maneira bem satisfatória.

Certamente, o apóstolo Paulo não recomendava que os cristãos levassem seus irmãos ao tribunal por motivos financeiros. Ele disse: “Realmente, então, significa ao todo uma derrota para vós que tendes litígios entre vós. Por que não deixais antes que se vos faça injustiça? Por que não vos deixais antes defraudar?” — 1 Coríntios 6:7.

O cristão devedor, não sendo ‘ávido de ganho desonesto’, devia querer pagar sua dívida. (1 Timóteo 3:8) A Bíblia nos diz que “o iníquo toma emprestado e não paga de volta”. (Salmo 37:21) Mesmo que surjam dificuldades inesperadas, ainda assim não quer ser classificado entre os ‘iníquos’. Deve querer ser alguém que ‘não deve coisa alguma a ninguém’, exceto o amor. (Romanos 13:8) Portanto, deve agir com honra e não buscar brechas legais para fugir de suas obrigações.

Por outro lado, a pessoa que empresta precisa ser realista quanto a suas expectativas. Compreende que fazer empréstimos envolve certa medida de risco. Assim, não devia fazer muitíssima pressão sobre o devedor. Pode ser que a pessoa simplesmente não tenha dinheiro para pagar. Muitos cristãos, em tais situações, mostraram que ‘não são amantes do dinheiro’ por estender o prazo para os pagamentos ou por aceitar um acordo sensato e razoável. (1 Timóteo 3:3) Alguns cancelaram a dívida toda.

A menção dos problemas que podem surgir de se tomar emprestado ou de se emprestar dinheiro suscita uma pergunta adicional: “É realmente necessário?” A Bíblia não condena tomar dinheiro emprestado quando isso se faz necessário. Mas, amiúde não é esse o caso. Muitas vezes o “desejo dos olhos” é mais forte que o poder da carteira, e as pessoas tomam dinheiro emprestado para comprar luxos que realmente não necessitam. (1 João 2:16) No fim, a conta precisará ser paga. Portanto, a Bíblia adverte francamente: “Quem toma emprestado é servo do homem que empresta.” — Provérbios 22:7.

Entretanto, quando o emprestar ou o tomar emprestado se faz necessário entre cristãos, isso amiúde oferece a oportunidade de se demonstrar qualidades cristãs. Por exemplo, o desejo sincero de cumprir as obrigações, a profunda preocupação com o bem-estar de outros e a evitação do amor ao dinheiro contribuirão para assegurar que o empréstimo de dinheiro seja feito com amor cristão. Dessa maneira será obedecida a injunção bíblica: “Que todos os vossos assuntos se realizem com amor.” — 1 Coríntios 16:14.

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