BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • w65 1/8 pp. 468-470
  • O Concílio do Vaticano reafirma a realidade do inferno

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • O Concílio do Vaticano reafirma a realidade do inferno
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1965
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • O QUE ENSINA A BÍBLIA?
  • TEM PREMISSA NUM ENSINO FALSO
  • Um inferno gélido
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1964
  • Qual é o destino dos iníquos?
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1961
  • Será que o inferno de fogo existe? O que a Bíblia diz sobre o inferno?
    Perguntas Bíblicas Respondidas
  • O que aconteceu ao inferno de fogo?
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 2002
Veja mais
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1965
w65 1/8 pp. 468-470

O Concílio do Vaticano reafirma a realidade do inferno

O INFERNO não é assunto popular. É por isso que os teólogos e os clérigos em geral o ignoram. Assim, um dos principais pregadores protestantes da cidade de Nova Iorque indicou em seu livro Heaven and Hell (Céu e Inferno) que o assunto não servira de tema para nenhum sermão em sua igreja durante cerca de sessenta anos, sendo ela uma das igrejas maiores e mais elegantes da cidade.

Por causa, aparentemente, desta relutância por parte do clero de pregar sobre o inferno como lugar de tormento eterno, o Segundo Concílio do Vaticano, em sua terceira sessão, sentiu-se obrigado a reafirmar a crença católico-romana na realidade do inferno como lugar de tormento eterno. Assim, noticiou um despacho da UPI: “O Concílio Ecumênico . . . votou quatro vezes, quase que unanimemente, aprovar um texto que exige a consciência diária do futuro da igreja no céu. O texto, que será o Capítulo 7 dum tratado sobre a igreja, foi emendado para reafirmar a realidade do inferno como lugar de punição eterna para os pecados.” — Democrat and Chronicle, Rochester, Nova Iorque, de 20 de outubro de 1964.

Apenas uma semana depois, o Times de Nova Iorque noticiou que certo prelado no Concílio dissera ademais sobre este assunto: “Muitos milhões de pessoas deixam de entender como se possa esperar que Deus, o Pai, condene uma pessoa ao inferno por toda a eternidade por tal coisa como comer carne na sexta-feira, colocando assim tal pessoa na mesma categoria que o ateu adúltero. A mentalidade responsável por tal legislação parece ser mais legalista do que genuinamente religiosa, e faz da Igreja motivo de chacota.” Note, porém, que o prelado não objeta ao ensino do tormento eterno, mas sim ao que faria merecer tal punição.

E o que é exatamente a “realidade do inferno”? Ao passo que há desacordo entre os teólogos católico-romanos quanto à natureza do sofrimento no inferno, estão de acordo que é intenso e que dura para sempre, pela eternidade. Quanto à natureza do sofrimento, notável porta-voz da Igreja Católica Romana nos Estados Unidos diz: “As pessoas no inferno estão completa e irremediavelmente perdidas . . . Têm de continuar a viver uma vida completamente frustrada e miserável. Pareceria quase impossível que se pudesse acrescentar algo ao sofrimento que aflige os perdidos por motivo da perda de Deus. É, de muito, a pior face do quadro do que significa ser uma alma perdida . . . Nosso Senhor repetidas vezes escolheu a palavra ‘fogo’ para descrever a causa do sofrimento no inferno. A Igreja Católica sempre tem entendido em Suas palavras a expressão de fogo real que influiria nas almas perdidas e que faria que sentissem dor semelhante à que sentimos agora quando somos queimados pelo fogo. . . . O fogo do inferno [no entanto] não se extingue jamais, nem dá luz e não destrói.” — What Happens After Death (O Que Acontece Depois da Morte), Supremo Conselho, Cavaleiros de Colombo.

O QUE ENSINA A BÍBLIA?

O que dizer de todo este ensino a respeito dum inferno ardente literal em que os pecadores serão eternamente atormentados? Será que a Bíblia ensina tal doutrina?

Não, ela não ensina! No começo, Deus avisou Adão de que “no dia em que dele [da árvore do conhecimento do bem e do mal] comeres, morrerás indubitavelmente”, e não falou do tormento eterno. E quando o homem desobedeceu, Deus não alterou aquela lei ex post facto, depois da ação ter sido feita, mas disse a Adão: “Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que foste tirado; porque és pó, e em pó te hás de tornar.” Deus não disse a Adão que ele iria para um inferno ardente, mas que retornaria ao pó da terra. — Gên. 2:17; 3:19.a

Por ter Adão pecado voluntária e inescusavelmente, trazendo por este pecado a morte à inteira raça humana, Adão voltou — para onde? Para o tormento eterno? Por certo que não! Mas, para onde estava antes de ter sido criado. E onde estava Adão antes de ser criado? No estado de não-existência, como pó sem vida da terra. Portanto, se haveria de retornar para onde estava antes, onde ficaria ele? Num inferno ardente, sofrendo conscientemente o tormento indescritível? Não, mas num estado de inexistência. Em outras palavras, Adão foi destruído quando morreu. Isto se harmoniza com as palavras do salmista: “O Senhor vela por aqueles que o amam, mas exterminará os que são maus.” Quando Adão pecou deliberadamente, seu fim seria ser ‘exterminado’ por Deus, e ele morreu, depois de 930 anos de vida. — Sal. 144:20 (Sal.145:20, Al).

Arrazoemos sobre o assunto. A Bíblia nos diz que a vida é uma dádiva de Deus. E contrasta, não a vida no céu com a vida no inferno, mas a vida e a ausência de vida, a morte: “Tomo hoje por testemunhas o céu e a terra contra vós ponho diante de ti a vida e a morte.” (Deu. 30:19) Ao ser criado e receber o fôlego da vida, Adão recebeu a dádiva de vida. Mas, por motivo de deixar de apreciá-la, conforme indicado pelas suas ações, Deus a tirou dele.

É perfeitamente justo e razoável o dador ligar certas condições à dádiva, e a condição que Deus ligou à dádiva de vida era a obediência. Não se tratava de condição injusta e desarrazoada. Por ter Adão deixado de manter tal condição, Deus retirou sua dádiva de vida, resultando isto na morte de Adão, e Eva. Quanto à sua descendência, visto que os pais não podiam transmitir a seus filhos o que eles mesmos não tinham, estes nasceram com a herança do pecado que conduz à morte. Tudo isto se harmoniza com a regra: “O salário do pecado é a morte” — não o tormento eterno; “O dom de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, Nosso Senhor.” — Rom. 6:23.

Este princípio é observado nas leis de Deus dadas a Israel. A mais severa punição por qualquer crime era a morte por apedrejamento, que era comparativamente misericordiosa, visto que uma pedra na cabeça era suficiente para deixar inconsciente o condenado. Depois da morte, o corpo talvez fosse pendurado numa arvore qual aviso, ou, no caso dum criminoso notório, era queimado. Mas, não se infligia nenhum tormento duradouro até aos pecadores voluntários. Para os crimes menores, havia multas e, às vezes, açoites, com um chicote ou correia de couro, não excedendo quarenta. O próprio fato de que Deus limitou estas chicotadas mostrava que não era Deus que infligisse sobre ninguém o tormento eterno. — Deu. 25:3.

Talvez se pergunte: Que tipo de pecado mereceria o tormento eterno? Até as instituições humanas proíbem punições cruéis e incomuns. Será o homem mais amoroso e justo do que Deus? O próprio princípio de Deus de olho por olho e vida por vida eliminaria o tormento eterno. Que pecado poderia merecer uma eternidade de tortura? Além disso, que bem poderia resultar ou resultaria disso? Destruir o iníquo é livrar-se de lixo ruim, pode-se dizer, mas, que proveito se tem de preservá-lo e atormentá-lo para sempre? — Deu. 32:4; 1 João 4:8.

Mais do que isso, a Bíblia nos diz que “No princípio, Deus criou os céus e a terra”. Se o inferno é outro lugar, como é que não lemos sobre ele ter sido criado? E, se foi criado, quando foi? Antes de Adão pecar? — Gên. 1:1.

Mas, talvez alguém pergunte: Não se referem as Escrituras à punição por meio de fogo? Sim, Jesus se refere a isso em suas parábolas ou ilustrações, e também ‘o faz o livro de Revelação. Mas, notemos que em todos esses casos se usa linguagem altamente figurada. Por exemplo, na parábola do rico e do Lázaro, representa-se Lázaro como sendo tomado ao seio de Abraão. Literalmente? Por certo que não! Então, tampouco é literal o tormento ardente do rico. O mesmo se dá com a observação feita por Jesus: “Se o teu olho for para ti ocasião de queda, arranca-o; melhor te é entrares com um olho de menos no reino de Deus do que, tendo dois olhos, seres lançado à geena do fogo [no fogo do inferno, Soares], onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga.” Assim como Jesus não queria dizer que arrancássemos literalmente nossos olhos, assim ele se referiu ao “fogo do inferno” de modo simbólico. — Mar. 9:47, 48 (9:46, 47, So; Al); Luc. 16:19-31.

Mas, por que usou Jesus tal ilustração? Em Marcos 9:46, 47, referiu-se ao vale chamado Geena, a palavra grega ali traduzida “inferno”. Nele, o lixo da cidade era jogado, e alguns dizem que os corpos ou restos mortais de criminosos que não se consideravam merecedores de enterro decente, nem dignos duma ressurreição, eram também jogados naquele lugar. Portanto, ser Lançado na Geena ardente simbolizava ser eternamente destruído, sem esperança duma ressurreição. Uma expressão paralela a essa de Jesus é encontrada em Isaías 66:24, que mostra que dos “restos mortais”, é que “o verme deles não morrerá e seu fogo não se extinguirá, e . . . serão um espetáculo horripilante”.

TEM PREMISSA NUM ENSINO FALSO

O fato é que o ensino falso do tormento eterno tem premissa num outro ensino falso, a saber, que o homem possui alma imortal. A Bíblia diz: “O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe no rosto um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente” ou alma. (Gên. 2:7) Portanto o homem é uma alma, e Ezequiel 18:4 torna claro que a alma pode morrer, dizendo-nos que “é o culpado (a alma que pecar, Soares) que morrerá”. Portanto, visto que o homem é uma alma, e visto que, quando morre o homem, a alma morre, não pode haver tormento eterno para o homem após a morte, pois é impossível atormentar uma pessoa morta.b Conforme lemos em Eclesiastes 9:5: “Os mortos não sabem mais nada; para eles não há mais recompensa.” Se não sabem mais nada, não podem sentir-se ‘completamente frustrados e miseráveis’. Ademais, as Escrituras nos falam de várias pessoas que morreram e que retornaram do túmulo, mas nenhuma delas contou suas experiências, que certamente teriam acontecido se tivessem ficado cônscias depois da morte!

Portanto, podemos ver que, ao passo que o Concílio do Vaticano talvez reafirme sua crença na realidade do inferno qual lugar de tormento eterno, a doutrina não é ensinada nas Escrituras. O que é mais, o ensino não é razoável nem justo nem amoroso, sendo que a Bíblia nos assegura que Deus é tudo isso!

[Nota(s) de rodapé]

a Todas as citações são da Tradução do Centro Bíblico Católico de São Paulo.

b Para a consideração pormenorizada deste ponto, veja-se o artigo “A Morte e o Hades Entregarão os Mortos”, em duas partes, neste exemplar de A Sentinela.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar