BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • w85 1/5 pp. 25-28
  • Perspicácia derivada dos dois livros dos Reis

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Perspicácia derivada dos dois livros dos Reis
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1985
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • Comparação Desfavorável
  • A Glória do Rei Salomão
  • Alusões aos Profetas
  • Outros Ecos dos Livros de Reis
  • Livro bíblico número 11 — 1 Reis
    “Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa”
  • Uma visita muito recompensada
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1999
  • Reis, Livros Dos
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
  • Perguntas dos Leitores
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 2003
Veja mais
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1985
w85 1/5 pp. 25-28

Perspicácia derivada dos dois livros dos Reis

CERTA ocasião, ao falar em sua cidade, Nazaré, Jesus disse algo que provocou uma reação surpreendentemente forte. Pelo visto, os habitantes de Nazaré se perguntavam do motivo de ele não ter realizado ali tantos milagres quanto em outras cidades. Ao dizer-lhes o motivo, Jesus usou dois exemplos da Bíblia. Eis o que ele disse:

“Deveras, eu vos digo que nenhum profeta é aceito no seu próprio território. Por exemplo, em verdade vos digo: Havia muitas viúvas em Israel nos dias de Elias, quando o céu ficou fechado por três anos e seis meses, de modo que sobreveio grande fome a toda a terra, contudo, Elias não foi enviado a nenhuma destas mulheres, mas apenas a Sarefá, na terra de Sídon, a uma viúva. Havia também muitos leprosos em Israel, no tempo de Eliseu, o profeta, contudo, nenhum deles foi purificado, a não ser Naamã, o homem da Síria.” (Lucas 4:24-27) Diante dessas palavras, os que ouviam ficaram cheios de ira e tentaram matar a Jesus. Por que reagiram de forma tão violenta?

Para encontrarmos a resposta, teremos de recorrer às Escrituras Hebraicas e ler as histórias de Elias e de Eliseu. Os cristãos do primeiro século estavam plenamente familiarizados com esses livros, e o mesmo se dava com os ouvintes judeus. Em numerosas ocasiões, os escritores cristãos da Bíblia referiram-se a eventos e a personagens desses livros anteriores, com o fim de ilustrar algum ponto, assim como Jesus fez aqui. Tais referências foram reconhecidas e compreendidas instantaneamente pelos ouvintes. Se havemos de compreender cabalmente o ponto dos ensinos de Jesus, também precisaremos reconhecer essas referências.

A verdade é que é impossível entender cabalmente as Escrituras Gregas Cristãs a menos que estejamos familiarizados com as Escrituras Hebraicas. As histórias dos profetas a que Jesus se referiu, Elias e Eliseu, estão registradas nos dois livros dos Reis. Consideremos esses dois livros para ilustrar este ponto e ver como o conhecimento deles nos proporciona um entendimento mais profundo e mais vívido das Escrituras Gregas Cristãs.

Comparação Desfavorável

Em primeiro lugar, por que ficaram tão transtornados os habitantes de Nazaré quando Jesus fez menção de dois milagres realizados mais de 900 anos antes por Elias e por Eliseu? Bem, Jesus estava obviamente comparando os nazarenos com os israelitas do reino setentrional de Israel, durante os dias de Elias e de Eliseu, e, de acordo com os dois livros dos Reis, Israel não se encontrava naquele tempo numa boa condição espiritual. Os israelitas se haviam entregado à adoração de Baal e perseguiam os profetas de Jeová. Elias estava na verdade fugindo de seus próprios patrícios quando certa viúva de Sarefá, num país estrangeiro, acolheu-o e o alimentou. Foi nessa ocasião que ele realizou o milagre mencionado por Jesus. (1 Reis 17:17-24) Israel ainda estava corrompido pela adoração de Baal, quando Eliseu curou a lepra do chefe do exército sírio. — 2 Reis 5:8-14.

Os habitantes de Nazaré não apreciaram ser comparados com os judeus paganizados daqueles dias. Era justificada a comparação de Jesus? É evidente que sim. Assim como a vida de Elias corria perigo em Israel, a vida de Jesus agora também corria perigo. O registro nos conta: “Todos os que ouviam estas coisas na sinagoga ficaram cheios de ira; e levantaram-se e o conduziram às pressas para fora da cidade, e o levaram à beirada do monte em que se situava a sua cidade, a fim de o lançarem de cabeça para baixo.” Mas Jeová protegeu a Jesus, assim como havia protegido anteriormente a Elias. — Lucas 4:28-30.

A Glória do Rei Salomão

Esse é um exemplo de como os dois livros dos Reis complementam, por assim dizer, as palavras de Jesus e dos primitivos cristãos. Considere outro exemplo. Jesus, no seu Sermão do Monte, incentivou os ouvintes a confiar em Jeová na questão das necessidades materiais. Entre outras coisas, ele disse: “Também no assunto do vestuário, por que estais ansiosos? Aprendei uma lição dos lírios do campo, como eles crescem; não labutam nem fiam; mas eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestia como um destes.” (Mateus 6:28, 29) Por que se referiu Jesus aqui a Salomão?

Os ouvintes judaicos teriam sabido, pois estavam familiarizados com a glória de Salomão. Esta é descrita até certo ponto no livro Primeiro dos Reis (bem como no Segundo das Crônicas). É provável que se lembrassem, por exemplo, de que o alimento cada dia para a casa de Salomão “mostrou ser regularmente trinta coros de flor de farinha e sessenta coros de farinha, dez cabeças de gado vacum cevado e vinte cabeças de gado vacum de pasto, e cem ovelhas, além de alguns veados, e gazelas, e corços, e cucos cevados”. (1 Reis 4:22, 23) Isso era muito alimento.

Além disso, o peso em ouro que Salomão recebeu em um ano ascendeu a “seiscentos e sessenta e seis talentos de ouro”, bem mais de 1 trilhão de cruzeiros em moeda corrente. E todos os ornamentos da casa de Salomão eram de ouro. “Não havia nada de prata; nos dias de Salomão não se lhe dava nenhuma importância.” (1 Reis 10:14, 21) Ao passo que Jesus desencadeava as recordações deles dessas coisas, os ouvintes entenderam rapidamente o ponto que ele salientava.

Jesus fez menção de Salomão em outro contexto. Certos escribas e fariseus haviam exigido que ele realizasse um sinal, e Jesus respondeu: “A rainha do sul será levantada no julgamento com esta geração e a condenará; porque ela veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão, mas, eis que algo maior do que Salomão está aqui.” (Mateus 12:42) Por que foi essa menção forte censura para os líderes religiosos que ouviam?

Se estivermos familiarizados com o primeiro livro dos Reis, saberemos que “a rainha do sul” era a rainha de Sabá. Ela era claramente grande dama e rainha dum domínio rico. Ao visitar Salomão, trouxe consigo “um séquito bem impressionante”, óleo caro, e “muitíssimo ouro e pedras preciosas”. (1 Reis 10:1, 2) Conversações pacíficas entre governantes nacionais são geralmente realizadas mediante embaixadores. Portanto, foi algo incomum a rainha de Sabá, monarca reinante, viajar pessoalmente até Jerusalém para ver o Rei Salomão. Por que fez isso?

O Rei Salomão era muito rico, mas a rainha de Sabá também era. Ela não teria empreendido tal viagem só para ver um monarca rico. Entretanto, Salomão não só era rico, mas “era maior em riquezas e em sabedoria do que todos os outros reis da terra”. (1 Reis 10:23) Sob seu sábio governo, “Judá e Israel continuaram a morar em segurança, cada um debaixo da sua própria videira e debaixo da sua própria figueira, desde Dã até Berseba, todos os dias de Salomão.” — 1 Reis 4:25.

Foi a sabedoria de Salomão que atraiu a rainha de Sabá. Ela “ouvira as notícias a respeito de Salomão em conexão com o nome de Jeová. Por isso ela veio para pô-lo à prova com perguntas difíceis”. Quando chegou a Jerusalém, “foi ter com Salomão e começou a falar-lhe sobre tudo o que veio a ter no coração. Salomão, por sua vez, informava-a sobre todos os assuntos dela. Não se mostrava haver nenhum assunto oculto ao rei, que ele não lhe comunicasse”. — 1 Reis 10:1-3.

Jesus também possuía notável sabedoria “em conexão com o nome de Jeová”. De fato, ele era “mais do que Salomão”. (Lucas 11:31) A rainha de Sabá, que não era judia, fez uma viagem longa e inconveniente só para ver pessoalmente a Salomão e tirar proveito de sua sabedoria. Assim, certamente os escribas e fariseus deviam ter ouvido com apreço aquele que era “maior do que Salomão” enquanto estava bem ali na frente deles. Mas, não o fizeram. “A rainha do sul” apreciava a sabedoria dada por Deus bem mais do que eles.

Alusões aos Profetas

Durante o período da história abrangido nos livros de Primeiro e Segundo dos Reis, os governantes do reino das 12 tribos — e mais tarde dos reinos divididos de Israel e Judá — eram reis. Nessa época os profetas de Jeová estiveram bem ativos entre o Seu povo. Dentre estes destacaram-se Elias e Eliseu, a quem já mencionamos. A referência de Jesus a eles em Nazaré não foi a única vez que foram mencionados nas Escrituras Gregas Cristãs.

O apóstolo Paulo, em sua carta aos cristãos hebreus, escreveu sobre a fé dos servos de Deus nos tempos antigos, e, como exemplo disso, disse: “Mulheres receberam os seus mortos pela ressurreição.” (Hebreus 11:35) Sem dúvida, ele tinha em mente Elias e Eliseu, ambos os quais foram usados para realizar ressurreições. (1 Reis 17:17-24; 2 Reis 4:32-37) Quando três dos apóstolos de Jesus tornaram-se ‘testemunhas oculares da magnificência de Jesus’ durante a transfiguração, viram Jesus conversar com Moisés e Elias. (2 Pedro 1:16-18; Mateus 17:1-9) Por que foi Elias escolhido para representar a linhagem dos profetas pré-cristãos que deram testemunho de Jesus? Se ler o relato de Primeiro dos Reis, e ver sua grande fé e a forma poderosa em que foi usado por Jeová, entenderá a resposta.

Não obstante, Elias era realmente apenas uma pessoa comum como nós. Tiago referiu-se a outro evento de Primeiro dos Reis, quando escreveu: “A súplica do justo, quando em operação, tem muita força. Elias era homem com sentimentos iguais aos nossos, contudo, em oração, ele orou para que não chovesse; e não choveu no país por três anos e seis meses. E ele orou novamente, e o céu deu chuva e a terra produziu os seus frutos.” — Tiago 5:16-18; 1 Reis 17:1; 18:41-46.

Outros Ecos dos Livros de Reis

Muitas outras referências das Escrituras Gregas Cristãs contêm ecos dos dois livros dos Reis. Estêvão lembrou ao Sinédrio judaico que Salomão construiu uma casa para Jeová em Jerusalém. (Atos 7:47) Muitos dos pormenores dessa obra de construção encontram-se no primeiro livro dos Reis. (1 Reis 6:1-38) Quando Jesus falou a certa mulher em Samaria, esta lhe disse surpresa: “‘Como é que tu, apesar de ser judeu, me pedes de beber, quando eu sou mulher samaritana?’ (Porque os judeus não têm tratos com os samaritanos.)” (João 4:9) Por que motivo os judeus não tinham tratos com os samaritanos? O relato de Segundo dos Reis, que descreve a origem desse povo, lança luz no assunto. — 2 Reis 17:24-34.

Certa carta encontrada no livro de Revelação, dirigida à congregação de Tiatira, contém o seguinte forte conselho: “Não obstante, tenho contra ti que toleras aquela mulher Jezabel, que se chama profetisa, e ela ensina e desencaminha os meus escravos para cometerem fornicação e para comerem coisas sacrificadas a ídolos.” (Revelação 2:20) Quem foi Jezabel? A filha dum sacerdote de Baal, em Tiro. Conforme nos diz o primeiro livro dos Reis, ela casou-se com o Rei Acabe de Israel e tornou-se rainha de Israel. Dominando o marido, ela introduziu a adoração de Baal no Israel que já era apóstata, trouxe para o país um grande número de sacerdotes de Baal e perseguiu os profetas de Jeová. Por fim, ela sofreu uma morte violenta. — 1 Reis 16:30-33; 18:13; 2 Reis 9:30-34.

A mulher que demonstrava ter o espírito de Jezabel na congregação de Tiatira procurava evidentemente ensinar a congregação a praticar a imoralidade e a violar as leis de Deus. Tal espírito tinha de ser eliminado da congregação, assim como a família de Jezabel teve de ser eliminada da nação israelita.

Sim, precisamos das Escrituras Hebraicas a fim de compreendermos as Escrituras Gregas Cristãs. Muitos detalhes não teriam significado sem o fundo histórico provido pelas Escrituras Hebraicas. Jesus e os primitivos cristãos, bem como os judeus a quem falavam, estavam plenamente familiarizados com elas. Por que não toma tempo para familiarizar-se igualmente bem com elas. Dessa forma tirará o mais pleno proveito de “toda a Escritura”, que é “inspirada por Deus e proveitosa para ensinar”. — 2 Timóteo 3:16.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar