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  • Solucionará a ciência realmente seus problemas?
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1975
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  • SOLUCIONAR PROBLEMAS REQUER RACIOCÍNIO CLARO
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1975
w75 15/8 pp. 481-487

Solucionará a ciência realmente seus problemas?

“PODEMOS solucionar nossos problemas . . .”, gabou-se certo redator científico, estadunidense, no ano passado.

Antigamente, tal declaração talvez fosse aceita sem disputa, pois, até recentemente, a história da ciência parecia ser uma brilhante história de bom êxito. Mas, a década dos 1960 e o começo da dos 1970 trouxeram um período de desencanto.

É verdade que a ciência tem feito progressos notáveis. Não obstante, apesar de suas tentativas, muitas vezes sinceras, de impedi-la, a fome rói mais estômagos do que nunca. O equipamento “científico” para o combate do crime não reduziu a criminalidade; antes, esta tem continuado a aumentar vertiginosamente e a espalhar-se dos guetos urbanos para as zonas rurais, antigamente sossegadas. O ar e a água estão sendo sujados por substancias que poluem. Para alguns, a ciência leva também a culpa por dar aos mísseis um poderio espantoso e apontá-los contra as maiores cidades do mundo.

Assim, neste ano de 1975, nem mesmo os que antes promoviam a ciência estão agora muito certos de seu potencial para o bem. Observam que ela se tornou uma mistura de algumas bênçãos com um excesso de males. No entanto, estas falhas realmente giram em torno de uma fraqueza central ou principal. E esta fraqueza não é nova, mas apenas mais evidente em face dos atuais problemas globais.

Esta falta primária é identificada no livro bíblico de Jó, escrito há mais de 3.400 anos atrás. Jó observou a diligência científica do homem, inclusive seu engenho em minerar as profundezas da terra para tirar dela suas riquezas. Mas, o que disse Jó sobre o que estava faltando? Lemos:

“Mas a sabedoria — onde pode ser achada, e onde, então, é o lugar da compreensão?” — Jó 28:12.

Verdadeira sabedoria — este foi e é o ingrediente que tem faltado na ciência. Esta precisa de orientação e direção correta. Ou, conforme isso foi expresso por Milton Katz, da Universidade de Harvard: “A dificuldade não está na tecnologia. A dificuldade está no modo em que usamos nossa tecnologia.”

A sabedoria, a capacidade de usar de modo certo aquilo que a ciência descobriu, precisa vir de fora da própria ciência. Evidenciam os esforços dos cientistas, de solucionar os problemas do homem, que eles acharam tal sabedoria, Examine o que tem acontecido e veja.

SOLUCIONAR PROBLEMAS REQUER RACIOCÍNIO CLARO

Em primeiro lugar, não é lógico achar que, se os problemas hão de ser solucionados, é preciso colocar em plano secundário os conceitos e preconceitos pessoais? Certamente que sim. Mas isto exige humildade.

É como a Bíblia diz em Provérbios 11:2: “Chegou a presunção? Então chegará a desonra; mas a sabedoria está com os modestos.” A palavra hebraica traduzida aqui por “modestos” contém a idéia de ‘esconder-se’, quer dizer, no sentido de colocar-se em segundo plano. Isto não significa que a pessoa modesta não faça caso de problemas. Não, mas ela procura os verdadeiros problemas envolvidos. Tal pessoa não procura seu próprio destaque ou riquezas, nem procura apegar-se egoistamente a certa posição.

É para o crédito de muitos cientistas que eles se esforçam sinceramente em ser assim. Em alguns casos, deram a vida para tentar descobrir a verdade. Contudo, quando se lêem publicações científicas, não se pode deixar de notar que muitas vezes prevalece um dogmatismo estreito, apresentado ambiciosamente com fervor religioso. Sobre isso escreveu Robert K. Merton no número da primavera de 1969 da revista American Scientist:

“O fato é que quase todos os que estão firmemente estabelecidos no panteão da ciência — Newton, Descartes, Leibniz, Pascal ou Huggins, Lister, Faraday, Laplace ou Davy — estavam enfronhados em esforços frenéticos de obter prioridade [quer dizer, ser o primeiro com certa descoberta] e fazê-la registrar publicamente. . . . Às vezes . . . o desejo de reconhecimento é intensificado até ficar fora de controle. Torna-se desejo veemente de receber aclamação.”

A história da ciência não foi assinalada pela “modéstia”. Antes, tem havido “presunção, conforme menciona o provérbio bíblico. Em conseqüência, a ciência sofreu certa “desonra”.

ONDE ESTÁ A PREOCUPAÇÃO COM OUTROS OU A COOPERAÇÃO?

É lógico que a sabedoria deva também manifestar-se na genuína preocupação com os que padecem. Em Provérbios 8:22-31, a “Sabedoria” é personificada e diz: “As coisas de que eu gostava estavam com os filhos dos homens.” A verdadeira sabedoria não despercebe as necessidades dos outros, mas tem prazer em prestar ajuda.

Seguiu a ciência este modelo nobre?

Os problemas de alimentação do mundo ocorrem principalmente nos trópicos, mas a maioria dos estudos científicos são feitos com safras que proliferam nas zonas temperadas. De fato, 98 por cento das instalações de pesquisa e desenvolvimento, do mundo estão em nações desenvolvidas e têm por objetivo os problemas delas. Dois terços do mundo precisam “arranjar-se” com produtos destinados a outra cultura.

Com que resultados? O cientista britânico Lord Ritchie-Calder nos faz lembrar: “Damos aos países subdesenvolvidos tratores, que nem sabem usar e para os quais não têm meios de manutenção. Devíamos, antes, concentrar-nos em cooperação técnica. . . . Em vez de tratar os esquimós como peças de museu e ir ao Ártico com projetos, devíamos entrar em sociedade com os esquimós.”

A insistência de que apenas um modo — talvez os “métodos científicos, ocidentais” — solucione problemas tem realmente intensificado situações adversas. Partes da África têm sido assoladas por uma severa fome, em especial o Sael, em anos recentes. Muitos fatores contribuíram para o problema. Mas, ajudou a ciência ocidental? Um artigo na revista Science disse: “A ciência e tecnologia ocidental . . . de fato, fizeram a principal contribuição para a destruição. . . . De fato, quando os povos saelianos foram conservadores e resistiram às mudanças advogadas por peritos ocidentais, muitas vezes foi por um motivo. . . . poucas intervenções ocidentais no Sael, consideradas por um longo prazo, resultaram em favor dos habitantes.”

A falta de preocupação real com os outros e de cooperação com eles fez com que a ciência aumentasse os problemas de outros modos. Muitas vezes não fez caso das advertências sobre vindouros desastres, tais como problemas de alimentos, transportes, moradias e energia. Estes mesmos problemas vêm cercando agora a raça humana num ritmo fenomenal.

Naturalmente, isto não quer dizer que algum homem ou grupo de homens possa saber o futuro com exatidão. Contudo, precauções razoáveis em face de advertências razoáveis são sempre apropriadas. Quando há ameaça de crise, é obrigatório agir. Mas, vez após vez o melhor que a ciência pôde fazer é reagir depois do acontecimento. “O homem sensato prevê o perigo e esconde-se dele”, diz a Bíblia e depois acrescenta: “Mas os ingênuos passam adiante e são punidos.” (Pro. 22:3, An American Translation) Milhões sofrem, sentem-se ‘punidos’, por cansa da falta de previsão sensata e de ação da parte do mundo científico.

É evidente que a ciência não solucionou os problemas do homem; falta-lhe verdadeira sabedoria para fazer isso de si mesma. Mas, significa isso que a pessoa temente a Deus deve ser “contra a ciência”?

CONCEITO EQUILIBRADO SOBRE A CIÊNCIA

O cristão reconhece a verdadeira erudição e descobertas científicas. No entanto, ele tem o benefício da verdadeira sabedoria para orientar seu modo de pensar. Esta orientação correta não procede de nenhum homem. Jó, homem reto, mencionado no início deste artigo, reconheceu este fato. Depois de admitir que mesmo homens de ciência não têm sabedoria, Jó suscitou a pergunta, inspirado por Deus:

“Mas a sabedoria — onde pode ser achada?” Sua resposta:

“Eis o temor de Jeová — isso é sabedoria, e desviar-se do mal é compreensão.” — Jó 28:1-28.

Qual é o resultado de se olhar para Deus em busca de orientação para o modo de pensar sobre assuntos de natureza científica? Muito favoráveis; solucionam-se os problemas da vida.

Isto pode ser ilustrado por um acontecimento antigo. Um rei de Babilônia ordenou que jovens cativos, judeus, fossem trazidos a ele para treinamento especial. Quais? Segundo Daniel 1:4, na versão Almeida atualizada, tratava-se dos “instruídos em toda a sabedoria, doutos em ciência, e versados no conhecimento”. Mas, neste versículo, “ciência” não significa as tolas ciências astrológicas e mágicas baseadas nos conceitos filosóficos e religiosos daquele tempo. Os antigos judeus não desconheciam a astronomia e a química básica, e assim por diante, mas tampouco deixaram-se enganar pela pseudo-ciência de Babilônia.

Antes, eram especialmente famosos pela sabedoria e moralidades expressas na sua literatura, arquitetura, história natural, agricultura e outras ciências práticas. “Em muitos sentidos”, observa o comentador Albert Barnes com respeito aos judeus, “sem dúvida, estavam muito à frente dos caldeus [babilônios], e provavelmente era do propósito do monarca caldeu aproveitar-se do que eles sabiam”.

Assim também hoje, os verdadeiros cristãos têm um conceito equilibrado sobre o conhecimento científico, e isto dá bons resultados. Não se deixam desencaminhar por idéias “científicas” que amiúde são mais opiniões pessoais do que jatos estabelecidos. Karl Popper, filósofo de ciência, confessa: “A ciência não é um sistema de declarações seguras ou bem confirmadas; . . . quão sabemos: apenas podemos adivinhar. E nossos palpites são orientados pelo que não é científico, o metafísico . . .” Aquilo que o apóstolo cristão disse sabiamente a Timóteo é apropriado até mesmo hoje; aconselhou-o a desviar-se “dos falatórios vãos, que violam o que é santo, e das contradições do falsamente chamado ‘conhecimento’”. — 1 Tim. 6:20.

A sabedoria divina, encontrada na Bíblia, ajuda os verdadeiros cristãos a avaliar o mérito de qualquer matéria científica. Assim, por exemplo, quando um cientista fala sobre remodelar o atual sistema mundial de coisas “para melhor”, o verdadeiro cristão não é enganado. Sabe que, segundo a Bíblia, “o mundo está passando”, e a evidência indica que seu desaparecimento está próximo. Seguir-se-á um novo sistema — projetado por Deus — no qual todo o conhecimento, inclusive a erudição científica, será usado para o bem do homem e a glória de Deus. — 2 Ped. 3:7-13; 1 João 2:15-17.

Na realidade, é bastante razoável recorrer a Deus em busca de ajuda para solucionar os problemas da humanidade. Por que dizemos isso? Ora, não está a maioria dos grandes problemas enfrentados pela ciência fora do seu controle? Decididamente que sim. A ciência, em primeiro lugar, está relacionada com os sistemas políticos e econômicos modernos. Assim, mesmo quando a ciência produz uma “revolução verde”, as pessoas ainda passam fome. Por quê? Porque os burocratas políticos e outros interessados apenas em lucro pessoal impedem que os alimentos cheguem às pessoas que sofrem fome. Sim, a ciência é inevitavelmente incapacitada pelo sistema em que se encontra.

Outra coisa: o conhecimento da ciência, mesmo quando exato, usualmente é incompleto. Por exemplo, a ciência reduziu há pouco tempo a mortalidade por causa de doenças, em alguns países, pelo uso de drogas milagrosas e de DDT; mas a ciência não impediu que essas mesmas pessoas morressem de inanição por causa da falta de víveres. A represa de Assuã, no Egito, foi construída para prover coisas tais como energia elétrica e irrigação. Mas, contribuiu também para a rápida difusão da temível esquistossomose. Portanto, um progresso científico anula outro. O que é necessário é conhecimento do meio ambiente total do homem. Quem o possui?

Aquele que criou o universo certamente tem o conhecimento da ecologia da terra e o poder de controlá-la. Visto que foi ele quem originalmente projetou os sistemas complexos de produção de alimentos na terra, certamente está em melhor situação de desfazer o dano causado pelo homem, na sua ignorância das inter-relações dos sistemas de vida, e assim fazer tais arranjos funcionar para o bem da humanidade. Suas promessas, registradas na Bíblia, de acabar com coisas tais como a fome e a poluição, portanto, são fidedignas.

Podemos crer em Deus quando diz: “Jeová dos exércitos há de fazer para todos os povos . . . um banquete de pratos bem azeitados, um banquete de vinhos guardados com a borra.” (Isa. 25:6) De modo similar, podemos aceitar com plena confiança sua promessa de “arruinar os que arruínam a terra”. — Rev. 11:18.

Ainda há outro motivo de se recorrer a Deus — não à ciência humana — para solucionar os problemas do homem.

A CIÊNCIA NÃO PODE MUDAR AS PESSOAS — DEUS PODE

A raiz de muitos dos problemas do homem é o próprio homem. A ciência realmente não pode mudar as pessoas ou sua motivação. Como caso pertinente, considere o problema do crime. Os peritos podem inventar equipamento especial para tentar impedir que o crime se espalhe, mas não podem eliminar o desejo errado das pessoas que, se bastante espertas, simplesmente encontram meios de frustrar quaisquer aparelhos novos. Mas Deus fez o coração humano. Não está em melhores condições de saber quem, se for necessário, terá de ser removido da sociedade humana, a fim de que os outros vivam sem serem molestados?

Portanto, é por este motivo que Ele pode positivamente assegurar-nos que, quando o atual sistema de coisas tiver desaparecido e Seu novo tiver chegado, este não será afligido pelo crime: “Não se fará dano nem se causará ruína em todo o meu santo monte.” — Isa. 11:9.

A sabedoria procedente de Deus pode mostrar aos homens como usar sua erudição e ciência de modo certo. Com o estudo da Bíblia, verificará a maneira de solucionar ou resolver melhor os problemas reais que o confrontam cada dia. Oferece também uma esperança fidedigna quanto ao futuro. Não são estas as coisas que deseja? Certamente que sim. Consulte as testemunhas de Jeová; terão prazer em ajudá-lo a saber mais sobre esta verdadeira sabedoria piedosa.

[Foto na página 484]

EMBORA SE TENHAM FEITO COISAS ESPANTOSAS COM A TECNOLOGIA — A BÍBLIA LEMBRA AOS HOMENS: “Eis o temor de Jeová — isso é sabedoria, e desviar-se do mal é compreensão.” — Jó 28:28.

[Capa na página 481]

[Endereço da filial]

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