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  • O que significa para você um governo justo?
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w80 1/2 pp. 5-8

O que significa para você um governo justo?

QUÃO agradável seria um governo que se distinguisse por uma preocupação ativa para com todos os seus súditos! Se a pobreza, a opressão e as injustiças pudessem ser eliminadas, isto certamente representaria um alívio reanimador para todos os habitantes da terra.

No Salmo 72, evidentemente escrito por Davi (Sal. 72 versículo 20), encontramos a descrição de um governo que irá realizar isso. É o reino de Deus, por Jesus Cristo. Proveu-se um vislumbre deste governo através do próspero e pacífico reinado do Rei Salomão, durante o período em que permaneceu servo fiel de Jeová Deus. Indicando o cumprimento inicial à frente, o cabeçalho do Salmo 72 diz: “Referente a Salomão.”

O versículo inicial revela que um domínio justo não pode existir à parte dos princípios eternos da justiça divina. Lemos ali: “Ó Deus, dá ao Rei as tuas próprias decisões judiciais, e ao filho do Rei a tua justiça.” (Sal. 72:1) Estas palavras constituem um apelo em forma de oração para que o rei, ao fazer decisões, possa expressar os julgamentos de Jeová. Além do mais, a justiça que distingue o verdadeiro Deus também deve ser um atributo do filho do rei.

A expressão “filho do rei” se aplica tanto a Salomão como a Jesus Cristo. Salomão era filho do Rei Davi, ao passo que Jesus é o Filho do grande Rei, Jeová Deus. (Isa. 33:22) Com respeito a Salomão, seus súditos vieram a reconhecer “que havia nele a sabedoria de Deus para executar decisões judiciais”. (1 Reis 3:28) E Jesus Cristo disse: “Não posso fazer nem uma única coisa de minha própria iniciativa; assim como ouço, eu julgo; e o julgamento que faço é justo, porque não procuro a minha própria vontade, mas a vontade daquele que me enviou.” — João 5:30.

Naturalmente, para a justiça florescer, todas as pessoas precisam receber os benefícios da justiça imparcial. O salmo continua: “Pleiteie ele a causa do teu povo [o de Deus] com justiça e dos teus atribulados com decisão judicial. Que os montes levem a paz ao povo, também os morros, por meio da justiça. Julgue ele os atribulados do povo, salve ele [livre da opressão] os filhos do pobre e esmigalhe o defraudador.” (Sal. 72:2-4) Quando se administra imparcialmente a justiça para todos, incluindo os atribulados, os pobres e sua descendência, o resultado é paz e segurança. Ninguém precisa então viver com medo de ser defraudado e de se lhe negarem os direitos. Os montes e os morros que dominam a paisagem ‘levarem a paz ao povo’ significa que tal paz se estende por toda a terra. É assim como quando as torrentes e os rios que têm suas fontes em morros e montes levam sua água sustentadora da vida aos vales e às planícies. Os que comumente sofrem debaixo de um governo corrupto usufruirão segurança, ao passo que todos os homens opressivos e fraudulentos serão ‘esmigalhados’, punidos ou levados à justiça.

Tal governo justo traz grande honra a Jeová Deus. Como diz o salmo: “Temer-te-ão enquanto houver o sol, e diante da lua, de geração em geração.” (Sal. 72:5) Visto que o Rei expressa os julgamentos de Jeová, os súditos têm um temor salutar do Altíssimo. Este temor subsiste enquanto o sol e a lua continuarem, por todas as gerações. Por exemplo, quando Salomão julgou o caso de duas prostitutas, o povo, vendo a evidência da sabedoria divina em ação, ‘ficou temeroso’. (1 Reis 3:28) Deve-se notar também que os milagres realizados por Jesus Cristo, enquanto estava na terra, encheram muitas pessoas dum temor salutar, movendo-as a louvar a Jeová Deus. — Mat. 9:8; Luc. 7:16.

O efeito reanimador do governo justo é descrito como segue: “Ele descerá como a chuva sobre a grama cortada, como chuvas copiosas que molham a terra. Nos seus dias florescerá o justo e a abundância de paz até que não haja mais lua. E terá súditos de mar a mar e desde o Rio até os confins da terra.” (Sal. 72:6-8) O governo justo do Rei é tão reanimador quanto as chuvas abundantes de que se precisa para fazer vicejar a grama cortada. Em vista da paz e segurança existentes, a pessoa justa ‘floresce’, ou seja, medra ou prospera. Antes passaria a lua do que a paz sob o governo justo. — Compare isso com Mateus 5:18.

É digno de nota que o reinado de Salomão foi proeminentemente pacífico. A Bíblia relata: “A própria paz veio a ser sua em cada região dele, em toda a volta. E Judá e Israel continuaram a morar em segurança, cada um debaixo da sua própria videira e debaixo da sua própria figueira, desde Dã até Berseba, todos os dias de Salomão.” (1 Reis 4:24, 25) Sob o reinado de Jesus Cristo, o “Príncipe da Paz”, podemos esperar o cumprimento ainda maior das palavras do salmista. — Isa. 9:6.

O domínio de Salomão se estendia desde o Mar Vermelho até o Mar Mediterrâneo, e desde o rio Eufrates até a terra ao sul e ao oeste. (Veja Êxodo 23:31.) Mas Jesus Cristo dominará sobre a terra inteira. — Zac. 9:9, 10; compare isso com Daniel 2:34, 35, 44, 45; Mateus 21:4-9; João 12:12-16.

A respeito das pessoas que viriam a estar sob a autoridade do rei, o Salmo 72 declara: “Diante dele se dobrarão os habitantes de regiões áridas, e seus inimigos é que lamberão o próprio pó. Os reis de Társis e das ilhas — pagarão tributo. Os reis de Sabá e de Sebá — apresentarão uma dádiva. E diante dele se prostrarão todos os reis; todas as nações, da sua parte, o servirão.” (Vv. Salmos 72:9-11) O que indicam estas palavras? Os nômades, moradores em tendas, habitantes da região erma ao leste da terra de Israel, submeter-se-iam ao rei. Seus inimigos se prostrariam submissamente perante ele, com suas faces tocando o próprio pó. Tributo viria de todas as partes. Pode-se ler em Primeiro Reis 10:22-25 a extensão do cumprimento do salmo durante o reinado de Salomão.

No entanto, comparadas com o governo de Jesus Cristo, a dominação e a glória de Salomão ficarão eclipsadas. O Filho de Deus não somente herdou o domínio sobre toda a terra, mas até mesmo os anjos do céu reconhecem seu senhorio. — Fil. 2:9, 10; Heb. 1:3-9; 2:5-9.

A grandeza do domínio do Rei não significa que ele não tem tempo para dar atenção individual às necessidades de seus súditos. Ele deve ser acessível a todos e ter profundo interesse em todos. Os versículos 12 a 14 do Salmo 72:12-14 nos contam: “Pois livrará ao pobre que clama por ajuda, também ao atribulado e a todo aquele que não tiver ajudador. Terá dó daquele de condição humilde e do pobre, e salvará as almas dos pobres. Resgatará sua alma da opressão e da violência, e o sangue deles será precioso aos seus olhos.”

Sim, mesmo os súditos mais humildes podem ter uma audiência com este rei, e ele vem em socorro de todos os que necessitam de ajuda. Ele tem compaixão do pobre e do necessitado, livrando-os do mal que se faz a eles. Para ele, o sangue, representando a vida humana, tem um valor bem elevado, não é algo a ser derramado sem causa genuína. Durante o reinado de Salomão, os súditos tinham acesso ao trono para julgamento. Isto é evidente pelo fato de duas prostitutas conseguirem chegar com seu caso à presença dele e ouvirem uma decisão justa pronunciada naquele mesmo dia. (1 Reis 3:16-27) Quão diferente ele era dos reis persas de um período posterior! Nem mesmo uma rainha podia chegar à presença do marido sem pôr em risco sua vida, se não fosse convidada. (Est. 4:11) Na terra, o maior do que Salomão, Jesus Cristo, demonstrou vez após vez seu interesse ativo pela humanidade. Quando via as multidões, “sentia compaixão delas, porque andavam esfoladas e empurradas dum lado para outro como ovelhas sem pastor”. (Mat. 9:36) Ora, ele até mesmo entregou sua vida pela humanidade. — Mat. 20:28.

Com referência a tal rei, conforme descrito pelo salmista, seria apenas correto exclamar: ‘Viva o rei!’ Ele deve receber tributo e, em favor de tal governante, devem-se oferecer orações. Ele é digno de bênção, não de maldição. Estes pensamentos são enfatizados no versículo 15 do Salmo 72: “E viva ele e dê-se-lhe do ouro de Sabá. E a seu favor faça-se constantemente oração; seja abençoado o dia inteiro.”

Como podemos agir para com Jesus Cristo em harmonia com o espírito do Salmo 72:15? Fazemos isto por nos submetermos realmente a ele, ‘reconhecendo abertamente que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus, o Pai’. (Fil. 2:11) Observe como os sentimentos do Salmo 72:15 são paralelos às seguintes palavras de Revelação 5:13, 14: “Toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra [os mortos que serão ressuscitados], e no mar, e todas as coisas neles, eu ouvi dizer: ‘Ao que está sentado no trono [Jeová Deus] e ao Cordeiro [Jesus Cristo] seja a bênção, e a honra, e a glória, e o poderio para todo o sempre.’ E as quatro criaturas viventes [os querubins] diziam: ‘Amém!’ e os anciãos prostraram-se e adoraram.”

Descrevendo a prosperidade que acompanha o governo justo, o Salmo 72 continua: “Virá a haver bastante cereal na terra; no cume dos montes haverá superabundância. Seu fruto será como no Líbano, e os da cidade florirão como a vegetação da terra.” — V. Salmos 72:16.

Estando livres das devastações da guerra, e da insegurança que a injustiça e a opressão trazem, os súditos podem empenhar-se pacificamente na agricultura. A terra, com a bênção de Deus, dá uma produção abundante. É como se o cereal crescesse nas encostas da montanha, até o cume. Visto que os cumes dos montes geralmente não são lugares onde há abundância de cereais, as palavras “no cume dos montes haverá superabundância” apresentam um belo quadro de quão grande é a abundância. Os frutos estão vicejando como o Líbano, sim, como os cedros maciços do Líbano que se desenvolvem de forma exuberante. Isso pode indicar que as hastes do cereal são altas e grossas, capazes de suportar pesadas espigas de cereais. Até mesmo os habitantes das cidades florescem, tornando-se numerosos como a vegetação. Isto aconteceu durante o reinado de Salomão, pois lemos: “Judá e Israel eram muitos, em multidão, iguais aos grãos de areia junto ao mar, comendo e bebendo, e alegrando-se.” (1 Reis 4:20) Condições ainda melhores existirão na “nova terra” sob o governo de Jesus Cristo.

Um governo justo e suas bênçãos acompanhantes, de fato, devem dar origem a uma profunda gratidão, do tipo de apreço descrito no Salmo 72:17: “Mostre seu nome ser por tempo indefinido; aumente seu nome diante do sol, e abençoem eles a si mesmos por meio dele; todas as nações chamem-no feliz.” O nome de um Rei que governa em justiça merece continuar por tempo indefinido. No caso de Salomão, as palavras do salmista expressavam o desejo de que a dinastia dele continuasse e prosperasse. ‘Aumentar’ o nome indica que o Rei tem descendência para continuar sua dinastia. E as pessoas abençoarem a si mesmas por meio do nome do Rei significa mencioná-lo ao desejarem bênçãos similares aos outros. Que as pessoas das outras nações devem ter proclamado Salomão feliz é evidente na expressão feita pela rainha de Sabá: “Felizes são os teus homens; felizes são estes servos teus que estão constantemente de pé diante de ti, escutando a tua sabedoria!” — 1 Reis 10:8.

As palavras do salmista cumprem-se grandiosamente em Jesus Cristo, a quem Jeová Deus deu “o nome que está acima de todo outro nome”. (Fil. 2:9) Sendo imortal, o Filho de Deus não precisa de sucessores. Visto que ele tem poder vivificador, pode restaurar os mortos à vida e assim tornar-se o pai de muitos milhões. (Isa. 9:6, 7; João 5:26, 28; 1 Tim. 6:15, 16) Quão grande aumento isto significará para seu nome! Como principal ‘descendente de Abraão’, ele é aquele por meio de quem “todas as nações da terra hão de abençoar a si mesmas”. — Gên. 22:18.

Quão desejável será o governo justo do Filho de Deus! A rainha de Sabá disse a Salomão: “Que Jeová, teu Deus, venha a ser bendito, aquele que se agradou de ti, pondo-te no trono de Israel; porque Jeová ama a Israel.” (1 Reis 10:9) Que bendigamos nós, igualmente, a Jeová por ter designado seu Filho como rei, adotando as palavras do salmista: “Bendito seja Jeová Deus, o Deus de Israel, o único que faz obras maravilhosas. E bendito seja seu glorioso nome por tempo indefinido, e sua glória encha a terra inteira. Amém e amém.” — Sal. 72:18, 19.

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