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  • Deixar de acatar avisos e testar a Deus

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  • Deixar de acatar avisos e testar a Deus
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1987
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  • A Mão de Jeová Não É Curta
  • Espírito de Bom Juízo
  • Avisos Desconsiderados no Passado
  • Em Que Sentido Podemos Corretamente Testar a Deus?
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1987
w87 15/12 pp. 21-25

Deixar de acatar avisos e testar a Deus

“Nem mesmo com a água até os tornozelos eles queriam fugir.” — El País, Colômbia.

ESSA manchete num diário colombiano mostrou uma das razões da terrível perda de vidas ocorrida na tragédia da avalanche, em novembro de 1985, em Armero. Dora Elisa Rada Esguerra, telefonista em Armero, alertada pelas cinzas que caíam e pelo rio que transbordava, decidiu fugir. Daí, ela avisou seus colegas na central telefônica a respeito da iminente tragédia. Mais tarde ela explicou: “Eles viram a água, que . . . corria com muita força, muita força mesmo, mas, mesmo assim, não se moveram.” Dora saiu ilesa da cidade condenada.

Os outros que trabalhavam na central telefônica morreram junto com cerca de 21.000 outras vítimas numa torrente de lama vulcânica, gelo e pedras que rolaram furiosamente do vulcão Nevado del Ruiz. Entre os que foram varridos pela torrente estavam o prefeito da cidade e a maioria dos membros do destacamento policial, o que indica que dificilmente alguém levou a sério a ameaça, até que era tarde demais.

Por Que Não Fugiram?

Houve sinais e avisos a respeito do impendente desastre. Por que tantas pessoas em Armero os desconsideraram? Em primeiro lugar, avisos oficiais chegaram tarde, quando o desastre já assolava a cidade. Antes disso, havia-se dito ao povo que ficasse calmo, que poderia haver uma inundação, mas que não seria nada sério. Ao contrário, a cidade foi varrida do mapa por uma vasta muralha de morte que desceu o rio Lagunilha.

Alguns, provavelmente, não queriam abandonar suas casas e seus bens, sabendo que logo surgiriam pilhadores. Esta veio a ser uma ameaça bem real. Uns poucos saqueadores foram baleados pelo exército. Alguns que sobreviveram ao desastre regressaram a suas casas inundadas e constataram que as fechaduras haviam sido danificadas a tiro e que itens de valor haviam sido roubados. Mas, a maioria das pessoas da cidade não sobreviveu para voltar às suas casas. E, na maioria dos casos, não havia casas às quais voltar.

Alguns talvez pensassem que Deus ou a Virgem Maria interviesse em seu favor. Todavia, é razoável esperar que Deus intervenha hoje em favor de determinadas pessoas quando ocorrem desastres naturais? Por que deviam alguns ser salvos por intervenção divina e outros, em condições similares, ser permitidos perecer?

Há base sólida para alguém crer que pode ter uma vida “resguardada por força sobrenatural”, com proteção especial da parte de Deus? Por exemplo, pode um motorista confiar em seu “anjo da guarda” ou “santo” favorito? Visto que tantos católicos sinceros usando medalhas de “São” Cristóvão já morreram em acidentes de carro, isso não é crível. Ou, deve o cristão crer que tem proteção especial de Deus ao viajar de avião? Ademais, o que dizer a respeito de proteção especial ao participar em algum esporte perigoso? É razoável testar a Deus em tais circunstâncias?

A Mão de Jeová Não É Curta

As Escrituras nos ajudam a ver que existem situações em que Jeová Deus talvez interfira em favor de seu povo, quando a pregação das boas novas está envolvida, ou quando a Sua congregação está ameaçada. O profeta Isaías nos assegura: “Eis que a mão de Jeová não ficou tão curta que não possa salvar, nem ficou seu ouvido tão pesado que não possa ouvir.” — Isaías 59:1.

A Bíblia dá claros exemplos da mão protetora de Jeová em relação com os apóstolos. O rei Herodes, para ganhar o favor dos judeus, mandou prender Pedro, mantendo-o sob forte guarda. A congregação em Jerusalém orou intensamente em seu favor. O que aconteceu? O anjo de Jeová veio e livrou a Pedro da prisão. Até mesmo Pedro estava atônito diante do que acontecia. Por fim, ele entendeu e disse: “Agora sei realmente que Jeová enviou o seu anjo e me livrou da mão de Herodes.” — Atos 12:1-11.

Por outro lado, o mesmo relato diz que Herodes já tinha eliminado o apóstolo Tiago, irmão de João. Jeová permitiu que esse martírio ocorresse. Portanto, é evidente que, embora Jeová possa dar proteção e livramento, ele pode deixar que os acontecimentos sigam o seu curso, permitindo assim que alguns de seus servos devotados provem a sua integridade até mesmo a ponto de morrer. Portanto, as palavras de Tiago, meio-irmão de Jesus, são apropriadas: “Nem sabeis qual será a vossa vida amanhã. Porque sois uma bruma que aparece por um pouco de tempo e depois desaparece. Devíeis dizer, em vez disso: ‘Se Jeová quiser, havemos de viver e também de fazer isso ou aquilo.’” — Tiago 4:14, 15; compare com Jó 2:3-5.

Uma coisa é certa, em ocasiões de desastres naturais e acidentes, o princípio bíblico se aplica igualmente a todos: “O tempo e o imprevisto sobrevêm a todos.” (Eclesiastes 9:11) E, ao passo que é apropriado orar por ajuda e proteção em época de perseguição, temos de reconhecer que “todos os que querem viver piedosamente em Cristo Jesus hão de sofrer perseguições”. — 2 Timóteo 3:12, Lincoln Ramos.

Espírito de Bom Juízo

Embora seja verdade que em tempos passados Jeová agiu para proteger seu povo, como quando salvou Israel do Egito e dos exércitos de Faraó, seria presunçoso pensar que Ele devesse proteger todo cristão individualmente das conseqüências do ‘tempo e do imprevisto’ ou dos efeitos de sua própria imprudência. A carta de Paulo aos cristãos em Roma, alguns dos quais mais tarde talvez morressem na arena como mártires, aplica-se nesse assunto: “Digo a cada um aí entre vós que não pense mais de si mesmo do que é necessário pensar; mas, que pense de modo a ter bom juízo, cada um conforme Deus lhe distribuiu uma medida de fé.” (Romanos 12:3) A tradução de Lincoln Ramos diz: “Tenha sentimentos de justa modéstia.”

O conselho expresso ali tem igual aplicação hoje, embora num contexto diferente. Se um cristão imagina que pode dirigir carro descuidadamente, ou sob a influência do álcool, e safar-se disso porque tem a proteção de Deus, mostra isso “bom juízo”? Está o cristão demonstrando “sentimentos de justa modéstia”? Também, se coloca seu semelhante em perigo, será que realmente ‘ama a seu próximo como a si mesmo’? — Mateus 22:39.

Apliquemos agora o espírito de “bom juízo” aos casos em que o homem estabeleceu comunidades em áreas sujeitas a terremotos ou em que vulcões representam uma ameaça latente, porém real. Um bom exemplo é a já mencionada região nas cercanias do vulcão Nevado del Ruiz, na Colômbia. Segundo o diário colombiano El País, o arquiteto César Zárate preparou um estudo, em 1982, que indicou que o rio Lagunilha havia inundado Armero no passado, e que a cidade ainda estava sem proteção adequada. Sabia-se também que o vulcão Nevado del Ruiz havia entrado em erupção seis vezes desde 1570. Segundo fontes históricas, esse vulcão tem um ciclo regular de atividade que varia de 110 anos e dois meses a 140 anos e 9 meses.

Essa informação foi enviada à edição de domingo do jornal colombiano El Tiempo, algumas semanas antes da tragédia de Armero. Ela dizia categoricamente: “A inundação seguinte . . . ocorrerá por volta de meados de novembro deste ano. Os sinais característicos já foram observados: fumaça da cratera ‘Arenas’. Uma chuva de cinzas e gases. Contaminação da água e das plantações. Odores nauseantes. . . . Um ruído trovejante oriundo do vulcão, em 11 de setembro. Degelo progressivo da calota de neve . . . Conseqüentemente, é tempo de agir.”

Contudo, o artigo não foi publicado. Talvez tenha sido encarado como desnecessariamente alarmista. Os editores de El Tiempo mais tarde atribuíram isso à “falta de previsão, à falta de intuição, ou a uma ingênua crença de que nada ocorreria.”

Bem na hora prevista, porém, o Nevado del Ruiz fez o seu cume ir pelos ares, na noite de 13 de novembro de 1985. Mais de 20.000 pessoas perderam a vida em Armero, e houve milhares de vítimas em Chinchiná e outras cidadezinhas vizinhas. Entre os que morreram em Armero estavam 41 Testemunhas de Jeová e associados. Alguns, imprudentemente fugiram para o Salão do Reino, que ficava num ponto mais baixo. Foram varridos e sepultados junto com ele. Felizmente, outras Testemunhas puderam fugir para lugares mais altos e se salvaram.

Obviamente, é fácil de determinar o proceder sábio depois que as coisas acontecem. Mas, pelo menos, podem-se aprender lições desses terríveis acontecimentos.

Avisos Desconsiderados no Passado

A Bíblia apresenta exemplos de alguns que desconsideraram avisos oportunos, ou que pensaram que ‘isso não poderia acontecer na sua época’, ou na região da terra em que viviam. Um caso claro foi quando Ló foi alertado a fugir de Sodoma e Gomorra. Ele alertou seus genros, dizendo: “Levantai-vos! Saí deste lugar, porque Jeová vai arruinar a cidade!” Como reagiram eles? “Mas [Ló] parecia aos olhos de seus genros como quem estava brincando.” A “brincadeira” durou pouco. Jeová fez chover fogo e enxofre sobre aquelas perversas cidades condenadas. Os genros morreram junto com os habitantes imorais daquela região. A esposa de Ló evidentemente fugiu de Sodoma com dúvidas e apreensões. “Começou a olhar em volta, por detrás [de Ló], e ela se tornou uma coluna de sal.” — Gênesis 19:12-26.

Mais de 1.900 anos atrás, Jesus profetizou que a antiga Jerusalém sofreria terrível destruição. Ele forneceu detalhes específicos sobre os eventos que haviam de ocorrer antes da desolação da cidade, dizendo: “Quando virdes Jerusalém cercada por exércitos acampados, então sabei que se tem aproximado a desolação dela.” Ele acrescentou o aviso: “Então, comecem a fugir para os montes os que estiverem na Judéia, e retirem-se os que estiverem no meio dela, e não entrem nela os que estiverem nos campos.” — Lucas 21:20-24.

Quando os exércitos romanos cercaram Jerusalém no ano de 66 EC, os cristãos naquela cidade reconheceram o sinal que Jesus dera. Daí, tendo ao seu alcance uma vitória completa, o general Céstio Galo inexplicavelmente retirou as suas tropas. Esta foi a oportunidade que os cristãos esperavam, e eles fugiram para o outro lado do Jordão. Em 70 EC, os romanos retornaram sob o comando do General Tito e destruíram Jerusalém. Centenas de milhares de judeus que permaneceram na cidade condenada morreram durante o cerco e os combates.

É verdade que nesses casos deram-se avisos divinos. Mas, o ponto é que apenas poucos acataram a mensagem e salvaram-se. A maioria não deu atenção. Recusaram-se a levar a sério o aviso de Deus.

Em Que Sentido Podemos Corretamente Testar a Deus?

Mesmo no tocante a desastres naturais muitas vezes há prenúncios — a história anterior da área, sinais recentes ou dados científicos — que indicam uma forte possibilidade de perigo dentro de um certo período. Talvez certa área seja propensa a inundações. Neste caso, a pessoa razoável precisa pesar todos os fatores para decidir se uma mudança para outra área é necessária e viável. Naturalmente, é impossível prever a época e o local de todo e qualquer desastre natural. Ainda assim, o princípio da probabilidade pode ser levado em consideração, e também a margem de segurança, caso aconteça o pior. Mas, não é razoável esperar proteção especial de Deus. Fazer isso seria pôr Deus à prova dum modo que não é lícito e nem equilibrado.

Contudo, num sentido diferente, Jeová realmente nos convida a prová-lo. Lá nos dias do profeta Malaquias, Israel estava erroneamente provando a Deus por apresentar sacrifícios vulgares no altar. Por meio de suas ofertas de pão poluído e de animais aleijados, mostravam que desprezavam a mesa de Jeová. Por meio de Malaquias, Jeová os convidou a deixarem de agir assim. “‘Trazei todas as décimas partes à casa do depósito para que venha a haver alimento na minha casa; e experimentai-me, por favor, neste respeito’, disse Jeová dos exércitos, ‘se eu não vos abrir as comportas dos céus e realmente despejar sobre vós uma bênção até que não haja mais necessidade’.” — Malaquias 3:10.

Sim, com respeito a bênçãos espirituais, podemos ‘testar’ ou provar a fidelidade de Jeová. Se dermos prioridade a seu Reino e Sua justiça, então, como disse Jesus, todas as ‘outras coisas necessárias nos serão acrescentadas’. (Mateus 6:33) Jesus disse também: “Persisti em pedir, e dar-se-vos-á; persisti em buscar, e achareis; persisti em bater, e abrir-se-vos-á.” Se homens imperfeitos dão bondosas dádivas a seus filhos, “quanto mais o vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem [em consonância com a Sua vontade]!” — Mateus 7:7-11; 1 João 5:14.

Agora mesmo está sendo dado um aviso às nações no sentido de que em breve Jeová iniciará seu ato de retribuição contra todos os componentes do sistema de coisas de Satanás. (Revelação [Apocalipse] 16:14, 16; 18:20) Milhões de pessoas prudentes estão acatando essa mensagem pregada pelas Testemunhas de Jeová e estão passando para o lado do governo do Reino de Deus. Estão-se desligando da corrupta aliança político-religiosa antes que seja tarde demais. (Revelação 18:4) Por assim fazerem, preparam-se para a vida eterna sob o governo de Cristo sobre a terra, que será transformada num paraíso de justiça e eqüidade. Está acatando esse aviso? — 2 Pedro 3:13; Tito 1:2.

[Foto na página 21]

Um diploma encontrado nas ruínas de Armero é um sombrio lembrete de que milhares não acataram os avisos.

[Foto na página 22]

Reflete a sua maneira de dirigir o “bom juízo” cristão?

[Fotos na página 23]

O atual local desolado em que ficava Armero. Mais de 20.000 pessoas pereceram aqui.

Este carro demolido sintetiza o desastre que atingiu Armero.

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