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O que o sábio queria dizer?A Sentinela — 1977 | 15 de julho
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Jerusalém. Além disso, minha própria sabedoria permaneceu minha. E tudo que os meus olhos pediram, eu não retive deles. Não neguei ao meu coração nenhuma espécie de alegria, pois meu coração se alegrava por causa de todo o meu trabalho árduo, e isto veio a ser meu quinhão de todo o meu trabalho árduo.” — Ecl. 2:4-10.
Na posição de rei, Salomão tinha ao seu alcance os meios para habilitá-lo a fazer qualquer coisa que quisesse. Contudo, não quis abandonar a sabedoria na busca de obras e cultura corretas — arquitetura, jardinagem, paisagismo e música. Portanto, Salomão não esgotou seus recursos financeiros, mas continuou a acumular mais ouro e prata. Sua ‘sabedoria permaneceu dele’, orientando suas numerosas atividades. Ele tinha também certo prazer naquilo que podia realizar. Mas, será que Salomão descobriu nestes diversos empenhos aquilo que era de valor duradouro na vida? Ele responde: “Eu, sim, eu me virei para todos os meus trabalhos que minhas mãos tinham feito e para a labuta em que eu tinha trabalhado arduamente para a realizar, e eis que tudo era vaidade e um esforço para alcançar o vento, e não havia nada de vantagem debaixo do sol.” (Ecl. 2:11) Sim, mesmo naquilo que podia ter sido considerado um empenho que valia a pena, Salomão teve a sensação de futilidade, vaidade. Ele se deu conta de que seria alcançado pela morte e que não havia meios de saber o que seria de todo o seu trabalho árduo. — Ecl. 2:17-19.
Deveras, a busca de prazeres e cultura não garante em si mesma uma vida feliz e contente. Na realidade, aquele cuja vida gira em torno disso pode finalmente chegar a reconhecer que sua vida é muito vazia e que ele precisa de alimento espiritual.
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Sua almaA Sentinela — 1977 | 15 de julho
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Sua alma
◆ A maioria das igrejas da cristandade ensinam que você, leitor, tem uma alma dentro de si, que sobrevive ao corpo e vai para o domínio espiritual. Mas, baseia-se esta doutrina nas Escrituras inspiradas?
No livro Civilização Ocidental: Sua Gênese e Seu Destino, em inglês, o Professor Norman F. Cantor admite que não há tal base:
“Os pensadores cristãos do segundo século, especialmente os de Alexandria, emulavam a tentativa de Filo, de sintetizar o platonismo e o judaísmo. . . . Seu Deus era puro espírito; o homem era a união de espírito e matéria, de alma e corpo; e a salvação tornava-se possível pela separação da alma do corpo, e seu vôo para se juntar às hostes angélicas em torno do Deus-Espírito. Este conceito era um acentuado afastamento do pensamento hebraico, que encara o homem como néfes [alma], o inteiro e não-diferenciado ser humano.”
O fato é que a Bíblia inteira ensina que o homem é uma alma e que a perspectiva de vida dum falecido depende duma ressurreição futura.
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