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Onde o coco predomina no cardápioDespertai! — 1977 | 22 de fevereiro
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Isto ajuda a soltar a gordura. Daí, comprime-se os flocos para extrair o leite. Este líquido é colocado à parte por uma noite para se permitir a separação da gordura e da água. No dia seguinte, a gordura cremosa é cuidadosamente retirada de cima com uma colher. Os flocos que sobram constituem excelente ração para galinhas.
Mas como é que esta substância branca e grossa produzirá o óleo de coco límpido e de teor âmbar? Isto nos traz ao seguinte passo, que chamamos de processo de fritura.
Aqui, em Belize, é em geral mais conveniente fritar a gordura num fogão de combustão livre, usando-se um combustível econômico, a lenha. O fogo brando e constante mantém o leite fervendo e produz maior separação da gordura. Neste estágio, parece-se com coalhada. Gradualmente, os sólidos se cristalizam e a gordura se torna transparente. O saboroso aroma de coco enche o ar e ativa as papilas gustativas das pessoas presentes. É preciso remover rapidamente a mistura do fogo para assegurar-se de que não ficará com gosto de queimada. De três a cinco cocos produzem quase meio litro de óleo, dependendo de seu tamanho e qualidade.
O óleo de coco tem muitas utilidades. É especialmente bom para fritar peixe e os pratos preparados com farinha de milho ou tortilhas. Quando as Testemunhas de Jeová se reúnem em congressos, aqui em Belize, uma guloseima especial para as barracas de alimentos é panades. Para fazer esta iguaria, amassa-se a farinha de milho em tortilhas. Estas são recheadas de peixe (usualmente tubarão) cozido ou defumado, são dobradas ao meio e fechadas nas pontas. Em seguida são mergulhadas em óleo dourado de coco. O aroma domina a inteira vizinhança. Algumas famílias vizinhas enviam seus filhos para entrar cedo na fila, de modo a não perder esta iguaria.
Já provou pão crioulo? Esta é outra especialidade que envolve o coco. Em lugar de leite de vaca, o leite cremoso que provém do coco ralado é adicionado à massa de farinha fermentada. É preciso um coco para cerca de um quilo de farinha.
O bom pão crioulo é muito procurado comercialmente. Algumas senhoras vivem disso, ou ajudam a educar seus filhos por assar pão diária ou semanalmente. Recentemente, um grupo de mulheres cristãs aqui o assou por diversos sábados e contribuiu os fundos para a construção dum salão para estudos bíblicos.
Gostaria de provar o delicioso sabor do coco no arroz ou no pão? Que tal peixe cozido no leite de coco, ou uma variedade de biscoitos de coco? Até mesmo a água de coco, bebida diretamente dum coco verde, é refrescante e saudável. Caso visite Belize, convidamo-lo a apreciar o povo amigável, o sol tépido e um delicioso cardápio em que predomina o versátil coco.
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‘Dentes quebrados com cascalho’Despertai! — 1977 | 22 de fevereiro
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‘Dentes quebrados com cascalho’
■ Uma das calamidades que Jeová permitiu que sobreviessem à infiel Jerusalém, como conseqüência da queda da cidade diante dos babilônios, é descrita em Lamentações 3:16: “Com cascalho ele faz que se quebrem os meus dentes.” Comentaristas bíblicos judeus sugerem que isto aconteceu quando os israelitas estavam em caminho para o exílio. Foram forçados a assar pão em buracos escavados no chão e, por conseguinte, o pão veio a conter saibro. Quem comesse tal pão podia quebrar parte de seus dentes.
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