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  • Vitória da mulher de Deus sobre sua velha inimiga

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  • Vitória da mulher de Deus sobre sua velha inimiga
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1964
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1964
w64 1/6 pp. 329-336

Vitória da Mulher de Deus Sôbre Sua Velha Inimiga

“Não te alegres de mim, ó mulher, inimiga minha. Embora eu tenha caído, certamente me levantarei; embora eu habite em trevas, Jeová me será luz.” — Miq. 7:8.

1. Que duas mulheres há muito têm sido inimigas e que perguntas suscita tal inimizade?

Por quatro mil e duzentos anos a mulher de Deus e a sua velha inimiga se têm confrontado uma com a outra. Na maior parte dêste tempo parece que a velha inimiga dominou a mulher de Deus. Em que situação estão hoje as duas mulheres com relação uma à outra? Quando terminará a inimizade delas? E como? Terminará em transigência e em acôrdo para coexistirem em base amigável, ou terminará em destruição de uma e em vitória eterna da outra? Não se trata de mera zanga entre duas mulheres, sendo-lhes assunto pessoal, cujos resultados sejam de pouca importância para nós outros. Os resultados realmente nos concernem. Quer achemos quer não, estamos todos envolvidos com uma ou com a outra mulher. Devemos saber qual é a nossa relação para com elas, e isto agora mesmo! Mas como podemos saber?

2. (a) Para onde podemos olhar em busca de informação sôbre êste caso? (b) Quem sairá vitoriosa e com que resultado para a humanidade?

2 Há um livro de informações sôbre o caso todo. Que livro é êste? É o livro que nos diz como as mulheres vieram a existir e como a mulher se tornou mãe de todos nós. Ele tem mais conselho salutar e equilibrado sôbre mulheres do que qualquer outro livro na terra. É a Bíblia Sagrada. Desde o seu primeiro livro de Gênesis até ao seu último livro, Apocalipse ou Revelação, ela traça desde o princípio o desenvolvimento dêste caso de inimizade feminina e nos leva através dos pontos destacados até ao seu grande clímax na brilhante vitória da mulher de Deus sôbre sua velha inimiga. Assim podemos saber de antemão se vamos ganhar com uma ou perder com a outra. Perdermos com a mulher inimiga nos varrerá da vida eterna. Ganharmos com a mulher de Deus nos assegurará uma vida sem fim em suprema felicidade na família universal de Deus, o Grande Pai.

3. (a) Pode-se identificar agora a mulher inimiga? (b) O que não devemos entender pela expressão “mulher de Deus”?

3 A mulher inimiga — quem é ela? Há muito isto tem sido um mistério, mas agora ela pode ser identificada. E a mulher de Deus — quem é ela? Aplica-se a uma mulher a expressão “mulher de Deus” do mesmo modo que Moisés, Elias, Eliseu e até o cristão e superintendente Timóteo foram chamados de ‘homens de Deus’? Não, pois esta mulher em questão é de Deus no sentido de ser sua espôsa. Mas desde quando o Deus do céu é casado? Quem é sua espôsa? E é ela uma deusa que deve ser adorada por nós? Estas perguntas merecem uma resposta. Todavia, de início não devemos pensar na mulher ou espôsa de Deus segundo o conceito das mitologias religiosas das nações do mundo, que mencionam diversos deuses e as deusas, suas espôsas. O próprio Livro de Deus, a Bíblia agrada, apresenta a espôsa Dêle como algo inteiramente diferente.

4. Sob que circunstâncias e com que expressões mencionou Deus pela primeira vez a sua mulher ao homem?

4 Logo cedo na história da humanidade Deus fêz menção de sua mulher ou espôsa. Foi no paraíso do jardim do Éden. O primeiro casal humano, Adão e Eva, tinha acabado de pecar sob a tentação de uma serpente mentirosa. Deus, o Pai celestial, julgou seu filho e sua filha terrestres desobedientes. Êle obteve a admissão dêles sôbre terem violado a lei divina. Começaram então no pecado que obtiveram da serpente mentirosa, mas não da simples serpente sôbre o solo, antes, da inteligente pessoa invisível por detrás da serpente. Ajustando sua linguagem à serpente literal, Deus disse ao invisível Mentiroso, Caluniador e Opositor seu: “Sôbre o teu ventre andarás e pó comerás todos os dias da tua vida. E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente. Êle te ferirá na cabeça e tu o ferirás no calcanhar.” (Gên. 3:14, 15) Quem é a mulher mencionada

5, 6. (a) Por que Eva não podia presumir que ela era a mulher? (b) Como foi que a existência da mulher celestial começou a se manifestar a Eva?

5 Eva podia ter pensado que ela fôsse a mulher. Mas, depois de ter pecado contra seu Deus e Pai, poderia ser ela a “mulher de Deus”? De início, ela era espôsa de Adão e nunca mulher de Deus.

6 Eva não compreendeu que havia outra mulher, pois esta não lhe era visível. Era celestial, não terrena ou de carne como Eva. A evidência de que havia outra mulher começou a revelar-se a Eva quando ela e seu marido foram expulsos do jardim do Éden e, de repente, vindas das regiões invisíveis, apareceram pessoas que ela nunca tinha visto, ficando de guarda na entrada do jardim. Como aconteceu isto? Foi por milagre de Deus. Gênesis 3:24 diz: “Assim expulsou o homem e colocou ao oriente do jardim do Éden os querubins e a lâmina chamejante duma espada que se revolvia conti̇̀nuamente para guardar o caminho para a árvore da vida.” Êstes querubins eram representantes da mulher celestial de Deus. Segundo o registro mantido na Bíblia tôda, esta “mulher” veio a ser a mãe do Descendente que esmaga de fato a cabeça da grande Serpente invisível.

7, 8. Quem nos apresenta a espôsa de Jeová e por que meios?

7 Não somos nós que atribuímos a Deus uma espôsa celestial. Foi êle mesmo quem primeiro nos falou sôbre seu estado de casado e da sua espôsa, apresentando-nos a sua espôsa, por assim dizer. Assim o fêz no oitavo século antes ‘de Cristo, por meio do seu profeta Isaías. Logo após predizer os sofrimentos do Cristo qual Cordeiro de Deus e então a sua glorificação, o profeta Isaías prosseguiu, dirigindo-se à mulher de Deus e dizendo:

8 “Canta alegremente, ó estéril, que não deste à luz; exulta com alegre canto, e exclama, tu que não tiveste dores de parto; porque mais são os filhos da mulher solitária, do que os filhos da casada, diz O SENHOR [Jeová]. Porque o teu Criador é o teu marido; o SENHOR [Jeová] dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; êle é chamado o Deus de tôda a terra. Porque o SENHOR [Jeová] te chamou como a mulher desamparada e de espírito abatido; como a mulher da mocidade, que fora repudiada, diz o teu Deus. Ó tu aflita, arrojada com a tormenta e desconsolada! Eis que eu assentarei as tuas pedras com argamassa colorida, e te fundarei sôbre safiras. E farei os teus baluartes de rubis, as tuas portas de carbúnculos, e tôda a tua muralha de pedras preciosas. Todos os teus filhos serão ensinados do SENHOR [Jeová]:e será grande a paz de teus filhos.” — Isa. 54:1, 5, 6, 11-13, ALA.

9. Que aplicação fêz Jesus Cristo ao citar da profecia de Isaías?

9 Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, citou desta profecia de Isaías e declarou que todos os filhos da mulher de Deus viriam a êle, ao Filho de Deus. Aos judeus que Jesus tinha alimentado miraculosamente com pão e peixe em Cafarnaum, êle disse: “Eu sou o pão que desceu do céu; . . . Ninguém pode vir a mim, a menos que o Pai, que me enviou, o atraia; e eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos Profetas: ‘E todos êles serão ensinados por Jeová.’ Todo aquêle que do Pai ouviu e aprendeu vem a mim.” — João 6:24, 25, 41-45.

10. Na profecia de Isaías, o que é empregado para simbolizar a mulher de Deus e, simbolizada assim, por que experiência passa ela?

10 As palavras de Deus dirigidas à sua mulher, segundo registradas na profecia de Isaías, falam sobre assentar suas pedras com argamassa e seu fundamento com safiras, fazendo seus baluartes de rubis, suas portas de carbúnculos e suas muralhas de pedras preciosas. Disto se torna claro que a mulher de Deus é simbolizada por uma cidade. Sendo simbolizada por uma cidade ela passa pela experiência de ser aflita, arrojada, atormentada e desconsolada, sem filhos ou cidadãos, precisando ser resgatada para pertencer de nôvo a Jeová seu Deus. Note que estas palavras não são dirigidas à nação de Israel, como o são as palavras da profecia de Jeremias (3:14, 20; 31:32), que também falam sôbre um marido. Mas as palavras de Deus mediante o seu profeta Isaías são dirigidas a uma cidade que é remida de uma condição de viuvez sem filho, ficando cheia de filhos ou cidadãos que o próprio Jeová Deus ensina por ser seu marido.

11. O que é uma “cidade” e que perguntas adicionais surgem?

11 A cidade é uma organização e, portanto, a mulher de Deus não é uma pessoa que tem qualidades femininas, mas é uma organização de pessoas, sendo tôdas ‘incorporadas em unidade’. (Sal. 122:3) Onde se encontra hoje esta organização? Encontra-se na terra como a nação de Israel natural nos dias de Isaías e Jeremias?

IDENTIFICADA A MULHER DE DEUS

12, 13. Ao comparar uma cidade com uma mulher, como elimina Paulo a Jerusalém terrestre de ser a mulher de Deus?

12 A própria Palavra escrita de Deus, a Bíblia Sagrada, nos diz onde se encontra a sua organização semelhante a uma espôsa. O apóstolo cristão Paulo cita da profecia de Isaías acima mencionada e mostra que ela não está na terra na forma da nação natural de Israel, a nação judaica que hoje tem a sua capital em Jerusalém, na parte nova da cidade, ao passo que a nação maometana da Jordânia está de posse da parte antiga. Note como o apóstolo Paulo comparou uma cidade com uma mulher e como eliminou a Jerusalém terrestre de ser a mulher de Deus. Tomando como ilustração a Sara, a espôsa de Abraão, o patriarca hebreu, e a sua serva egípcia chamada Agar, escreveu Paulo aos cristãos espirituais:

13 “Abraão adquiriu dois filhos, um por meio da serva e outro por meio da livre; mas aquêle por meio da serva nasceu realmente na maneira da carne [por meio de Agar que ainda estava em idade de conceber filhos], o outro [filho], por meio da livre, por intermédio duma promessa. Estas coisas são como que um drama simbólico; pois estas mulheres significam dois pactos, um do monte Sinai, que dá à luz filhos para a escravidão, e que é Agar. Ora, esta Agar significa Sinai, um monte na Arábia, e ela corresponde à Jerusalém atual, pois está em escravidão com os seus filhos. Mas a Jerusalém de cima é livre [como o era Sara], e ela é a nossa mãe. Porque está escrito [em Isaías 54:1]: ‘Regozija-te, ó mulher estéril, que não dás à luz; irrompe e grita alto, ó mulher que não tens dores de parto; pois os filhos da desolada são mais numerosos do que os daquela que tem marido.’ Ora, nós, irmãos, somos filhos pertencentes à promessa, assim como Isaque [o filho de Sara] foi. Mas, assim como então aquele nascido na maneira da carne começou a perseguir o nascido na maneira do espírito, assim também é agora. Não obstante, o que diz a Escritura? ‘Expulsa a serva e o filho dela, pois de modo algum será o filho da serva herdeiro junto com o filho da livre: Por conseguinte, irmãos, somos filhos, não duma serva, mas da livre [da Jerusalém de cima].” — Gál. 4:22-31; Gên. 21:1-10.

14, 15. Como é que uma segunda testemunha identifica a espôsa de Jeová?

14 Isto mostra que a mulher de Deus ou a espôsa de Jeová é uma organização celestial chamada bìblicamente de “Jerusalém de cima”. Um testemunho duplo sôbre êste fato nos é dado na carta inspirada dirigida aos cristãos hebreus. Referindo-se primeiro ao monte Sinai, na Arábia, de onde foram dados os Dez Mandamentos do pacto da lei de Deus com a nação de Israel, sendo êste o monte que prefigurou a serva Agar, diz em parte Hebreus 12:18-28:

15 “Não vos chegastes ao [monte] que pode ser apalpado e que tenha sido incendiado com fogo, e a uma nuvem escura, e a densa escuridão, e a uma tempestade, . . . Mas vós vos chegastes a um Monte Sião e a uma cidade do Deus vivente, a Jerusalém celestial, e a miríades de anjos, em assembléia geral, e à congregação dos primogênitos que foram alistados nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e às vidas espirituais dos justos que foram aperfeiçoados, e a Jesus, o mediador dum nôvo pacto, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o sangue de Abel. . . . Naquele tempo, a sua voz abalou a terra, mas agora êle tem prometido, dizendo: ‘Ainda mais uma vez porei em comoção não só a terra, mas também o céu.’ Ora, a expressão ‘ainda mais uma vez’ indica a remoção das coisas abaladas como coisas feitas, a fim de que permaneçam as coisas não abaladas. Em vista disso, sendo que havemos de receber um reino que não pode ser abalado, continuemos a ter benignidade imerecida, por intermédio da qual podemos prestar a Deus serviço sagrado aceitável, com temor piedoso.”

16. (a) Que expressões de Hebreus 12:18-28 provam que a mulher de Deus é uma organização celestial? (b) O que significou para a Sua mulher e seu Descendente o pronunciamento da sentença de Jeová sôbre Satanás?

16 A Jerusalém de cima é chamada aqui de “uma cidade do Deus vivente, a Jerusalém celestial”. Ela é a mulher ou espôsa de Deus. Ela é a organização celestial constituída de “miríades de anjos, em assembléia geral”. Esta organização de santos anjos estava com Jeová Deus no céu, quando êle pronunciou sentença sôbre a Grande Serpente no jardim do Éden há quase seis mil anos atrás. Então, quando Jeová falou em colocar inimizade entre a Serpente e a “mulher”, dizendo que a semente da mulher esmagaria a cabeça da Serpente, a mulher ou espôsa de Jeová estava com êle no céu. Ela era a “mulher” que proveria a Semente para tal ato. O que foi provido diretamente para êste ato vitorioso foi o unigênito Filho de Deus, que se tornou Jesus Cristo na terra e disse: “Eu sou o pão que desceu do céu.”

17. (a) Quando e como se tornou Jesus o primogênito espiritual da Jerusalém celestial? (b) Quando se tornou plena a sua filiação?

17 O primeiro passo neste sentido foi o nascimento de Jesus no ano 2 A. C. Mas a Jerusalém celestial realmente o gerou como seu Filho primogênito espiritual trinta anos mais tarde, em 29 E. C. Naquele ano Jesus foi batizado em água e o seu Pai celestial derramou o espírito santo sôbre êle, anunciando tê-lo gerado como Filho espiritual, dizendo: “Este é o meu Filho, o amado, a quem tenho aprovado.” Três anos e meio mais tarde a Jerusalém celestial realmente o deu à luz como seu Filho espiritual completamente desenvolvido, quando Deus curou o calcanhar ferido pela Grande Serpente e ressuscitou a Jesus Cristo dos mortos para a vida espiritual no céu. Então a Jerusalém celestial o recebeu entre a sua organização de filhos angélicos no céu, mas como Principal entre êles, na posição de Arcanjo. — Mat. 3:13-17; 27:27 a 28:10; 1 Ped. 3:18, 19.

18. Como podia regozijar-se então a Jerusalém celestial como se regozijou Sara?

18 Com êste maravilhoso acontecimento a Jerusalém celestial tinha grande motivo para ficar alegre e bradar em alta voz. A sua esterilidade, a contar da ocasião da promessa de um Descendente dela no jardim do Éden, tinha terminado com o pleno nascimento do seu mais glorioso Filho. Ela se regozijou assim como a idosa Sara se regozijara pelo nascimento de Isaque, seu filho único.

19. Que filhos adicionais teria a Jerusalém celestial?

19 Todavia, o apóstolo Paulo disse aos seus irmãos cristãos: “Ora, nós, irmãos, somos filhos pertencentes à promessa, assim como Isaque foi. Por conseguinte, irmãos, somos filhos . . . da livre.” (Gál. 4:27, 28, 31) Isto traz à luz o fato de que a Jerusalém celestial devia ter filhos adicionais em cumprimento da promessa de Jeová em Gênesis 3:15 concernente ao Descendente da mulher.

20. Quando começaram a ser gerados êstes outros filhos espirituais, dando ainda mais motivo para a mulher de Jeová bradar alegremente?

20 Entretanto, segundo predisse Isaías 54:1, ela teria filhos espirituais em maior quantidade do que os filhos da escrava simbólica que, na forma da nação do Israel natural, estivera por algum tempo unida a Jeová Deus. Êstes outros filhos espirituais, segundo a profecia de Gênesis 3:15, começaram a ser gerados no dia de Pentecostes, cinqüenta dias depois da ressurreição de Jesus Cristo, quando o espírito santo foi derramado sôbre cento e vinte discípulos fiéis de Jesus, que estavam esperando em Jerusalém. (Atos 2:1-39) Ali Jeová os gerou pelo seu espírito. Quanto a isto, a mulher de Jeová, a há muito estéril Jerusalém celestial, tinha razão ainda mais forte para se alegrar e bradar jubilosamente. Hoje, neste ano de 1964, ela ainda tem na terra um restante dêstes descendentes espirituais, que esperam o pleno nascimento dêles no céu.

A MULHER INIMIGA

21. (a) Desde quando tinha sido simbolizada a mulher de Deus pela Jerusalém terrestre? (b) Quando apareceu a mulher inimiga?

21 Entretanto, quem é a outra mulher, a inimiga da Jerusalém celestial? E quando foi que a mulher de Deus se confrontou com esta mulher inimiga pela primeira vez? Desde que o Rei Davi capturou a fortaleza de Jerusalém e fez dela a sua cidade capital no décimo primeiro século antes de Cristo, a mulher de Deus tinha sido simbolizada pela Jerusalém terrestre. De fato, ela veio a ser chamada pelo nome desta cidade terrestre. (2 Sam. 5:1-9) A Jerusalém terrestre tinha as suas bases na cidade de Salém, onde o Rei Melquisedeque foi “sacerdote do Deus Altíssimo” nos dias do patriarca Abraão, no século vinte antes de Cristo. (Gên. 14:17-20) Mas, naturalmente, a mulher de Deus, a Jerusalém celestial, existia antes disto. Nos dias da antiga Salém já existia a mulher inimiga, e o patriarca Abraão peregrinava em parte do território que ela dominava. A mulher inimiga apareceu cêrca de dois séculos antes do nascimento de Abraão.

22. (a) Como foi que a mulher inimiga veio a ser chamada pelo nome da antiga cidade de Babilônia? (b) O que indica que a mulher inimiga é algo mais do que a cidade literal?

22 Segundo o último livro da Bíblia a mulher inimiga veio a ser chamada pelo nome de uma cidade terrestre. O nome misterioso dela, Babilônia, a Grande, remonta à cidade de Babilônia edificada sôbre a margem do rio Eufrates, na terra de Sinear, no século vinte e três antes de Cristo. Esta cidade tornou-se um símbolo de Babilônia, a Grande. Todavia, sendo ela chamada a Grande, indica que a mulher inimiga é um tanto maior do que a cidade literal de Babilônia sôbre o Eufrates. A mulher inimiga ainda existe atualmente, mesmo depois de a antiga Babilônia jazer esfarelada em ruínas por mais de mil anos. (Apo. 14:8; 17:5) É veraz que Babilônia, a Grande, tem as suas raízes na antiga Babilônia, mas ela é maior e de mais duração, tendo mais poder mundial do que jamais teve a antiga Cidade Milagrosa.

23. Quem edificou Babilônia e qual era o propósito dos edificadores dela?

23 No século que seguiu ao dilúvio global dos dias de Noé foi edificada a cidade justafluvial, não por aquêle homem temente a Deus, mas por um bisneto seu, um descendente rebelde e ambicioso chamado Ninrode. A sua cidade é a primeira referida na Bíblia depois do Dilúvio, e ela se tornou o princípio do reinado de Ninrode. (Gên. 10:8-12) Foi edificada para obstruir o cumprimento da vontade de Deus concernente à terra como lar do homem. Foi constituída a sede da falsa religião, o que foi indicado pelo fato de os edificadores começarem uma ‘tôrre cujo tôpo chegasse aos céus’. Todo aquêle projeto foi traçado e executado para fazer um nome, não ,para o Deus de Noé, mas para os edificadores da cidade, especialmente para Ninrode, o rei, que chegou a ser chamado de “Ninrode, poderoso caçador em oposição a Jeová”.

24. Como foi demonstrado o desprazer de Jeová sôbre o projeto e que confusão resultou?

24 Jeová Deus e a sua mulher no céu não estavam contentes com o projeto. Ele não podia abençoar a cidade. Assim, para demonstrar o seu desprazer e obstruir o projeto, êle confundiu a língua dos edificadores. Não podendo então entender um ao outro e trabalhar juntos, os edificadores se espalharam segundo os seus grupos lingüísticos, ficando apenas uma minoria na cidade de Ninrode. Deu-se-lhe o nome de Confusão porque a língua dêles foi confundida neste centro religioso e porque houve confusão na cidade por algum tempo. Eis o que significa o nome Babel em hebraico, a língua que falavam Noé e Sem, o seu filho fiel. Na primeira tradução grega das Escrituras Hebraicas o nome é Babilônia. — Gên. 11:1-10.

25. (a) O que levaram junto os espalhados edificadores da cidade? (b) Em resultado, quando e como apareceu Babilônia, a Grande, como mulher inimiga?

25 O Rei Ninrode estabeleceu um pequeno império de oito cidades, sendo Babel ou Babilônia a capital. Naturalmente, a sua falsa religião que estava em oposição a Jeová prevaleceu em seu império. Mas a falsa religião de Babilônia tornou-se mais difundida do que isto. Os edificadores que tinham sido confundidos na língua e que portanto se tinham espalhado a territórios distantes, levaram junto a religião de Babilônia, nas suas novas línguas, naturalmente. As idéias religiosas dêles permaneceram as mesmas, mas eram expressas em línguas diferentes. O resultado? Estabeleceu-se um império de religião falsa com a religião de Babilônia por base comum, com uma organização variada e complicada, mas bàsicamente com todas as doutrinas e práticas religiosas da Babilônia original. Então Babilônia, a Grande, apareceu na arena do conflito. Então a mulher de Deus, a Jerusalém ou Sião celestial, deu-se face a face com a mulher inimiga, o império mundial de religião falsa baseada na religião da antiga Babilônia.

26. Quem domina o império mundial de religião babilônica?

26 A Grande Serpente, o mentiroso Satanás, o Diabo, estava por trás da edificação de Babilônia, de sua tôrre religiosa e de sua religião falsa. Na realidade êle era o deus invisível de Babilônia e de sua religião falsa. Tornou-se o que as Escrituras Sagradas o chamam: “O deus dêste sistema de coisas.” (2 Cor. 4:4) Êle domina o império mundial de religião babilônica.

27. (a) Qual é a religião da mulher de Deus? (b) Quem praticava a sua religião na terra e por que sofreram oposição religiosa?

27 Contrário a isto, a religião da mulher de Deus, a Jerusalém celestial, é a adoração do único Deus verdadeiro e vivo, Jeová, o marido dela. A sua religião defrontou-se com obstinada oposição na terra. O conflito de religiões começou então depois do Dilúvio. A Jerusalém celestial, a mulher de Deus, não foi diretamente atingida pela oposição religiosa na terra. Mas ela tinha na terra praticantes de sua religião, tais como Noé, Sem e o patriarca Abraão, um descendente de Sem. Estes homens piedosos e suas famílias foram atingidos diretamente pela oposição religiosa de Babilônia, a Grande. O que esta mulher inimiga fêz contra Noé, Sem, Abraão e seus descendentes que temiam a Deus era como se fizesse contra a mulher de Deus. Isto se dava especialmente porque o Descendente da mulher de Deus viria por esta linhagem de homens fiéis.

28. Por intermédio de que linhagem de descendentes nasceu Abraão e o que lhe prometeu Jeová?

28 A bênção de Noé sobre seu filho Sem tornou claro que o Descendente da mulher, em sua relação terrestre e humana, viria por intermédio de Sem e não por intermédio de Jafete ou Cão. (Gên. 9:24-27) Durante a própria vida de Sem, o descendente dêle, Abraão, foi chamado por Jeová Deus da vizinhança de Babilônia para a terra de Sinear. Quando chamou a Abraão, Jeová lhe disse: “Eu farei de ti uma grande nação, e te abençoarei, e farei grande o teu nome; e prova-te uma bênção. E . . . tôdas as famílias da terra se abençoarão certamente por meio de ti.” E depois que Abraão chegou à Terra Prometida a centenas de quilômetros ao ocidente de Babilônia, Jeová disse: “À tua descendência darei esta terra.”

29. (a) De que modo Jeová tornou claro que o Descendente prometido viria por intermédio de Abraão e Isaque? (b) Então, por que Babilônia, a Grande, estava contra os descendentes de Abraão?

29 Mais de trinta anos mais tarde, quando, em obediência a Jeová, Abraão ia oferecendo seu amado filho Isaque qual sacrifício humano, o anjo de Jeová parou Abraão e disse: “Certamente te abençoarei e certamente multiplicarei a tua semente como as estrêlas dos céus e como os grãos de areia que há na praia do mar, e tua semente tomará posse do portão dos seus inimigos. E, por meio de tua semente, tôdas as nações da terra se abençoarão certamente, devido ao fato de teres escutado a minha voz.” (Gên. 12:1-3, 7; 22:1-18) Isto tornou claro que o Descendente da mulher de Deus viria por intermédio de Abraão e seu filho Isaque como instrumento terrestre. Quando êste Descendente tomasse o poder, significaria ferir a Grande Serpente, Satanás, o Diabo, o deus de Babilônia, a Grande. Por isso ela, como mulher inimiga da mulher de Deus, era contra o Descendente e contra a linhagem de descendentes mediante a qual êle viria.

[Foto na página 332]

Abraão manda embora à serva Agar e a seu filho Ismael

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